20081004

Expresso «copia» Norteamos

Há dias escrevia:

«Quanto à  propaganda e megalomanias de Lisboa, elas vão mesmo esvaziar com as quedas das Brisas e do sistema financeiro e nem vale a pena combatê-las» e «Há sinais evidentes de dificuldades no sector de Bens e Serviços Não Transaccionáveis, baseados em crédito fácil e barato, no mundo ocidental e também nos equivalentes lisboetas».

Hoje o Expresso apresenta em 1ª página:

Não há dinheiro para obras públicas - A crise financeira iniciada nos EUA está a parar as obras públicas em Portugal (Aeroporto, TGV e estradas). Os investidores privados não conseguem crédito e os bancos temem não ter garantias suficientes da Estradas de Portugal (que passou a ser sociedade anónima). Entretanto, dois pequenos bancos portugueses já passam por dificuldades e o Governo fez um plano de emergência. As construtoras não conseguem obter financiamento junto da banca para concorrerem a concursos públicos, alguns dos quais já adiados. O Governo está apreensivo com a situação que pode colocar em causa o megaplano de obras públicas e já pediu à Caixa Geral de Depósitos para ajudar a facilitar créditos. A aprovação nos EUA do Plano Paulson não garante o fim da crise que ainda será longa. Em Portugal teme-se a ruptura de dois pequenos bancos, cenário que está já acautelado pelas autoridades. 49% dos portugueses já começaram a retrair-se no consumo e 20% admitem ter renegociado créditos.

Conclusão: O Expresso «copia» ou conclui o mesmo que nós concluimos.

Relativamente às Obras Públicas, não podemos confiar 100% no que diz Lisboa. Efectivamente, não há dinheiro para megalomanias, TTT, Alcochetes, TGVs, Expo2, mais SCUTS, etc. Porém haverá verba para investimentos pequenos mas de elevada utilidade/rentabilidade, nomeadamente investindo no transporte público de qualidade e reduzindo a factura energética/orçamental associada ao rodoviário individual e de mercadorias,  como por exemplo:

Portanto, cabe ao leitor estar atento e defender os seus próprios interesses.

1 comentário:

PMS disse...

Na verdade, o Jose Silva já vem a dizer isso há vários meses.

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