20070618

"LIDERANÇA, PRECISA-SE!"

Não é de hoje, nem segredo para quem me conhece, que aprecio as intervenções de Rui Moreira a todos os níveis. Raramente estou em desacordo com o conteúdo e a forma sempre exemplar como transmite as suas ideias. Além disso, fá-lo com argumentos sustentados num raciocínio lógico, sério e profundo, o que explica a sua crescente credibilidade na opinião pública nacional.

Porém, todos nós sabemos que, essa empatia, mais dia menos dia, acabará por provocar reacções adversas nas hostes dos "acomodados" do regime que por aí pululam e que se têm mantido calados à espera do momento oportuno para iniciarem a tradicional campanha do bota-abaixismo. Mas isso, será inevitável, já sabemos do que a "casa" gasta... A menos que, Rui Moreira decida bruscamente pôr termo àquilo que começou e desista (o que, apesar de me parecer improvável, muito lastimaria).

Nas entrevistas que nestes últimos dias concedeu a diversos orgãos de comunicação social, Rui Moreira, só disse verdades, tão evidentes como o ar que respiramos, sendo algumas delas da maior pertinência, como esta, acerca do empresariado nortenho: "que têm medo de sofrerem represálias do Govêrno se o afrontarem!". Esta realidade (não é nenhuma comédia Felliniana) é o espelho da realidade "democrática" no ano 2007, em pleno século 21...

Apesar disso, por razões pessoais perfeitamente legítimas, Rui Morera, considera ser para ele uma "maçada", envolver-se mais a fundo nesta questão.

Mas, é neste ponto que considero que Rui Moreira deixou fugir alguma embalagem no seu pragmatismo, quando (apesar de estar cheio de razão) descarta aparentemente a possibilidade de liderar o processo/movimento de apoio à Regionalização. Regionalização essa, afirmou, que ambiciona venha a ser política, para que a deixem ser também administrativa.! É assim mesmo, sem papas na língua.

Chegado a este patamar de protagonismo, acho que Rui Moreira já não pode (nem deve) recuar. Sobretudo, porque é alguém com perfil consensual (ao contrário de Rui Rio que ganhou a Câmara do Porto, por força de alguma anarquia das autarquias que o antecederam). Rui Moreira, só tem é que exigir e receber o apoio inequívoco das várias entidades públicas e privadas da região, que será porventura o único sinal de que está à espera para aceitar definitivamente o desafio da liderança.

Se assim for, e se esse apoio não lhe for manifestado com frontalidade e rapidez, então perderemos uma boa oportunidade de recuperarmos algum do muito tempo perdido à volta desta matéria que é o empobrecimento regional e só poderemos acusar essas entidades de passividade suicída cuja adjectivação mais simpática dá pelo nome de cobardia! Endinheirados mas...cobardes.





PS - Pela parte que me toca, não estou à espera de nenhum D. Sebastião, mas os líderes
continuam a ser necessários e mais agora que não abundam por aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

contem comigo. Estou disposto a dar o meu tempo e contributo financeiro se necessario

Alexandre Areias

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