Na prática, nos tempos mais recentes, as acusações, as zangas e, sobretudo, a desregulação administrativa e financeira a que, a partir de Lisboa, o País assistiu em horário nobre não teriam tido o mesmo grau de complacência quer da parte da comunicação social quer das instituições competentes, tivesse ela ocorrido em qualquer outro município do País. Em Lisboa, qual criança super-protegida por uma mãe hiper-protectora, há sempre a sensação de que, no fim, "alguém há-de pagar" e "a vida continua". E a verdade é que, enquanto o município se desregula e a dívida aumenta, a acção do Governo que nos representa a todos, entre os automatismos interiorizados pela máquina administrativa e a vontade de valorizar a capital, vai garantindo a "animação" da cidade e protegendo os seus cidadãos das consequências mais gravosas dos impasses e incompetências municipais. De facto, se no passado o governo se substituiu à Câmara no abastecimento de água à cidade através da EPAL ou nos sistemas de transportes urbanos através do Metropolitano, na requalificação ribeirinha através da Expo e APL, mais recentemente são as opções sobre a política científica e tecnológica, operações como a da colecção Berardo ou as estratégias da promoção turística "nacional" as formas tidas por mais interessantes de materializar essas práticas. E, quanto à dívida..., "alguém há-de pagar"...
1 comentário:
Convem nao falar muito cedo...
É que Gaia é a camara mais endividada do país(na equação receitas/dívidas) e tambem ainda nao se percebeu como vai pagar as dividas...
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