Caro José Silva e demais participantes:
Se casualmente algum de vós me conhecer um bocadinho, já terá percebido que não fujo à polémica nem a um bom jogo de palavras, mas pelo que depreendi da intenção inicial do José Silva ao organizar este espaço de cidadania, a ideia não seria própriamente essa, mas talvez a de gerar um bloco sólido e unido defensor dos interesses da região e de oposição ao poder centralista.
Antes que me interpretem mal, adianto que aprecio o humor e penso até ter dele algum sentido, mas considero que pode ser-nos muito mais útil se conduzido na direcção certa que são os nossos adversários comuns, "esses", os do centralismo. O que julgo ser de evitar, são clivagens sejam de que ordem for. Não havendo um esforço de simplificar e compreender os comentários uns dos outros, a polémica estará instalada e com ela porventura também alguma animosidade.
Foi precisamente essa a razão que me levou a recomendar a todos os contribuidores a superação de "diferenças", entre as quais citei as clubísticas. E é muito simples perceber porquê. Só não entende quem pretender ser original ou quiser fazer de conta que não sabe que o "tiro aos patos e a "pesca desportiva" pouco contam para mexer com os afectos desportivos da maioria dos portugueses. Bem ou mal, é no futebol que os portugueses investem preferencialmente as suas opções desportivas e clubísticas. Para o caso, valerá sequer a pena falar das excepções?
Da mesma maneira que não me escondo atrás de pseudómino para assinar o que escrevo - embora compreenda quem faça essa opção - não escondo que sou adepto do Futebol Clube do Porto (com todo o imenso orgulho que o facto encerra), nem acho que se deva evitar falar de assuntos relacionados com o futebol desde que sejam pertinentes para a causa. O que sugiro e insisto, é que saibamos conviver com essas e outras diferenças e evitemos ferir susceptibilidades que embora nem sempre assumidas acabam por redundar em rivalidades nocivas para o nosso objectivo.
E já agora, talvez se perceba claramente o que quero dizer se imaginarem o efeito que poderia surtir, a pretexto de uma 'eloquente' discussão entre "calaicos" e "mouros", deixarmo-nos seduzir pelo "humor" do Pedro Menezes Simões e replicarmos com publicações de fotos de figuras públicas e desportivas de Lisboa 'trajadas a rigôr', invertendo-lhe a simbologia das "côres" e dos "personagens". É simples. Se estiverem interessados neste género de 'debates' tenho um pequeno vídeo engraçadíssimo do Luís Filipe Vieira (vulgo"Orelhas"), que posso divulgar, mas sinceramente, não me parece ser este o local apropriado para o fazer.
Pessoalmente, continuo mais interessado em ler respostas concretas àquilo que perguntei mo meu último post, que passa por saber de propostas e sugestões para um patamar de intervenção mais activo, para lá da crítica, da opinião e do políticamente correcto.
1 comentário:
Caro Rui,
A dura realidade é que entre os interessados no Norte, de que o Norteamos é auma amostra, existe bastante variedade de opiniões e timmings. Como eu respondi aqui http://norteamos.blogspot.com/2007/07/passar-aco-mais-um-contributo.html, é necessário que um lider organize esta variedade.
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