O Tejo e o Poder de Compra em Portugal vão ambos na mesma direcção: Lisboa e arredores. Eis o que diz o INE num estudo revelado hoje:
· O município de Lisboa apresenta o indicador per capita do poder de compra mais elevado em Portugal. Situa-se nos 216, ou seja, o poder de compra dos lisboetas mais que duplica o da média nacional. Oeiras (173,3), Porto (164,3) e Cascais (157,1) são os outros municípios com poder de compra bem acima da média.
· Se são apenas 43 os municípios que tem poder de compra acima da média, em 17 municípios o poder de compra per capita era inferior a 50% da média nacional. estão sobretudo na região Norte, em particular nas sub-regiões do Tâmega (Resende, Ribeira de Pena, Cinfães, Celorico de Basto e Baião) e do Douro (Freixo de Espada à Cinta, Sernancelhe, Carrazeda de Ansiães, Tabuaço e Armamar) mas também do Cávado (Terras de Bouro) e do Alto Trás-os-Montes (Vinhais). Neste conjunto, incluiam-se ainda Vila Nova de Paiva e Aguiar da Beira, no Dão-Lafões; Nordeste e Corvo nos Açores; e Alcoutim no Algarve.
· O município de Lisboa concentrava cerca de 11% do poder de compra nacional, apresentando Sintra e Porto um peso também importante (4,1% e 3,6%, respectivamente).
· Para além destes, mais 20 municípios concentravam pelo menos 1% do poder de compra do país: 13 localizados nas sub-regiões Grande Lisboa, Península de Setúbal e Grande Porto e, ainda, Coimbra, Braga, Funchal, Guimarães, Leiria, Santa Maria da Feira e Vila Nova de Famalicão.
Nota: Não me parece que o custo de vida (compras de hipermercado, transportes, saude, etc) sejam mais caros em Lisboa do que no resto do país.
3 comentários:
O mais relevante é o rendimento per capita (não o peso do município no total do país).
Mas porque é que nos deu Deus este castigo? Que teremos nós feito de tão mau, para termos de levar com esta "gente" de lisboa em cima?
Mas porque é que D. Afonso Henriques em vez de conquistar para sul não conquistou para norte? Assim a "mourama" tinha ficado lá para baixo a fazer companhia a Marrocos, todos contentitos (e até era mais fácil para nós fazer turismo em Marrocos), e nós aqui pelo norte tínhamo-nos juntado aos galegos e tinhamos constituído um agradável país, mais homogéneo, menos centralista, mais desenvolvido e que teria o bonito nome de Portugalícia. Ora digam lá se não era bem melhor para todos.
P.S. Cada dia que passa tenho mais vontade de ser espanhol.
É favor não confundir a cidade de Lisboa com a capital, nem com o Estado Central. É que é precisamente isso o que o Estado Central tem feito.
Enviar um comentário