Até começar-se a sentir os efeitos do Peak Oil, era moda querer fechar a refinaria da GalpEnergia em Leça da Palmeira (Matosinhos): Desde os imobiliários narcísicos até aos centralizadores lisboetas, todos ignoravam o efeito económico a Norte que a refinaria desempenha e o negócio que iria ser propiciado à refinaria da Repsol na Corunha. Felizmente passou de moda. Agora o autarca de Matosinhos assinou um protocolo de investimentos com a GalpEnergia como se pode lêr aqui.
Há tempos li algures na Internet que a taxa de incidência de Leucemia em Leça era superior à média devido à presença da Refinaria. Em nenhum dos momentos, fecho ou manutenção, se referiu a questão da fábrica de Aromáticos/Benzenos situado no norte da refinaria, como documenta a imagem. Efectivamente como podemos ler aqui a Leucemia está relacionada com o contacto com Benzenos e como podemos ler aqui, a Refinaria usa processos «para obtenção do benzeno e o tolueno de elevada pureza».
Conclusão 1: Como é que se autorizou a construção de imóveis de luxo (serão mesmo de luxo ? ) virados para uma fonte cancerigena ? Ainda alguém defende este modelo de aministração publica do território ? Como se chegou até aqui ? Fusão de autarquias, Regionalização, whatever, para quando ?
Conclusão 2: Como resolver o problema agora ? Penso que a solução passa pela transferência das unidades mais poluentes de Leça para Estarreja, onde há menos pressão populacional. Garante-se a manutenção dos postos de trabalho a Norte e defende-se a saude dos residentes. A ideia não é nova.
Há tempos li algures na Internet que a taxa de incidência de Leucemia em Leça era superior à média devido à presença da Refinaria. Em nenhum dos momentos, fecho ou manutenção, se referiu a questão da fábrica de Aromáticos/Benzenos situado no norte da refinaria, como documenta a imagem. Efectivamente como podemos ler aqui a Leucemia está relacionada com o contacto com Benzenos e como podemos ler aqui, a Refinaria usa processos «para obtenção do benzeno e o tolueno de elevada pureza».
Conclusão 1: Como é que se autorizou a construção de imóveis de luxo (serão mesmo de luxo ? ) virados para uma fonte cancerigena ? Ainda alguém defende este modelo de aministração publica do território ? Como se chegou até aqui ? Fusão de autarquias, Regionalização, whatever, para quando ?
Conclusão 2: Como resolver o problema agora ? Penso que a solução passa pela transferência das unidades mais poluentes de Leça para Estarreja, onde há menos pressão populacional. Garante-se a manutenção dos postos de trabalho a Norte e defende-se a saude dos residentes. A ideia não é nova.
PS: Publicado originalmente em 25-09-2007. O incêndio de hoje trás este artigo à actualidade.
6 comentários:
quando é para prejudicar a saude eles metem as coisas no norte.
Quando nao tem efeitos negativos, ja eles metem la no centro e sul para proveito deles.
enfim, e depois alguns ainda dizem que nao somos colonia e gostam muito deste portugalzinho e vibram com a selecçaozinha.
que vao todos à merda. o meu país é o norte
A refinaria estava lá antes de haver qualquer edificio residencial.
Quem foi para lá morar não o devia ter feito, e não era dificil perceber quais os riscos. A câmara municipal não deixa de ter as suas responsabilidades.
Neste caso, a culpa não é do Governo.
A culpa é da administração do território que temos, com demasiadas paróquias, cada uma delas interessada em especulações imobiliárias no seu quintal...
diz que a refinaria já la estava, mas a questão é...
Até que distancia os efeitos da refinaria se fazem sentir?
Será que a propria cidade do Porto não é afectada?
meus caros, é bem mais grave o efeito conjugado de todos os vossos automóveis do que a poluição da refinaria. não estou aqui a dizer que a refinaria não comporta riscos; estou a dizer que é um risco controlado e a questão está em ponderar as vantagens com as desvantagens desse risco. a mim parece-me, no momento presente, que o risco compensa. e não esqueçam, vivemos numa sociedade de risco e este é um factor sempre presente.
A relação da Refinaria com a leucemia nunca foi publicada. Não conheço nenhum estudo e isso parece-me uma informação não confirmada e utilizada abusivamente.
É evidente que tem que existir um controlo de qualidade para evitar exposição quer para os trabalhadores quer para o local onde se insere.
Jose Paulo
www.pbase.com/jandrade
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