Paliçada

Lisboa tem três bases aéreas, duas bases navais, incontáveis quarteís, paióis, casernas, esquadras, campos disto e daquilo.

Numa antiga lógica militar, sabíamos que bastava tomar a capital e o país caía por si próprio sem oferecer resistência!

Passada essa fase da paliçada, cabe perguntar se Lisboa fortificou-se contra o resto do país.

Para quê e Porquê?

Proteger-se das hordas barbáras que vivem a norte e que não se deixam governar pela mão imperial de Roma...perdão, de Lisboa?

Essa irredutível aldeia centralista, vai-se protegendo e fortificando cada vez mais contra a vontade dos outros "gauleses"! Não seria a hora de equacionar a validade e o propósito existencial dessas autênticas linhas de Torres?

Isto vem a propósito do novo aeroporto da Ota; com tantas infra-estrutras aéreas de cariz militar que abundam à volta da capital, fica sempre a dúvida de que os milhões que serão gastos na Ota, poderiam simplesmente ser aplicados na reconverção desses aeroportos de duvidosa utilidade castrense!?