20090131
20090130
Bilderberg Balsemão strikes again
Traçado Braga-Vigo publicado no Diário da República
Manobras em curso em Braga
Vamos precisar de uma comissão internacional, um programa de estabilização como tivemos o FMI
créditos ao exterior e precisará de recorrer a uma linha de crédito
junto do Banco Central Europeu.
O «FMI» a chegar a Portugal, como tenho vindo a escrever.
(Via Balancedscorecard)
95 PME DA REGIÃO NORTE ACEDEM A VALES FINANCEIROS PARA INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
A Comissão Directiva do ON.2 (Programa Operacional Regional do Norte), presidida por Carlos Lage, aprovou esta semana 116 candidaturas a vales financeiros, de 95 micro e pequenas empresas da Região do Norte, para a aquisição de serviços de “Investigação & Desenvolvimento Tecnológico” (I&DT) e de “Inovação” a entidades do Sistema Científico e Tecnológico. A decisão representa um investimento de 2,9 milhões de Euros e a atribuição de incentivos não reembolsáveis de 2,1 milhões de Euros dos fundos estruturais.
O investimento e o número de projectos aprovados nestes concursos - designados de “Vales I&DT” e de “Vales Inovação”, dada a sua natureza financeira – quase triplicaram face aos anteriores. No âmbito do concurso para aquisição de serviços de I&DT empresarial, a variação é da ordem dos 350 por cento: serão apoiadas 53 empresas e um investimento de 1,5 milhões de Euros, com um volume financeiro de incentivos de 1,1 milhões de Euros. No caso do concurso para a aquisição de serviços de inovação empresarial, a variação situa-se na casa dos 100 por cento, tendo sido aprovados 63 projectos de empresas e um investimento de 1,4 milhões de Euros, com um apoio de incentivos de um milhão de Euros.
20090129
Especulações credíveis: O golpe de estado em curso
Quem defende a especulação intelectual é Pedro Arroja e companhia . Ao contrário da Econometria que ensinou, para Pedro Arroja bastam 2 observações para fazer um ajustamento e criar uma relação causa-efeito. O Portugal Contemporaneo está cheio de freakonomics . A última tese (?) tem haver com a intensidade sexual e cor da pele ou lá o que é . Pena é parecerem umas freiras de mosteiro quando se especula sobre as respectivas vidas privadas a partir da análise estatistica dos temas dos seus posts...
Entre uma ordem de venda em bolsa para estancar prejuizos e uma de compra proveitosa no Appolo, provavelmente, no meio de tanta especulação sem fundamentação teórica ou empirica, envolvendo genética, psicologia, antropologia, sociologia e outras ciencias não exactas, apenas pedindo emprestado a lógica do cerebro de um taxista, haja perdas de focalização. Por exemplo, na especulação sobre o caso Socrates/Freeport. A tese é que estando a família real britanica envolvida no Freeport, Gordon Brown pretenderia de alguma forma chantagear o trono do seu país. Um pouco bizantino...
Tudo isto para dizer o quê ? A especulação para ser credível tem que maximizar os factos e o senso comum.
O sempre atento José da PortadaLoja e estranha. De facto este violento alarido em volta de Sócrates e o silencio partidário e presidencial são estranhos.
A minha especulação é simples e baseada em factos: Socrates servia para garantir interesses e negócios à oligarquia que circunda o Terreiro do Paço num cenário económico, que acabou. Agora Sócrates é inutil. Além disso, hostilizou Cavaco com o estatuto dos Açores (Cavaco é amigo pessoal do ex-Carlyle Bush pai) e Balsemão com a não salvamento do BPP (fez bem). É altura de correr com ele.
Os 2 Bilderbergs nacionais (Cavaco e Balsemão) lá terá enviado instruções para a sede e como a dona do Freeport, a Carlyle e o grupo «Bilderberg have an interlocking membership», Sócrates está a ser fatiado.
Trata-se de um golpe de estado como ocorreu em 2004 com Santana e como já tinha especulado aqui . Pode ser que o Costa e Rio formem bom governo e o Porto fique livre para LFMenezes avançar com a fusão Porto+Gaia+outros concelhos da AMPorto. Boas notícias para o Norte.
20090128
Buraco negro
Agora está provado:Autoridades inglesas consideram Sócrates suspeito e querem ver contas bancárias do primeiro-ministro.
20090127
Drenagem Porto->Lisboa->Madrid
O BCP começou no Porto, hoje tem sede operacional em Lisboa e futuramente no mesmo local onde estiver sedeado o BBVA. Já aconteceu parecido com o centro informático e decisões de crédito do Totta/Santander, informática do BNC/BancoPopular e sala de trading do BES. Vai ser uma boa lição sobre o conceito de «Drenagem».
20090126
ACdP pela gestão autónoma do Aeroporto
Entrevista de José Ferraz Alves à Lusa
Sol: Associação de Cidadãos pede gestão autónoma do aeroporto
Notícias sobre a sessão pública da Associação de Cidadãos do Porto (ACdP)
JN: Privatização do "Sá Carneiro" gera protestos
Press release: Gestão Autónoma do Aeroporto Sá Carneiro - Sessão Pública
Neo-Centralismo?
Eleitores rejeitam integração na Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima.
Terá sido por não poderem neo-centralizar os restantes municípios do distrito?
Ou sai o Sócrates ou sai o Ouro
JN, Jornal sem Norte
Há bem poucos anos o JN ignorava os assuntos de natureza regional. Era um jornal para vender a Norte.
Provavelmente na redacção do JN existe a mesma percentagem de portuenses que dizem que Lisboa são todos amigos, que defender o Norte é bairrismo. Ignoram que existe uma tentativa não declarada dos agentes económicos de Lisboa de drenar para lá as actividades de bens e serviços não transaccionáveis, mais abrigadas da concorrência internacional.
Portanto, não faz muito sentido agora reclamar que o JN vai novamente ser transferido para Lisboa.
A criação de centros de poder a Norte, nomeadamente na comunicação social, já devia ter sido implementado há muito tempo. Os actores correntes , a redacção do JN, andaram distraídos demasiado tempo, assim como por exemplo Rui Moreira e ACPs contra a Regionalização. Agora não ha nada a fazer.
20090125
A multiplicação da Madeira e a regionalização
Um comentário a um post abaixo, sobre a Quimonda, inspirou-me a postar sobre a regionalização, agora que o tema parece voltar à agenda política.
20090124
Confirma-se: Em 2010 Rui Rio será ministro das Finanças e António Costa o 1º
- Sócrates está a ser atacado da mesma forma como foi favorecido para ser 1º ministro;
- Os verdadeiros governantes de Portugal, aqueles que na sombra mantem o status quo, dos quais Balsemão é apenas a ponta do iceberg, movem-se e geram resultados.
20090123
Falência da Quimonda: Uma oportunidade para mudar o modelo de desenvolvimento a Norte
A endogenização não funcionou: Uma argumentação favorável à captação de investimento estrangeiro, paga pelos contribuintes, é a possibilidade de endogenização de conhecimentos. Tenho amigos e familiares que beneficiaram profissionalmente e financeiramente da existência da Quimonda. Mas nenhum deles irá endogenizar o know-how adquirido. Ao contrário dos sectores tradicionais, nenhum passarara de quadro médio a empresário. O mais provável é que um deles siga o exemplo do outro e fechando a Quimonda, vá trabalhar para o estrangeiro. É que devido à natureza do mercado da Quimonda sofisticado e de grande dimensão, os spin-offs são difíceis. Li um comentário algures que advogava a nacionalização da fábrica de Vila do Conde, compra de algumas patentes e passar o Estado Central a explorar o negócio. Pois, é o spin-off que temos...
As ajudas públicas desta dimensão pelo Estado Central não fazem sentido, como questionava Daniel Bessa logo em 1995. Não tem competências para tal. Se calhar é preferível reduzir o IRC e deixar de haver ajudas às empresas. Poupa-se em funcionários e em risco de errar. Se é para manter as ajudas públicas, alternativamente, é preferível captar um maior número de investimentos, mais pequenos e assim de mais fácil endogenizaçao. Porem para tal, é necessária uma análise mais fina, não executada pelo Ministério da Economia central, mas sim pelos governos regionais, havendo Regionalização.
O melhor plano anti-crise para o Ave e para o resto de Portugal fora de Lisboa é mesmo seguir o modelo dinamarquês: Fundir autarquias e com a respectiva poupança de instalações, pessoal político e recursos financeiros, implementar governos regionais, que está visto, são os únicos que tem a mínima sensabilidade para promover ajudas públicas.
PS1: Decretada a falência, há agora que lutar pela devolução dos subsídios entregues pelo Estado Central à empresa.
PS2: O maior exportador nacional ao falir vai provacar ainda mais deficit da Balança de Transacções Corrente. O Norte e Portugal perdem assim mais exportações de Bens e Serviços Transaccionáveis, numa altura em que isto era essencial. Mais desgraças, portanto.
Qimonda abre falência - é urgente um plano anti-catástrofe no Ave
"A Qimonda, o maior exportador nacional de origem alemã que emprega 1800 trabalhadores, foi obrigada a solicitar a abertura do processo de falência no tribunal de Munique."
Com esta falência, o desemprego no Ave, que já supera os 15%, poderá atingir os 20%. É uma situação de produnda crise social e económica que requer uma intervenção profunda ao nível dos factores de competitividade da região...
...mas não de apoios directos a empresas, cujo resultados tão bons tem trazido:
"A empresa é apontada como um exemplo de sucesso e de apostar em produtos de ponta com forte potencial de exportação e apenas em Maio do ano passado tinha obtido novos fundos públicos para apoiar a produção de células solares. Na altura, o primeiro-ministro, José Sócrates, e o ministro da Economia, Manuel Pinho, estiveram na fábrica de Vila do Conde a testemunhar mais este exemplo de vitalidade das empresas implantadas em Portugal."
...ainda bem que utilizamos apoios públicos em empresas com tanta vitalidade!!! Mas ainda ninguém percebeu que empresas gigantes que valem 4% das exportações e que baseiam a sua competitividade em apoios públicos apenas criam estes problemas? É que estas empresas vão à falência sempre no pior momento: quando estamos em crise e mais precisamos delas!!!
O que é mais instável ? O Capitalismo ou a credibilidade dos Economistas
(...)«So complete was the academic mainstream's embrace of neoclassical economics that very few students learned about capitalism's instability. Courses in business cycles, once staples of the economics curriculum, largely vanished. The Bush government's economists were products of economics educations that incapacitated them to cope with today's massive capitalist crash. Thus, they failed to see, let alone prevent, the crash, waited too long to act as the crash unfolded across the latter part of 2007 and 2008, and proposed one half-baked and ineffective government policy after another since mid-2008. The economists gathered by Obama exemplify the same incapacitated generation.
The profession's shameful history of opportunism may be best illustrated by the January 2009 annual meeting of the supremely mainstream American Economics Association (AEA). Late 2008 had seen big businesses get trillions in government bailouts. Leading mainstream economists at the AEA meeting cravenly announced the errors of their former ways and advocated return to Keynesian economics. Neoclassical economists saw their careers jeopardized and acted quickly. New York Times reporter Louis Uchitelle even applied the religious term "conversion" to the paper by Harvard's Martin Feldstein. Like many born-again Christians, though, born-again Keynesians will no doubt backslide at the first sign of financial-sector stabilization.
To sum up, repeated oscillations between neoclassical and Keynesian economics in defining mainstream economics reveal the profession's opportunistic subservience to business needs. (...)
PS: O que tem isto a ver com o Norte ? Necessita-se de «thinktank» regional para os assuntos economicos, envolvendo associações empresariais e faculdades de economia.
20090122
Por horas
Mais TGVs - Somos ricos!
in: Gine´s de Rus, Vicente Inglada,Cost-benefit analysis of the high-speed train in Spain, Ann Reg Sci (1997) 31:175–188
TGVs: Uma imagem vale por 1000 palavras - II
A situação é melhor em relação à electrificação da linha, mas ainda longos troços sem electricidade. Isto é o nosso atraso.
Tirando o litoral, o resto é paisagem!
O TGV, obviamente, vai impediar a modernização que realmente é necessária e não resolve problema algum! O mesmo se aplica a qualquer Auto-estrada nova.
Disparidades económicas entre Lisboa e resto de Portugal vão diminuir
TGVs: Uma imagem vale por 1000 palavras
- Na linha do Norte (Lisboa-Porto) a maioria dos troços JÁ permitem velocidades entre 160 e 220 Km/hora;
- A ligação de Lisboa a Évora JÁ pode ser feita a velocidades superiores a 120 Km/hora. Apenas a ligação entre Évora e Elvas teria que ser construída de raiz;
- A ligação Porto-Vigo pode ser mais barata se se optar pelo litoral;
- A exportação de mercadorias para a Europa, das zonas que exportam, Norte e Centro de Portugal, podem usar a linha do Douro ou a linha da Beira Alta.
PS: Curiosidade: O Norte tem 1/3 da população mas apenas cerca de 1/5 da rede.
20090121
Convite à mobilização para a defesa do Aeroporto - 4ª Reunião da Associação de Cidadãos do Porto
Amanhã (5ªfeira) pelas 21.30h, terá lugar no Clube Literário do Porto a quarta reunião da Associação de Cidadãos do Porto, que terá a seguinte agenda:
- Convite à mobilização para a defesa do Aeroporto
- Acções de defesa da Gestão Autónoma
- O impacto do Aeroporto na Região Norte
Governo não prevê qualquer impacto da crise nas contas das autarquias
Como dizem os brazileiros, pimenta no ** dos outros é refresco...
P.S. Basta este exemplo prático para demonstrar que com regionalização haverá muito maior controle nas contas públicas.
TGV de mercadorias
- TGV não é viável para mercadorias;
- Lisboa importa mais do que exporta;
- para viagens rápidas há avião (mesmo que o preço flutue ao sabor do preço do petroleo);
- Portugal e Espanha necessitam de mudar para a bitola europeia (para permitir a concorrência ferroviária a nível europeu e para reduzir custos de manutenção)
Então:
- Não se justifica Lisboa-Madrid em TGV;
- Apenas se justifica plano geral de modernização ferroviária com mudança de bitola permitindo a circulação de AlfasPendulares a 250 km/hora de Vigo a Faro e de Lisboa a Madrid.
Evolução PIB NUT3 entre 2002 e 2005 (fonte OCDE)
Nota1: Para ter uma noção correcta, recomendo que se configure o tamanho dos círculos para PIB.
Nota2: É visivel a distancia a todos os níveis entre Lisboa e o reto de Portugal. Na minha opinião, a AMPorto está mais próxima do pelotão do que da AMLisboa.
20090120
Transporte de mercadorias por TGV via Lisboa ?
Lisboa nada exporta. Pelo contrário tem deficit comercial.
Na actual conjuntura, facilitar as importações piora ainda mais o deficit externo.
Portugal não precisa de facilitar importações.
PIBs regionais
Insulto Socrático: Regionalização e casamento do mesmo sexo
20090119
Petição a favor da gestão autónoma do Aeroporto do Porto
TGV: É preciso precisar os termos
Entrevista a Alice Vieira sobre educação
Seleccionei o mais interessante da entrevista no Público.
A escola pública está a perder qualidade?
Há um desinteresse, um cansaço e depois há o problema da formação. Eu não quero generalizar, mas esta gente mais nova... Qual é a preparação que tem? Converso com professores e é um susto, desde a língua portuguesa tratada de uma maneira desgraçada, até ao desconhecimento de autores que deviam ter a obrigação de conhecer... Sabem muito bem o eduquês, mas passar além disso, é difícil. Muitos professores com que lido têm uma formação muito, muito, muito deficiente. Eles fazem com cada erro, que eu fico doida! E não só falam mal como se queixam diante dos miúdos. Podem dizer mal entre eles, mas não diante dos alunos, que depois reproduzem e a balda vai ser completa. A responsabilização dos professores é fraca, eles não são muito seguros e os alunos sentem que os professores não são seguros.
Por exemplo, as manifestações dos miúdos também me perturbam um bocadinho, porque eles não sabem o que andam ali a fazer. Os miúdos devem aprender a falar bem, para saber reclamar, reivindicar, é uma questão de educação.
Mas nesse caso a culpa não é da escola, pois não?
Também é. Os professores queixam-se muito que têm de ser pai, mãe, assistente social, educadores... Pois têm! Porque a vida dos miúdos é na escola. Em casa não lhes dão as mínimas noções de educação, o simples "obrigada, se faz favor, desculpe". Quando os alunos vêem os professores na rua, a berrar e a gritar, o que é que eles pensam? Os alunos manifestam-se para exigir melhor ensino? Não. Não os vejo preocupados porque os professores os ensinam mal.
Com alunos e professores na rua, o ano lectivo está perdido?
Não me parece que esteja perdido, se houver bom senso. Não se pode estar a brincar. As pessoas não entendem muito bem que o maior investimento que podem fazer é na educação. Se não tivermos gente educada, a saber, capaz, o que é que vai ser de nós? Estamos a fazer uma geração que não se interessa, não sabe nada, mas berra e grita. E isso perturba-me.
Volto a perguntar, a educação está a perder qualidade?
Eu comecei a ir às escolas há 30 anos, para apresentar o meu primeiro livro "Rosa, minha irmã Rosa" e ía falar com os alunos de 3.º e 4.º anos. Agora vou, exactamente com o mesmo livro falar a alunos dos 7.º e 8.º anos. Alguma coisa está mal. É assustador! Outra coisa assustadora é a utilização da Internet.
Não concorda com o acesso dos mais novos às novas tecnologias?
Estamos a queimar etapas, a atirar computadores para os colos dos miúdos quando não sabem ler nem escrever. Só devia chegar quando tivessem o domínio da língua e da escrita. E os mais velhos?Os mais velhos, não sabem utilizar a Internet, não sabem pesquisar, eles clicam, copiam e assinam por baixo. Eu chego a uma escola, vou ver e fizeram 50 trabalhos sobre um livro meu, todos iguais, com os mesmos erros e tudo, porque descarregam da Internet. Pergunto aos professores e respondem-me: "Mas eles tiveram tanto trabalho a procurar...". O professor tem que ensinar a pesquisar. Às vezes, estou a falar com os alunos e tenho a sensação nítida de que não estão a perceber nada do que eu estou a dizer.
Essa sensação é generalizada?
No geral, as crianças têm muitas, muitas dificuldades. E os professores, logo à partida, têm medo que os alunos se cansem e nem tentam! "O quê? Dar isso? Eles não gostam, cansam-se". Há um medo de cansar os meninos. Desde 1974 que os alunos têm sido muito cobaias da educação. E os professores e os alunos não sabem muito bem o que é que andam a fazer... Aconteceu uma coisa terrível é que tudo tem que ser divertido. Há duas palavras que me põem fora de mim: moderno e lúdico! Tudo tem que ser lúdico, tem de ser divertido, nada pode dar trabalho. Não pode ser!
É preciso mudar a mensagem?
Quando vou às escolas esforço-me imenso por transmitir aos alunos que as coisas dão trabalho. E eles olham para mim como se fosse uma coisa terrível. Há muitas maneiras de se abordar as coisas, mas se os próprios professores passam a mensagem de não querer ter trabalho... Quando vou ao estrangeiro, vejo os professores e penso "se fosse em Portugal, não era assim". Eles fazem o que for preciso fazer. Cá dizem que não é da sua competência... Isso é complicado.
Falta-lhes formação?
Eu gostava de saber onde é que os professores são formados! Mas tendo alunos tão diferentes é necessário fazer formação. Porque, coitados dos professores, são deitados às feras! Como se chega aos alunos? Muitas vezes, olho para eles e vejo que não estão a ouvir nada. E eu apanho o melhor da escola, a parte boa, não tenho um programa para dar. Agora, quem está todos os dias na escola, compreendo que seja um stress terrível. A educação é daquelas matérias em que, se calhar, são precisas medidas impopulares, mas necessárias. Na educação nunca se fez um salto, que é necessário, nunca houve um ministro de quem se diga "fez".
É precisa mais disciplina?
É preciso mais autoridade, o professor não pode fazer nada, não tem autoridade nenhuma. A solução passa por mais interesse e mais disciplina. O gosto pelo que se faz. E o professor tem que sentir esse gosto e passar aos miúdos. A profissão é de risco, de missionário e não de funcionário público na acepção perjurativa da palavra. Não é uma profissão como as outras e não é seguramente a de preencher impressos...
Como é exigido na avaliação?
Voltamos à avaliação! Ela é necessária, todos nós devemos ser avaliados, mas não pelo parceiro do lado ou pelo filho do patrão! Não faço ideia de como é que se avalia, mas na educação existe gente competente, que estudou, e devia ser chamada para dizer como avaliar. Não concordo que sejam avaliados entre eles. Não se pode ser irredutível, quer dum lado [professores] quer do outro [ministério]. As manifestações, no momento a que se chegou, não levam a nada, já vimos que agita, mas não levam a nada.
20090118
«Ajustes directos» ...
20090117
Sócrates retoma compromisso com referendo à regionalização (Público)
20090116
Linha do Tua em Debate
O Movimento Cívico pela Linha do Tua promoverá um debate público sobre a Linha do Tua, no Auditório Municipal Paulo Quintela, em Bragança, no dia 17 de Janeiro de 2009, às 14h (cartaz em anexo).
Convidamo-lo(a) a participar neste encontro sobre a Linha do Tua, numa altura em que o Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico de Foz Tua se encontra em discussão pública.
Neste debate, subordinado a dois temas principais, "Linha e Vale do Tua - Perspectivas" e "Linha do Tua – Desenvolvimento Regional", e moderado pelo Dr. José Manuel Pavão, Presidente da Assembleia Municipal de Mirandela, estarão especialistas de várias áreas e apresentaremos alguns dos projectos e estudos realizados para a região, nos quais se demonstra existirem alternativas ao desaparecimento de uma das mais emblemáticas linhas de montanha da Europa, a Linha do Tua.
Apresentam-se em seguida algumas das individualidades convidadas, cuja presença foi já confirmada:Prof. Doutor João Joanaz de Melo
Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Dirigente do GEOTA
Prof. Doutor José Manuel Lopes Cordeiro
Professor Auxiliar da Universidade do Minho
Presidente da APPI - Associação Portuguesa para o Património Industrial e membro da Direcção do TICCIH - The Industrial Committee for the Conservation of the Industrial Heritage
Prof. Doutora Livia MadureiraProfessora Auxiliar da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Investigadora do Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento (CETRAD)
Participou no Estudo de Impacto Ambiental do Projecto Hidroeléctrico de Foz Tua – Sócio-economia
Prof. Doutor Manuel TãoDoutor em Economia de Transportes
Dra. Manuela CunhaAssessora do Grupo Parlamentar Os Verdes e Dirigente do Partido Ecologista Os Verdes
Prof. Doutor Mendo Castro HenriquesProfessor Auxiliar da Universidade Católica Portuguesa
Presidente da Direcção do Instituto da Democracia Portuguesa e Coordenador do projecto Tua Valley
Prof. Doutor Raimundo DelgadoProfessor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Coordenador do estudo da FEUP solicitado pela Comissão de Inquérito ao acidente de 22 de Agosto na Linha do Tua
Prof. Doutor Rui CortesProfessor Catedrático da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Membro da Fundação Nova Cultura da Água
Arq. Paisagista Viviana RodriguesArquitecta Paisagista, realizou estudo sobre "Contribuição para a interpretação da paisagem a partir da Linha do Tua"
Local de realização do debate:
Auditório Municipal Paulo Quintela
Bragança
Agradecendo a confirmação da sua participação através do email linhadotua@gmail.com ou dos telefones 917048537/936600374 , subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos,
Movimento Cívico pela Linha do Tua
Mais adiamentos de TGVs, NALs e ANAs
Na crise de 1984 onde Mário Soares e Ernani Lopes andaram pelo vale do Ave a pedir aos empresários para NÃO investirem, pois não havia divisas para pagar as máquinas importadas, até verba para o 13º mês aos funcionários públicos faltou... Manuel Pinho já dá os mesmo conselhos no mesmo vale do Ave, «off the record»...
Neste contexto, os mega-investimentos começam a desvanecer-se. Além de MarceloRSousa, António Maria refere o «deslizamento subtil mas real da discussão dos grandes investimentos estratégicos —Alta Velocidade e NAL— para 2010; no ponto final colocado à conversa sobre a privatização da TAP, e por aí adiante»
Máfias instaladas em Lisboa
«— a tríade de Macau (Coelho, Vitorino, Canas, Nabo, Santos Ferreira, Vara, Manuel Frasquilho, etc.) tomou de assalto o Partido Socialista, rasgou a sua cartilha social-democrata em nome de todos os panfletos sobre globalização e enriquecimento rápido que conseguiu tragar, montou uma rede de cumplicidades entre todos os sectores pesados da economia e da finança portuguesa: empresas públicas, empresas privadas de obras públicas, transportes e comunicações, e energia, e finalmente... bancos!
Se montarmos o organigrama de toda esta teia de ligações fortes entre o poder político democrático (protagonizado aqui por uma força partidária aparentemente consolidada) e a burguesia burocrática, unindo cumplicidades a deveres, deveres a patrocínios, patrocínios a cartelização, cartelização a manipulação das super-estruturas do Estado, manipulação a corrupção do regime em múltiplas e decisivas instâncias, teremos imediatamente o retrato de uma subversão em larga escala do actual regime constitucional.
A tríade de Macau não só meteu o PS no bolso —rindo-se como Judas Santos Silva se ri das suas velhas convicções de esquerda—, como ameaça neste preciso momento, e no decorrer de toda a presente crise, meter o regime político português no bolso.
A gula macaísta é tanta, e a nossa distracção tão lamentável, que ninguém reparou ainda até que ponto a Mota-Engil e a Brisa (para não falar de ANA, da Refer, da REN, na EDP, RTP, PT, etc.) ameaçam tornar-se, com bons argumentos, num Estado dentro do Estado. A primeira tomou conta da Lusoponte com dinheiro emprestado pelo semi-falido BCP (salvo com dinheiro público da Caixa Geral de Depósitos), que entretanto voltou a endividar-se, correndo os riscos por conta do contribuinte, sob a benção ignara do papagaio Sócrates. O lavar de roupa suja em volta do actual presidente da Lusoponte, Ferreira do Amaral (descendente da velha burguesia burocrática que serviu Salazar e Caetano), não poderia aliás ser mais oportuna do ponto de vista dos interesses da Mota-Engil. O objectivo da Mota-Engil parece-me claro:
- controlo das futuras três travessias do estuário do Tejo;
- construção-exploração do aeroporto de Alcochete;
- gestão dos principais aeroportos nacionais;
- construção da Terceira Travessia do estuário do Tejo;
- controlo dos principais portos do país, começando pelo ampliado terminal de contentores de Lisboa;
- exploração comercial dos combóios de Alta Velocidade.
Comentei junto do respectivo autor, António Maria: António, Não percebo porque fica agastado quando uso a expressão «máfias de Lisboa».
A resposta foi: «A expressão correcta seria. "Máfias instaladas em Lisboa" Se não, vejamos o caso da tríade de Macau:
- Jorge Coelho (Viseu)
- José Sócrates (Vilar de Maçada, Alijó)
- Carlos Santos Ferreira (Lisboa)
- Armando Vara (Lagarelhos, Vilar de Ossos, Vinhais)
- António Vitorino (Lisboa)
- Francisco Murteira Nabo (Évora)
- Vitalino Canas (Caldas da Rainha)
- Manuel Frasquilho (?)
20090115
20090113
Primeira consequência do plano anti-crise
Standard & Poor’s coloca dívida portuguesa em vigilância negativa - Ou seja, maior custo do endividamento do Governo e Instituições portuguesas (incluindo famílias) e ainda maior dificuldade no acesso ao crédito.
Basicamente a Standard & Poor's tem o mesmo receio que eu: que as contas públicas voltem a ficar descontroladas.
20090112
Rui Moreira duplica votação do CDS/PP e triplica a votação de partido regional
Os resultados da sondagem validam a minha opinião sobre o papel que Rui Moreira tem desenpenhado na consciência política a Norte, sobretudo no Porto. Efectivamente tem sido e é um porta-voz das reclamações contra o «status quo» do Centralismo e a nosso própria distração relativamente ao nosso próprio futuro. Analisemos os resultados:
- 91 respostas. É uma votação significativa. Subtrai 100 votos ao BE porque houve um simpantizante deste partido, provavelmente adolescente, que decidiu «martelar» os resultados. Tenho provas para o afirmar;
- Caso Manuel Alergre avance com um partido, o PSD ganha as eleições.
- A participação de Rui Moreira incrementa a votação do PP, pequeno partido (PND/MEP/MMS ou novo partido regional) e mesmo eventual partido de Manuel Alergre;
- A integração de Rui Moreira nas litas dos restantes partidos (PS, PSD, CDU/PCP e BE) provoca a redução da respectiva votação;
- Interessante verificar que apesar de Rui Moreira representar uma esperança, há ainda uma maioria de eleitores que votariam em branco;
Rui Moreira assume assim aquilo que há muito se apercebe: É a voz do descontentamento, esperada, messianicamente ou não, pelos leitores do Norteamos.
20090111
20090109
20090108
Monetaristas, Keynesianistas, Austriacos e Marxistas: A importância destes assuntos para o Norte
PMS, há que fazer uma precisão relativamente ao seu 3º parágrafo.
O Keynesianismo falha porque não percebe que o crescimento económico induzido pelo investimento público será pago cedo ou tarde pelos contribuintes. Ainda ontem Pedro Arroja o explicava. Estes deixam de poder usar os impostos noutro tipo de investimentos provavelmente mais reprodutivos.
Quem acredita no crescimento económico a partir de dinheiro criado do nada são os Monetaristas, M Friedman, a corrente neoliberal. Estes pensavam (e se calhar ainda pensam) que a emissão de moeda sem prévia poupança era inócua. Pelos vistos apesar de se ter iniciado nos anos 70, este ciclo acabou. Ainda ontem, como relata e bem o CCZ, o estado alemão não conseguiu colocar dívida pública no mercado. Isto é muito grave. Alguem sabe quando são os próximos leilões de dívida pública portuguesa ?
Na minha opinião, estes acontecimentos dão cada vez mais razão à escola Austríaca de pensamento económico e a aos economistas Marxistas. «The adherents of Marxian economics, particularly in academia, distinguish it from Marxism as a political ideology, arguing that Marx's approach to understanding the economy is intellectually valuable per se, independent of Marx's advocacy for revolutionary socialism or the inevitability of proletarian revolution.» Este é o meu caso.
Deixo aqui artigos recentes sobre as críticas ao desvio ao Capitalismo, quer da escola Austriaca, quer da Marxista:
- Capitalism's Crisis through a Marxian Lens (explicação da crise de 2007/2008 na perspectiva marxista);
- The Ponzi Paradigm (crítica à financiarização da economia, ao desvio da actividade económica para o sector dos bens e serviços não transaccionáveis);
- The medicine suggested by Keynes: Euthanasia of the ‘rentier’ system;
- Money Out of Control (Marxistas alinham nas críticas dos Austriacos ao excesso de criação de moeda);
- Dr Rui Moreira, não está na altura de organizar um «think tank» ?
- Que tal imitar a missão do INTELI que se assunme sem complexos como tal ?
- Caro professor Alberto Castro, que tal parar de fazer fretes propagandisticos ao seu amigo macroeconomista fo governo e começar a analisar estes temas ?
As razões pelas quais os Planos Anti-Crise do Sócrates e de Durão Barroso apenas servirão para piorar a crise IV
Que se diga que até considero as conclusões do Keynesianismo podem ser úteis para gerir um contra-ciclo económico (que não resulte em 1º grau de uma crise de excesso de crédito), desde que se tenha sempre em conta que o Keynesianismo tende a referir-se a efeitos de curto prazo. Ao contrário do que dizia Keynes, no longo prazo não "estamos todos mortos". O longo prazo é 1,2,3, 5 anos, e somos nós que cá estaremos para pagar.
O Keynesianismo tem como pressuposto não declarado (portanto, uma falha na teoria) que é possível criar dinheiro através da simples impressão de moeda. Como já vimos antes, isso gera inflação (aquele "monstrinho" que faz com que o dinheiro desvalorize face a todos os bens, isto é, que o nosso salário dê para comprar menos coisas).
Este governo acredita no Keynesianismo. Resta realçar que, uma vez que os salários desvalorizam mas não os bens duráveis, a inflação é particularmente prejudicial para as camadas mais pobres da população. E chamam-lhe socialismo...
20090107
Rui Moreira e as 40 associações (ou será ladrões ?)
A iniciativa é louvável, pela 1ª vez em muitos anos, consegue-se congregar as redes de várias associações da sociedade empresarial e civil para um projecto comum.Se tivesse existido o mesmo no passado, provavelmente o Norte não estaria onde está: Regionalização, obras públicas, Porto 2001, etc.
Das associações empresariais que abundam no Norte e em Portugal a ACP é sem dúvida aquela que tem mais «know-how» sobre estratégia de desenvolvimento regional. Na minha opinião, a ACP, devia institucionalizar este tipo de diálogo e agregação das outras associações. Devia criar meios humanos e comunicacionais permanentes para este fim. Obviamente que para ser credível e manter as 40 associações debaixo do mesmo guarda-chuva, tem que ser ideologicamente, politicamente e territorialmente neutro ou pelo menos equilibrado. Sem «portocentrismo», portanto. Caso contrário a AIMinho e AIRA abandonam o barco e o Pedro Morgado protesta e com razão.
Também considero que a institucionalização deste modelo será bem mais importante do que a defesa da gestão autónoma do ASC. É que não haverá dinheiro para as obras de Alcohetes nem respectivas privatizações de Anas.
Recomendo à ACP a transmissão do evento a partir do seu blog via Ustream.tv. Basta uma webcam e cerca de 1 hora de parametrizações, ao alcance de qualquer utilizador internet.
Os inevitáveis conflitos de interesse entre a boa vontade/razoabilidade de Rui Moreira e as associadas da ACP (Motas-Engis e afins) ficam para outra altura. Os tais 40 ladõres...
Norte une-se em defesa do Aeroporto Sá Carneiro
As principais associações sectoriais do Norte de Portugal vão reunir-se, quinta-feira, às 11h, no Palácio da Bolsa do Porto, com o objectivo de definir uma posição única e global sobre o futuro modelo de gestão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no âmbito da futura privatização da ANA.
O encontro vai reunir dirigentes de mais de 40 organizações representativas de actividades económicas da Região Norte de Portugal, desde a Indústria ao Turismo, dos Serviços ao Comércio, Agricultura, Têxtil, Alimentar, Automóvel, entre outras.
A Associação Comercial do Porto, a Associação Empresarial de Portugal, a Associação Industrial do Minho e a Associação Industrial do Distrito de Aveiro são as entidades promotoras e coordenadoras deste encontro multisectorial.
«Trata-se de um acontecimento único, com um objectivo muito claro: definir uma voz única em torno do modelo de gestão de um equipamento que é crucial ao Norte de Portugal - o Aeroporto Francisco Sá Carneiro», sublinha Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto.
A necessidade de ser acautelada a gestão autónoma da principal infra-estrutura aeroportuária do Nordeste da Península Ibérica, no quadro da futura privatização da ANA - empresa que gere os principais aeroportos nacionais – está na origem da reunião agendada para a próxima quinta-feira.
A Comunicação Social é convidada a conhecer as conclusões da reunião, a partir das 12h15, no Palácio da Bolsa do Porto.
Há vida para lá da crise: o Norte mexe!!!
20090106
O Paradoxo de Sócrates
Das duas uma, ou Sócrates vai dar apoios a empresas que não precisam, derivando no "paradoxo de Leontief", ou desvirtuar a livre-concorrência a favor das empresas menos eficientes.
Em qualquer dos casos o resultado será o mesmo: redução da competitividade média do tecido económico português. Ora, isso não resulta em emprego e criação de riqueza. Resulta em desemprego e pobreza. Paradoxalmente
Unicer: Direcção de Marketing em Lisboa, vendas historicamente baixas
Mesmo sabendo que é no Norte que a Superbock tem mais clientes, Pires de Lima decidiu «drenar», deslocalizar a direcção de Marketing da Unicer para Lisboa. Eis os resultados:
Sagres supera Super Bock pela primeira vez em 20 anos num bimestre - A cerveja Sagres, produzida pela Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, superou no bimestre de Outubro e Novembro de 2008 a sua principal concorrente, a Super Bock, propriedade da Unicer.
Paradoxo de Leontief
Quando o Governo argumenta com os fundos europeus como uma vantagem da construção do TGV e do Novo Aeroporto de Lisboa, não consigo deixar de pensar no Paradoxo de Leontief:
O mesmo se aplica ao plano anti-crise. Os Governos gastarão mais dinheiro e nós ficaremos todos mais pobres.
20090105
Quanto vale Rui Moreira em eleições para a Assmbleia da República ?
- Ler post prévio:O tempo urge, caro Dr Rui Moreira;
- Esta sondagem é de minha iniciativa. Não houve qualquer contacto prévio com o Dr Rui Moreira.
- Apresentei cenários de participação em listas partidárias pouco ou nada realistas (Rui Moreira candidato nas listas de partidos de esquerda) ou até mesmo indesejáveis (Rui Moreira candidato nas listas do PS ou PSD). Porém preferi dar ao leitor essa liberdade de escolha.
- A sondagem termina no dia 20090109 às 23:59.
- Este sistema de sondagens online não permite votação duplicada, pelo que terá alguma credibilidade.
- Irei solicitar aos blogues, Nortadas, Baixa do Porto, Portuense, Portistas de Bancada, Renovar o Porto, entre outros para publicarem a sondagem, de forma a ser o mais abrangente, fidedigna e útil possível.
- O código para publicação da sondagem está disponível na caixa de comentários.
As razões pelas quais os Planos Anti-Crise do Sócrates e de Durão Barroso apenas servirão para piorar a crise III
Decorre da afirmação que, uma vez que não é possível criar dinheiro, o dinheiro que o Governo aplica nos planos Anti-Crise tem de vir de algum lado. E só há 3 opções: impostos, dívida, ou emissão de moeda.
Uma vez que a emissão de dívida corresponde a impostos futuros e a emissão de moeda* produz inflação (o que equivale a um imposto "oculto"), temos que gastos públicos correspondem sempre a aumento de impostos.
Assim, o que é que sucede quando o Governo decide apoiar de forma indiscriminada todas as empresas que estão em dificuldades? Bem, está a aumentar a carga fiscal para todas as outras que são eficientes. Ou seja, está a desviar recursos de empresas eficientes para empresas ineficientes, reduzindo assim a capacidade de criação de riqueza da economia e portanto prolongando a crise.
Tendo isto em conta, o Governo deverá reservar a sua intervenção apenas para as situações que possam ter impacto macro-económico ao nível nacional / regional. Neste sentido aceita-se, por exemplo a intervenção na Quimonda, sob pena de se criar uma profunda crise social na região e deteriorar ainda mais a nossa já fortemente deficitária balança de pagamentos. Mas não se pode deixar de realçar que este caso apenas comprova que a política de atracção de grandes projectos de investimento directo estrangeiro é profundamente errada, pois gera subsidio-dependências das quais o país fica sistematicamente refém.
*Em todo o caso, esta última opção não está (felizmente) ao dispôr de Portugal.
20090104
«Máfias» no sitio do costume: Denúncia interna na CP contra "comportamentos criminosos"
Bem dizia o António Alves que em Portugal as coisas só mudam pela força. Veremos se isto provoca ou não um aperto ao regime. Duvido.
20090103
Luz ao fundo do túnel ?
Caro António,
O nosso deficit da BTC de facto já vem de longe, como dizia ontem no Expresso da Meia Noite o portuense Joaquim Aguiar. Imitamos o comportamentos da maioria das economias ocidentais, sendo um pais pobre... Já agora o deficit comercial é sobretudo da região de Lisboa, sabia ? O Norte, Centro e Algarve, praticamente não geram deficit da BTC... Portanto, não os portugueses que vivem acima das possibilidades, são sim os lisboetas... Há a socialização das perdas e privatização dos lucros, mas também há a portuguização das críticas e lisboatização das virtudes...
Quanto ao futuro, cada vez mais acho que a solução passa pela correcta interpretação das críticas que os economistas das correntes de pensamento económico não dominante (marxistas, austriacos) fazem ao capitalismo e ao pensamento económico dominante (keynesianismo e monetarismo). E nesse sentido o rigor financeiro ou a não utopia devem prevalecer. Obviamente que critica bem a «ditadura financeira» que não era mais do que as práticas neoliberais de financiarização da economia ou de privatizações/PPP que não são mais do que entregar a traficantes de influencias (já agora, residentes na sua maioria em Lisboa) sectores públicos abrigados da concorrencia internacional (o tal sector dos bens e serviços não transaccionáveis).
A história do capitalismo demonstra que em cada crise é inventado um novo esquema desvirtuador para manter o status quo dos dominantes. Francamente acho que é o que vai acontecer. Daqui um mês Obama terá no terreno um gigantesco programa de investimento em infra-estruturas/PPP financiado pela entrega da sua propriedade/concessão aos poupadores mundiais, China, OPEC, etc. Depois da bolha do imobiliário teremos a bolha das infra-estreuturas e PPP. E a bolsa começará a subir. Obviamente que quem se vai tramar são as gerações futuras.
Estas ideias de PPP já estão a ser implementadas por G.Brown e brevemente se difundirão pelo mundo ocidental. Não sei se será a solução para Portugal. É que já andamos nesse negócio das PPP há uns anos: Brisas, hospitais, AdP, Alcochete, já estão em PPP. Ao contrário dos EUA, não sei se ainda temos espaço de manobra para mais actividade económica de B&S não transaccionáveis executadas por privados, com alto patrocínio do Estado Central «mafioso» e lisboeta, custeado pelos pobres dos contribuintes e pelas gerações futuras. A minha tese é que não temos condições para isso. O caminho certo para Portugal é seguir o exemplo do desenvolvimento industrial alemão, japonês e chinês, e não o modelo americano ou inglês.
Portanto na minha opinião, já há luz no fundo do túnel. Não significa necessariamente que o pior já tenha passado nem que depois do túnel a paisagem seja a melhor.
20090102
As razões pelas quais os Planos Anti-Crise do Sócrates e de Durão Barroso apenas servirão para piorar a crise II
Mas não se fosse o Sócrates ou o Durão Barroso. Para estes, a solução é telefonar à Cofidis e pedir mais dinheiro emprestado.
Como quase todos sabemos (infelizmente nem todos), em termos pessoais esse é o passo fatal antes do "sobre-endividamento", palavra bonita que significa falência / bancarrota. Com as empresas e os países não é diferente.
Mas essa é a solução que Sócrates, Durão Barroso, e Obama-Bush preconizam. Acham que uma crise de crédito se resolve com a emissão massiva de mais crédito. É evidente em si mesmo que tal é um grande disparate.
Mas no caso de países, existe um efeito colateral. Não, não me refiro às famílias e empresas. Para todos os efeitos, esses são o próprio Estado, pois são os contribuintes que pagarão as más decisões dos países. Beneficiam no curto prazo, mas no ano seguinte terão de suportar os problemas em dobro.
Refiro-me às empresas que efectivamente têm projectos economicamente viáveis, e que deixarão de ter qualquer acesso ao crédito bancário, uma vez que este estará todo a ser desviado pelos Governos para gastos públicos com a desculpa de que servem para "revitalizar" a economia. Há muito que os economistas bem-informados (e as pessoas de bom senso) sabem que "abrir e fechar buracos" não cria emprego. Apenas desvia recursos de projectos criadores de riqueza para tapar os buracos nas contas públicas criados pelos projectos... de abrir e fechar buracos.
2009 começa mesmo mal
O actual colapso da economia americana foi prevista por Emannuel Todd em 2003 em «After de Empire». Todd, que também previu em 1976 o colapso da União Soviética, lança agora um novo livro, «Após a Democracia».
Para regionalizar o pessimismo, no vale do Ave consta-se que Manuel Pinho, ao contrário da propaganda oficial, está a aconselhar empresários a suspenderem os investimentos por 2 anos.
20090101
Podcast "O Porto em Conversa" sobre o Porto cidade / região
A primeira edição do podcast "O Porto em Conversa" será gravada dia 8 de Janeiro, e terá como convidado Tiago Azevedo Fernandes. Já está disponível o guião de conversa, que está aberto às sugestões que sejam colocadas na respectiva caixa de comentários.
Este projecto conta com o apoio da Bit_Rádio, um projecto radiofónico com emissão na Internet, sedeado na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa – Pólo da Foz.