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20110518

Chapéus há muitos seu palerma !

O que levou o PSD Porto a apoiar PPCoelho em vez de PSLopes foi uma questão de tachos. Parece que nas eleições de 2006 PSLopes terá imposto figuras fora dos distrito do Porto nas listas de deputados do distrito. Se o PSD POrto tivesse apoiado PSLopes, provavelmente este teria ganho a Sócrates em 2009 e hoje Portugal não estaria na bancarrota. Entretanto parece que o PPC fez agora o mesmo que fez PSLopes em 2006...

Menezes para proteger os tachinhos dos seus apoiantes afirma: «Luís Filipe Menezes diz que fusão do Porto com Gaia é prematura». Como dizia o lisboeta Eurico da Fonseca: Nascer, viver e morrer no meio de brutos é triste. Ou então, «Chapéus há muitos seu palerma !»

Qualquer observador minimamente informado, percebe que qualquer assunto «fusão/redução da administração pública» é imediatamente aceite pelo eleitorado e que é uma oportunidade para concretizar a devolução de poder administrativo para fora de Lisboa, via Regionalização tradicional ou alternativas inovadoras. Laje sugere-o, a Troika FMI/UE/BCE obriga, António Costa prepara o mesmo em Lisboa e já começou a pedir a metropolitanização de competências da administração central. A nossa pseudo-elite provinciana é a última a ler as entrelinhas.

Esperemos que seja o presidente da CMPorto Rui Moreira a fundir formalmente Porto e Gaia (e eventualmente outros) ou a passar para a JMPorto competências autárquicas que afectam o desenvolvimento económico (PDM conjunto, transportes, promoção turística, etc).

20090612

Exemplos de injustiças no Porto e Norte

Metro cobra tanto como transportes de Londres - A tarifa média da Metro do Porto (55 cêntimos) é idêntica à dos transportes públicos de Londres (56) e muito superior à de Metro de Lisboa (38) e Carris (31) - conclusões de uma análise de João Marrana, perito em transportes.
Alem disto, de refereir que o Norte fora do Porto não tem Metro e que os serviços equivalentes aos STCP não são subsidiados pelo orçamento de Estado.

Em Portugal continua-se a verificar desigualdades salariais grandes entre as diferentes regiões do País (Quadro II). No 1º Trimestre de 2009, segundo o INE; a percentagem de trabalhadores por conta de outrem a receber um salário mensal liquido inferior a 600 euros era de 49,7% na Região Norte; de 45% na Região Centro; de apenas 25% na Região de Lisboa;
«What else ?»

20090604

A falta do resto, a CCDRN entretem-se apenas com preliminares

Notícia
SESSÃO DE APRESENTAÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO PARA A PROMOÇÃO DA EMPREGABILIDADE NA REGIÃO DO NORTE AMANHÃ, EM GUIMARÃES


20090529

Infelizmente só no miserável Porto Interior é que há políticos e eleitores para isto

Jornal de Negócios Online
Na próxima quinta-feira, em França, durante a sétima edição da "World Investment Conference", será publicamente anunciada a criação em Paredes de uma espécie de "Silicon Valley".

"Trata-se de um projecto de uma dimensão brutal, com um investimento previsto de várias centenas de milhões de euros e envolvendo a criação de milhares de postos de trabalho", revelou ao Negócios fonte próxima do processo.

Já o presidente da Câmara de Paredes, Celso Ferreira, não quis falar do assunto, mas confirmou que está "a negociar um megaprojecto" para o concelho e que este será divulgado "em Baule, França, na quinta-feira".

José Silva: Desde quando Silicon Valley é um projecto imobiliário ?!?!?
Alguém com 2 palmos de testa pensa que a existência de instalações modernaças cria magicamente empreendedores/funcionários com qualificações suficientes para conceberem produtos/serviços de elevado valor acrescentado e geradores de exportações ?
Como é que o Vale do Sousa e Tâmega, no distrito do Porto, a região pobre e analfabeta de Portugal acha que pode construir um Silicon Valley ou afins ?
Não seria melhor começar pela sua própria qualificação em Economia e Geografia para não cair no rídiculo destas fantasias irrealistas ?


20090527

INE: Índice Sintético Desenvolvimento Regional: AMPorto em divergência face à média nacional entre 2004-06

«Os resultados do ISDR, reportados a 2006, revelam que apenas cinco, em 30 sub-regiões - por ordem hierárquica, Grande Lisboa, Pinhal Litoral, Baixo Vouga e, marginalmente, Beira Interior Sul e Baixo Mondego - superavam a média nacional em termos do índice global de desenvolvimento regional.
Os resultados reflectem uma imagem assimétrica do País, em termos de desenvolvimento global e de competitividade, mas mais equilibrada do ponto de vista da coesão e, ainda que em menor escala, mais equilibrada também do ponto de vista da qualidade ambiental. A existência de assimetrias inter-regionais mais intensas na competitividade reflecte, todavia, um processo em que, entre 2004 e 2006, 17 sub-regiões convergiram relativamente ao nível de desempenho nacional.
Na competitividade é saliente a diferenciação entre o Litoral e o Interior, com dominância do Litoral. Este padrão também caracteriza a qualidade ambiental, embora invertido face à competitividade, com o Interior a revelar desempenhos mais favoráveis. Na coesão, uma realidade mais equilibrada coexiste com alguma predominância de sub-regiões do Sul e centro Sul face ao Norte.»
Saliento esta frase na página 9: «no caso do índice global de desenvolvimento regional, apenas nove sub-regiões registaram divergência face à média, destacando-se as trajectórias da Cova da Beira, da Região Autónoma da Madeira e do Grande Porto»

20090204

Mais lições do caso Qimonda

Público, Lurdes Ferreira: Lições sobre o investimento em alta tecnologia
Como referia há dias, a Quimonda não endogeniza know-how. O único cliente e fornecedor eram a Qimonda de Dresden.
Ajudas públicas tem que ser muito mais ponderadas e fraccionadas. Não é tarefa para a Administração Central, mas sim Regional.

20090123

Falência da Quimonda: Uma oportunidade para mudar o modelo de desenvolvimento a Norte

A falência da Quimoda e suas consequências para o Norte são uma oportunidade para se mudar de moedelo de desenvolvimento.

A endogenização não funcionou: Uma argumentação favorável à captação de investimento estrangeiro, paga pelos contribuintes, é a possibilidade de endogenização de conhecimentos. Tenho amigos e familiares que beneficiaram profissionalmente e financeiramente da existência da Quimonda. Mas nenhum deles irá endogenizar o know-how adquirido. Ao contrário dos sectores tradicionais, nenhum passarara de quadro médio a empresário. O mais provável é que um deles siga o exemplo do outro e fechando a Quimonda, vá trabalhar para o estrangeiro. É que devido à natureza do mercado da Quimonda sofisticado e de grande dimensão, os spin-offs são difíceis. Li um comentário algures que advogava a nacionalização da fábrica de Vila do Conde, compra de algumas patentes e passar o Estado Central a explorar o negócio. Pois, é o spin-off que temos...


As ajudas públicas desta dimensão pelo Estado Central não fazem sentido, como questionava Daniel Bessa logo em 1995. Não tem competências para tal. Se calhar é preferível reduzir o IRC e deixar de haver ajudas às empresas. Poupa-se em funcionários e em risco de errar. Se é para manter as ajudas públicas, alternativamente, é preferível captar um maior número de investimentos, mais pequenos e assim de mais fácil endogenizaçao. Porem para tal, é necessária uma análise mais fina, não executada pelo Ministério da Economia central, mas sim pelos governos regionais, havendo Regionalização.


O melhor plano anti-crise para o Ave e para o resto de Portugal fora de Lisboa é mesmo seguir o modelo dinamarquês: Fundir autarquias e com a respectiva poupança de instalações, pessoal político e recursos financeiros, implementar governos regionais, que está visto, são os únicos que tem a mínima sensabilidade para promover ajudas públicas.


PS1: Decretada a falência, há agora que lutar pela devolução dos subsídios entregues pelo Estado Central à empresa.


PS2: O maior exportador nacional ao falir vai provacar ainda mais deficit da Balança de Transacções Corrente. O Norte e Portugal perdem assim mais exportações de Bens e Serviços Transaccionáveis, numa altura em que isto era essencial. Mais desgraças, portanto.

20080725

Análise ao PSI-20 (Localização da Sede Social)

Porto (7)

  1. Altri
  2. Sonae Indústria
  3. Banco BPI
  4. BCP
  5. Mota-Engil
  6. Sonae SGPS
  7. Sonaecom

Lisboa (12)

  1. BES
  2. Jerónimo Martins
  3. Teixeira Duarte
  4. Brisa
  5. Cimpor
  6. EDP
  7. EDP Renováveis
  8. Galp Energia
  9. Portugal Telecom
  10. REN
  11. Semapa
  12. Zon Multimedia

Setúbal (1)

  1. Portucel

Nota: Para comparar com as análises anteriores. Deixo os comentários para os leitores.

20080722

Razões da decadência económica do Norte e do País

O artigo de António Borges permite perceber bem as razões para a decadência económica do Norte. Como todos sabem, o Norte, tal como o Centro, é uma região que baseia a sua economia na produção de bens transaccionáveis.

Ora, as políticas dos governos nos últimos 15 anos (pelo menos) foram precisamente as contrárias às necessárias para o reforço da competitividade destas regiões:
  • Por um lado, o investimento público foi todo direccionado para o Sector Não-Transaccionável, desmobilizando recursos para essas actividades, enquanto implicava impostos adicionais para o Sector Transacionável.
  • Depois, uma política de criação de "campeões nacionais", que implica um aumento dos custos de produção para o resto das empresas: comunicações, energia, transporte, em todos eles pagamos um imposto escondido, em resultado da ineficiência protegida a estas empresas (e das margens monopolísticas). E, no caso do transporte aéreo, o proteccionismo existente torna-nos um país mais periférico e menos atractivo do ponto de vista turístico (que também é sector transaccionável).
  • A criação de instrumentos de subsidio-dependência. A subsidiação às empresas, que impede desemprego pontual no curto prazo, significa também que impedimos que as melhores empresas substituam as piores. E sem uma adequada renovação do tecido empresarial, a região perdeu competitividade ao longo do tempo.
  • Um nível de burocracia elevado, que cria elevados custos de contexto, dificilmente suportáveis para quem sofre a concorrência internacional, e com propensão a permitir "vitórias na secretaria". A somar a isto, às dificuldades burocráticas para as empresas nacionais contrapõe-se as facilidades para os projectos de investimento estrangeiro. Ora, as empresas nacionais têm menor propensão para deslocalizar a produção, criam know how local e, porque mais pequenas, criam menor dependência ao nível local* e maior flexibilidade no tecido económico.

O Norte perdeu competitividade internacional e entrou em decadência, tal como o resto do país. Aliás, o Norte, sendo a economia regional mais aberta ao exterior, é um bom barómetro da situação real do país em termos de competitividade internacional.

Apenas a Região de Lisboa conseguiu manter-se relativamente imune... mas o feito foi conseguido graças ao peso dos Não-Transaccionáveis na região. O problema é que só existe competitividade quando baseada nos sectores transaccionáveis. O facto desta região importar o triplo do que exporta* é revelador da sua real competitividade.

Dizia Miguel Cadilhe, no debate sobre a Regionalização da semana passada no Porto, que existe uma tese, nalguns governantes (e não só), que defende que Portugal necessita de uma mega-capital para conseguir ser competitivo no espaço europeu. Se a tese é má (e profundamente antidemocrática), as políticas a ela associadas foram ainda piores: Portugal perdeu competitividade internacional de forma dramática. Incluindo a Capital.

* Quando uma fábrica emprega 20% da população de um concelho, o seu encerramento implica um drama social na região (é impossível que tanta gente encontre alternativas de emprego em pouco tempo), o que propicia situações de "chantagem" para a obtenção de subsídios adicionais. É assim que nasce a subsídio-dependência.

** Apenas considerando bens. Em abono da verdade, Lisboa tem um desempenho relevante ao nível do Turismo.

20080719

Mãos ao alto!

Foi durante o Governo de Cavaco que se encerraram as linhas do Tâmega e de Guimarães (conforme indicação do expert Dário Silva).

Talvez assim se perceba melhor o que Cavaco pretendia quando pediu, nos Vales do Tâmega, Sousa e Ave, para "não baixarem os braços"...

20080718

De visita à província

"Cavaco Silva anda hoje a visitar o vale do Sousa, o vale do Tâmega e o vale do Ave. Estas 3 regiões têm duas características em comum: encontram-se entre as mais pobres do país e estão muito longe da região que Cavaco promoveu a único centro de
desenvolvimento do país durante os seus mandatos como Primeiro-Ministro
(Grande Lisboa)." - João Miranda, via Blasfémias.

20080126

Quando?

O PSD de Menezes tinha uma ideia regionalista. O PS que governa defende a regionalização. O PCP é favoravável à mesma. O CDS tem dúvidas. O BE, a sua direcção defende as 5 regiões - plano.

Não compreendo esta demora: decisão da Assembleia da República ou Referendo, já!

Os nossos deputados estão à espera do quê? E as oposições estão lentas!

O desenvolvimento não pode esperar.

20071209

JS de Bragança e de Vila Real

Os jovens socialistas transmontanos defenderam ontem a criação da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro como a melhor solução para promover o desenvolvimento e responder às especificidades dos distritos de Vila Real e Bragança. Numa iniciativa que dizem ser inédita a nível nacional, os militantes dos distritos de Vila Real e Bragança, juntaram-se num congresso que decorreu em Vila Real, para criar a Confederação Regional dos Jovens Socialistas Transmontanos.Fernando Morgado, presidente da Federação da JS de Vila Real, salientou que o "grande objectivo" desta confederação, que vai agregar cerca de 3000 militantes daqueles dois distritos, "é bater-se pela instituição da regionalização". Os participantes aprovaram ainda uma moção "por unanimidade e aclamação" em defesa da criação da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro. "Entendemos que é esse o modelo que melhor vai de encontro às nossas expectativas de desenvolvimento e às especificidades que vivemos nestes distritos e que são diferentes daquelas que se podem constatar nos outros distritos", afirmou Fernando Morgado.Bruno Veloso, presidente da JS de Bragança e o primeiro a assumir a liderança da nova confederação, referiu que os jovens militantes querem "reacender o debate sobre a regionalização" e, ao mesmo tempo, preparar argumentos que melhor fundamentem o modelo de organização administrativa escolhido. O actual Governo assumiu o compromisso de avançar com a criação das regiões na próxima legislatura.

A JS a lutar pela regionalização, faz muito bem. As Regiões são imprecindíveis ao desenvolvimento económico, social e cultural. Trás-os-Montes e Alto Douro devem ser uma região, assim como o Minho e a AMP, no Norte.

20071011

Braga/Minho: A(s) Aposta(s) Certa(s)

Na minha óptica, o futuro da cidade/região deve passar pela aposta e investimento em dois sectores: o conhecimento e o turismo.

A produção de conhecimento, área em que a Universidade do Minho assume um papel fulcral, não pode deixar de se consubstanciar na oferta de serviços altamente especializados e no desenvolvimento de patentes capazes de garantir retorno para os investimentos feitos. O Instituto Ibérico de Nanotecnologias e o Instituto Ideia Atlântico servirão para reforçar esta vocação. A estratégia deve ser global e integrada, aproveitando todas as potencialidades da região. Viana do Castelo e Guimarães deverão ser chamadas a complementar a vocação de Braga enquanto cluster altamente especializado, fundamentando a criação de uma região do conhecimento.

O turismo pode ser outro sector de importante desenvolvimento estratégico da cidade de Braga. Se, por um lado, o conhecimento permite a realização de eventos que atraem pessoas, o valor natural, histórico, cultural e arquitectónico da região justificam a criação de uma marca turística de grande valor. Neste domínio, o envolvimento dos quadros altamente especializados que existem na Universidade do Minho é fundamental para gerar circuítos turísticos de grande qualidade e proceder à recuperação e divulgação do património.

Nesta linha, torna-se evidente que Braga precisa de um novo Centro de Congressos e Exposições. Se não fôr possível um novo edifício, que nasça um projecto renovado. O Parque de Exposições de Braga tem sabido realizar eventos capazes de mobilizar a cidade mas deveria reforçar a aposta na promoção de iniciativas globais capazes de alcançar públicos além-Minho e, sobretudo, além fronteiras.

Também no Avenida Central.

20070910

VALE DO AVE

Esta investigação surge no âmbito do projecto europeu CAPRIGHT, integrado no sexto Programa Quadro da União Europeia. Será efectuado por 26 equipas de investigação de 13 países europeus, entre 2007 e 2010.
“O estudo no Vale do Ave foi uma iniciativa da FEP, e escolhemos estudá-lo por diversas razões. É uma região com um fraco índice de escolarização e onde há desafios a nível do mercado de trabalho, devido à estrutura da escolarização e competitividade e a nível dos seus desempregados. Era uma região dependente da indústria têxtil e do calçado, e têm surgido barreiras à reinserção no mercado de trabalho”.
A nível local”, sustenta Sara Cruz, “vamos dedicar estudos a políticas de formação, qualificação e focar a questão da empregabilidade, bem como o nível de dinamismo e cooperação entre instituições locais. Em suma, o que se pode fazer para o bem-estar colectivo, a nível regional”.

Ora aqui está uma excelente notícia! Para desenvolver as regiões é necessário começar desta forma: Estudando, analisando e por fim, implementando!

Galiza mostra o caminho (mais uma vez)

"O Governo Regional da Galiza vai avançar com a construção do maior centro espanhol de investigação e desenvolvimento para o sector automóvel e que concorrerá directamente com o centro de engenharia do CEIIA (Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel), localizado na Maia. No final de 2008, a região espanhola quer ser a mais equipada para investigar as últimas tecnologias electrónicas.

Este projecto, da iniciativa exclusiva do Governo regional e para o qual vai destinar 25 milhões de euros, representa um sinal evidente da prioridade política dos galegos a uma indústria que lhes garante, neste momento, mais de 10 por cento do seu PIB regional. Surge também numa altura em que a Região Norte retirou o sector automóvel da sua prioridade de desenvolvimento estratégico para a próxima década (agora baseada na biotecnologia e as ciências da saúde)."

O CEIIA contou com 10 milhões de euros (públicos e privados). Apesar das dificuldades económicas do nosso país, a diferença do investimento mostra bem o empenho, decisão e estratégia dos dois lados da fronteira. No seguimento da notícia, aprende-se que o sector automovél não é um sector estratégico para a região. Tentei descobrir qual é a estratégia para a região, parte pode ser encontrado aqui e mais concrectamente e com mais detalhe aqui.

Estes "planos" (Portugal agora deve ser a capital dos planos), estão cheios de boas intenções e muito paleio. Primeiro, eu tenho muitas dúvidas acerca da vontade e capacidade dos actuais dirigentes implementarem os seus próprios "planos" (aí a verdadeira vantagem da Galiza ter o governo regional). Segundo, após breve leitura, a mim parece-me que está-se a tentar preparar a região para os desafios de ontem. Ou seja, não há estratégia a longo prazo, ou que se está a tentar fazer é tentar trazer a região para o século XX/XXI e não para o futuro.

Eu propunha aqui um debate, acerca do que devem ser as fontes de riqueza da região, a longo prazo e a sua sustentibilidade.

20070828

Factores de Desenvolvimento Económico

A proximidade de grandes mercados de consumo (áreas fortemente povoadas /com elevado poder de compra) costuma ser um dos principais factores apontados para explicar o desenvolvimento económico de uma região na Europa. Assim, as regiões próximas do "Triângulo Dourado" Manchester-Paris-Rhur têm uma vantagem em relação às restantes.


Por exemplo, em Espanha as regiões que mais beneficiam deste factor são as do nordeste (catalunha, valência, aragão, bilbau), pela proximidade ao centro europeu e a concentração populacional da Catalunha, e Madrid pela própria concentração populacional.

No entanto, uma análise histórica efecutada por Jesús Lopez-Rodriguez e J. Andrès Faiña revela resultados interessantes. Este factor tem cada vez menor capacidade para explicar o rendimento. Em 1982, a proximidade de grandes mercados explicava 58% da variação de rendimento entre regiões. Em 1999, apenas 42%.

Mais, ao analisar o gráfico disponibilizado apercebemo-nos que a Irlanda é, tal como Portugal, um país periférico. Eles são, no entanto, um dos países mais ricos da UE.

Em conclusão: A concentração é, cada vez menos, um factor relevante para o crescimento económico. As desculpas para o concentracionismo acabaram.

Estudo disponível aqui (seleccionar artigos, ensaios, e depois o seguinte ensaio: "Does distance matter for determining regional income in the European Union? An approach through the market potential concept").

20070731

Norte vai investir na agricultura acima da média nacional prevista

Os investimentos agrícolas na Região Norte deverão representar 335 milhões de euros em 2013, após os sete anos de aplicação do actual quadro comunitário de apoio, em vigor desde o início do ano. Aquele valor traduz um crescimento de 48,8% face ao investimento contabilizado em 2003 e significa um salto superior ao previsto para a média nacional, que na mesma década (2003-2013), apenas crescerá 18%. São dados retirados da versão provisória do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) para a Região Norte 2007-2013, em consulta pública até 15 de Agosto. O documento contém o diagnóstico da situação actual e da definição de objectivos e prioridades que irão orientar a selecção de candidaturas aos novos fundos comunitários - na ordem dos dois mil milhões de euros para o país inteiro e para os sete anos do Programa. A verba específica para a região ainda não é conhecida.
Entre as prioridades definidas, são apresentadas nove fileiras consideradas estratégicas. Vinho, azeite, floresta, leite, qualidade (produtos protegidos) e frutas.
O PDR, tal como está, deverá proporcionar ao sector primário da região um maior peso na economia. Os 894 milhões de euros (VAB) apurados em 2003 deverão subir para 1350 milhões de euros em 2013, com um crescimento de 51%, e, mais uma vez, acima da média nacional (48%).
Leituras recomendadas