Respondendo a algumas das questões concretas do deputado do CDS, Sócrates rejeitou liminarmente a ideia de manter dois aeroportos, uma vez que «todos os estudos nos avisam que tal opção iria duplicar os custos. É preciso atingir o limite de 40 milhões de passageiros por aeroporto, senão não é rentável».
- Como o limite da OTA (afirmado pelo Governo) é de 40 milhões de passageiros, logo se conclui que a OTA só será rentável quando se atingir o seu limite de capacidade.
- Uma questão para o PM: como é que Portela consegue ser rentável com 12 milhões de passageiros, e a OTA precisará de 40 milhões?
2 comentários:
Isso significa que a partir de 2030 a Ota satura e aí começa a ser minimamente rentável. A partir daí o monopolista privado vai manter Lisboa só com a Ota saturada durante o tempo suficiente para recuperar o investimento inicial, impedindo o desenvolvimento do tráfego aéreo na região de Lisboa.
Isto mostra que a Ota pode ser a estagnação da região de Lisboa durante décadas.
Quanto aos estudos do PM seria preciso ver as hipóteses de que partem. Provavelmente só discutem a hipótese Portela+Ota e aí é normal que não seja possível rentabilizar os dois aeroportos.
Parece-me é que já chega de o PM andar com estudos na manga: não deveria falar de nenhum estudo que não pudesse apresentar de imediato.
1. Tenho muitas dúvidas que a afirmação dele esteja sustentada em estudos.
2. Quando a OTA saturar, vão fazer outro aeroporto - segundo Augusto Mateus a Portela é uma boa opção para isso. Nesse caso, os 40M já não são um problema.
3. Uma vez construida a OTA, passa a ser custo afundado. Nessa altura ninguém se preocupará com a rentabilidade do investimento, mas apenas com a rentabilidade da operação.
4. Segundo a NAV, a OTA nunca terá capacidade para 40M, por isso nunca será rentável. Isto só acontece porque se escolheu a localização mais cara (porque será?)
5. Noutro post mais abaixo expliquei que dificilmente a OTA chegará ao limite de capacidade. As taxas de crescimento (tal como a utilização actual da portela) estão empoladas. O fim do efeito low cost deverá terminar em 2012. A única opção ajuizada é preparar o Montijo para ser o +1, o mais depressa possível.
6. Se, por outro lado, as taxas de crescimento estiverem correctas, então é necessário um aeroporto com capacidade de expansão, nunca a OTA.
7. De qualquer forma, o principio da incerteza deve-nos inclinar sempre para a adopção de soluções graduais. Estas permitem fasear o investimento ao longo do tempo, evitar sobrecapacidade, rentabilizar rapidamente o investimento efectuado, não deita fora o investimento já existente, e sobretudo, não se corre o risco de criar elefantes Brancos.
Solução é Portela + Beja (fazer autoestrada para ligação à A2) + Montijo e/ou Figo Maduro + ASC + TGV. Isto corresponde a cerca de 25-30M passageiros de capacidade actual (Portela 17M, Beja 2M, Montijo +2M, TGV +2M, ASC +5/7M)
Depois disto, se necessário, um aeroporto um pouco maior para Low Cost.
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