20070705

Região norte reclama 8 mil milhões de euros do QREN

A economia da Região Norte deverá crescer 1% acima da média nacional, durante os próximos seis anos. Pelo menos, é essa a expectativa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) face à estimativa de a região receber, no mínimo, 8,1 mil milhões de euros, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), e aos sinais de retoma esboçados em 2006.

À luz da convicção da CCDR-N, o bem fazer passa por uma cuidada utilização das verbas a que o Norte pode candidatar-se, no âmbito dos Programas Operacionais Temáticos do QREN, garantidos que estão os cerca de 2711 mil milhões de euros do Programa Operacional Regional.

Consciente da importância de garantir a maior fatia possível dos 21,5 mil milhões de euros de fundos do QREN destinados a Portugal, a CCDR-N definiu como prioritária a elaboração de sete agendas temáticas:

  • Inovação
  • Internacionalização
  • Clusters regionais (nas áreas do mar, indústrias criativas, moda, saúde e turismo)
  • Empregabilidade
  • Redes regionais de serviços de apoio à competitividade (nos sectores dos transportes, energia, região digital e acolhimento empresarial)
  • Sistema urbano e desenvolvimento rural sustentado
A tarefa contará com a contribuição de um conjunto de peritos, entre os quais se destacam nomes como Ana Teresa Tavares, vice reitora da Universidade do Porto, Mário Jorge Leitão, director do Inesc Porto, Vergílio Folhadela, da fundação de Serralves, António Babo e Oliveira Fernandes.

"Destas sete agendas temáticas esperam-se obter não mais estudos, mas verdadeiros programas de acção em áreas seleccionadas, para um horizonte de curto-médio prazo", explicou Carlos Lage. São iniciativas para um horizonte até 2010.

Entre essas agendas constam projectos que já estão a ser elaborados, um deles tem a ver com a criação de um grande pólo na área das ciências da saúde, com vocação internacional. Há ainda um outro projecto na área das indústrias criativas, no qual a CCDR-N tem a vindo a trabalhar com a Casa da Música e com a Fundação de Serralves.

"Não estamos a partir do nada. Estamos a trabalhar há meses com vários actores regionais", esclareceu Carlos Lage. "Destas sete agendas temáticas esperam obter-se, não mais estudos, mas verdadeiros programas de acção em áreas seleccionadas", acrescentou o presidente da CCDR-N.

Entre os programas do PONorte está o Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro, um projecto há muito reclamado pela região e que agora se irá concretizar. Este projecto do Douro enquadra-se no eixo prioritário dois do PONorte de valorização económica de recursos específicos. Este eixo tem uma verba alocada de 280 milhões de euros. Mas a CCDR-N espera ter também uma palavra importante relativamente à captação de recursos financeiros dos três programas temáticos do QREN.

Compilado do Jornal de Notícias e do Jornal de Negócios

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