20071231
Bom 2008 a todos!
Fico assim mais optimista em relação ao próximo ano. Pode ser que esta seja mais uma das pedras tão necessárias para que cada vez mais gente tome consciência da necessidade de se agarrar em armas e defender Portugal desta corja que nos tem delapidado os parcos recursos nacionais.
Oxalá!!! Oxalá.
Um bom ano de 2008 para todos, pleno de sucessos pessoais e profissionais. Que o Norte aprenda a defender uma outra visão de Portugal. O País agradece.
Final de ano bem humorado
A propósito da alternativa apresentada por Cadilhe aos accionistas do BCP, eis um comentário de um lisboeta: «Acho muito bem que os nortenhos digam claramente que não querem ser governados por ratazanas... e como somos um país uno, a unica forma é liderar as outras "regiões" do país a se verem livres das ratazanas que hoje dominam e destroem Portugal !que surjam muitos mais movimentos nortenhos que de Lisboa não se pode esperar muito , pois as ratazanas aqui ,são reis e senhores...»
Apostilas no último dia do ano roto II, ou o capitalismo à portuguesa
Recorde-se que logo depois da fracassada OPA da SONAE à PT, e da putativa OPA ao Benfica, Berardo vendeu logo de seguida as acções das citadas instituições com assinaláveis lucros.
Mas Berardo tem público. Se assim não fosse os "peixes de águas profundas" não o utilizavam. Com aquele português de sarjeta, e educação de taberna, tem enorme audiência na imensa mole de analfabetos leitores habituais de pasquins como o Correio da Manhã.
Caso o BCP seja tomado pelo PS, as acções subirão, obviamente, em flecha. Nada como o "mercado" sentir a protecção do "estado" para imediatamente começar a refugiar-se nelas. Claro está que Berardo, tal como nos casos anteriores, feito o trabalho sujo, as venderá imediatamente com chorudos lucros.
Apostilas no último dia do ano roto
Miguel Cadilhe, que tem vontade própria, avança como accionista com uma lista para a direcção do BCP. O especulador e homem de mão da máfia macaense Joe Berardo, já barafusta. Um dia compreenderemos melhor o papel desta personagem em alguns dos casos mais mediáticos que ocorreram no mundo financeiro durante este ano.
Miguel Cadilhe, além da bofetada à clique do Sócrates e do Coelho, também mostra a Menezes, que ainda há dias o recomendava para presidente da CGD numa lógica de troca de boys no bloco central, que não faz parte da larga banda de boys e girls que vivem à custa dos tachos que a partidocracia distribui.
O longo braço de Pinto da Costa (segundo alguns pataratas):
Tiros no Montijo;
E em Lisboa também.
20071230
Minho a duas velocidades
Como Alto Minhoto, não ambiciono de forma alguma um desenvolvimento igual ao do distrito de Braga. Com o toda a amizade que tenho com concelhos como o de Braga, Famalicão, Guimarães, Vizela etc, não queria nenhum concelho do Alto Minho no estado em que estão os concelhos mais a sul.
No entanto, e porque acredito num desenvolvimento sustentável para o Alto Minho, ambiciono e exijo como cidadão uma igualdade de oportunidades, nomeadamente no que toca ao mundo ferroviário.
No mesmo Minho onde circulam Alfas Pendulares e Intercidades circulam também mais a norte comboios dos anos 70, uns remodelados outro nem tanto, com escadas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, ausência de sinalização sonora para pessoas invisuais e ausência de climatização para o total conforto quer de Verão, quer de Inverno.
O que tem em comum a estação de Barcelos com a de Famalicão? E a de Vizela com a de Valença? há uns anos atrás tinham muito, depois veio um tal de EURO2004 que permitiu modernizar todas as estações que ficavam a caminho de Braga e Guimarães. As que ficam a caminho de Vigo e da restante rede galega podem continuar sem plataformas levantadas (também os comboios facilitam o acesso ao seu interior), podem (muitas delas) continuar fechadas, e sem sala de espera, além disso tem um horário rasgado e molhado afixado na parede do lado de fora que serve muito bem.
Uma coisa é certa, no Alto Minho o serviço é mais fraquinho mas também é bem mais barato, ora vejamos os preços para as cidades euro2004: Braga - Porto: 2€, Guimarães -Porto: 2€.Cidades sem estádio ou sem futebol: Barcelos - Porto 5,7€, Viana - Valença 2,9€, Viana- Famalicão 2,9€. Atenção que estamos a falar de distancias iguais às que ligam o Porto à cidade dos arcebispos e de D. Afonso Henriques. Hmm, afinal os preços também não ajudam muito.. Vá, estou a ser injusto, porque é bem possível ir de Barcelos ao Porto por 3€, basta para isso que mude de comboio em Nine (A estação que tem uma placa alusiva à igualdade dos cidadãos da UE) e demore mais 30 ou 50 minutos. Mais uma curiosidade: Valença - Porto, quase 10€ no INternacional que em Portugal é cobrado a preços de interregional e em Espanha a preços de regional.
Mas mais engraçado é fazer uma viagem entre Guimarães/Braga e o Alto Minho. Caro leitor não se meta nisso, prepare-se para 3h de viagem (no caso de Guimarães) ou então vir de Braga, chegar a Nine e o comboio que ia para Valença ter partido há 2 mins atrás (Está no horário), e ouvir uma justifcação do género: "voce não vê que são empresas diferentes??Que uma é CP Porto e outra é CP regional???" Realmente é preciso ser muito tapado para não ver que lá por pertencerem as duas à CP não tem nadinha a ver uma com a outra.
Pronto já chega...Resta esperar pelas melhorias prometidas em 2015 aquando a conclusão do AVE, se a linha não fechar antes disso.
Bom ano a todos
20071229
Notas de fim de ano
Bem, nem em todas. Em Lisboa toca outra música. O Ministério da Saúde vai pagar o terreno que a Câmara de Lisboa cede para a construção do novo hospital. Salvo erro, 13 milhões de euros. Bem precisa a edilidade lisboeta que se encontra atolada em dívidas provocadas por um forrobodó de despesas e pelos casos de grande corrupção que por lá tiveram lugar que, entretanto, andam convenientemente esquecidos pelos media.
Anda bem Fernando Ruas ao denunciar esta dualidade de tratamento que o governo faz entre Lisboa e o resto das autarquias. Até aqui nada de novo. Todos já sabíamos que António Costa não foi de borla para a Câmara. Outras formas subreptícias de financiamento desleal se seguirão.
Estranha-se é que, por exemplo, Rui Rio se mantenha calado. A opinião da segunda mais importante autarquia do país sobre esta clara discriminação em benefício da autarquia lisboeta seria importante. Mas, como aliás já aconteceu no caso do empréstimo - onde assistimos a uma clara ultrapassagem pela direita que António Costa fez à lei de que foi autor -, do alto da Avenida dos Aliados não saiu nada de relevante. Talvez ande distraido com mais uma guerra com os cantoneiros da limpeza e respectivos sindicatos. Forte com os fracos ...
O assalto que a clique centralista e macaense do PS está a fazer ao BCP ultrapassa tudo o que se poderia imaginar. Nos EUA estas coisas dão cadeia.
Do lado da oposição também não saiu nada de brilhante, antes pelo contrário. Filipe Menezes não teve melhor ideia do que exigir que o governo nomeasse um tachista do PSD para substituir o tachista que passa directamente da CGD - o maior banco público - para o BCP - o maior banco privado e principal concorrente da CGD - sem qualquer espécie de pudor. Menezes deu um fantástico tiro no pé. O melhor que lhe ocorreu foi pedir compensações para o PSD pela vigarice que o PS se prepara para executar. Defender a privatização da CGD, ou propor o recrutamento duma nova equipa de gestão para a CGD por concurso público como o governo inglês fez para a BBC, foi coisa que nem sequer, por breves instantes, se lhe aproximou dos neurónios.
A certos figurões, por estes dias muito activos em volta do BCP e da CGD, quando lhes vierem com a boca cheia de "mercado", mandem-nos à bardamerda sem qualquer espécie de contemplações.
Pacheco Pereira não o diz mas anda assustado. Anda assustado com o fim duma casta, dum modo de vida que desde o século XVIII tem tido um mercado cativo: o opinador profissional. Alguns deles conseguiram vidas bastante confortáveis devido ao monopólio que os media tradicionais - cujo acesso era controlado e limitado - tinham sobre a publicação de opinião. Isso acabou com a Internet e mais especificamente com a blogoesfera. Compreende-se a angústia de PP.
20071228
Ainda sobre o BCP e as «Máfias» do Centralismo
O BCP está numa situação de «pré-pré-falência», como estão muitos bancos ocidentais. Os accionistas tem que permitir que o Estado Central tome conta da gestão. Caso contrário perderiam mesmo muito dinheiro. Portanto, aceitam a «OPA» da CGD. Obviamente que as «Máfias» aproveitam a fraqueza para se abastecerem. Quem são elas:
- Mais lugares para Boys do PS quer na CGD, quer no BCP;
- Certos empresários de Macau, via Boys do PS, aproveitarão para retalhar a parte africana do BCP;
- O BPI, BES, aproveitarão tudo isto para aumentar as respectiva quota de mercado nacional;
Conclusão, certos portugueses da zona de Lisboa, aproveitarão para obter lucro/poder fácil. Aliás, a economia de Lisboa sempre foi assim, uma espécie de Marxismo-Yeltsinismo. Este modelo consiste no investimento em sectores de bens e seviços não transaccionáveis internacionalmente, orientados para o mercado interno, abrigados da concorrência, de elevadas margens, com alto patrocínio do Estado Central (condicionamento industrial, regulamentação protectora, etc), pago com impostos de todos os Portugueses e posterior «privatização» dos negócios. Estamos agora na fase do Yeltsinismo, onde as «Máfias» ligadas ao poder central aproveitam as oportunidades para se tornarem «empresários», tal como aconteceu na União Soviética pós-colectivista. Cá a Norte, os empresários não fornecem o Estado, concorrem com a China e exportam. Uma grande diferença. Voltarei a este assunto oportunamente.
Nota: Vara no BCP equivale menos 5% de quota de mercado e menos 5% de eleitores PS; Deixem os homens das sondagens trabalhar e veremos se Vara vai mesmo para o BCP.
Entre outros, a Regionalização
20071227
Pecado capital
O ilustre transmontano, em Vinhais nascido, é bancário de profissão e à custa do seu engenho, arte e pertinência conseguiu chegar a ministro, um dos poucos transmontanos a consegui-lo, tendo percorrido rapidamente, num percurso político tão meteórico como surpreendente, as várias etapas do poder em Portugal: dirigente distrital, deputado, vice-presidente do Grupo Parlamentar, secretário de estado e ministro. Caiu em desgraça, fruto dos obscuros financiamentos da Fundação para a Prevenção e Segurança que criou. Nada foi provado. E se granjeou inimigos, os amigos não lhe faltaram quando foi nomeado gestor e depois vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos perante a estupefacção de meio mundo. Ali terá realizado um trabalho que muitos caracterizaram de competente e transformou-se no braço direito do administrador, dele não abdicando para a nova aventura do BCP. A sua inclusão na lista de Santos Ferreira despoletou um coro de protestos.
Em que se fundamentam? Uns dirão que a putativa entrada da nova administração no maior banco privado português pressupõe uma atitude política, isto é, uma aproximação do banco ao poder instituído, no sentido de minimizar os efeitos das irregularidades detectadas pelas autoridades reguladores do mercado. Nesta óptica acusa-se o Governo de se imiscuir nos assuntos de empresas privadas. Vara seria a face. E então porque outros da mesma lista, também do PS, não sofrem da mesma contestação? Há ainda uns outros que advogam a sua falta de competência sem pormenorizarem de forma séria, apenas referindo a inadmissibilidade de um simples “caixa” se tornar administrador de um banco.
As razões desta animosidade são mais simples. Num país pequeno, sem grandes oportunidades, tudo está mais ou menos pré-determinado. Ultrapassar condicionalismos de nascimento, de estatuto social, de raça… é complicado e só o futebol e pouco mais, o parece ter conseguido. A ascensão de Vara não é um caso de heroicidade, teve forte muleta partidária e nos dias que correm isto é pouco valorizado e até depreciado. Depois Vara é um “outsider” na capital, facto agravado por ser originário da província, e isto é um pecado capital.
Crónicas das «Máfias» do Centralismo 1: O caso do desmembramento do BCP
Inicio hoje um conjunto de crónicas que demonstram a existência de «Máfias» do Centralismo. Mas afinal, quem são as elas ? Resumidamente, são as oligarquias que operam em sectores de bens e serviços não transaccionáveis (finanças, comunicações, energia, consultoria, advogacia, PPP), que tem o Estado Central como o principal cliente e que «manipulam» os seus agentes para proveito próprio. Estes portugueses habitam num raio de 100 km em redor do Terreiro do Paço.
Aparentemente o desmembramento do BCP, em curso, escrito nas entrelinhas da Blogosfera, visa alimentar de forma conspirativa e oportunista as ambições de poder de algumas destas «Máfias», actuando via governo do Partido Socialista. Vejamos até que ponto esta afirmação é ou não especulativa.
Leituras prévias:
- Noutra área de influência política, a finança, José Sócrates prepara-se agora para dominar o BCP através do seu amigo e socialista dr. Carlos Jorge Ramalho dos Santos Ferreira, numa manobra longamente preparada. A manobra, ao que parece aceite pelos accionistas de referência, dá-nos uma ideia da debilidade financeira e problemas legais do conglomerado e da necessidade que terá de conforto financeiro público e de imunidade judicial.
- «Sem margem para equívocos os acontecimentos recentes no BCP representam a mais descarada intromissão do Estado na economia (privada) desde o PREC, em 1975. Nem mais, nem menos;
- Pergunto, e aqui a resposta parece emergir à vista de todos, se o desastre que ameaça afundar o Millennium BCP, tem algo que ver com a crise financeira mundial que grassa sobretudo nas economias americana e europeia desde Agosto passado.
- Stanley Ho quer avançar com banco em Moçambique;
- E se a situação do banco não for assim tão segura como isso, quer dizer, for muito insegura e desiquilibrada? E se o risco de insolvência existir mesmo? Só nesse caso é que se poderia justificar (em termos, apesar de tudo...) uma atitude tão ostensivamente estranha como essa da "nomeação" para-político-partidária (indicação, sugestão, etc...mas no fundo, trata-se de uma nomeação) dos membros da administração em causa! (..) A não ser assim, então é mesmo tentativa de tudo controlar.
O mundo ocidental viveu nos últimos anos um boom de crédito barato em ienes (moeda japonesa), o chamado «yen carry trade». Devido a guerras cambiais entre a China e o Japão, este mecanimo foi interrompido no verão passado. Todos os bancos menos conservadores, mais alavancados estão agora a sofrer as consequências. Como podemos ler nos links prévios, o BCP parece estar numa situação menos boa em termos de solvência. Os bancos que arriscaram em demasia financiando-se para emprestar, tem agora que se recapitalizar. Tem sido o capital asiático que tem liderado este processo: A UBS, Morgan Stanley, Citigroup, Barclays, Bear Stearns e Merrill Lynch já venderam parte do seu capital a fundos estatais de paises orientais. Considerando este contexto, o interesse da China em investir em África, o fim da possibilidade de prolongar a alta de Lisboa para a zona da Portela, é natural que o lobby de Macau entre no BCP. Obviamente que tudo isto é feito com conivência do poder político: «Mal no filme, além do governo, que não hesitou em 'mover' as únicas peças (o duo dinâmico Vara/Santos Ferreira (e a ordem não é arbitrária...)) que inequivocamente mostram à exaustão a sua estratégia, Cavaco que se deixou envolver no lamaçal, Menezes ao reduzir tudo a uma questão de mercearia/deve e haver» e económico «Os Espíritos não dormem e sempre foram bons nas contas e no resto. Vamos pois ver se no sapatinho, nos próximos meses, não vem afinal o retalhar do BCP», saltando os Millenniums Africa para novos donos «amarelos».
Embora não pareça, tudo isto tem a ver com o Norte. É que a submissão do poder administrativo central às ambições destas «Máfias» oligarquicas de Lisboa é regra e não excepção. Desta vez a vítima foi um grupo bancário caído em desgraça. Mas poderia ser a OTA/urbanização da Portela, a gestão centralizada e privada das estradas de Portugal, ou a futura privatização do ensino superior público. Estas ficam para posteriores crónicas. Enquanto houver um Estado Central com tanto poder passível de «manipulação», nada se alterará. Apenas uma Regionalização a 5, a 5+2 ou a 30, por fusão da gestão de autarquias, é que poderá dispersar algum poder administrativo actualmente centralizado e assim dificultar a acção destas «Máfias».
Notas finais:
- Os que a Norte me/nos acham «caliméricos» ou paranoicos ao diabolizar «Lisboa», são efectivamente ingénuos porque não percebem como Portugal funciona;
- Os lisboetas cidadãos anónimos são também vitimas desta cleptocracia das suas elites oligarquicas. É muito importante não atacar os portugueses anónimos que lá vivem;
- Menezes tinha o Norte a apoia-lo em Setembro. Agora anda numa campanha de auto-credebilização junto destas «Máfias». É mesmo frágil...
- Atenção contabilista Rio: A derrama do BCP é paga no Porto. Retalhando-o, lá se vai uma apreciável fonte de receita...
- Neste tema há muito folklore, sendo de realçar as tentativas de explicação dos factos com abordagens idológicas do João Miranda.
- Alooo Sr Sanches ! Alooo Sr Pacheco ! Querem debater este tipo de «Máfias» ? Também nascem de conivências e proximidades regionais ...
- Historicamente, Norte põe termo ao desbaratar praticado em Lisboa. Inconscientemente, Manuel Serrão assina acertadamente no seu blogue: «Exercito de salvação nacional».
20071226
TGV CRIA RIQUEZA A NORTE
A linha de alta velocidade Porto/Vigo, que estará concluída em 2013, será construída com a velocidade de projecto de 250 km/hora (velocidade elevada), devendo permitir a linha tráfego misto, ou seja, transporte de passageiros e mercadorias. De acordo com o estudo "Avaliação do mapa de infraestruturas do Eixo Atlântico: Uma Visão Panorâmica", a que a Lusa teve acesso, da autoria do professor Xulio X. Pardellas, da Universidade de Vigo, a linha de alta velocidade Porto-Vigo vai "dinamizar as sinergias entre a zona interior costeira e os meios rural e urbano e incrementar a coesão social e a cooperação territorial no espaço europeu".
A construção da nova ligação poderá também originar "um impacto positivo entre 0.6% e 0,7% para o Valor Acrescentado Bruto (VAB) dos sectores no que respeita ao investimento público, o que significaria um aumento final do VAB da Euroregião de 5.660 milhões de euros" durante a duração da obra. A "médio prazo", avança igualmente o autor do estudo, a nova infraestrutura "contribuirá para a fixação da população, podendo mesmo gerar um aumento, e para a criação de novas oportunidades de emprego", podendo estimar-se a criação de 100.000 postos de trabalho durante o período de construção.
Neste caso, lê-se no documento, "não seria arriscado afirmar que, a médio prazo, o processo de agregação dos actuais visitantes a Santiago de Compostela e ao Porto significaria uma duplicação do número de visitantes no conjunto da Euroregião".
Nem tudo que é Norte é bom
Um artigo de CCz sobre a pressão exercida pelo presidente da Associação Têxtil e vestuário de Portugal (Famalicão) sobre o governo:
«Na página 24 do caderno "Confidencial" do semanário Sol leio"Não daremos nem mais um passo para vender um metro de tecido ou uma t-shirt. Até aqui fomos. Daqui não vamos mais", ameaçou." (fica assim, às cores, para ver se apela a mais atenção).
As empresas, da economia de bens transacionáveis, mais bem sucedidas que conheço, são aquelas que fazem "by-pass" ao estado. Vivem e lutam como se o estado não existisse!
"Não daremos nem mais um passo..." Mas quem é que tem mais a perder? Ou melhor, quem é que tem mais a ganhar?
Porque é que uma empresa aposta na sua presença numa feira? Turismo laboral? Picar cartão? Não faz parte de uma estratégia? E a estratégia não é a nossa melhor teoria para o sucesso? Se acreditamos na nossa estratégia, se acreditamos que é o nosso melhor tiro para o sucesso... vamos abandoná-la por causa de birras? Por causa de esmolas?
As associações empresariais revelam-se, assim, como "sindicatos de empresários" especializados em espremer o estado. Depois, queixam-se da interferência do estado na economia, queixam-se do nível dos impostos, queixam-se da legislação laboral, queixam-se ... Esquecem-se que quanto mais exigem, ameaçam e esmolam, mais o estado se sentirá no direito de interferir, impostar e legislar.
As associações laborais deviam concentrar-se, devotar-se, alinhar-se, sintonizar-se com um único propósito: o sucesso dos seus associados. E o sucesso sustentável nunca dependerá de subsídios!!! 20 anos a "cravar" subsídios são muitos anos. Acredito que se transformem em exímios cravadores de subsídios, tão exímios que se esquecem do essencial de um negócio sustentável.
Ainda há semanas conheci uma empresa que apostou e foi, às suas expensas, a uma reunião internacional num país do Cáucaso. Aí, teve oportunidade de conhecer várias oportunidades de negócio. Hoje, já está a exportar para a Índia.
Leio, mas não acredito.»
20071222
20071221
Super Dragões (ou quaisquer outros gajos do Porto) atacam em Lisboa
Nuno Assis, jogador do "glórioso ésse éle bê", foi esta córta-fêra vítima de car-jacking em pleno bairro lisboeta de Telheiras. Desconfia-se que foi obra dos superdragões de Lisboa. Não sei se existem mas não faz mal - foram eles de certeza. Podiam lá ser ótros gajos. Se não foram eles, foram ótros gajos lá do Norte. Talvez de Palermo. Cómo tódos nós sabemos Palermo é lá no Norte. Depois da Baixa da Banhêra vira-se à esquerda, depois à dirêta, segue-se em frente... Existem mesmo testemunhas que afirmam que viram Bruno Pidá e o Macaco nas redondezas. O Macaco exibia-se em trajes menores dependórado num galho duma ólivêra próxima do local do crime. Segundo uma ótra testemunha, Marlene, fadista e empregada dóméstica na casa duns ricalhaços lá de Telheiras, o Macaco gritava "Olé, Olé, Pinto da Costa Olé!!". Apesar de quase nú, Macaco não aparentava ter friu - confirmô Marlene.
«Nós somos contra a fórmula «Portugal é Lisboa e o resto é paisagem»
20071220
A realidade é sempre mais fascinante que as cabalas: ou mais um (o fiscalista) a juntar a àquele para quem em política vale tudo (Pacheco)
Eduardo Ferro Rodrigues, que hoje testemunhou no julgamento do caso Casa Pia, arrolado pelos arguidos Carlos Cruz e Carlos Silvino ('Bibi'), disse que, depois do escândalo ter eclodido, em Novembro de 2002, várias pessoas lhe contaram - inclusive a mulher - que o seu nome estava a ser 'atirado' para a opinião pública, mas que achou a "coisa absurda".
«O momento em que fiquei verdadeiramente espantado e tomei medidas de protecção dos dirigentes socialistas foi quando Saldanha Sanches [marido da procuradora do Ministério Público Maria José Morgado] foi à sede do PS dizer que o nome de Paulo Pedroso e o meu tinham sido relatados no processo», afirmou o actual embaixador de Portugal na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). ###
Questionado pelo advogado de Carlos Silvino, José Maria Martins, sobre o motivo pelo qual só passou a acreditar depois de conversar com Saldanha Sanches, o ex-secretário-geral socialista afirmou que o fiscalista se «movimenta bem nos meios fiscais e judiciais» e que, por isso, «a informação seria fidedigna».
Instado por que, na qualidade de líder do PS e candidato a primeiro-ministro, não avisou Saldanha Sanches de que estava a violar o Segredo de Justiça, Ferro Rodrigues afirmou que, «a partir do momento que teve conhecimento de acusações a pessoas inocentes», a sua preocupação foi de «informar da gravidade da operação que estava em causa».
Ferro Rodrigues justificou assim os vários telefonemas [que constam das escutas telefónicas no processo] para altos dirigentes socialistas aquando do escândalo e da prisão do deputado socialista Paulo Pedroso, a carta enviada ao então Procurador-Geral da República, a relatar as informações e a pedir acesso aos depoimentos dos que o acusavam, e os contactos com o Presidente da República Jorge Sampaio.
Ferro Rodrigues disse que foi uma «atitude de autodefesa» e garantiu que nunca tentou pressionar os meios judiciais ou a magistratura.
Em tribunal, o ex-líder socialista avançou como explicações do seu envolvimento e de Paulo Pedroso, bem como de outros nomes do PS, no processo uma lógica judicial e outra política.
«Não quero entrar numa lógica de especulações, mas poderá haver uma explicação judicial de alguém que estivesse preso ou pudesse vir a ser preso querer instrumentalizar a investigação e a hipótese política, para decapitar a liderança política do maior partido da oposição, considerada demasiado à esquerda», afirmou.
No meio disto tudo a reacção de Ferro Rodrigues é provavelmente o que existe de mais lógico e foi aos tribunais que coube avaliar da fundamentação dessas acusações.
Outra coisa a merecer discussão é o comportamento de Saldanha Sanches que foi à sede do PS dar informações a que terá tido acesso provavelmente por razões familiares.
Por fim fiquei com uma dúvida sobre a tese da cabala: Ferro Rodrigues fala da decapitação duma «liderança política do maior partido da oposição, considerada demasiado à esquerda».
Mas essas liderança «considerada demasiado à esquerda» era prejudicial para quem? Para o governo de então ou para o maior partido da oposição? Quem perdia e quem ganhava com a manutenção dessa liderança?
Eduardo Ferro Rodrigues, que hoje testemunhou no julgamento do caso Casa Pia, arrolado pelos arguidos Carlos Cruz e Carlos Silvino ('Bibi'), disse que, depois do escândalo ter eclodido, em Novembro de 2002, várias pessoas lhe contaram - inclusive a mulher - que o seu nome estava a ser 'atirado' para a opinião pública, mas que achou a "coisa absurda".
«O momento em que fiquei verdadeiramente espantado e tomei medidas de protecção dos dirigentes socialistas foi quando Saldanha Sanches [marido da procuradora do Ministério Público Maria José Morgado] foi à sede do PS dizer que o nome de Paulo Pedroso e o meu tinham sido relatados no processo», afirmou o actual embaixador de Portugal na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).
Questionado pelo advogado de Carlos Silvino, José Maria Martins, sobre o motivo pelo qual só passou a acreditar depois de conversar com Saldanha Sanches, o ex-secretário-geral socialista afirmou que o fiscalista se «movimenta bem nos meios fiscais e judiciais» e que, por isso, «a informação seria fidedigna».
Instado por que, na qualidade de líder do PS e candidato a primeiro-ministro, não avisou Saldanha Sanches de que estava a violar o Segredo de Justiça, Ferro Rodrigues afirmou que, «a partir do momento que teve conhecimento de acusações a pessoas inocentes», a sua preocupação foi de «informar da gravidade da operação que estava em causa».
Ferro Rodrigues justificou assim os vários telefonemas [que constam das escutas telefónicas no processo] para altos dirigentes socialistas aquando do escândalo e da prisão do deputado socialista Paulo Pedroso, a carta enviada ao então Procurador-Geral da República, a relatar as informações e a pedir acesso aos depoimentos dos que o acusavam, e os contactos com o Presidente da República Jorge Sampaio.
Ferro Rodrigues disse que foi uma «atitude de autodefesa» e garantiu que nunca tentou pressionar os meios judiciais ou a magistratura.
Em tribunal, o ex-líder socialista avançou como explicações do seu envolvimento e de Paulo Pedroso, bem como de outros nomes do PS, no processo uma lógica judicial e outra política.
«Não quero entrar numa lógica de especulações, mas poderá haver uma explicação judicial de alguém que estivesse preso ou pudesse vir a ser preso querer instrumentalizar a investigação e a hipótese política, para decapitar a liderança política do maior partido da oposição, considerada demasiado à esquerda», afirmou.
No meio disto tudo a reacção de Ferro Rodrigues é provavelmente o que existe de mais lógico e foi aos tribunais que coube avaliar da fundamentação dessas acusações.
Outra coisa a merecer discussão é o comportamento de Saldanha Sanches que foi à sede do PS dar informações a que terá tido acesso provavelmente por razões familiares.
Por fim fiquei com uma dúvida sobre a tese da cabala: Ferro Rodrigues fala da decapitação duma «liderança política do maior partido da oposição, considerada demasiado à esquerda».
Mas essas liderança «considerada demasiado à esquerda» era prejudicial para quem? Para o governo de então ou para o maior partido da oposição? Quem perdia e quem ganhava com a manutenção dessa liderança?
(ver
Nos sapatos do 'outro' ou HÁ LIMITES MESMO NA LUTA POLÍTICA
Caro Dr. Pacheco Pereira,
Vamos supor que algum intelectual renomado, vá lá, um fazedor de opiniões para além da própria, a propósito do processo Casa Pia (I e II), dos ditos daqueles dois advogados casapianos ou dos seus livros, das revelações retardadas da dra. Catalina, das juras dos políticos das últimas décadas sobre a atenção desvelada que deram ao assunto, se lembrava de sentenciar:
- «que há um "meio" muito pouco saudável EM LISBOA, que se tem vindo a criar nos últimos 20 anos, que goza de consideráveis cumplicidades e complacências, policiais e políticas, no PS e no PSD, onde tudo acontece e parece que nada acontece, e que, quando se diz aquilo que é uma evidência, cai o Carmo e a Trindade»;
ou:
- «… Numa também típica reacção "italiana" - os mafiosos dos Sopranos quando são perseguidos pelos seus crimes respondem que se trata de uma perseguição aos italo-americanos -, levantam-se vozes indignadas a defender, imaginem, LISBOA E O BENFICA…»;
e ainda:
- «… E é exactamente por isso que a doença que grassa já há uns anos (…) me preocupa e não me cala. Não foi o PORTO que a inventou, foram LISBOETAS que a fizeram e que a mantêm com todos os maus argumentos e com a única lógica que conhecem, a do poder e a do dinheiro, com a mesma dimensão do Bada Bing. Tenho a veleidade de considerar que, falando desta doença e destes "meios", sirvo melhor a minha terra…».
Como ficariam o Carmo e a Trindade acima citados? O que julgariam os lisboetas de tais analogias? O que sentiriam ao verem-se envolvidos na subtil leviandade de se tomar a parte pelo todo?
Só fiz este exercício para que se saiba o injusto murro no estômago que alguns, como eu, sofreram ao ler o seu texto.
Leituras 20071220
· Investigadores da UP e UMinho envolvidos na descoberta de semicondutor inovador;
· Mota da UAveiro à conquista do Dakar;
· Imobiliária portuense e Simoldes Plasticos (Oliveira de Azemeis) apostam na Polónia;
· Frezite (Trofa) acolhe fórum Manufuture 2007;
· Laboratório europeu Columbus, da Estação Espacial Internacional com tecnologia Efacec;
· Instabilidade nas fronteiras regionais: Afinal serão 5 regiões de turismo + 5 polos. Já agora, o que são polos ? Almeida Felizes entretanto já defende uma Regionalização com 5 + 2 regiões. Já agora, sabia o leitor que nos anos 60, quando as CCR foram idealizadas, o Algarve e o Alentejo estavam juntos ?
· Ambiente económico em Portugal deteriorou-se em Novembro; Recessão em 2008 !
20071219
A máfia do Porto, o novo bode expiatório nacional
Pelo leitor Meme:
O país para umas coisas é pequeno e nem sequer faz sentido regionalizá-lo, no entanto, no que a fenómenos mafiosos diz respeito não há nada como regionalizá-los e associá-los a um determinado segmento social e local da doente sociedade Portuguesa! Objectivo!? Enfocar a atenção do (zé povinho) que até é emocional e gosta de futebol e vai daí caçar e dar-lhes uma cabeça de prémio (qual Jorge Nuno João Baptista) para acalmar a urbe, isto não é novo... é cultural! Entretanto esqueçem-se todas as cumplicidades...
Por cima da bandeja rola a cabeça de Pinto da Costa por baixo da bandeja a título de exemplo: Casa Pia, Submarinos, Herdades, falencia financeira da Capital do País, Estado (CGD-Armando Vara) vota contra a OPA do grupo Sonae mas ao mesmo tempo privatiza a GALP dentro do gabinete do ministro da economia, etc... etc... tudo debaixo dos nossos olhos inebriados pelo êxtase da cabeça do dito.
Os crimes no Porto são gravíssimos, mas pelo que se começa a perceber, dezenas de jovens "abandonados" (não é desculpa, mas contribui para a raíz do problema) pela sociedade e organizados em gangs até ouvem hip-hop de fraca qualidade aculturados pela MTV, face ao vazio das suas vidas e face ao vazio de oportunidades que a sociedade lhes endereça, até começam a ganhar uns cobres à base do músculo e de serem beras, vão ver jogos do FCP (efeito da multidão e da claque) que by the way ainda é única entidade (identidade) que lhes dará alegrias e perspectivas do sucesso... o território é pequeno e depois eu tenho de ser mais bera do que tu... até podem despachar uns kilitos de droga com margens interessantíssimas têm dinheiro para adquirir armas... até que um dia descamba numa morte... de um dos amigos, então temos de vingá-lo e por aí fora...
Não vão os políticos à raiz do problema, demitam-se uma vez mais das suas responsabilidades (continuem a fechar negócios dentro de gabinetes) e daqui por 10 anos têm novamente o problema! A máfia como qualquer outro tipo de criminalidade previne-se! Alguêm sabe da taxa de desemprego no distrito do Porto e qual o seu impacto nas camadas jovens da sociedade, qual a taxa de abandono e insucesso escolar no Porto e já agora do País?
PS: Também, muito pertinente «Direito a Decidir» de António Alves
A brigada da mão fria
Na senda de Saldanha Sanches e José da GLQL ou até mesmo da Carolina arrependida, Pacheco Pereira vem novamente referir o mundo de moral cinzenta ligado ao futebol portuense. Novamente não nego o tom entre o branco e o preto. E acho que não devemos negar, para podermos ter credebilidade para desmascarar as máfias de Lisboa. Assim faço um apelo ao Dr Pacheco, Dr Sanches e José para se inspirarem na seguinte frase e começarem a escrever sobre ela. É que me parece que a mafiosidade é muito maior. A frase: «o pior da nossa democracia são os homens e mulheres sem rosto que mandam efectivamente no país. São 200 famílias, a brigada da mão fria, os que andam em festas de whisky na mão”. Marco António referindo-se aos sulistas, elitistas e nada liberais do eixo Lisboa-Cascais.
20071218
Saldanha Sanches, o Diversor
Saldanha Sanches é conhecido por volta e meia denunciar as supostas vigarices dos autarcas e mundo do futebol. Ao contrário de outros participantes, eu não ponho as mãos no fogo nem por uns nem por outros. Porém irrita-me a preferência por vigarices extra-Lisboa, parecendo que faz constantemente manobras de diversão para ocultar verdadeiros escandalos que lá ocorrem, como seja a recente campanha de promoção exterior de Portugal, milhões gastos em assessores da Administração Central ou OTA/urbanização da Portela, entre muitos outros. Por isso fui ao Sorumbático deixar uma pequena mensagem:
Sr Sanches, PF antecipe esse dia. Ou então andará permanentemente a fazer a figura de ... .
PS: Na GLQL, o blogger José diz o mesmo mas com bastante mais sofisticação.
A produtividade luxemburguesa vs a portuguesa
É claro que a organização do trabalho, a capacidade de gestão, contribui para uma produtividade superior, mas 2.7 vezes superior é muito!!!!A produtividade será tanto maior quanto maior o valor acrescentado, quanto maior a margem conseguida. Enquanto apostarmos no negócio do preço-baixo, com margens apertadas, nunca poderemos aspirar a saltos na nossa produtividade como país.
Diz me em que região estas e eu digo te quem és
20071217
Partidocracia
Nem Ota nem mega-Alcochete VI: O mito da urbanização dos terrenos da Portela
Pode ser que sim, António. Mas vejamos o que vale a Portela urbanizada, com ou sem Jogos Olímpicos 2020. A primeira questão a notar é que o preço de qualquer bem depende da sua procura no mercado. A Portela urbanizada, não é excepção. Vamos admitir que a Portela se tornaria uma zona de habitação ou de escritórios. Qual será a procura destas propriedades daqui por 10 anos ? E sobretudo, quem serão os compradores ?
· Concerteza que não serão Portugueses: «Atingido um nível tão elevado de endividamento que já ultrapassou há muito o patamar de 100% do rendimento disponível, era de esperar um profundo travão no recurso à Banca. Os números parecem contradizer a lógica». Aparentemente apesar do endividamento, o crédito à habitação ainda se expande. Mas durará a expansão até 2017 ? Portugal já tem a 18º dívida externa per capita, a 16ª dívida externa por euro de PIB e o 4º pior país do mundo em termos de reservas bancárias face aos activos, significando que a própria banca está excessivamente endividada. Haverá espaço para mais financiamento a particulares e empresas para comprarem imóveis na Portela urbanizada ? A resposta é não. Mesmo que vendam as propriedades no resto de Portugal para irem viver para a Portela, essas propriedades perderão valor...
· «Por outro lado, só tem sido possível ao país viver acima das suas possibilidades, comprando ao estrangeiro mais do que aquilo que lhe vende, ou porque o estrangeiro lhe dá dinheiro - como tem sucedido por parte da UE - ou porque lho empresta. E, na realidade, os portugueses - Estado, empresas, particulares - têm-se socorrido cada vez mais do crédito concedido por estrangeiros, seja indo buscá-lo lá fora, seja endividando-se junto de um sistema bancário onde a presença de bancos estrangeiros é cada vez mais notória. Nos casos em que os empréstimos não são reembolsados - e isso está a acontecer com frequência crescente - são os estrangeiros que ficam com a propriedade dos portugueses: empresas, quintas no Douro, casas de habitação. É também por esta via - a segunda - que os portugueses pagam aos estrangeiros o facto de, durante anos, terem andado a viver à custa deles: entregando-lhes as suas propriedades». Ora este poderá ser outra alternativa para a Portela urbanizada: captar residentes estrangeiros, particulares ou empresas. Mas vejamos:
- «Ora, no que diz respeito ao investimento estrangeiro, já na altura, os dados do Banco de Portugal mostravam que, no período de Janeiro a Agosto de 2007, ele tinha descido 26,3% face ao mesmo período de 2006? Um esquecimento conveniente do primeiro-ministro, não acha, caro leitor? Mas pior: os dados oficiais entretanto divulgados mostram uma queda homóloga ainda maior nos primeiros nove meses do ano: 31,5%, que trouxeram o investimento estrangeiro para os níveis de? há cinco anos! Entretanto, um estudo da conhecida empresa de consultoria Ernst & Young revelou que, face a 2006, triplicou o número de investidores estrangeiros que tem a intenção de se deslocalizar de Portugal: 7% no ano passado contra 20% em 2007. Será porque Portugal está mais atractivo?!?» A resposta é não. Portanto a Portela urbanizada não terá multinacionais lá sedeadas;
- Serão os europeus pertencentes à população activa que venderão as suas casas para irem viver na Portela ? Claro que não. Se até os portugueses emigram, quem é que virá para cá ? Será a Portela urbanizada uma área de turismo residêncial povoada por séniores europeus ? Penso que não. Os seniores não querem ir viver para cidades. Preferem a natureza e ambientes não urbanos. Não esquecer ainda o crash imobiliário global: «Burst of Europe's real estate bubble: Spain comes first soon followed by France and UK». Quem comprou irá amortizar durante muitos anos um imóvel em desvalorização. Num mercado em queda, dificilmente terá condições para vender a sua propriedade e passar a viver na Portela.
Como podemos facilmente concluir, não haverá procura de propriedade na Portela urbanizada. Os terrenos já não valem muito. O boom do imobiliário acabou em Portugal há uns 5 anos e no mundo ocidental está a acabar por estes dias.
20071216
Leituras 20071216
· 74% das empresas do progrma Neotec-Novas empresas de base tecnológica- localizam-se na região Norte e Centro de Portugal. Ao contrário de Lisboa e arredores, por cá o Empreendedorismo não é moda. É e sempre foi condição de sobrevivência;
· Serzedelo (Guimarães), exige que sejam tomadas medidas quanto às linhas aéreas de alta tensão da REN que atravessam a localidade. Veremos se a dupla ética chega a este tema;
· "Não é agradável para o poder político falar de emigração", porque o fenómeno espelha a incapacidade de oferecer emprego e "futuro" dentro de portas”. Sobretudo em Lisboa não interessa estudar nem migração interna nem emigração.
· Criminalidade no Porto por docente da Uminho e mais um homicídio associado à miséria que se vive nos bairros socias da cidade. Rio ignorou desde 2002 a a necessidade de a autarquia protagonizar uma animação económica de forma a reduzir a recessão regional e local. Agora tem as consequências. Rio é um verdadeiro inutil. Até admira o BE e PCP ainda não terem puxado pela veia Keynesiana. Eu defendo a acção das autarquias no estimulo da economia local, usando APENAS o seu poder institucional.
20071215
Alta Tensão
Elites falhadas
15.12.2007 - 00h43 - Anónimo, Ribeira-Porto
Se a democracia fosse directamente proporcional ao sentimento “opinativo”, Portugal, resolveria o deficit a vendar democracia em pacotes. Ler os comentários a esta notícia, é viajar nos meandros da ignorância, entre o ingénuo, e o intencionalmente malicioso na sua demagogia. Duas ou três considerações. Não há nenhum problema de insegurança na Ribeira do Porto, a não ser quando jogam alguns tipos menos simpáticos contra o club da terra, e que acaba com umas cadeiras pelo ar, e meia dúzia de corridas. Nada comparável com Paris, Atenas, Berlim, Milão, ou até a pacata Oslo. No Porto, morreram uns tipos, que se queriam matar entre si, e não tem nada a ver com a populaça da cidade, a noite de copos e cervejola, a noite das danças e dos fumos. Nada. A morte de 6 tipos, resume-se a um animal que deu um murro mal dado noutro, e por isso o matou. Do mesmo animal, que fez mais uma dúzia de sacanices, até que algum mais corajoso resolveu resolver o assunto. A mais uns tiros que a partir dessa historia, foram acertando no tipo que estava ao lado. E de lado em lado, despacharam 6. Há polícias nos negócios dos streep, e da importação de umas bailarinas, e de uns avisos às rusgas etc.? Há de certeza. Onde? No Porto, em Lisboa, em Freixo de Espada à Cinta, em Alcagoitas de cima. Desde quando? Desde o tempo do Vasco Santana, e do Aniki Bobo. Os polícias do Porto, sabem o que investigam? Sabem tudo, onde estão, com quem estão, quem mandou, quem disparou...Sabem eles, e sabe qualquer tipo que tome 3 cafés na Ribeira, entre as 7 da matina e a hora de almoço. Como sabem os catraios que jogam a bola nas ruas do património mundial. Toda a gente sabe. Então porque não fazem nada? Claro que fazem, só não os arrecadam... Para quê? Perguntem aos políticos que fazem as leis, e aos “corporativistas” do sistema judicial, porque é que as fazem. Porque raio há-de um polícia, sujeitar-se a levar com uma rajada, para arrecadar um tipo que vai para a rua passado 24 horas, porque o “flagrante” não existiu? Porque raio, há-de um policia, interferir no andamento de uma situação, que melhor que qualquer tribunal, vai resolver questões há muito adiadas? Mas oh gente de Lisboa, da câmara, do parlamento de onde quiserem...Alguém avalia a perda para o país da “partida” destes 6 cavalheiros? Terrível, são os que ficam nas passadeiras, quando vão para a escola... Os investigadores de Lisboa, vão resolver tudo? Nada, de nada. È mais um episodio na guerra Porto-Benfica, ou Poder central-regiões, ou algo similar, que outra coisa. Sabem o que é aquele sentimento de tentativa de diminuir uma cidade, uma região, uma entidade, seja de que forma for? Os Policias do Porto, coitadinhos foram ofendidos? Não. Têm simplesmente uma reacção corporativa. Num pais que nunca saiu do corporativismo. Que está nos juízes, nos advogados, nos médicos, nos farmacêuticos. E só não está nos sapateiros, nos arrieiros, nos caldeireiros, porque, a despeito de manterem as ruas com os seus nomes, os que o eram, hoje são...policias, médicos, advogados etc... Basta de tanto delírio. Opinem menos e resolvam os assuntos com competência. Começando por dar condições efectivas à policia, por exemplo. E não só armas, carros, e telefones, mas também, leis que se cumpram que coloquem os criminosos nas cadeias, fazendo das cadeias não estancias de ferias e escolas de crime, mas lugares, onde quem quer comer, que o produza, quem quer ser inserido socialmente, que comece a investir nisso.