O problema do Alto-Tâmega é sobretudo um problema de ligação e conectividade. Por um lado temos um conjunto de factores endémicos decorrentes da interioridade e dos condicionantes competitivos desse contexto. Por outro lado, a dificuldade em aproveitar a sociedade da informação e conhecimento e as suas ferramentas para combater o isolamento e a distância aos pólos territoriais mais competitivos.
Estamos por isso na presença de uma questão paradigmática de problema/solução. De facto, o grande problema poderá transformar-se na solução e a única saída.
Tal como é vital a criação de redes viárias de ligação aos concelhos e às empresas da região, a criação de auto-estradas de informação é premente para que as empresas se possam libertar do isolamento e sobretudo se façam conhecer ao realizar transacções para além do mercado regional. O desafio que se coloca à generalidade das empresas do Alto-Tãmega continua a ser o de deixarem de se basear numa economia de subsistência regional e passarem a actuar no mercado global/internacional. As novas tecnologias de informação e comunicação trazem soluções em termos de contacto em real-time, para todo o mundo, a qualquer hora.
Nesse sentido o problema de ligação e conectividade pode se ultrapassado, pode ser a solução do futuro.
A criação de redes (de inovação, cooperação, de informação) entre as empresas da mesma ou diferentes cadeias de valor é essencial na alavancagem da região e na mudança de paradigma competitivo. Urge a aplicação nas empresas da região do "agir localmente, pensar globalmente".
Para que estes objectivos se concretizem será necessária a criação e comunhão de um mesmo projecto estratégico para a região, para que todos numa perspectiva de complementaridade possam rumar, tendo por base o mesmo caminho e a mesma meta. A conectividade e a criação de relacionamento são a única saída para vencer a batalha pela inclusão e competitividade.
Daí que no problema reside a solução. Contudo, tal como o Estudo de resto conclui, não é na tecnologia que reside a panaceia da resolução dos problemas. A tecnologia de per si não trará qualquer mais valia para a potenciação da competitividade das empresas e para o seu crescimento sustentado. A solução está nas pessoas e nas empresas, que se relacionam e estão abertas ao exterior.
A região do Alto-Tâmega necessita de criar um posicionamento concreto no mercado. É primordial que se associe à região determinado tipo de mais valias e saberes-fazer que a tornem apetecível e competitiva em determinados ramos de actividade. Não esquecendo as suas raízes, a solução está na transformação estratégica do tecido empresarial de um pendor generalista para um padrão voltado para a especialização e excelência, em volta de pólos de actividade e competitividade bem definidos e restritos.
Na medida em que as empresas se relacionem e estabeleçam parcerias e cooperem entre si, podem criar instrumentos de diferenciação em pólos de competitividade que se podem reproduzir e elevar o nível geral das empresas, das instituições e das pessoas numa espiral de melhoria e alavancagem.
A questão essencial é estratégica e de missão. Como queremos ter sucesso no mercado?
Estudo completo aqui;
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