Há dias escrevia:
«Quanto à propaganda e megalomanias de Lisboa, elas vão mesmo esvaziar com as quedas das Brisas e do sistema financeiro e nem vale a pena combatê-las» e «Há sinais evidentes de dificuldades no sector de Bens e Serviços Não Transaccionáveis, baseados em crédito fácil e barato, no mundo ocidental e também nos equivalentes lisboetas».
Hoje o Expresso apresenta em 1ª página:
Não há dinheiro para obras públicas - A crise financeira iniciada nos EUA está a parar as obras públicas em Portugal (Aeroporto, TGV e estradas). Os investidores privados não conseguem crédito e os bancos temem não ter garantias suficientes da Estradas de Portugal (que passou a ser sociedade anónima). Entretanto, dois pequenos bancos portugueses já passam por dificuldades e o Governo fez um plano de emergência. As construtoras não conseguem obter financiamento junto da banca para concorrerem a concursos públicos, alguns dos quais já adiados. O Governo está apreensivo com a situação que pode colocar em causa o megaplano de obras públicas e já pediu à Caixa Geral de Depósitos para ajudar a facilitar créditos. A aprovação nos EUA do Plano Paulson não garante o fim da crise que ainda será longa. Em Portugal teme-se a ruptura de dois pequenos bancos, cenário que está já acautelado pelas autoridades. 49% dos portugueses já começaram a retrair-se no consumo e 20% admitem ter renegociado créditos.
Conclusão: O Expresso «copia» ou conclui o mesmo que nós concluimos.
Relativamente às Obras Públicas, não podemos confiar 100% no que diz Lisboa. Efectivamente, não há dinheiro para megalomanias, TTT, Alcochetes, TGVs, Expo2, mais SCUTS, etc. Porém haverá verba para investimentos pequenos mas de elevada utilidade/rentabilidade, nomeadamente investindo no transporte público de qualidade e reduzindo a factura energética/orçamental associada ao rodoviário individual e de mercadorias, como por exemplo:
- Acabar com as SCUTS e criar portagens em todas as autoestradas;
- Expansão do Metro do Porto Low cost;
- Upgrade da linha do Douro para turismo e logística;
- CVE Porto-Minho-Vigo a passar no ASC via ramal de Leixões e assim alcançar ligações mais rápidas entre Porto e Braga;
- Metro em Braga;
- Ligar a linha do Minho à linha do Douro via Braga-Guimarães;
- «Upgrade» do aerodromo de Bragança;
Portanto, cabe ao leitor estar atento e defender os seus próprios interesses.
1 comentário:
Na verdade, o Jose Silva já vem a dizer isso há vários meses.
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