"O estudo desenvolvido pela Associação Comercial do Porto (ACP), que defende a opção Portela+Montijo, apresentado sexta-feira ao Executivo, irá ficar na gaveta.
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Fonte do gabinete do ministro das Obras Públicas disse que Mário Lino enviou para o LNEC o estudo da ACP e também um trabalho desenvolvido por Pompeu Santos, que aponta como alternativa para o futuro aeroporto Pinhal Novo. Mas, garante fonte próxima do processo, "os dois estudos não vão a tempo de ser analisados". Provavelmente, serão incluídos "como anexos" ao relatório comparativo."
Ao ver toda esta palhaçada, dúvido muito que o governo acabe por ir contra o loby do betão (que surpresa!!!). Dúvido que alguma vez se estudou tanto a localização de um aeroporto. Também gostava de saber se alguém tem conhecimento da última vez que uma cidade abandonou/fechou um aeroporto? Em particular o maior aeroporto do país!
Recentemente, têm-se feito comparações entre a BAA e a ANA. Existem algumas diferenças que podem servir de exemplo para este caso. A BAA é uma empresa privada, até à recente compra pela espanhola Ferrovial, cotada em bolsa. A BAA tem em Heathrow um negócio muito lucrativo. Para aumentar lucros, conseguiu autorização para gastar em £2.4mil milhões para construir um terminal novo, acesso rodoviário e até para o metropolitano. Ora, se Lisboa é tão importante, se o novo aeroporto é vital "para a península" (lol), se a procura é tanta, porquê que o estado tem que gastar dinheiro e não deixa os privados construir o aeroporto? É óbvio que seria um desperdício abandonar o aeroporto da Portela. E voltando à BAA, esta é um bom exemplo porquê que não deve haver monopólios neste tipo de infrastuturas.
Independentemente do número de aeroportos em Lisboa, com o declinio da TAP, o ASC para ter sucesso só precisa de ser "entregue" aos interesses da região, sejam estes privados ou públicos.
Infelizmente tenho um grande pessimismo acerca deste caso. Acho que mais uma vez vamos, literalmente, ficar burros a olhar para palácios!
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Fonte do gabinete do ministro das Obras Públicas disse que Mário Lino enviou para o LNEC o estudo da ACP e também um trabalho desenvolvido por Pompeu Santos, que aponta como alternativa para o futuro aeroporto Pinhal Novo. Mas, garante fonte próxima do processo, "os dois estudos não vão a tempo de ser analisados". Provavelmente, serão incluídos "como anexos" ao relatório comparativo."
Ao ver toda esta palhaçada, dúvido muito que o governo acabe por ir contra o loby do betão (que surpresa!!!). Dúvido que alguma vez se estudou tanto a localização de um aeroporto. Também gostava de saber se alguém tem conhecimento da última vez que uma cidade abandonou/fechou um aeroporto? Em particular o maior aeroporto do país!
Recentemente, têm-se feito comparações entre a BAA e a ANA. Existem algumas diferenças que podem servir de exemplo para este caso. A BAA é uma empresa privada, até à recente compra pela espanhola Ferrovial, cotada em bolsa. A BAA tem em Heathrow um negócio muito lucrativo. Para aumentar lucros, conseguiu autorização para gastar em £2.4mil milhões para construir um terminal novo, acesso rodoviário e até para o metropolitano. Ora, se Lisboa é tão importante, se o novo aeroporto é vital "para a península" (lol), se a procura é tanta, porquê que o estado tem que gastar dinheiro e não deixa os privados construir o aeroporto? É óbvio que seria um desperdício abandonar o aeroporto da Portela. E voltando à BAA, esta é um bom exemplo porquê que não deve haver monopólios neste tipo de infrastuturas.
Independentemente do número de aeroportos em Lisboa, com o declinio da TAP, o ASC para ter sucesso só precisa de ser "entregue" aos interesses da região, sejam estes privados ou públicos.
Infelizmente tenho um grande pessimismo acerca deste caso. Acho que mais uma vez vamos, literalmente, ficar burros a olhar para palácios!
8 comentários:
"Também gostava de saber se alguém tem conhecimento da última vez que uma cidade abandonou/fechou um aeroporto? Em particular o maior aeroporto do país!"
Atenas fechou o Ellinikon International Airport (7km do centro) em 2001 e substitui-o pelo Athens International Airport (a 30 km do centro)
Em Montreal, Canadá, construiram um novo aeroporto, o Montréal-Mirabel Airport ( a 60 km do centro), sem encerrarem o a antigo, o Montréal-Dorval International Airport (a 20 km do centro).
O Montréal-Mirabel Airport veio a revelar-se um desastre financeiro e actualmente é um elefante branco, sendo usado apenas para carga
"Atenas fechou o Ellinikon International Airport (7km do centro) em 2001 e substitui-o pelo Athens International Airport (a 30 km do centro)"
Pois, aeroporto esse que ficou conhecido por ser um enorme buraco financeiro.
Quanto ao caso do Montréal-Mirabel Airport, isso só demonstra que o novo aeroporto era desnecessário. Afinal, as companhias aéreas continuaram a preferir o antigo.
o novo aeroporto de Atenas é já um dos mais caros do mundo: 70 euros de taxas. Tem vindo a perder tráfego.
Pois, aeroporto esse que ficou conhecido por ser um enorme buraco financeiro.
custou 2 mil milhões
FUNDING
The construction of Athens International Airport was financed by a European Investment Bank (EIB) loan of €997m (45% of total funds), €312m (14%) of commercial bank loans (a consortium lead by Vereinsbank), €250m (11%) of European Union grants, €150m (7%) of grants from the Greek State, €134m (6%) of shareholder loans as well as a range of smaller amounts from other sources.
EXPENSIVE BUT HIGHLY REGARDED
Elefterios Venizelos airport is regarded as one of Europe's most expensive airports, with restaurants and cafes paying very high rents, and airline companies accommodating extremely high landing fees.
The airport was awarded the title of 'European Airport of the Year 2004' at the 2004 Institute of Transport Management (ITM) Awards, for its innovation, operation and achievements. In 2005 and 2006, the airport was also awarded the Skytrax award for best airport in Southern Europe
http://www.airport-technology.com/projects/athens/
Tem vindo a perder tráfego.
onde é que consultou esses dados?
pelo info. que vi o que tem acontecido é exactamente o oposto
passou de 10,2 milhões de passageiros (em 2001) para 16,5 em 2007
e resultados passaram de -9,6 milhões EUR em 2001, para +124,5 milhões EUR em 2007
www.capitallinkforum.com/greece/2007/pres/paraschis.pdf
Caro Mar Verde,
1. O link que forneceu está morto.
2. Presumindo que a informação é verdadeira, falta ao seu raciocínio 3 questões:
a) Ao contrário do que acontece em Portugal, demografia Grega está concentrada em Atenas. É natural que o novo aeroporto tenha que ser usado, mesmo caro.
b) A construção de um NAL inspirado no de Atenas, pode ser positivo para os beneficiados, mas não é para o norte de Portugal. Portanto, eu tenho que defender os meus interesses.
c) Há actualmente um grande crise de crédito a nível global. Os financiamentos para este tipo de projectos estão agora muito mais caros. Para privados pegarem nisto, é necessário mais subsídios da UE ou do Estado Português. Portanto, como a conjuntura mudou, já não vai haver OTA nem mega Alcochetes. Aposta ?
" Sob um outro ângulo, se é verdade que os ATA necessitam fatalmente de hubs para operar, um hub, sem o tráfego que os ATA lhe fornecerem, dificilmente atingirá o break even de exploração – ficará para sempre sobredimensionado. (O aeroporto de Atenas, que era, até à década de ’90, o hub do Mediterrâneo Oriental, é hoje um aeroporto regional deficitário por causa das tarifas que o investimento aí feito obriga a praticar, apesar de parte substancial da factura continuar a ser suportada, ano após ano, pelos contribuintes gregos; Chipre está a substituir Atenas naquela função)"
http://abemdanacao.blogs.sapo.pt/169021.html
O aeroporto tem vindo a perder tráfego em relação aos seus concorrentes.
1- "Tem vindo a perder tráfego." - Leia-se "Tem vindo a perder quota de mercado".
2- "Se resultados passaram de -9,6 milhões EUR em 2001, para +124,5 milhões EUR em 2007" e "airline companies accommodating extremely high landing fees", e "Aeroporto de Atenas é monopolista", isso significa que a rentabilidade está a ser paga pelos atenienses assegurada pela falta de alternativas. Exactamente o que temos previsto para a OTA: rentabilidade assegurada à custa da eliminação das alternativas (Sá Carneiro) e taxas elevadissimas.
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