«A CP já manifestou interesse em ver electrificada e recuperada a Linha do Douro no troço que liga Caíde de Rei ao Marco de Canaveses. O anúncio foi feito ontem pelo deputado do PS Fernando Jesus, durante uma visita a Vila Meã, Amarante. O deputado lembrou que o interesse da empresa que faz a exploração comercial na expansão da rede suburbana era fundamental para que a Refer pudesse calendarizar as obras de electrificação e supressão de passagens de nível no troço. "Agora não há desculpas para que o projecto, que inclusivamente já está elaborado, não possa ser concretizado", disse Fernando Jesus. A ligação entre Caíde e o Marco insere-se no plano de eliminação de passagens de nível da Refer, que já supriu 19 das 27 existentes e custa cerca de 15 milhões de euros. Falta eliminar quatro passagens em Vila Meã e outras quatro no Marco de Canaveses, num investimento de cinco milhões de euros».
Douro: Governo apoia reabertura troço Pocinho-Barca de Alva: Parece que as sugestões do professor Tão e de
Comunicado da Comissão de Revitalização da Linha do Douro: Revitalizar a Linha do Douro e reabrir o troço entre o Pocinho e a estação fronteiriça de Barca de Alva, são os principais objectivos da Comissão de Revitalização da Linha do Douro, nascida de uma iniciativa da Assembleia Municipal do Marco de Canaveses.
A Comissão, que tem o apoio institucional de 28 Assembleias Municipais e Câmaras da região do Douro, considera a linha férrea como um factor de desenvolvimento fundamental para todo o Vale do Douro, pelo que pretende que seja reactivada a ligação do Pocinho a Barca de Alva (encerrada desde 1987), assim como a respectiva ligação, do lado espanhol, de Barca de Alva até Salamanca e Valladolid, e daí para o resto da Europa.
Relembre-se que o troço ferroviário entre o Pocinho e Barca de Alva tinha continuação para Espanha, com a ligação de Barca de Alva a Boadilla. No entanto, depois de as autoridades espanholas, em 1985, terem encerrado esta ligação, o governo português seguiu o mesmo exemplo, fechando o troço da linha do Douro que ia até Barca de Alva, que está actualmente abandonado. Para a Comissão de Revitalização da Linha do Douro, “o declínio da linha deveu-se à falta de investimento na sua remodelação e melhoria, o que trouxe isolamento, atrofia e empobrecimento de toda a região duriense do mar à fronteira”.
Agora que o governo espanhol está empenhado em reabrir a ligação do seu lado até Barca de Alva, colocando a linha-férrea de novo na fronteira portuguesa, e tendo em conta que o Vale do Douro tem grandes potencialidades de oferta turística e é considerado uma prioridade para o investimento público, esta Comissão considera urgente e necessária a reabertura do troço Pocinho – Barca de Alva.
A Comissão de Revitalização da Linha do Douro fez chegar as suas reivindicações à Assembleia da República, que entretanto fez uma recomendação ao Governo (resolução nº1/2007, de 19 de Janeiro) para que promova a requalificação desta via ferroviária.
A Comissão prevê ainda uma série de acções para chamar a atenção do público e das entidades governamentais para os problemas que a Linha do Douro enfrenta actualmente, entre as quais o lançamento de um site.
A Comissão de Revitalização da Linha do Douro, tem merecido o apoio das autarquias do Vale do Douro, com especial ênfase dos presidentes das câmaras do Marco de Canaveses e de Figueira Castelo Rodrigo, respectivamente Manuel Moreira e António Edmundo Ribeiro, fortemente apoiados por António Coutinho, actual presidente da Assembleia Municipal do Marco.
A Linha do Douro foi concluída com a sua ligação Porto – Barca de Alva (localidade situada na fronteira com Espanha) em 1887, constituindo uma importante via no transporte de passageiros e mercadorias. Este caminho-de-ferro atravessava todo o vale do Douro e entrava pelo interior de Espanha, numa ligação até Salamanca, e daí para Madrid e para o resto da Europa. Depois de os governos espanhol e português, nos anos 80, terem decretado o encerramento de troços de linha de ambos os lados da fronteira, a Linha de Douro perdeu o seu carácter internacional e a região ficou mais pobre e isolada. Rodeada de paisagens de grande beleza natural, a Linha do Douro tem um potencial enorme para a exploração turística, e vários estudos apontam a sua reabertura até Espanha como fundamental para o desenvolvimento de todo o Vale do Douro.
4 comentários:
"O próximo passo será extender a linha da CP Porto (que se devia chamar de CP Norte) até à Régua"
Não, a CP Porto é uma empresa da CP que gere os comboios urbanos do Porto. A regua já é muito longe para ter comboios urbanos do Porto.
CP Norte?Abrangendo toda a rede do Norte??A rede ia continuar a ser controlada a partir de Lisboa na mesma, alem disso a nossa rede ferroviaria não é separada do resto da rede nacional..
O Porto tem, à semelhança de Lisboa e Setúbal um Centro de Controlo Operacional (CCO) da REFER para gestão das Linhas. Douro, Minho, Guimarães e Norte (não sei bem até onde, mas creio que Pampilhosa), são geridas a partir do Porto
a transdev - peninsula iberica também é controlada a partir do Porto..Metro ligeiro de Madrid e de Tenerife são também geridos a partir do Porto
Salem,
PF desenvolva esse tópico (Transdev).
Enviar um comentário