20090102

As razões pelas quais os Planos Anti-Crise do Sócrates e de Durão Barroso apenas servirão para piorar a crise II

Imagine o caro leitor que está com dificuldades financeiras porque se assumiu um crédito à habitação com um valor demasiado elevado face ao seu rendimento. O que faria nesta situação? Provavelmente tentaria cortar nos gastos não essenciais ou eventualmente procuraria alguma forma de obter um rendimento extra (um 2º trabalho, um freelance, ou até um biscate).

Mas não se fosse o Sócrates ou o Durão Barroso. Para estes, a solução é telefonar à Cofidis e pedir mais dinheiro emprestado.

Como quase todos sabemos (infelizmente nem todos), em termos pessoais esse é o passo fatal antes do "sobre-endividamento", palavra bonita que significa falência / bancarrota. Com as empresas e os países não é diferente.

Mas essa é a solução que Sócrates, Durão Barroso, e Obama-Bush preconizam. Acham que uma crise de crédito se resolve com a emissão massiva de mais crédito. É evidente em si mesmo que tal é um grande disparate.

Mas no caso de países, existe um efeito colateral. Não, não me refiro às famílias e empresas. Para todos os efeitos, esses são o próprio Estado, pois são os contribuintes que pagarão as más decisões dos países. Beneficiam no curto prazo, mas no ano seguinte terão de suportar os problemas em dobro.

Refiro-me às empresas que efectivamente têm projectos economicamente viáveis, e que deixarão de ter qualquer acesso ao crédito bancário, uma vez que este estará todo a ser desviado pelos Governos para gastos públicos com a desculpa de que servem para "revitalizar" a economia. Há muito que os economistas bem-informados (e as pessoas de bom senso) sabem que "abrir e fechar buracos" não cria emprego. Apenas desvia recursos de projectos criadores de riqueza para tapar os buracos nas contas públicas criados pelos projectos... de abrir e fechar buracos.

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