20070712

Psicologias :-)

Materiais depositados vão ser analisados

12.07.2007, Carla Sofia Martins

Aterro de Valença está a ser utilizado para requalificar os locais de onde tem sido extraída areia e godo


O Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR de Valença continuava ontem no terreno a averiguar o alegado depósito de materiais "tóxicos e poluentes" nos terrenos de uma empresa de exploração de areias em Valença, mas os resultados das análises às amostras de solo e da água apenas serão conhecidos nas próximas semanas.
Quanto à empresa que gere o espaço onde estariam a ser colocados os escombros, remete-se ao silêncio, muito embora fonte interna admita desconhecer a origem dos materiais, que são utilizados para requalificar as lagoas dos locais de exploração de godo e areia.
O caso, recorde-se, foi levantado pela câmara local, que, com base em notícias publicadas na imprensa espanhola, fez accionar os meios de fiscalização e de investigação da Direcção Regional do Ambiente, tendo também efecuado uma participação ao Ministério Público para apurar a legalidade da situação.
Nas notícias que fundamentam a participação é referenciado o local como sendo um dos pontos de depósito escolhidos pelas empresas contratadas pelo consórcio que está a construir o Palácio de Congressos de Vigo. De acordo com aquelas notícias, oito toneladas destes escombros teriam propriedades tóxicas (cortiça contaminada e derivados de alcatrão) e parte delas estaria a ser depositada na zona do rio Minho, nomeadamente em Salvaterra do Minõ (Galiza) e em Cerdal, Valença.

in Publico

Como se pode ver, as conclusões contra os galegos aqui tomadas parecem-me um pouco precipitadas; quando muito deveriam ser contra uma empresa galega. Mas, se calhar, nem isso se justifica. Se calhar, a culpa, por negligência ou dolo, ainda vai recair na empresa que gere o espaço onde estariam a ser colocados os supostos resíduos, que, suponho, é portuguesa. Obviamente, nunca me pareceu plausível que os tipos lá na obra de Vigo carregassem o camião e "bora aí, vamos descarregar o entulho na terra dos tugas carago!".

Deste episódio devemos, no entanto, retirar algumas lições:

primeira lição) Nunca acreditar no que vem escrito no correio da manhã; pasquim sensacionalista de péssima qualidade; pricipalmente quando se é servido pelo Jornal de Notícias e Público; aliás, as diferenças entre estes dois jornais e o correio da manhã são bons indicadores das ideosincrasias que separam o universo de leitores de cada um; entre a sobriedade e honestidade do JN e a especulação sensacionalista e por vezes totalmente desonesta do pasquim da Cofina vai todo um mundo de diferença.

segunda lição) podemos ser contra a integração do Norte com a Galiza, mas partir para generalizações e até uma certa demagogia primárias não nos levam a lado nenhum. Além de inviabilizar uma discussão serena e séria das questões, corremos o risco de ser desmentidos pelos próprios acontecimentos.

2 comentários:

Anónimo disse...

"nunca me pareceu plausível que os tipos lá na obra de Vigo carregassem o camião e "bora aí, vamos descarregar o entulho na terra dos tugas carago!"."

Se os tipos fossem como o José Silva, era possivel.
O José Silva é contra a identidade Galaica, é contra a nossa verdadeira nação etnica e cultural Galécia (Galiza + Norte), portanto ele faria o mesmo, entre deitar lixo em Lisboa ou Algarve, iria deitar à Galiza pois considera-os estrangeiros.
É natural que na Galiza tambem haja muitos como o José Silva e prefiram deitar lixo nos seus irmãos Galaicos do Norte de Portugal, em vez de ir deitar lixo à Andaluzia, Castela, etc.
Seguem-se pelas fronteiras actuais impostas pelos impérios do passado e não seguem as nações verdadeiras que por azar não ficaram oficiais.

Um Basco como o José Silva também iria deitar lixo no país Basco Francês em vez de deitar lixo em Castela, pois para ele o Pais Basco Francês é França e não é parte da sua nação Basca.



"De acordo com aquelas notícias, oito toneladas destes escombros teriam propriedades tóxicas (cortiça contaminada e derivados de alcatrão) e parte delas estaria a ser depositada na zona do rio Minho, nomeadamente em Salvaterra do Minõ (Galiza)"

Seguindo o raciocinio do José Silva, parece que não é so o Norte de Portugal que sofre de baixa auto-estima. A cidade Galega Salvaterra do Minho parece que também sofre de baixa auto-estima.
Precisam de ir ao psicologo porque Vigo, uma cidade da naçao Galega que eles defendem, foi deitar lixo à sua cidade.
Parece que a Galiza perto do Minho tem de pedir a Espanha para ser uma região autonoma propria para se afastar de Vigo.
Parece que agora a Galiza teria de ser dividida em 2 para a Galiza perto do Minho ter grande auto-estima.

Anónimo disse...

Ó porcalaico, o José Silva até pode ser contra a união galaica, a sua nação étnica (?) e cultural, mas ao menos não se põe aí a defender que se deve deitar lixo tóxico nos países que não se gosta...

"prefiram deitar lixo nos seus irmãos Galaicos do Norte de Portugal, em vez de ir deitar lixo à Andaluzia, Castela, etc."

Não é por nada, mas essas suas ideias cheiram a...lixo.

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