20071105

Duas contribuições para o debate intra-norte

1. "PIDDAC - O Minho - O Desastre" - por Cristina Santos

«Por sua vez, Albino Carneiro, presidente da Câmara de Vieira do Minho, é peremptório em afirmar que o PIDDAC é um "desastre" e um "atentado" para o concelho, já que não viu projectos da autarquia contemplados no Orçamento de Estado para 2008. "No mínimo, esperava a aprovação do projecto da Variante a Cerdeirinhas (EN 103)", disse.» (JN)

Os municípios do Norte passam o tempo a olhar uns para os outros, em vez de olharem todos no mesmo sentido. Enquanto assim se for, não é possível diminuir as assimetrias e criar um Região dinâmica e sustentável. É necessário estabelecer parcerias que permitam uma Regionalização forte, o Minho Nortenho tem-se deixado embalar num coro decrépito de hinos ao «orgulhosamente só», conseguindo com êxito a injustiça regional e o prejuízo para o desenvolvimento desta região do país. O Porto enquanto catalizador do maior investimento sai profundamente lesado com a apatia e falta de desenvoltura Minhota, com uma Região assim mais vale estabelecer parcerias com o Alentejo.

-Resumo: PIDDAC para o distrito de Braga e outros

(via Baixa do Porto)


2. Com Regiões, seria assim? - Por Vítor Vieira Alves

"
Região Norte ainda mais longe do rendimento médio nacional" - Público 4-11-2007 [Local Porto]

A notícia de onde é extraído este título refere-se a um estudo que abarca o período de 1999 e 2003 [Governo PS], que concluí que "a Região Norte apresentava um Rendimento Disponível das Famílias per capita 17 por cento inferior ao da média do país", em 2003.

Não errarei se inferir que a extrapolação para o período seguinte não alterou a tendência, bem pelo contrário. O desmantelamento da estrutura industrial a que temos assistido e a alteração do modelo industrial, com consequências ao nível do desemprego, seguramente agravou este cenário.

Do ponto de vista político este período corresponde à "provinciação" do panorama político. Depois de Fernando Gomes, com uma perspectiva cosmopolita e assertiva relativamente ao papel da região, os autarcas preocupam-se mais com as fronteiras da "paróquia" e a realização do seu imaginário infantil, do que verdadeiramente com a defesa dos interesses regionais.


(via Baixa do Porto)

Haverá alguma vantagem para o país em ter uma região crescentemente mais pobre?

1 comentário:

Antonio Almeida Felizes disse...

«Por sua vez, Albino Carneiro, presidente da Câmara de Vieira do Minho, é peremptório em afirmar que o PIDDAC é um "desastre" e um "atentado" para o concelho, já que não viu projectos da autarquia contemplados no Orçamento de Estado para 2008. "No mínimo, esperava a aprovação do projecto da Variante a Cerdeirinhas (EN 103)", disse.»

Sr Presidente da Cãmara, senhores jornalistas, "blogers" e público em geral, é preciso que saibam que o PIDDAC de 2008 não é directamente comparável com o de 2007 ou de 2006. O PIDDAC de 2008 não inclui os investimentos feitos através das Estradas de Portugal que, até ao fim de 2007, eram incluídos no PIDDAC, e que agora com a transformação da E.P.em sociedade anónima, deixaram de o ser. Isto quer dizer que, os investimentos que se realizam através da EP, que são os feitos em infraestruturas rodoviárias, apesar de serem uma componente importante do investimento público total, não são agora objecto do PIDDAC

Regionalização
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