20070728

Entrevista de António Marques (AIMinho) ao JN

Apesar de regionalista de aviário, tipo frango com 3 anos («É necessária a regionalização». Há cerca de três anos, era absolutamente contra; «Fui um dos que assumidamente mudaram») António Marques acerta. Eis os tópicos mais interessantes.

«No Norte as pessoas unem-se para protestar, mas não para apresentar soluções

«Acho que não, porque não há liderança a Norte e, pior, há uma fragilidade da rede institucional na região. Os actores são convidados a desunirem-se - há um subsídio para aqui, um programa acolá, uma iniciativa ali… Qualquer Poder faz isso deliberadamente - dividir para reinar. As autarquias não se entendem, nem as associações, as universidades só agora começam a trabalhar em conjunto, as empresas não trabalham com as universidades, as universidades acham que os empresários não estão lá… Além da ausência de liderança, conjugada com a fragilidade da rede institucional, o processo de descentralização parou. Está moribundo, ou aliás, está ao contrário fecham Urgências, Centros de Saúde, serviços regionais, o que tem implicações muito negativas.»

«E, depois, os investimentos têm de estar todos muito ligados - o TGV, o aeroporto de Sá Carneiro, a rede logística, o metro do Porto, o Instituto Ibérico, em Braga... Tem de haver o casamento entre um conjunto de políticas e o ordenamento do território

«O TGV tem de parar, naturalmente, no Sá Carneiro, e não quero acreditar que a paragem seja em Campanhã - só se for para, em vez dos passageiros da Galiza ficarem no Porto, irem para o novo aeroporto... Como é possível falar da ligação Galiza-Norte de Portugal se não potenciarmos o Sá Carneiro? Como é possível falarmos em TGV e aeroportos se não cosermos isto tudo? Não é possível tamanha incompetência da parte do Governo. Os acessos têm de estar todos integrados e ligados, como nos países civilizados e desenvolvidos.»

1 comentário:

J. Fernandes disse...

Estas entrevistas até metem medo, são estas as pessoas que temos para defender o Norte de Portugal??

O que fez este senhor mudar de ideias quanto à regionalização? Será que é por causa dos tachos regionais que agora toda a gente é a favor da regionalização? Porque tudo o resto não interessa, segundo ele "Qualquer modelo serve, desde que se faça.". Estas ideias assemelham-se muito à Ota, n interessa os custos nem desenvolvimento, o que interessa é que se faça.

Eu estou a ver é que depois de tanto esforço de alguns pela luta regional, estas marionetas que chegaram tarde à festa, vão ficar com a melhor garrafa de champanhe e vão ser eles que vão lançar os foguetes!

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