Fácil: Destruição de 1.000 milhões de euros de valor económico em menos de 5 minutos. BCP desliza 11% e perde mais de mil milhões numa só sessão.
O Centralismo é sobretudo isto: a tendência do Estado Central em interferir em todo e qualquer assunto da vida económica, de forma intransparente, dissimulada, e raramente defendendo verdadeiramente o interesse público.
Afinal, para além da politização do maior banco privado português, note-se que o crescimento do BCP nos próximos anos será feito à custa da CGD, banco que a nova gestão do BCP conhece por dentro e para o qual definiu a estratégia.
Talvez algum leitor discorde da minha opinião. Façamos o seguinte teste: se todas as falcatruas que se fizeram no BCP forem descobertas, divulgadas, e punidas, eu darei o braço a torcer dizendo que a intervenção do Estado Central é positiva e o interesse público defendido (naquilo em que deve ser defendido*). Se, pelo contrário, o assunto entrar numa decadência progressiva, sem a identificação de novos factos relevantes, será notório que a "nacionalização" visa apenas aumentar a capacidade interventiva do Estado, enquanto protege a "máfia" do costume. Infelizmente, estou certo de que o tempo me dará razão.
*Pressupõe-se que os resultados do BCP também melhorem: é que tudo isto tem de ser conjugado com as exigências do mercado. A empresa é formalmente privada, logo deve entregar resultados aos investidores privados.
P.S. Santos Ferreira teve mais votos, mas foi Cadilhe que teve mais accionistas a apoiá-lo (não se aplica a regra "um homem, um voto"). Dir-se-ia, por conseguinte, que a vontade democrática era a de que o candidato do governo tivesse sido derrotado, e o BCP mantivesse a sua independência política. Sem sobra para dúvidas, Cadilhe foi derrotado nas urnas, mas saiu vencedor aos olhos dos portugueses. Obrigado.
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