20071119

Referendo, sim

A eurodeputada Elisa Ferreira defendeu ontem, no Porto, que a regionalização administrativa do país não deve ser novamente sujeita a referendo porque "já está na Constituição" e "já foi discutida na Assembleia da República (AR)". Em entrevista ao programa "Primeiro Plano", emitida ontem á noite na estação televisiva local Porto Canal, a antiga ministra do Ambiente e depois do Planeamento dos governos de António Guterres afirmou não ver "qualquer interesse" em referendar novamente a regionalização. Elisa Ferreira sublinhou que, por um lado, "a regionalização administrativa deu bons resultados nos Açores e na Madeira" e, por outro, "já está na Constituição" e "não faz sentido pegar em peças da Contituição e referendá-las"."O debate já foi feito na AR e se os dois maiores partidos se entendessem (...), porque isto é uma questão de necessidade nacional, eu não vejo qualquer interesse em que (essa questão) seja novamente referendada", considerou. Para a eurodeputada, a regionalização foi "chumbada" no primeiro referendo por causa do mapa proposto, que considerou "um erro crasso". "Afirmei-o nos espaços próprios, dentro do PS, disse na altura que ninguém se identificava com aquilo", afirmou.A antiga ministra socialista recordou que o país já fez muitas alterações à Constituição sem referendo e defendeu que o mapa ideal é o das actuais cinco regiões-plano "com competências muito claras".
in jn
Elisa Ferreira está enganada: 1- Em 1998 o referendo ditou o Não, porque a maioria não queria mesmo a regionalização ( ver os resultados em Vila Real e Bragança); 2 - Tem de haver outro referendo, senão os opositores à regionalização têm trunfos fabulosos (erro de análise política), veja-se o caso da IVG.
Se o mapa for o das Regiões- Plano que seja, agora que venha o referendo o mais rápido possível.

3 comentários:

Antonio Almeida Felizes disse...

caro josé manuel faria,

Contrariamente ao que afirma, o povo em 1998, efectivamente, não votou contra a Regionalização, votou contra aquela Regionalização.

Seja como for, e pese o facto da revisão constitucional de 1998 - que viria a declarar a obrigatoriedade de referendar as regiões administrativas - ter sido a maior aldrabice jurídica produzida neste país, ao legitimar referendar normas constitucionais e leis da república, mesmo assim, reconheço a dificuldade das actuais lideranças partidárias (PS e PSD) em avançarem para um entendimento que evitasse o recurso ao referendo.

Cumprimentos
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Regionalização
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josé manuel faria disse...

É uma interpretação sua, antónio almeida felizes.

Se a proposta fosse 5 regiões o voto era o mesmo.

Os argumentos demagógicos dos anti-regionalistas foram levados muito a sério pelas populações.

fernator5 disse...

Eu concordo que nao deve haver referendo.

E referendo para quê? Por acaso respeitaram o anterior referendo?
Madeira e Açores votaram NAO no referendo e ainda continuam a ser regiões autonomas.
Algarve votou SIM e não é região autonoma, o resto do Centro a mesma coisa.

Era mas é respeitar o referendo. Fazer regiões autonomas ao Algarve e Centro. Tirar à Madeira e Açores e eu queria ver se as ilhas e o Norte depois não vinham choramingar e fazer manifestações a pedir regionalização para ficarem igual aos outros.

O nosso povo é burro, fazer referendo para quê? Para chegarmos ao ridiculo das ilhas votarem Não e depois se cumprissemos o referendo, fazerem todos um escandâlo a dizer que afinal querem mesmo regionalização e engaram-se?
Sinceramente é uma perda de tempo..

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