20071107

Pico Petrolífero e OTA/Alcochete

Após o Pico Petrolífero é expectável um declínio da ordem dos 25% a 50% na aviação mundial, segundo a intervenção de Roger Bezdek na conferência da ASPO-USA em Outubro passado. A lógica é a seguinte: O crescimento do sector tem sido determinado pelo crescimento do PIB mundial. É verdade que o preço de petróleo, hoje a 98 USD o barril, máximo histórico, apenas influencia 30% do preço do bilhete aéreo. Porém, se o Pico Petrolífero ocorrer em 2008, terá um impacto negativo no PIB de 1% a 2%. Este menor crescimento do PIB implicará então uma redução do crescimento do sector. Mesmo sem Pico, o cenário mais provável é de facto uma recessão no próximo ano. Assim, num cenário de redução do PIB mundial no próximo ano, «Airport and aviation infrastructure projects will be cancelled» e «Some airlines will disappear or may have to be rescued by governments». O governo dos EUA já reconheceu a existência do Pico Petrolífero. Em Portugal, Sócrates tem que fazer o mesmo. As projecções de crescimento do trafego aéreo estão sobrevalorizadas e é necessário desistir de OTAs ou Alcochetes. Portela + N (Montijo, Beja, Fátima, Bragança) é a solução.

Ler também «VOOS CANCELADOS DA TAP»: Os cancelamentos de voos da TAP, nos próximos meses, na Portela, serão um importante indicador da falta de rentabilidade de várias rotas devido à forte concorrência das Low Cost.

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