Este gráfico, retirado do documento "Contas Regionais de 2005" do INE, é eloquente quanto às disparidades e assimetrias de rendimento entre regiões. E não é necessário sair sequer da região de Lisboa. A sub-região (NUT III) da península de Setúbal apresenta um PIB per capita inferior em 95 pontos percentuais ao da Grande Lisboa (em relação à média nacional). O PIB per capita de Setúbal é mesmo inferior a regiões a braços com uma crise profunda, fruto da globalização, nas indústrias tradicionais como o Ave e o Cávado.
20080125
Assimetrias
Este gráfico, retirado do documento "Contas Regionais de 2005" do INE, é eloquente quanto às disparidades e assimetrias de rendimento entre regiões. E não é necessário sair sequer da região de Lisboa. A sub-região (NUT III) da península de Setúbal apresenta um PIB per capita inferior em 95 pontos percentuais ao da Grande Lisboa (em relação à média nacional). O PIB per capita de Setúbal é mesmo inferior a regiões a braços com uma crise profunda, fruto da globalização, nas indústrias tradicionais como o Ave e o Cávado.
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14 comentários:
Aconselho a leitura deste post para desfazer quaisquer dúvidas:
http://www.skyscrapercity.com/showpost.php?p=17963290&postcount=71
é incrivel que está em números e nada se faz.
será que são os números que não interessam ou os políticos que não os querem ler?
Comparar o Baixo Mondego com o Pinhal Interior Norte é o mesmo que comparar o litoral com o interior da região de Coimbra. Não se tratam de duas regiões diferentes mas de duas metades de uma mesma região.
Isto porque se cometeu a violência de se separar Coimbra em duas NUT, sendo que a cidade acaba por estar numa posição de fronteira entre as duas.
caro fm,
está a confundir conceitos. o gráfico que eu apresento é o gráfico da riqueza efectivamente criada nas regiões. são dados objectivos, reais e mensuráveis. o estudo que refere ãpresenta estimativas e mede uma coisa totalmente diferente. sob o nome genérico de "poder de compra" - como ele aliás chama a atenção na introdução - mistura vários factores. o título de "dinheiro gasto" ou "consumo" ou "dinheiro em circulação" seria talvez mais objectivo. Por exemplo, eu que vou a lisboa dia sim dia não levanto lá muito dinheiro em caixas de multibanco que depois gasto noutros concelhos. e como eu milhares de pessoas diariamente. no entanto esse volume de dinheiro contabiliza, pela metodologia utilizada, como consumo de Lisboa. Outra realidade: o poder de compra atribuído ao Porto - tal como a Lisboa - é exagerado. Amaioria da classe média portuense já não vive no Porto, vive em concelhos como matosinhos e Gaia. Mas como trabalham no Porto, gastam lá muito dinheiro porque é lá que trabalham e estão os centros de diversão e consumo. A realidade social da cidade é outra: os habitantes estão muito divididos entre os muito ricos e os muito pobres. A classe média está maioritariamente fora. O caso da península de Setúbal também é interessante, neste caso um efeito inverso e paralelo aos anteriores: a mairia da população trabalha em Lisboa e regressa a casa onde consome, paga impostos e usa os terminais multibanco. Mas isso não invalida que a região produza na realidade pouca riqueza. Isto é: "produza" pouco PIB.
Senhor António Alves..
Eu através desse gráfico, não vejo a disparidade de riquezas que tanto fala, vejo mais um Porto mais pobre que não sei o quê..
Pena que isso foi em 2005, pois, agora estará bem pior..
Caro jpm, tem que olhar também para os valor acima da linha dos "100".
Mas cada um vê o que quer.
Eu, por exemplo, vejo que toda a (correcta) solidariedade do norte para com o distrito de setúbal durante a década de 90 (aceitando passivamente o desvio estatal de grandes investimentos estrangeiros para uma região mais carenciada) não teve qualquer resultado. Quanto muito, serviu para "alimentar pançudos".
Para que o país melhore, é necessário reconhecer que algo não vai bem neste país. O tâmega é a região mais pobre da UE-15, e continua a divergir. Mas tal parece ser irrelevante no nosso país.
É preciso mudar o que deve ser mudado.
senhor jpm,
eu estranharia que alguém preconceituoso e ignorante, como parece ser o seu caso, descortinasse alguma coisa de construtivo.
Primeiro de tudo, o Norte não é só o Grande Porto, é pena que há pessoas que ainda pensam assim, não vou enunciar nomes, mas.. não é senhor António Alves?
Acho que seria bem mais esclarecedor um gráfico a separar o Norte, no MINIMO em Trás-Os-Montes, Minho e no Grande Porto.
Pode ser senhor António Alves?
A ignorância vem de quem, de facto, gosta de "cegar" os olhos na verdadeira causa da pobreza do Norte..
Caro senhor Pedro Menezes Simões,
Nestes últimos 20 anos.. o Grande Porto que descreve de Norte, também sofreu grandes investimentos em detrimento de regiões bem mais carenciadas..
É estranho falar em "pançudos" quando muitos dos concelhos "auto-clamados" de "corruptos" encontram-se precisamente no tal Norte..
Será que sou eu que não quero ver as coisas?
Claro, muita gente enriquece à custa de dinheiros públicos.. infelizmente.
Mas dizer que Setubal está igual há 20 anos atrás...
É que nem os Açores de Mota Amaral são iguais aos do Carlos César...
E o que dizer da República das Bananas há 20 ou 30 anos atrás...
Onde estão os gráficos de há 20 anos atrás comparados com os de agora?
"Acho que seria bem mais esclarecedor um gráfico a separar o Norte, no MINIMO em Trás-Os-Montes, Minho e no Grande Porto."
Claro que o Norte não é apenas o grande Porto. Quem dera que o Norte fosse todo como o grande Porto. O gráfico mostra a assimetria entre o Grande Porto e o Tâmega que é a região mais pobre do Norte e não trás os montes. Aliás, o gráfico tem mesmo esse objectivo: realçar as assimetrias, tanto a nível nacional como intra-regionais. Se não sabe ler gráficos também não sou eu que lhe vou ensinar. A sua ignorância não é culpa nossa. Os seus preconceitos e ressabiamentos é que o cegam.
"É estranho falar em "pançudos" quando muitos dos concelhos "auto-clamados" de "corruptos" encontram-se precisamente no tal Norte.."
Não caro senhor jpm: o concelho mais corrupto não está no norte. Está no sul. Por muito que lhe custe é mesmo Lisboa. Não tem lido os jornais? Anda distraído ou a cegueira preconceituosa também não o deixa ver as evidências?
É mesmo você que não quer ver as coisas!
Caro JPM
"o Grande Porto que descreve de Norte, também sofreu grandes investimentos em detrimento de regiões bem mais carenciadas."
É verdade. Tendo dito eu algo em contrário nos 40 posts que já fiz sobre esse assunto? De que no sistema actual os pobres são solidários com os ricos? (nota: eu falei de grande porto? onde?)
"É estranho falar em "pançudos" quando muitos dos concelhos "auto-clamados" de "corruptos" encontram-se precisamente no tal Norte.."
Olha, olha, mais um a assobiar para o ar. Pensei que o caso EPUL, Bragaparques, Oeiras, Freeport, Independente, Moderna, Emaudio, mais os escândalos nos PDMs na margem sul tivessem demonstrado alguma coisa quanto ao sistema em Portugal. Que o problema está em todo o lado.
Mas não. Nós cá é que devemos ter maus genes, somos todos corruptos, todos cópias baratas do Pintinho e do Valentim. Pois claro.
"Mas dizer que Setubal está igual há 20 anos atrás..."
Nada está igual há 20 anos atrás. Mas sei que a península de Setúbal convergiu muito pouco para o esforço que lá foi feito. Não sei qual a causa. Mas sei que a "dádiva" do Norte foi duplamente inglória. Primeiro, porque foi de pouca utilidade. Segundo, porque não houve reciprocidade.
Mas a grande questão que se coloca é: porque é que a situação de Setúbal não melhorou significativamente? O que se fez de errado?
Caro JPM, desafio-o para uma "batalha". Por cada político do norte com suspeitas de corrupção/tráfego de influencias que refira, eu referirei 2 do sul.
Ou, em alternativa, a dizer o nome de 8 autarcas nortenhos suspeitos de corrupção/tráfego de influências.
Caro senhor Pedro Menezes Simões,
Mostrei a minha indignação, para o post em questão, pelo simples facto que me parece servir de "bode expiatório" para a figura do gráfico ilustrada do lado direito..
Quando ao seu desafio, primeiro de tudo não sou do sul..
E assim derepente políticos do Norte COM SUSPEITAS de corrupção Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Rui Rio, Nuno Cardoso, Fernando Albuquerque, Fernando Gomes, Ernestina Miranda, Luís Filipe Menezes, José Luís Oliveira e Joaquim Castro Neves..
Já são 10.
Acho que não me enganei...
enganou-se redondamente em alguns dos nomes. além disso o seu pensamento é bastante confuso.
Fátima Felgueiras - ok
Valentim Loureiro - ok
Rui Rio - ???
Nuno Cardoso- ok
Fernando Albuquerque - ok
Fernando Gomes - ok
Ernestina Miranda - ok
Luís Filipe Menezes - ???
José Luís Oliveira e Joaquim Castro Neves - São dirigentes desportivos, não políticos.
Laborou nos 2 erros típicos: primeiro, parece que basta ser presidente da camara na zona do porto para ser considerado corrupto. Depois, confundir políticos com dirigentes desportivos - nesse caso faltou citar o Pinto da Costa...
Pois eu replico:
Primeiro, o Grupo Emaudio (http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/files/a_anatomia_de_um_silncio.doc):
1- Mário Soares (ex-PR)
2- João Soares (ex- CML)
3- Carlos Melancia (ex-ministro e ex-governador de macau)
4- Almeida Santos (ex-presidente da AR)
5- António Vitorino (ex-ministro e ex-comissário europeu)
6- Jorge Coelho (ex-ministro)
7- Alberto Costa (ex-ministro e actual presidente da CML)
8- Santos Ferreira (ex-presidente CGD)
Freeport:
9- José Sócrates (primeiro-ministro)
10- José Inocência (ex-presidente da câmara de alcochete)
Moderna:
11- Paulo Portas (presidente partido e ex-ministro; também suspeito na actuação no ministério da defesa...)
Portucale
12- Luis Nobre Guedes (ex-ministro)
13- Telmo Correia (ex-ministro)
14- Carmona Rodrigues (ex-presidente CML)
15- Isaltino Morais (presidente Oeiras)
16- José Luis Judas (presidente cascais)
Nem foi preciso ir buscar vereadores...enquanto só olharmos para a corruptela fazendo de conta que a corrupção não existe...
Mas corrupções à parte, e reentrando em "modo diálogo", não compreendo a sua questão. O António Alves chamou à atenção que as desigualdades em Portugal não são apenas regionais, mas inter-regionais (i.e. dentro das regiões). O que acha que se está a tentar esconder?
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