20070531

SERRALVES EM FESTA


Porque a Cultura é muito importante e porque a Fundação de SERRALVES é uma mais valia para a cidade do porto, não poderia deixar de referenciar este tema.Uma vez mais Serralves vai estar 48 horas em festa. Dias 2 e 3 de Junho. A não perder!
O programa aqui...

Dilemas para o senhor Reitor da UP

O reitor Marques dos Santos propõe mais iniciativa e o fim da fuga dos mais capazes. Porém a realidade é outra. Relata SMP, uma portuense que fugiu para Lisboa: «Concordo com a ideia de falta de liderança; no que diz respeito à falta de empenho por parte dos próprios profissionais da região, é um belo discurso, visto aqui do exílio forçado na Mouraria. Mas cotejando os dois anos de desemprego que passei na Invicta e o as oportunidades profissionais que há na capital, tenho de reconhecer que a lealdade à nação custa a praticar.» E a propósito de iniciativa, quando é que a UP realiza a fusão dos seus multiplos back-offices, 1 em cada universidade, algo que não ocorre na UTAD, UMINHO ou Uaveiro, libertando recursos para outros projectos ?

Crescimento de tráfego é numerologia...e numerologia é com a Maya!

Argumentos que o Governo tem utilizado para justificar a urgência da construção da OTA e do encerramento da Portela:

"O esgotamento da Portela antes da conclusão do novo aeroporto da Ota é um cenário provável que pode obrigar a avançar com novas soluções transitórias até 2017. O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, reconheceu ontem que a necessidade de encontrar outras alternativas, para além do investimento em curso na expansão da Portela, é o cenário mais provável caso se mantenham as actuais taxas de crescimento do tráfego em Lisboa na casa dos 10% ao ano."

"O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, disse ao «Diário Económico» que se «a
Portela esgotar em 2014 ou 2015 pode ter que se arranjar uma solução provisória, ainda que dispendiosa, mesmo depois de realizado o investimento de 350 milhões de euros», em curso, para a expansão da capacidade da Portela.
"


"Esta nossa capacidade de atracção tem ultrapassado todas as previsões, mesmo as mais optimistas. Quando, há uma dezena de anos, se falava do previsível esgotamento da Portela, falava-se numa taxa de crescimento do número de passageiros da ordem dos 4% ao ano. A realidade é que esse crescimento tem sido da ordem dos 10% ao ano. Ainda agora, no 1º trimestre do corrente ano, foi 13% em comparação com o período homólogo do ano passado."

O problema é que estas taxas de crescimento são conjunturais, e dificilmente duram até 2010:

  • As elevadas taxas de crescimento no sector da aviação estão relacionadas com a alteração do modelo de negócio de "companhias tradicionais" para "companhias low cost". Este efeito "ruptura" não deverá durar mais 2/3 anos.
  • As low cost têm compensado o aumento do preço do petróleo, mas tanto o aumento do seu preço, como principalmente a incorporação dos custos ambientais (licenças CO2) deverão aumentar fortemente os preços dos bilhetes.
  • O efeito da tecnologia torna também menos relevante as viagens. É cada vez menos necessário viajar para estar com outra pessoa. Basta uma conference call.
    A um período de estagnação (pós 11.09.2001) costuma-se seguir um período de forte crescimento. Estamos no fim do período de forte crescimento (até porque o resto da europa, ao contrário de Portugal, está em clara expansão económica).
  • Lisboa atravessa um bom momento no turismo em resultado do Euro 2004 (e mais atrás, da Expo 98), e obviamente do efeito das "low cost" no city break. Deverá ainda crescer bastante no próximo ano, fruto da presidencia europeia. Mas este acontecimento não é repetível.
  • Mais relevante que o número de passageiros, é o número de movimentos. A um forte incremento do número de passageiros corresponde um menor incremento dos movimentos. As companhias de aviação tenderão a usar aviões maiores nas mesmas ligações.

Ou seja, tudo leva a crer que as taxas elevadas são conjunturais, sendo espectável que estas se em breve se tornem muito baixas, ou mesmo nulas. Mas se o Governo insiste tanto nas taxas de crescimento mirabolantes, então nunca um aeroporto sem capacidade de expansão é solução para o país, e mais vale começar desde já a reservar espaço para um aeroporto em cada capital de distrito.

Sendo assim, só podemos concluir que os números são perigosos e convém analizá-los com cautela. Posto isto, e porque numerologias é com a Maya, parece-me muito mais inteligente optar por soluções graduais pouco dispendiosas e que permitam rentabilizar os investimentos já efectuados.

Trabalho de casa para os leitores: avaliar qual o impacto de menos 2% de crescimento anual do volume de passageiros no plano de negócios da OTA. (resposta: é um buraco maior que o que vão ter que lá fazer...).

Novo aeroporto do norte deverá começar já a ser preparado?

Será pura provocação, ou fará sentido? É preciso fazer as contas...

O Aeroporto da OTA terá (segundo Mário Lino) capacidade para 40M pax por ano. Tem uma área de influência de 4.000.000 pessoas. O Aeroporto Sá Carneiro (ASC) terá, após todas as expansões possíveis, capacidade para 15M pax por ano. Tem uma área de influência de 5.000.000 pessoas (mais 25% que a OTA).

É natural que o aeroporto da capital tenha mais movimento. Mas tendo em conta que a área de influência do ASC tem mais população, e que o Turismo no Norte tem maior potencial de crescimento que o de Lisboa (crescimento das dormidas turisticas no PENT de 8,5% no Norte vs. 6,7% em Lisboa - o turismo na capital está numa fase mais "madura"), não será possível que o Centro/Norte necessite de, por exemplo, 50% da capacidade da OTA - 20 milhões de pax?

Sendo necessária uma nova expansão, ou é possível a utilização dos terrenos actualmente ocupados pela refinaria da Galp (o que tenho algumas duvidas, até porque estão separados por uma autoestrada), ou então é necessário um novo aeroporto para a região.

Será então necessário desde já reservar os terrenos adequados para o efeito. Espero não ser acusado de centralismos, mas parece-me que idealmente o novo aeroporto, vocacionado para as Low Cost, deveria ficar a cerca de 50kms do Porto (70 no máximo). Sendo assim, 2 localizações parecem especialmente adequadas do ponto de vista economico-turistico, havendo outras possíveis:

  • Na zona de Braga, na área do quadrilátero urbano (Braga, Barcelos, Famalicão e Guimarães), onde teria a virtude de potenciar Braga e Guimarães como destinos turísticos de City Break, bem como captar voos e passageiros da Galiza. Particularmente oportuna com a AV até Vigo. A minha favorita, de longe.
  • Na zona de Aveiro. Poderia potenciar o Porto de Aveiro para tráfego de mercadorias, desenvolver algum turismo na cidade, e captar passageiros de Salamanca. Caso o novo aeroporto de Lisboa não fique na OTA, seria particularmente vantajoso para a zona de Coimbra-Aveiro-Viseu, bem como para o Pólo Turístico da Serra da Estrela. Caso fique na OTA, haveria alguma sobreposição de área de abrangência (mas, com o TGV, poderia servir para aliviar 2 aeroportos, ASC e OTA, até porque esta só terá capacidade para 30M pax.) Coimbra é uma solução quase equivalente (caso não haja OTA).
  • Vejo ainda como opções Viana do Castelo / Ponte do Lima (maior captação de Galegos, e potenciação de Viana como cidade turística), Amarante / Vila Real (potenciação do turismo no Douro e desenvolvimento do interior) e Viseu (captação de passageiros a Salamanca, potencia o turismo no Douro e Serra da Estrela, mas seria importante ter uma estrada em condições directa ao Porto).

Nota: O crescimento homólogo do número passageiros internacionais em Fevereiro 2007 foi de 40% no ASC e de 16% na Portela.

Adenda posterior: Não me parece, de facto, que um novo aeroporto para o Centro-Norte seja hoje uma prioridade. O ASC tem neste momento muita capacidade excedentária. Poderá ser relevante, daqui a 5-10 anos, pensar em reservar um espaço para o efeito. A não ser que, como o Governo erradamente afirma, se mantenham as actuais taxas de crescimento nos próximos anos. Sendo assim, este post não é mais do que um exercício teórico que, espero, possa estar presente na mente de quem, em 2015-20, estiver a planear o futuro da estratégia aeroportuária nacional (supondo que nessa altura existirá alguém que o faça), e para que se evite toda a confusão que rodeia hoje o novo aeroporto de Lisboa.

20070530

Estão à espera que algum deus venha criar condições na região?"

Com um discurso empolgado e optimista, o reitor da Universidade do Porto, José Marques dos Santos, tem apelado a uma união de forças, desde que tomou posse, em meados do ano passado. Objectivo?Criar uma dinâmica de região que tire o Norte do impasse em que vive. Tal, defende, só é possível se todos convergirem em torno de um mesmo líder e se quem está na região não fugir dela.

Cooperar em nome dos interesses do Norte e aceitar, com humildade, uma liderança política forte que promova uma verdadeira estratégia regional, sem ficar à espera de Lisboa. Este é o apelo de José Marques dos Santos...
Num Post anterior referi exactamente este ponto, onde citei Belmiro de Azevedo...Começam a ser várias as vozes em sintonia com esta posição! Um tema para reflectir... Espero pelos adeptos desta estratégia...

20070529

Reabilitação da Linha do Douro - algumas reflexões.

A reabertura à circulação de comboios na Linha do Douro, entre o Pocinho e
Barca de Alva, em Portugal, e no troço espanhol que lhe dá continuidade, até La
Fuente de San Esteban, ainda não passa do plano das ambições. De um lado e do
outro da fronteira somam-se intenções; porém, longe de serem executadas.
Dependem da vontade política dos respectivos governos e, enquanto ela não chega,
um património com 120 anos degrada-se a cada dia que passa.

Reflexão 1: A afirmação do Douro como pólo turístico assenta na sua integração e complementariedade com o Porto/Gaia. Esta integração é temática (vinho e rio), e é feita fundamentalmente através das experiências de deslocação entre pontos - cruzeiros (o Douro é totalmente navegável até à fronteira) e comboio (a linha só vai até ao Pocinho). A viagem típica é ir de cruzeiro e regressar de comboio (ou o contrário). Logo, há incentivo aos cruzeiros a ir só até onde for o comboio (embora muitos já vão até Barca D'alva). Logo, mais quilómetros de comboio significa estadias mais longas, mais terras visitadas, mais experiências.
Os cruzeiros no Douro que chegam a Barca de Alva. Com a linha aberta, poderia
chegar gente do Porto a caminho de Madrid e vice-versa. Onde há trânsito há
movimento, onde há movimento há riqueza.

Reflexão 2: Logo, mais dinheiro é gasto nas terras onde o comboio pára e onde a pouca animação é alimentada pelo turismo. O turismo acaba por alimentar o conteúdo turistico. Dificilmente um Hotel se quer instalar para lá do Pocinho.

Reflexão 3: Sendo Portugal um país pequeno, a possibilidade de atrair os turistas espanhóis é essencial, pois permite criar massa crítica turistica interna. Esta é essencial para sustentar os eventos para promover a região, bem como para assegurar rentabilidade para hóteis de charme destinados aos "estrangeiros ricos", mas que necessitam de alguns ibéricos para garantir uma afluência mínima bem como reduzir a sazonalidade.

Reflexão 4: O lado português é muito mais interessante que o lado espanhol. Logo, nesta "troca de turistas", em que ambos ficamos a ganhar (porque significa "ter conteúdo para mais dias", e não "ter que repartir os mesmos dias com os espanhóis"), seguramente o lado português ficará a ganhar mais, desde que tenha o profissionalismo e sofisticação necessários.

O que parece ser ponto assente nos dois países é que a recuperação e a exploração da via-férrea terão de passar por entidades privadas, ou parcerias público-privadas. Acontece que, por enquanto, os poucos privados que já deram sinal estão disponíveis, apenas, para explorar a linha depois de estar recuperada. Um empresário da Catalunha manifestou já o seu interesse na Linha do Douro à "Camiño de Hierro". O presidente da Câmara de Foz Côa, Emílio Mesquita, confirma esse contacto "A empresa quer responsabilizar-se pelo material circulante e pela conservação da linha, mas não pela sua recuperação", disse.

Para a presidente da Diputación de Salamanca, Isabel Jiménez, as
autoridades dos dois países devem preocupar-se primeiro em concentrar esforços para reabilitar a estrutura; só depois é que se deve pensar em atrair alguém para explorá-la. "Não comecemos a casa pelo telhado!", atira, pois "neste momento não existe nada para concessionar". E, quando houver interessados, "terão de dar garantias de ser possível rentabilizar o que se investiu na recuperação da via".


Reflexão 5: De facto, o papel do Estado deve ser o investimento nas infraestruturas, e não o financiamento de unidades hoteleiras que, sem a subsidiação não seriam económicamente viáveis.

Reflexão 6: A linha de pensamento da presidente da Diputación de Salamanca pode ser letal. Nunca um investimento pode ser feito sem ter ideia do seu retorno. É possível que o investimento na reabilitação da linha nunca seja recuperado. Idealmente, deverá sê-lo através do aumento das receitas de impostos pagos pelas empresas turísticas da zona. É que se objectivo é encontrar alguém que venha a rentabilizar o investimento, surgem algumas questões: É expectável que surja alguém? Qual o plano de negócios? Qual a previsão da procura? Se for o Estado a operar, quais os resultados? Existem já interessados, e em que condições?
É que se não surgir ninguém que dê "garantias de ser possível rentabilizar o que se investiu na recuperação da via", o que é que se faz? Fica a linha parada? Não se deveria ter analisado antes se a exploração seria atractiva para um privado? Ou mesmo concessionar mesmo antes da reabilitação, contendo o contrato clausulas variáveis?

No plano inicial pretendia-se a reabilitação dos 17 quilómetros de linha férrea
entre Fregeneda e Barca de Alva, com o compromisso de as duas entidades
regionais financiarem os custos, estimados em 3,2 milhões de euros.

Reflexão 7: Tendo em conta estes valores, acabam as dúvidas que existiam entre os 10M€ ou os 200M€. Tendo em conta que este investimento é absolutamente vital para o desenvolvimento do Pólo Turístico do Douro, e que é relativamente barato, não se justifica que este investimento não seja imediatamente aprovado.

Transportes no Minho

É a hora do Minho.No rescaldo da inauguração do Metro do Sul e num momento em que se discute o avanço do Metro do Porto, é a hora dos minhotos se unirem na defesa de um projecto estruturante e vital para a região: a requalificação e ampliação da ferrovia.

Seja por comboio ou por metro, a prioridade tem que passar pela ligação directa entre Braga e Guimarães, com paragem no AvePark (Taipas). 2011 é uma meta aceitável para a conclusão deste projecto, mesmo a tempo do Projecto Guimarães, Capital Europeia da Cultura.

A segunda vertente do projecto deverá passar pela requalificação da Linha do Minho, pelo menos, até Viana do Castelo, criando ligações rápidas e directas no quadrilátero composto por Braga, Barcelos, Famalicão e Guimarães.

Por último, deverá pensar-se na criação de uma rede urbana de metro na cidade de Braga. Um projecto que permitirá aumentar significativamente a mobilidade intra-urbana e reduzir o tráfego automóvel que começa a evidenciar vários sinais de preocupação.

Texto original aqui.

Aeroporto do Porto regista maior aumento de tráfego


O Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, já é o que regista o maior crescimento de tráfego, a nível nacional. De acordo com a ANA - Aeroportos de Portugal, que ontem apresentou as contas de 2006, aquela infra-estrutura havia tido o ano passado o segundo maior crescimento, a seguir à Portela, tendo atingido os 3,4 milhões de passageiros (+9,5%, face a 2005). Mas, nos primeiros meses deste ano, o Sá Carneiro disparou e ultrapassou Lisboa, fruto da captação de mercado na Galiza, num desempenho claramente acima da média europeia.


Ler a notícia na integra, aqui...


É nitido que o futuro passa mesmo em apostar nesta Euroregião Norte de Portugal/Galiza! São óptimas notícias para o Norte...

País sufoca de tanto centralismo

"O comentário é de Fonseca Ferreira, presidente da Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, e autor de uma
das três moções globais em debate, para quem o centralismo é, não apenas
político e administrativo, mas também económico e "principalmente",
cultural.
"

Se até em Lisboa há quem se queixe do centralismo, como será em Bragança?

Leituras 20070529

·         Mega-hotel no centro histórico do Porto;

·         Porto-Salamanca em cruzeiro ?

·         Eventual emergência duma low-cost no Norte de Portugal ?

·         Transportes entre Guimarães e Braga;

·         Aproximação e afastamento à Galiza, com toda a naturalidade;

·         Eleições locais na Galiza sem alterações significativas;

·         Mais diferenças económicas e sociais entre Lisboa e do resto de Portugal;

·         Aqui se compreende melhor a crise no vale do Ave. Efectivamente com este tipo de «empreendedores», meros aproveitadores de oportunidades de curto prazo, sem consistência, sem capacidade de compreender a economia dos dias de hoje, provavelmente sem saber consultar a Internet, não se vai a lado nenhum;

·         Blogometro Norteamos: 20070528: 354º;  20070519: 399º.

 

Portela+1 ganha momento

20070528

O Norte e Centro exportam; Lisboa não. Então, para quê cidades aeroportuárias e TGVs para Madrid lá sedeados ?

Podemos ver aqui a mais recente campanha promocional do ICEP. As marcas apresentadas são as seguintes:

Marcas do Norte (13):

- Topázio- www.topazio.pt -Porto

- Cutipol- www.cutipol.pt -Caldas das Taipas

- Sátira- www.satira.pt -Porto

- Vicri- www.vicri.com - Porto

- Fepsa- S.João Madeira

- Impetus- www.Impetus.pt -Esposende

- Salsa- www.salsajeans.com -Famalicão

- Fly London- www.flylondon.com –Guimarães

- Yucca- www.armandosilva.pt -S.João Madeira

- Aerosoles- www.Aerosoles.eu -Esporiz

- Mobicomp- www.Mobicomp.com -Braga

- Bial- www.bial.pt -Trofa

- Nelo- www.mar-kayaks.pt -Vila do Conde

Marcas do Centro (8):

- Critical- www.Criticalsoftware.com -Coimbra

- Lanidor- www.lanidor.com -Valongo do Vouga

- VistaAlegre/Atlantis- www.vaa.pt -Aveiro e Alcobaça

- Spal- www.spal.pt -Alcobaça

- SRE- www.sre-fc.com -Torres Vedras

- Criostaminal- www.Criostaminal.pt -Cantanhede

- Biocant- www.Biocant.pt -Cantanhede

- Dielmar- www.Dielmar.pt -Alcains

Marcas da região de Lisboa (12):

- Siscog- www.Siscog.pt -Lisboa

- NumberFive- www.nfive.com -Ericeira

- Altitude- www.altitude.com -Alges

- Chipidea- www.Chipidea.com -Porto Salvo

- Alfama-Oeiras

- Cipan- www.cipan.pt -Castanheira do Ribatejo

- Quadriga- www.Quadriga.pt -Algés

- Ydreams- www.Ydreams.com -Caparica

- Biotecnol- www.biotecnol.com -Oeiras

- IBET- www.ibet.pt -Oeiras

- Diniz e Cruz- www.dinizecruz.pt -Amadora

- Mendifar- www.mendifar.pt -Amadora

Adicionalmente:

- Moldes: Centrados em Leiria e Oliveira de Azemeis

- PT: Lisboa; PT Inovação: Aveiro

- Texteis Lar e tecidos técnicos: Norte

Conclusão: A economia de mercado interno, de bens não transaccionáveis (banca, telecomunicações, média, etc) e administração central, sedeados na região de Lisboa não consegue exportar! Então, para quê cidades aeroportuárias e TGVs para Madrid lá sedeados ?

Universidade do Porto na 11ª posição do ranking ibero-americano

"A produção cientifica da Universidade do Porto ficou classificada em 11.º lugar no «ranking» de 750 universidades e institutos de investigação ibero-americanos da rede Universia. (...) Um pouco mais atrás surge a Universidade Técnica de Lisboa (19.ª posição), Universidade de Lisboa (26.ª) e a Universidade de Aveiro (31.ª).

(...) Os dados são relativos ao ano de 2005, surgindo no primeiro lugar o CSIC de Madrid, seguido pela Universidade de São Paulo e a Universidade Nacional Autónoma do México.

Na lista relativa aos dados agregados de produção científica realizada entre 1990 e 2005 a Universidade do Porto é também a instituição portuguesa melhor classificada, mas situava-se no 20.º lugar.

No «ranking» de 2005 surge ainda a Universidade de Coimbra (33.ª), Universidade Nova de Lisboa (39.ª) e Universidade do Minho (61.ª).

Na produção científica por áreas, o melhor desempenho da Universidade do Porto foi obtido em Tecnologia Química (3.º lugar), seguindo-se Engenharia Mecânica, Naval e Aeronáutica (4.º) e Ciências da Computação e Tecnologia Informática (7.º).

Marques dos Santos tem como próxima meta conseguir colocar a Universidade do Porto no «ranking» das 100 melhores universidades europeias até 2011, ano em que a instituição completa um século de existência. O reitor considera que os «rankings» não devem ser um “objectivo por si só, mas são um estímulo ao desenvolvimento, até porque têm influência na atracção de estudantes e na captação de recursos”.

(Expresso Online, 28.05.2007)

20070527

Investimentos (des)necessários

A decisão política de fazer avançar o Metro até à Trofa não é de agora. Mas o silêncio dos decisores políticos do Norte face ao anúncio da sua concretização denuncia o excessivo centralismo do Porto em relação à região que, ao que tudo indica e em claro prejuízo do Minho, há-de, nos próximos anos, nascer administrativamente.

O Norte está refém do Grande Porto quer em termos de monopólio dos grandes investimentos quer no que respeita ao lobbying. Os opinion makers do Porto não quiseram saber do encerramento das Maternidades de Barcelos ou de Santo Tirso, nem da urgência de ligar Braga e Guimarães por comboio, nem da necessidade do Comboio de Alta Velocidade parar no Minho, nem dos encerramentos repetidos de indústrias do Vale do Ave, nem da miséria que se vive no Gerês profundo, nem de tantos outros dramas que afecta o Minho.

Eles querem a Regionalização para poderem fazer ao Norte exactamente o mesmo que Lisboa lhes tem feito. Mas nada isto me causa admiração. O que é estranho é que haja entre nós quem lhes apare o jogo.

Versão completa no Avenida Central

Boas notícias para o Norte



Ora aqui temos excelentes notícias para o Norte!

Centro Comercial Bombarda junta galerias com lojas
>Alternativo é a palavra que caracteriza o novo centro comercial. Lojas de produtos pouco frequentes aliam-se a exposições de arte num só espaço.Quem atravessa a Rua Miguel Bombarda, no Porto, está habituado a ver galerias de arte, uma característica da rua. A partir de hoje, sábado, a artéria tem um novo espaço - o CCBombarda (CCB). São quatro mil metros quadrados onde a palavra de ordem é alternativo.

Turismo aéreo até ao Porto
Um grupo de empresários de Guimarães está a preparar o lançamento de uma rota de helicóptero entre Guimarães e o Porto.A ideia é aproveitar o fluxo turístico entre as duas cidades, mas também as viagens de negócios.

O SILÊNCIO DOS RESPONSÁVEIS. O DESFAZER DE ALGUMAS ILUSÕES

«Como cidadão sinto-me humilhado com o escandaloso compadrio (para não escrever cumplicidade) manifestado por este Ministério. Mais particularmente, como técnico, lamento a cobertura dada pela actual SET, também ela engenheira de formação e com responsabilidades docentes numa Escola prestigiada onde, presumo, procura inculcar nos seus discípulos as melhores qualidades de exactidão, rigor, isenção e transparência.»


Henrique Oliveira e Sá


Disponível em http://www.maquinistas.org

OTA ou o Gato por Lebre

"Se porventura, o consórcio internacional que vier a ganhar da construção e exploração do novo aeroporto da Ota, for o mesmo que elaborou os estudos técnicos que "sustentaram" a decisão da escolha da Ota através dos estudos " Relatório para a Preparação do Local da Escolha" e " Aeroporto de Lisboa - Feasibilty Studies", temos duas hipóteses, ou o governo comprou gato por lebre ao escolher a Ota, ou o governo está a vender gato por lebre ao país.
Os estudos acima foram eleborados pela ADP - Aeroport de Paris e pela BAA - entidade entretanto adquirida pela Ferrovial. Na short list estão ADP e Ferrovial.
"

António Duarte (O Grande Loja do Queijo Limiano)

20070526

PORQUÊ???

Miguel Cadilhe - Jornal Expresso – 19 de Maio de 2007

«O NAL, novo aeroporto de Lisboa, é o tema do livro ‘O Erro da Ota e o Futuro de Portugal’. Depois de o ler, reforcei a opção ‘Portela+1’. Não gosto de destruir boas infra-estruturas, nem o país pode com isso. Prefiro conservá-las bem. Fecha-se a Portela e destrói-se o que lá está, mas porquê? Bane-se a hipótese do ‘+1’, mas porquê? Ergue-se, de raiz, o mais caro de todos, mas porquê? Subalterniza-se o efeito dos voos «low cost», e o do TGV, e o do preço final ao cliente, mas porquê? Não há uma ‘análise custos-benefícios’, completa e independente, do NAL e suas alternativas, mas porquê?»«Que diabo, Portugal não é um país rico. A solução Ota, mais seus acessos, mais obras intercalares da Portela e, depois, a integral delapidação (sim, claro, pronto que esteja o NAL), mais imprevistos do costume, tudo poderá rondar os 5 a 6 mil milhões de euros só de investimento. Uma enormidade! Uma péssima consignação de recursos.»
Miguel Cadilhe levanta inúmeros "porquês" sobre o novo aeroporto da Ota, fazendo-nos até duvidar sobre a seriedade e os motivos que levam Sócrates e os seus ministros a defender com unhas e dentes esta solução para os «graves problemas aéreos» que impendem sobre o nosso rectângulo.Nesta diatribe, Cadilhe esquece, infelizmente, o supremo porquê: o brio e a persistência do grande estadista, a honra da obra magnificente, a distinção pelo feito histórico e a medalha pelo trabalho de excepção.
Sócrates quer repetir na Ota o que conseguiu com os Estádios do Euro 2004, desta vez numa escala muito maior. António José Seguro lembrou em 2005: "Hoje, como no Euro-2004, houve um homem que lançou a semente, a semente de uma força que ninguém pode parar. Esse homem chama-se José Sócrates".E, embora a imprensa tenha procurado desvalorizar o impacto positivo dos Estádios do Euro: "Quase seis meses depois do Euro 2004, alguns estádios onde foram investidos milhões de euros para receber a prova estão «às moscas», a que se somou o ataque sórdido do Tribunal de Contas: "As sete autarquias que receberam jogos do Euro 2004 contraíram empréstimos bancários no valor global de 290 milhões de euros para financiar obras relacionadas com o campeonato. Na sequência destes empréstimos, as câmaras terão que pagar juros no montante de 69,1 milhões de euros, nos próximos 20 anos", o certo é que os vindouros não deixarão de enaltecer a visão, a largueza de vistas e a genialidade de um homem que tão boa nota teve na prova de «inglês técnico».

Mário Lino torna-se "consultor independente"

Na reportagem na RTP1 deu para perceber como é que os relatórios para a OTA são produzidos. Perante a perspectiva de um novo relatório desfavorável da NAV (apenas 60/70 movimentos em vez dos 80 desejados) e da Parsons, Mário Lino afirmou que, se fosse necessário, recorreriam a uma consultora "independente" para apresentar "números fidedignos".

Portanto, como não são os números que o ML quer, a NAV e a Parsons não pertencem a esta classe de consultoras.

Não há problema - de certeza não faltarão consultoras "independentes" dispostas a apresentar os "números fidedignos" que o ML lhes indicar, em troca de uns M€ pagos por todos nós.
Por mim, o "consultor independente" até pode ser Mário Lino. Estamos todos certos que há de apresentar argumentos favoráveis à OTA, independentemente da realidade.

NAV volta a chumbar a OTA

"A NAV (Navegação Aérea de Portugal, empresa gestora do tráfego) concluiu esta semana um novo documento, em que confirma as limitações do futuro aeroporto da Ota: 70 aviões por hora, em vez dos 80 anunciados pelo Governo, e sem possibilidade de expansão

(...)

Os técnicos reafirmam que apenas serão possíveis – no máximo e em condições favoráveis – 30 descolagens e 40 aterragens por hora.
Esta análise confirma alertas anteriores da NAV, em relatórios de Novembro e Janeiro (e revelados pelo SOL em Março).
As características geográficas da zona da Ota, dizem os peritos da NAV, impõem sérias restrições que impedem os 80 movimentos/hora."

Deixa ver se percebi bem - se aterrar 40 por hora, e só descolam 30, onde guardarmos os outros 10? Em termos práticos (e tendo em conta que os aviões low cost não gostam de ficar muito tempo parados), isto significa que a OTA só permite, em média 60 movimentos por hora. Ou seja, a capacidade da OTA (sem possibilidade de expansão) será apenas de 30 milhões de pax em vez dos 40 milhoes de passageiros definidos...

Não à OTA

Em relaçõa à OTA pouco mais há a dizer, até porque vai aparecer mais um estudo sobre o assunto.
Aos Nortenhos como eu, lanço aqui o repto para assinarem a petição on line contra a construção do Aeroporto da OTA.

Assinem aqui e divulguem esta petição.

20070525

Afinal Portugal já não é só Lisboa e Paisagem

Porque assusta a Regionalização?

No que respeita à minha opinião pessoal, relativamente às vantagens e desvantagens sobre a Regionalização Administrativa do país, acho que já escrevi aqui e noutros locais o suficiente para explicar porque lhe encontro mais vantagens. Se quisesse argumentar com exemplos práticos dessas vantagens, bastaria apresentar o da nossa vizinha Espanha (e de outros países), que teria motivos de sobra para convencer os mais cépticos. Mas, mesmo assim, estou certo que não iria faltar gente com todo o tipo de argumentos a tentar convencer-nos que o desenvolvimento de Espanha nada tem a ver com o facto de ser um país regionalizado. Eu acho que tem, e muito.

O que é de estranhar e incompreensível é este medo (sem ofensa) algo patológico que algumas pessoas têm da Regionalização se comparado com o pavor que deviam sentir sustentado na realidade concreta dos nossos dias, que é o espectáculo deprimente de verem o país e sobretudo a região a afundar-se cada vez mais. A situação actual é péssima, mas lembram-se porventura de alguma época de verdadeira prosperidade em Portugal, antes e pós 25 de Abril? É importante, para fazermos uma análise realista e honesta da situação do país, que não a façamos à luz da situação económica e social de cada um. O país, não é apenas o espelho da minha vida pessoal, é principalmente o reflexo do bem estar da grande maioria da população. E essa, está efectivamente mal. Se nos esquecermos disto quando emitimos a nossa opinião,então estamos a prestar um péssimo serviço de cidadania e a contribuir para que tudo fique na mesma.

A abordagem que andamos a fazer sobre a Regionalização lembra-me a discussão do sexo dos anjos. Ontem esperávamos o sol, mas porque ele não apareceu, então, para amanhã, a solução é não saímos de casa porque pode chover... Tantas dúvidas, tantos medos, sem nada de objectivo que o justifique. Hoje, é o receio do caciquismo local, amanhã é porque o desenho do mapa não satisfaz e depois é o da integridade nacional. Há sempre um mas. Então, este medo da integridade nacional, defende-se e fortalece-se intensificando as assimetrias regionais com a engorda de uma parcela mínima do país empobrecendo a parte substancial do território? É com estes métodos que se vela pela coesão nacional, ou não será antes o contrário? A quem querem enganar?

Entretanto, persistimos em não querer entender que esses perigos nada têm a ver com a Regionalização, que é um problema cultural e de mentalidade gerado pelo actual sistema político que não foi devidamente saneado depois da ditadura. Será ainda preciso lembrar o que se está a passar na Câmara de Lisboa? Foi por acaso a Regionalização que fomentou toda aquela pouca-vergonha?

Meus caros, que fique bem claro, que não crio demasiadas expectativas acerca da Regionalização (espero não ter de o escrever outra vez). A diferença, é que, é preferível dar o benefício da dúvida a um novo sistema político-administrativo do que passar mais cheques em branco (pensem bem, se não é isso que temos feito) ao sistema vigente que nos tem dado motivos mais do que suficientes para nos certificarmos da sua ineficiencia e mais profunda injustiça.

Vital Moreira, o "desinteressado" da OTA

"O constitucionalista Vital Moreira acusou a Lusoponte de ter interesse que o novo aeroporto internacional de Lisboa seja construído na margem Sul, durante um jantar promovido pela Comissão Pró-Aeroporto na Ota, em Fátima.
(...)
Fala-se que o aeroporto construído na margem Sul do Tejo seria mais barato, mas o problema é que o barato sai caro. Uma coisa é a construção do aeroporto, outra coisa é a sua utilização durante décadas. Imaginem 20 milhões de pessoas a terem de pagar portagens à Lusoponte. Dá seguramente centenas de milhões de euros por ano. Se fosse administrador ou accionista da Lusoponte estaria disponível para dar uma pequena percentagem dessa quantidade a todas as campanhas destinadas a desqualificar o aeroporto da Ota.

Este é um brilhante exemplo do que Orwell chamaria de "dupli-pensar". Ou vá-se lá saber, e a A1 terá portagens gratuitas graças à "desinteressada" Brisa, que pretende abdicar de milhões em prol de todos nós...
Ah, e os habitantes da margem sul que precisarem do aeroporto, não usam pontes para chegar à margem norte? Vão a nado?

(nota: Vital Moreira está a fazer campanha pela OTA - estará a receber uma "pequena percentagem" eventualmente destinada pela Brisa para "todas as campanhas destinadas a desqualificar" um aeroporto na margem sul?)

(nota2: Mas de que ponte fala Vital Moreira? Ainda não ouviu Almeida Santos dizer que a ponte sobre o Tejo poderá ser "dinamitada"? Quem é que tem interesse em construir uma ponte para ser dinamitada?)

Atentado separaria norte e sul

Almeida Santos argumenta que se o Aeroporto estiver na margem sul e houver um atentado terrorista que destrua as pontes sobre o Tejo, isso desligaria o norte do sul do País. Pelo que o aeroporto deveria ficar no norte do Tejo.

E se houver um atentado terrorista com o aeroporto na OTA? Bem, também fica desligado o norte e o sul do país.

Se a solução do aeroporto no norte é preferível, segundo este argumento, é só por uma razão: para Almeida Costa, os habitantes da margem norte são mais importantes que os da margem sul.

Não me venham agora dizer que para o Governo Central não há portugueses de primeira e de segunda.

20070524

Mais OTA pérola...

Segundo Pedro Silva Pereira, "ninguém com boa-fé pode considerar que o ministro das Obras Públicas [na intervenção que fez na Ordem dos Economistas] se referia a toda a margem sul, como se a sul do Tejo ninguém morasse".
"Pelo contrário, o ministro das Obras Públicas considerou um erro construir um aeroporto na margem sul e onde existe menor concentração populacional - ora, isso é um dado de facto. As zonas de Rio Frio, Poceirão e Faias têm menor concentração populacional do que na área norte do Tejo", justificou ainda o ministro da Presidência.

Ah, então nós percebemos tudo mal. Pensamos que o Ministro queria dizer que não havia pessoas, empresas, hotéis e escolas na área de influência das possíveis localizações na margem sul. Na verdade, o que ele queria dizer é que o aeroporto deve ser construido nos sítios (leia-se "em cima") onde há pessoas, empresas, hotéis e escolas.

Vejamos: Rio Frio tem pouca população (montes de área disponível para fazer um aeroporto), mas muita população à volta. Logo não serve.

Segundo este critério, qual será o local ideal? Um sítio com montes de gente, empresas, hotéis, escolas? Ah, já sei - Lisboa. É o local perfeito. E pode-se aproveitar uns terrenos na Portela que parece que vão vagar...

Caro Pedro Silva Pereira: Qualquer idiota percebe que os aeroportos se constroem em regiões de grande concentração populacional, mas em locais desertificados. Não trate os portugueses como imbecis. Percebemos muito bem o que o Ministro Mário Lino afirmou. E o que afirmou foi que a margem sul era irrelevante ("é um deserto"). Os 0,8 milhões de portugueses que lá vivem discordam. E eu também.

Almeida Santos tem Alzheimer

"Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país", declarou Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS."

Nitidamente, Almeida Santos tem problemas de memória. Claramente se esqueceu dos últimos 20 anos: Lisboa, após o TGV, vai ter três pontes. Se dinamitarem uma ponte, Lisboa tem mais duas, e Vila Franca de Xira outras 2... Existem aeroportos militares e o Sá Carneiro, pode-se manter a Portela... Mas quem é que ainda usa dinamite?!?

Depois, toda a gente sabe que é nos desertos que estão os muçulmanos. Com o aeroporto no "deserto" da margem sul, porque é que os terroristas iam destruir o seu próprio aeroporto?

Agora, se o objectivo dos terroristas era criar problemas à aviação em Portugal que tal rebentar mesmo com o aeroporto? Isso é que cria problemas na aviação. Quem é que aterra numa cratera?
Melhor ainda: imaginem que os terroristas decidem usar um avião para os atentados como no 11 de Setembro. O que fazemos? Já sei - se usarmos um aeroporto construído entre 2 serras e a afundar por estar em cima de 3 rios, vão-se ver à rasca para aterrar na pista!!!

O melhor da OTA são mesmo as barrigadas de riso que nos provoca. É impagável. Qual será o próximo argumento?

Porto - Bristol via Ryanair em Novembro

"Podemos esperar, sentados..."

Hoje, através do jornal "Público" (pág.6), ficamos todos mais descansados. Ficamos a saber que o referendo à Regionalização pode ser lá para 2010. Atenção, minhas senhoras e meus senhores, pode ser, ainda ninguém disse que era. Temos muito tempo, que é coisa que não falta neste modelar país. Nada mau, animem-se!
Ficamos a saber também, que o nosso 1º.Ministro, através de uma estratégia geradora de consenso popular, pretende criar uma dinâmica de vitória tão forte que a Regionalização não pode falhar, é já um sucesso garantido. Mas para isso, é preciso "prudência", quem o afirma é o Presidente da CCDRN, Carlos Lage.
Numa altura em que toda a oposição (quase toda), é hipocritamente favorável ao referendo ás regiões, seria bem mais prático e inteligente que Sócrates recorresse
à técnica judoca e aproveitasse a onda (leia-se força) partidariamente 'consensual' dos adversários para a usar a seu favor arrepiando caminho para solidificar tranquilamente os seus alicerces. Mas, não. Sócrates prefere a cirúrgica técnica das "pinças" porque as susceptibilidades eleitorais são muitas e recomendam-no.
Depois, ficamos confusos com elogios deste tipo, do senhor Carlos Lage dirigidos ao chefe : "tem o mérito e a responsabilidade de ter ido buscar ao baú do PS uma reforma que parecia morta". Ficamos confusos por não sabermos exactamente quem teve o demérito e a irresponsabilidade de meter a Regionalização no dito baú e se alguém foi politica e criminalmente responsabilizado por isso! Já agora agradecíamos que nos fosse relatado o histórico deste idóneo jogo de rapa-tira-deixa e põe...
Chegados a este ponto, é bem provável que lá para 2010 - se ainda formos vivos - já com a Regionalização gasta, morta e talvez enterrada, possamos ler nas páginas do "Público" ou de qualquer outro jornal esta explicação de um qualquer assalariado público: "morta parecia que reforma uma PS do Baú ao buscar ido ter de responsabilidade a e mérito o tem". Perceberam ? Não? Para o caso, não interessa porque a "palha" pode ser dada em qualquer sentido. O que é preciso é que os burros não se extingam.

Leituras 20070524

  • Habitual dupla ética da comunicação social de Lisboa desmontada;
  • Riscos da Regionalização 1: Grave é o blogue da Regionalização linkar para um blogue que defende «a Galiza de ambas as margens do Minho». Está a dar tiros no pé, isto é, argumentos aos concentracionistas de Lisboa !    
  • Riscos da Regionalização 2: A Regionalização dos Estatistas de Tiago Fernandes da Baixa do Porto;
  • Desespero dos Otistas ?
  • Bom homor com a OTA, mas com verdades pelo meio;

 

 

Metro(politano) ou Metro-Sub-Urbano?

Metro serve para transporte urbano ("metropolitano"), ou seja, para a realização de trajectos em áreas de grande densidade urbana. Por exemplos, trajectos dentro do Porto, área urbanda Matosinhos ou Gaia, união entre estas 3 cidades, e ligação aos principais pólos urbanos próximos (ex. Maia, Gondomar, Valbom, Rio Tinto, Leça, ...)

Comboio sub-urbano serve para o transporte sub-urbano, ou seja, para a realização entre áreas próximas de grande densidade populacional (mas não em áreas densamente urbanas). Por exemplo, ligar o Porto a Vila do Conde, Espinho, Valongo, Santo Tirso, Trofa, ...)

No Metro do Porto houve alguma confusão. Entusiasmados com o aproveitamento da linha de comboio até à Póvoa para o Metro, acharam por bem que este fosse até lá.
Resultado: quem estava no extremo da linha ficou pior servido até ao Porto (viagem mais demorada, mais cara, e com menos condições - de pé e sem WC).

Agora, entre a linha da Boavista e a da Trofa, correctamente se optou por aquela com maior densidade urbana e maior potencial de transporte de passageiros, e que permitirá aliviar a ligação S. Hora - Casa da Música da elevada concentração de passageiros. Falo, obviamente, da ?!?Trofa?!?

Por esta não esperava... Mas o importante mesmo é ver o lado positivo da situação. Afinal, em Breve o Minho terá o seu metro, com a expansão da linha verde até Barcelos, Braga e Guimarães; e o TGV estará muito mais rapidamente no terreno, bastando prolongar em mais uns kms a linha vermelha...

Adenda: O Metro do Porto, há tempos, planeava a sua expansão até à linha do Vale do Vouga - pelo menos até Oliveira de Azeméis. Se por um lado a lógica urbana do Grande Porto é uma lógica de multi-centralidades, e como tal estas linhas não servem apenas para ligar as urbes ao Porto, mas também entre si (ex. Póvoa a Vila do Conde; Oliveira de Azeméis a S.J.Madeira e a Espinho; Espinho a V.N.Gaia; Matosinhos a Leça; Maia ao ISMAI; ...). Mas pergunto-me seriamente se melhorar a qualidade do serviço de transportes sub-urbanos não era, em alguns casos, um melhor investimento. Deixo aos especialistas as respostas para esta questão.

O CENTRO DE MOBILIDADE

Numa altura em que se processa uma revolução nos transportes da Área Metropolitana do Porto”, o Centro de Mobilidade disponibiliza venda de títulos para os serviços Urbanos do Porto (incluindo linhas de Aveiro, Braga, Caíde e Guimarães), Alfa Pendular, Intercidades, Regional e Internacional. É ainda possível obter cartões e carregamentos dos títulos Andante e STCP, personalização de cartões Andante Gold, carregamentos de assinaturas combinadas (STCP com outros operadores), bem como informação CP, Andante e STCP.
Uma “boa lição” para o país
Ora aqui está uma excelente notícia...

20070523

Metro do Porto - Trofa?

Um post mais que pertinente de Ergolas no Mater Matuta
.
Avançarão as obras da Metro do Porto. Está confirmado. Haverá um aumento da linha Porto-Gaia, a construção de uma linha do Estádio do Dragão até Gondomar, e será aumentada a linha da Maia até à Trofa. Sobre a linha da Boavista, na minha opinião, a mais necessária de todas, para já nada.

Tenho algumas dúvidas quanto a estas novas linhas. Reconheço a necessidade de se aumentar a linha de Vila Nova de Gaia e de fazer o metro chegar a Gondomar. Mas, porquê a Trofa? Porquê ligar a Trofa à linha da Metro do Porto, ainda para mais através da linha do ISMAI?

Param diariamente na Trofa 46 comboios com destino a São Bento. No sentido contrário são 44. Esses comboios circulam das 5 da manhã até às 23:30, demorando entre 29 e 37 minutos nesse trajecto, dependendo da hora. O custo desta viagem é de 1,4€, e tem ligação à rede Metro do Porto a partir das estações de Campanhã e São Bento. Para além disso, com o aumento previsto da rede de metro até Gondomar, passará também a haver comunicação com a rede ferroviária nas estações de Rio Tinto e Contumil.

Com metro, para ir do centro do Porto para a Trofa não custará nunca menos de 1,7€ (1,35€ é o preço para ir do centro do Porto, digamos, da estação da Trindade, até ao ISMAI), nem nunca menos de 50 minutos de viagem (a viagem da Trindade para o ISMAI demora actualmente cerca de 34 minutos). Para além disso, é altamente improvável um aumento da frequência dos metros nessa linha, que actualmente têm periodicidade de 15 minutos entre as 7 e as 20 horas (fora deste período, a periodicidade é menor).

Qual será, então, o ganho verdadeiro da população da Trofa com o aumento da linha de metro?

Margem Sul: J'Amais!

Mário Lino criticou hoje violentamente as opções de construção do novo aeroporto numa localização na Margem Sul em detrimento da Ota, afirmando mesmo que:

"Um aeroporto na margem sul "jamais"."
Ainda o haveremos de ouvir a afirmar que disse "j'amais" (tradução "forçada" - "adoro"), e que sempre defendeu a margem Sul.

"Na margem sul não há pessoas, nem actividades, nem hotéis, nem escolas".
O que terão os 800.000 habitantes da margem sul a dizer sobre isto? E os empresários (p.e. Autoeuropa, Refrige/Coca Cola, etc.), os hotéis em Tróia. E suponho que os 800.000 habitantes tenham filhos que estudem por lá.

"Não faz sentido construir um aeroporto num deserto".
Claro. O que faz sentido é construí-lo numa montanha entre 2 serras e em cima de 3 rios.

Um aeroporto na margem Sul seria "transformar em Brasília o Norte do Alentejo".
Mas quem é que falou em mudar a Capital para outro sítio? Mas, pensando bem...Brasília? Será que os Alentejanos se importariam? Só se não viesse com os políticos corruptos. Isso já temos cá. Nahhh, o melhor mesmo é permitir que o Alentejo seja cada vez mais deserto...

"A única localização possível é a 100 quilómetros de Lisboa".
Na margem sul, a 100 km de Lisboa? Está tudo explicado. O Mário Lino não sabe é onde fica a margem Sul. Deve estar a pensar na Margem Sul do Atlântico (Marrocos), onde fica o deserto.
Será que ele sabe onde fica a OTA?

"O processo de construção do aeroporto irá seguir como prometido".
Bolas. Tantas promessas não cumpridas, e resolveram cumprir logo esta...
Proponho uma troca: fazem um aeroporto mais baratito e voltam a baixar os impostos. Vale? E depois pode dizer: "Margem Sul? J'Amais!"

A "solução" para a dívida de Lisboa já está encontrada...

António Alves dizia "Mantenham-se atentos e verão que a solução virá em breve".

Não é preciso. A solução já foi dada no princípio de Abril:

"A dívida da Câmara de Lisboa corresponde a 1.261M€, o que equivale a 0,8% do PIB. Passivo aumentou 61M€ face a 2005. Câmara atingiu o dobro do limite do endividamento (34M€ vs. 17M€). Juros pagos no valor de 54M€.

Dias Baptista, vereador do PS, considera que a situação é grave e que Carmona devia pedir ajuda ao Governo." (Radio renascença, 10.04.2007).

António Costa não quererá entrar em incoerências com o seu vereador...
A solução para Lisboa já foi definida pelo PS no início de Abril - as outras autarquias apertam o cinto para resolver o défice.
O défice orçamental de Portugal?
Não. O défice de Lisboa.

Pagar impostos, nós?

Acabei de ler o post do António Alves ( a quem mando um abraço ) que é apenas um grão de areia dos interesses pessoais e centralistas dos políticos de Lisboa e que nos deviam fazer reflectir sobre a nossa parte contributiva para aquelas negociatas.

Por exemplo: por que havemos nós de pagar impostos para uma RTP "nacionalizada" que é manifestamente centralista e mesmo antidemocrática? Alguém nos pode acusar de não estarmos a falar verdade? Será assim tão difícil prová-lo? Umas tantas cassetes não servirão de prova ? Receiam que os inócuos estúdios regionais são comprovativo credível quando a voz do dono é uníssona e parte sempre do mesmo ponto cardeal?

Por que não recusarmo-nos a pagar essa parte dos nossos impostos se não usufruimos dos respectivos benefícios ? Querem começar por aqui?

Ena tantos!

Salvo erro, os candidatos à Câmara de Lisboa já são onze (11). O que leva tanta gente a querer candidatar-se a uma câmara com uma dívida gigantesca (superior ao conjunto das 14 câmaras da Área Metropolitana do Porto) e envolvida por um manto obscuro de corrupção e negociatas envolvendo terrenos valiosos (caso Bragaparques) e entre empresas camarárias e os clubes de futebol Benfica e Sporting?


Resposta: todos eles sabem que em breve o estado assumirá as dores da capital e fará jorrar dinheiro - de todos nós! - para cima de Lisboa. Argumentos para tal justificar não faltarão e, acreditem, serão dos mais imaginativos. Mantenham-se atentos e verão que a solução virá em breve. Mais rapidamente ainda se o eleito for o serventuário do centralismo que o senhor Sócrates nomemou para a tarefa.


António Alves (Não andei com José Sócrates na Universidade)

"Vamos com calma...

Caro José,

A troca de opiniões entre participantes é muito importante, quando mais não seja para todos nos conhecermos melhor. Salvaguardando uma expressão menos correcta, ou uma outra gafe que humana e inevitavelmente iremos cometer nos nossos comentários, é fundamental sabermos sempre filtrar o acessório e relevar o essencial.

Cometi a gafe de nomear o nosso "clube" de "Autonomia da Região Norte" porque com o correr da escrita me esqueci de acrescentar-lhe o qualificativo de "Administrativa", mas a verdade, é que nem sequer me passou pela cabeça nem tão pouco escrevi a palavra "separatista". Vamos com calma...

Quanto à Regionalização, já estou cansado de o escrever na "Baixa do Porto", que não tenho dela uma ideia romântica de panaceia para os problemas da nossa região. Tenho já maturidade bastante para não me deixar facilmente impressionar com rótulos, por mais coloridos que eles sejam. Agora, o que tenho como certo e seguro, é que a descentralização que todos os governos têem vindo a prometer há dezenas de anos não passa de uma vigarice crónica e como tal já não acredito nesses intentos. Vejo a Regionalização apenas como o caminho mais curto para conseguirmos dar a volta à situação actual. Os outros, são mais do mesmo, mais cheques em branco oferecidos de bandeja a quem já não merece o nosso crédito de cidadãos, como sejam: os políticos.

Estranho isso sim, é este ping-pong em que, além dos políticos (mas esses, não é para admirar) alguns de nós se deixam envolver que, ora parecem determinados a aceitar o desafio regional, ora já não têem bem a certeza do que querem.
Se há pessoas pouco impressionáveis às reacções dos media lisboetas (é aí e só aí, que está bem plantado o centralismo), eu posso dizer que sou uma delas. O meu caro amigo não tem lido os meus posts da "Baixa", caso contrário não falava em "deixarmo-nos influenciar pelos qualificativos dos media da capital" . Já tenho inclusivé travado umas "guerrinhas" com alguns colaboradores da "Baixa" por causa disso mesmo e por tentar desmistificar de vez essa história gasta dos complexos de cariz provinciano que alguns insistem em impingir-nos. O que não quero, é dar-lhes pretextos para alimentarem a futilidade dos seus argumentos com as nossas inquietações paroquiais.

Por isso, acho inútil passarmos a discutir qual das ciadades da região Norte é a que está mais prejudicada porque esse é um caminho perigoso que antes mesmo de o começarmos a percorrer pode conduzir-nos para um bairrismo infantil que nos divida e tolha o passo.

Falemos portanto da nossa Região que é o Norte, o elo de união, e quando necessário apontemos os problemas das nossas cidades ou lugares específicos. Já sabemos que há grandes problemas em toda a região, e muito em particular no interior transmontano. Temos é de chamar a nós toda essa gente.

Rui Valente

A Constituição é violada há 30 anos, "por omissão"

Freitas do Amaral, na sua última lição na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, classificou como violação da Constituição da República por "omissão" a não implementação da Regionalização Administrativa no continente.
Sempre que se propõe a formação de um partido regional logo aparece alguém, pressuroso, a relembrar que a constituição o proíbe. Estranha-se que se mantenham sempre tão calados perante violações tão graves e sistemáticas como esta.


Esta violação é causa de enormes injustiças entre as regiões portuguesas. Esta violação cria uma situação de inaceitável desigualdade de instrumentos políticos e administrativos entre elas. Neste momento em Portugal existem 3 regiões com governo próprio: Lisboa e Vale do Tejo (governada por aquele que supostamente seria o governo nacional mas não o é), a Madeira e os Açores. As restantes estão ao Deus dará, condenadas ao ostracismo e ao empobrecimento.


António Alves
(Não andei com José Sócrates na Universidade)


P.S. - Segundo José Sócrates o Metro do Porto "é um dos projectos de maior sucesso em Portugal". Se o é, qual a razão de tanto empenho em o subtrair à direcção daqueles que assim o fizeram? Inveja? Medo de que o exemplo frutifique e os portuenses se apercebam que podem passar sem o governo central e instituir o seu próprio governo?

Sub-urbanização, «Peak Oil» e Ferrovias


Leituras 20070523

20070522

DESCENTRALIZAÇÃO

"As tentativas de fazer a reorganização do território impostas por lei nunca funcionaram bem. É um processo lento. (...) O fundamental é andar para a frente, com alternativas que obriguem a descentralizar o poder, a desconcentrar decisões."
Belmiro de Azevedo, presidente do conselho de administração da Sonae


O caso dos fundos do QREN (actual quadro comunitário em início), o último grande pacote financeiro vindo da Comunidade Europeia, será gerido em 2/3 por Lisboa.
O País necessita urgentemente de saber "caminhar" por sí e deixar de andar com a "mão estendida" à espera de fundos e mais fundos para se desenvolver.
No Norte, é imperativo (como afirma e bem o Engº Belmiro de Azevedo), andar para a frente e potenciar alternativas que obriguem a descentralizar o poder.
Lanço este repto de "reflexão" para que desta vez a regionalização não seja discutida de forma leviana manifestando interesses de alguns poderes instalados.
O descrédito na classe política e nos autarcas em particular é assombroso! por isso, urge uma nova postura de cidadania e dever público por parte daqueles que, como eu, acreditam que não é a pedir mas sim a produzir, não é a lamentar mas sim a actuar e não é a subsidiar mas sim a investir.
Só com uma nova postura política , capacidade empreendedora e visão estratégica se é capaz de obrigar a descentralizar o poder e a desconcertar decisões.
Já dizia o sábio "Usa e serás mestre"! ...Devemos seguir o exemplo de Belmiro de Azevedo, e a médio prazo a estratégia sairá vencedora. São bons exemplos vindos do Norte. A SONAE tem sede no Norte... O Homem mais rico de Portugal vive no Norte... Porque não pode o Norte ser a região mais rica de Portugal? eis uma boa questão...

O nosso «clube»

Caro Rui,

Relativamente ao seu post anterior, tenho a dizer o seguinte:

1. Nome do clube: Alternativamente chamaria «Desenvolvimento da Região Norte»; Autonomia/Separatismo acho insensato/utópico;

2. Apesar de votante duplamente sim no referendo de 1998, tenho dúvidas que quando se concretizar a Regionalização, haja grandes mudanças. Portanto, o melhor lutar por ela, mas não gerar demasiadas expectativas;

3. De facto não nos devemos deixar influenciar pelos qualificativos da comunicação social de Lisboa; Como todos sabemos, esta faz tudo o que tiver ao seu alcance para degradar as marcas do Norte, precisamente porque somos uma ameaça para as marcas culturais, turísticas, mediáticas, desportivas deles o que lhes diminui as receitas. Temos que perceber isto e responder na mesma moeda;

4. Penso que a mensagem do Pedro foi mesmo de alertar os Portuenses para o erro que muitas vezes cometemos ao ignorar o resto do Norte. Eu também acho que isso existe, como por exemplo o Metro do Porto: Os investimentos para a Trofa, Vila do Conde, Gondomar e Boavista são errados com demonstarei oportunamente. Entretanto o resto do Norte fica a ver os comboios a passar e Metro do Mondego ou no Minho não avançam. Aqui imitamos Lisboa. Outro exemplo é sedear no Porto delegações operacionais da administração central quando poderia ficar em cidades do interior norte que mais precisam delas. Relativamente à RTP-Porto, como o Pedro refere, como é natural, nunca reparei;

5. «Divide and Conquer» aplicado ao Norte é a estratégia do poder central. Temos que saber jogar a lógica do Estado de Cidades (Norte) contra a lógica da Cidade-Estado (Lisboa).

"O nosso clube aqui chama-se: Autonomia da Região Norte

Caros participantes,

Sou adepto da frontalidade, mas considero que o maior erro que podemos cometer, se não pesarmos bem o teor dos nossos argumentos, é darmos oportunidade aos inimigos (que ainda há) da Regionalização para nos apontarem os rótulos do costume, como seja de: bairristas, bacocos, provincianos, etc. e tal.
Escrevo isto, porque na leitura que fiz do post de Pedro Morgado - a quem desde já saúdo -verifiquei que em defesa da sua terra (que é Braga, presumo), quase meteu no mesmo saco de Lisboa a cidade do Porto, quando considerou que a RTP tinha sede nesta cidade. Que eu saiba, o que o Porto tem, é uma delegação e estúdios da RTP no Monte da Virgem, o que é uma coisa bem diferente. Acho mesmo, que nem é preciso consultar o contrato social da RTP para constatar facilmente essa realidade, bastando estar atento ao alinhamento centralista de que dá mostras, o último dos quais foi o "exemplo" dado 2ªfeira com a abertura do jornal da tarde à "violência" de adeptos portistas na Baixa, quando o mais natural e relevante seria destacarem a vitória de mais um campeonato do F.C. do Porto. Se a violência fosse uma sincera preocupação de interesse público segundo a óptica mediática centralista, então podiam ter aberto o notíciário com o caso daquele rapaz das telenovelas (dos "Morangos com Açucar, creio) e a irmã, que foi agredido gravemente na pacatez de uma discoteca da "civilizada" Lisboa com 32 pontos no rosto...
Obviamente, que para quem está atento, a intenção (como é costume), era a de tentar desvalorizar a importância da notícia desportiva. E estas coisas também não devem ser silenciadas. Dissociarmos o fenómeno desportivo dos afectos clubísticos com a realidade política parece-me uma grande utopia, porque se não conseguirmos separar as águas e se não procurarmos ser justos e objectivos quem vai continuar a perder com isso somos todos nós, nortenhos e não só. Na defesa dos interesses regionais, acho perfeitamente possível e desejável a coabitação entre nortenhos de todos os quadrantes clubísticos, particularmente entre os do Norte. Rivalidades no campo desportivo sim, cada um deve defender salutarmente as cores da sua simpatia, sejam elas quais forem, mas será uma asneira dividirmo-nos em matéria dos nossos interesses comuns que são acima de tudo a autonomia e o desenvolvimento da nossa região.
Há muitos anos que estamos a ser maltratados pelo Estado Centralista para nos degladiarmos com guerrinhas clubísticas. Primeiro, estamos nós cidadãos. Os de Braga, do Porto, de Guimarães, Chaves, Bragança, Aveiro, etc. Todos! Unidos! Não se esqueçam disso.

Rui Valente
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