20071207

Viva o Metro do Porto!

Entrevista de Oliveira Marques ao Público

Abaixo da previsão
07.12.2007
Primeira fase fica-se pelos 2,2 mil milhões

A primeira fase vai custar os 2,4 mil milhões anunciados no ano passado?


Pode ficar um pouco abaixo. É natural que se fique pelos 2,2 mil milhões de euros. O que estamos a fazer, e algumas coisas nem começaram ainda porque falta a autorização do Governo, são as últimas inserções urbanas, particularmente em Vila do Conde e na Maia.

A gestão da empresa foi fortemente criticada pelo Tribunal de Contas e Pela Inspecção-Geral das Finanças, dando origem a reparos, tanto à sua actuação como à dos autarcas. Foram críticas injustas, as do TC, da IGF e da imprensa?

Essa é sempre uma questão discutível. Saber se fazemos dez metros na vizinhança do carril ou se fazemos 20 ou 30 é discutível. A verdade é esta: estamos sempre a tempo de, em linhas futuras, não fazermos inserção urbana. Não façam...

Mas nem é isso o que está estabelecido. Vai haver inserção urbana paga pela Metro na segunda fase...

Claro. No dia em que deixarem de fazer inserção urbana em metro à superfície, vão ter uma obra inaceitável do ponto de vista urbano e vão ter problemas de segurança. Se quiserem, vão ver a Dublin, na Irlanda, cuja empresa já enviou delegações aqui duas vezes porque está com problemas sérios de frequência de acidentes, porque o trânsito e as vias não foram rearrumadas após a introdução do metro. Mas quem defende o fim destas obras está sempre a tempo. Force. Faça-se só carril e estações. Já me sugeriram que fosse ver [o metro de superfície] em Almada, para ver que bem que fica se esses aspectos não forem acautelados.

A colocação da empresa em gestão corrente desde o final de 2005, por despacho do Governo, afectou o vosso trabalho?

Claro. Limita. Obriga a mandar mais coisas ao Governo para aprovação. Todas as obras de inserção urbana que ainda não tinham sido aprovadas tiveram de ir ao Governo.

Mas as decisões têm sido rápidas, pelo menos?

Nunca é rápido. Se os Governos fossem tão expeditos como normalmente é uma empresa, o país estaria num nível de desenvolvimento extraordinário. Isto é geral. Há dossiers que são aqui preparados que são analisados em Lisboa por técnicos, juristas ou financeiros, cujo currículo não é superior ao dos nossos técnicos. Já tive de dialogar com pessoas que não admitiria para a Metro.

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Conclusão: é urgente libertar-mo-nos do jugo centralista. AUTONOMIA JÁ! :-)

1 comentário:

Diogo disse...

Então Pedro Menezes Simoes? Já viu o vídeo?

Money as Debt

Gostava que o comentasse.

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