20070615

Choque tecnológico no interior

O senhor primeiro-ministro anunciou ao país computadores e banda larga quase grátis para meio milhão de portugueses. A medida vai contemplar estudantes, professores e outros trabalhadores da área da educação. Os objectivos são o de generalizar as novas tecnologias, particularmente às famílias mais carenciadas. O Governo de José Sócrates desejará que a internet e a banda larga sejam “um bem público essencial, de acesso universal, tal como o foram no século passado a luz e o telefone". O que se teme é que, como no passado, as regiões do interior do país sejam também preteridas no acesso a estes bens, ditos essenciais. Não custa o mesmo aceder à banda larga, ou se navega com igual velocidade, numa vila ou aldeia do interior e no litoral do país. Por estes lados o acesso é quase um monopólio da linha fixa da PT que exige para além do custo da ADSL o pagamento da taxa de telefone e fornece serviços inferiores ao resto do país. Se as oportunidades não são iguais deviam também ser corrigidas. Em tempo de encerramentos de serviços públicos, Portugal torna-se um país muito centralizado e concentrado e as novas tecnologias de informação e comunicação podiam contribuir sobremaneira para atenuar essa situação. Elas seriam essenciais para ultrapassar muitos dos estrangulamentos da interioridade, melhorar e simplificar procedimentos com a administração pública e aproximar-nos dos centros de decisão. E se as ditas transportam múltiplas vantagens para que as regiões limítrofes atenuem distâncias e constrangimentos, então seria também necessário um “choque tecnológico” no interior do país.

4 comentários:

PMS disse...

Mais uma vez, o argumento que "com a Internet acede-se a tudo em todo o país, por isso não é preciso descentralizar" cai por terra, pois nem o acesso à Internet está descentralizado.

Anónimo disse...

metam tele2 e fodam mas é a PT que andou a roubar os tugas durante anos e anos e não soube crescer nem ser uma das maiores empresas, coisa que bem devia dado ao que roubou.

Metam mas é Tele2 que esses nao roubam mas crescem e pagam bem melhor aos empregados.

Tele2 nao pagam assinatura e fica por 18 euros, na merda da PT sao 15 euros de assinatura mais 30 euros de adsl, ainda por cima so nos dao 30 GB de download internacional e na Tele2 dão 50. Ate podiam dar mais mas como a PT tem o exclusivo nao podem fazer nada.

A tele2 no resto da Europa nem tem limites de download e é mais rapida. Aqui neste país de merda é que e´sempre a mesma merda, tudo mais caro e tudo da pior qualidade.

PT Telecom de merda, aprendam com a Tele2 que nao andou a roubar durante anos e anos seguidos e no entanto é bem maior que voces e esta em imensos paises da europa, paises de 1 mundo, enquanto voces, tao em meia duzia de paises de 3 mundo e nem sequer sao maioritarios. Tanto roubo pa nada fdx.. que tristeza

Anónimo disse...

pagar assinatura de telefone e limites de download só mesmo em Portugal..

PMS disse...

A questão da PT não é muito clara.

A Autoridade da Concorrência está sempre a impedir a PT de fazer o que quer que seja.

Passo a explicar: por um lado, há pouca concorrência, e preços altos, porque a PT tem o mercado quase todo. Por outro, sempre que a PT quer baixar preços ou ter ofertas arrasadoras que beneficiarão os clientes, a AC não permite, porque isso faria a PT ganhar maior quota de mercado, o que "prejudicaria a concorrência"?!?

Não faz sentido nenhum. A AC deveria permitir, em principio, todas as práticas que beneficiassem os clientes. O critério de ganho de quota de mercado, se resulta de melhor serviço, não tem qualquer interesse.

O paradoxo é que a AC, ao tentar promover condições para que haja concorrência, impede a concorrência.

A culpa de tudo isto? Do Governo Central, que para defender os "derrotados nacionais" (tb conhecidos por campeões nacionais) permitiu à PT ser proprietária da rede e operadora. Ainda por cima, com 2 redes (cobre e cabo).

Não fosse a SONAE, e isto mantinha-se assim até ao sec. XXII.

E que se diga que isto até é bom para a PT. Vai deixar de ter a AC à perna sempre que lançar um produto competitivo.

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