"Mas não se pense que o centralismo visa os interesses do país e a defesa da unidade da pátria, como alguns arengavam aquando do lamentável e mistificador referendo sobre regionalização. Nada disso. Ele visa sobretudo a defesa de interesses pessoais ou de grupos, grupúsculos e grupelhos instalados na capital. Se os românticos inventaram a caça aos dotes, os centralistas, desde os próceres do Estado Novo até aos profissionais que se utilizam da democracia, dedicam-se à caça aos empregos, benesses e acumulações.
Para Lisboa, emprego qualificado, quadros superiores, administradores e técnicos de prestígio, para o Porto e o Norte mão-de-obra barata, debandada de quadros, emigração, desempregos desqualificados e pós-graduações em gangues, assaltos, violência e ausência de perspectivas de futuro para muitos jovens empurrados para o crime. É um país justíssimo!"
Hélder Pacheco, Professor , e escritor
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