20070723

Gastronomia Minhota é a favorita dos portugueses

Um estudo feito pela Região de Turismo Verde Minho (RTVM), com maior incidência no litoral do país, revelou que a gastronomia minhota é a preferida dos portugueses. Há, por isso, intenções de explorar melhor esta "galinha de ovos de ouro", dando "armas" aos restaurantes do Baixo Minho para que regressem às origens, consolidando a "marca" regional. Como guia para esta estratégia, está já concluído o primeiro livro de receitas locais, algumas com cerca de 200 anos, com depoimentos até da antiga cozinheira de Salazar.

São três acções, desenvolvidas no último par de anos, com um único objectivo o de ajudar a restauração a modernizar-se, aproveitando os seus "pontos fortes". Com fundos comunitários, foi elaborado o referido estudo, que se designa de "Perfil do Consumidor da Gastronomia e dos Restaurantes" e que confere à comida tradicional do Minho a "marca mais vincada". A par do livro de receitas, da autoria da professora Emília Leite, a estrutura de promoção turística fez ainda uma caracterização dos estabelecimentos da restauração regional, sobretudo os recomendados pela RTVM. Os resultados globais são reveladores o português elege, como preferencial as iguarias minhotas, seguidas da comida alentejana e transmontana.

De acordo com o presidente da RTVM, Henrique Moura, "um levantamento do receituário era essencial".E, no livro agora editado, resultado de uma pesquisa exaustiva por várias freguesias, há muitos segredos desvendados. Emília Leite encarregou-se de ouvir as guardiãs das relíquias culinárias mais antigas, ajudada por autarcas. "Também optei por ir a lares de terceira idade, onde recolhi muitas receitas", revelou, contando que entrevistou, pouco tempo antes da sua morte, a cozinheira que serviu António Salazar até aos seus últimos dias. "Ela estava num lar em Amares e, segundo o que contou, ele comia bacalhau em quase todas as refeições", contou a autora.

Para Agostinho Peixoto, braço direito do presidente, e responsável pela coordenação dos estudos, pretende-se também acabar com uma certa "incultura" gastronómica quer do cliente, quer do proprietário de restaurante, micro empresa familiar, onde "muitos ainda pensam que os funcionários não precisam se formação, pois eles ensinam tudo o que têm a ensinar".

No Jornal de Notícias

Ver ainda a notícia sobre o III Congresso dos Caminhos de Santiago, que se irá realizar em Viseu nos dias 15 e 16 de Setembro

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