20070810

Números (II)

Alguns dos nossos leitores, mais dados talvez às actividades cavalares e taurinas do que propriamente à discussão honesta, volta e meia aparecem por aqui a falar de impostos, rendimentos mínimos e outras coisas, fazendo afirmações falsas que só provam a sua ignorância e uma certa "má vontade". Nada como alguns dados objectivos para os elucidar e ajudar a melhorar o seu posicionamento - se tal for possível - perante a sociedade.

Os que estudaram alguma coisa de macroeconomia sabem que a diferença entre o rendimento primário duma região e o seu rendimento disponível é assegurada pelas tranferências de distribuição, na sua maioria garantidas pelas administrações públicas, fazendo numas subir o seu rendimento e noutras descer. Vamos aos números (clique na imagem para aumentar):



Como podem constatar, a Região Norte, apesar da crise instalada e do seu empobrecimento relativo, tem-se mantido nos últimos anos como contribuinte líquida - isto é: o seu rendimento disponível é inferior ao rendimento primário; dá mais do que recebe!; ao contrário, por exemplo, do Centro e Alentejo. Os dados de 2005 e 2006 ainda não estão disponíveis mas desconfia-se, tendo em conta a quebra ainda maior das transferências do Estado central, que a coisa piorou.

Nos idos anos 80, ainda na ressaca dos desvarios revolucionários lisboetas, quando foi necessário recuperar o país foi daqui que o movimento de recuperação económica partiu. Foi aqui que foram criados os bancos e grupos empresariais privados que levantaram a economia. Foi esta região que também se mostrou solidária, por exemplo, com a península de Setúbal, quando por lá se passava fome, aceitando de bom grado o desvio de investimentos estrangeiros que para cá estavam previstos, como por exemplo a autoeuropa, afim de acudir àquela região em crise.

O que se tem passado nos últimos tempos, configura-se uma manifesta quebra de solidariedade para com o Norte por parte do Estado Central e da região que o confiscou, principalmente a partir da entrada na CEE/UE, em seu favor. Registe-se e não se esqueça.

P.S. Os números podem facilmente ser comprovados através de vários documentos disponibilizados pelo INE

15 comentários:

Anónimo disse...

Diga-me lá uma coisa : os investimentos estrangeiros, por regra, têm de ser para aí, e quando o não são, é por "solidariedade vossa" ?

A Autoeuropa foi para Palmela porque vocês, os mãos-dadas que todos conhecemos, se condoeram com a Região de Setúbal, e abdicaram desse investimento que, como você afirma, deveria ser por defeito para o Norte, certamente porque está escrito para aí em algum lado ?

Sabe o que me aborrece ? É os autarcas da Região de Lisboa não se imporem, e deixarem que a bimbalhada da região do porto lhes ponham os pés em cima.

Sintra, por exemplo, tem perto de 500 mil habitantes, uma grande percentagem dos quais jovens. É o segundo maior concelho do país, faz o dobro do Porto do Porto em população.

Se não sabe fica a saber : Sintra não tem um hospital, não tem UM centro de saúde construido de raiz e digno desse nome, não tem UMA ÚNICA auto-estrada, não conheço conheço bnenhum tipo de investimento do Estado que lá tenha sido feito, em área nehuma.

Sintra, é mais do que contribuinte liquido. Sintra, a dois passos de Lisboa, é dos tais concelhos que anda a ser ROUBADO pelo Porto.

De cada vez que se vê um ministro na região do porto a inaugurar o que quer seja, feito pelo Estado, e são muitas as vezes, as pessoas de Sintra sentem-se ROUBADAS !

Portanto, vocês não dão nada a ninguém, muito menos a Setúbal ou a quem quer que seja. Vocês é o venha-a-nós, com base na trauliteirice regionalo-futebolistica, baseados no pressuposto de que os outros têm de vos sustentar porque vocês são o "Norte" e são nortenhos.

Vocês são muito mais centralistas, trauliteiros e açambarcadores das riquezas do país que todas as outras regiões do país juntas.

Como disse atrás, do que eu tenho pena é que não haja por aqui um autarca que seja, que diga as verdades alto e bom som, acerca de vocês, e que, de cada vez que aí vai um ministro de corda ao pescoço, dar-vos mais uns quantos milhões não exija o mesmo para a sua região.

Vocês têm a mania das grandezas mas são uns pobres de cristo.


Rotor - Lisboa

Anónimo disse...

Ha momentos em que me da mais nojo ser do Norte, que ser Portugues. Quando vejo um artigo que comec,a bem, com numeros e aonde parece que se vai poder discutir seria e tecnicamente, perder toda a credibilidade com frases do tipo "ressaca dos desvarios revolucionários lisboetas", entra-me um nojo, uma nausea, que nao ha paciencia. Para mim, este blog morreu. Quem tem colaboradores e admiradores do antigo regime nao me merece como leitor. E ao autor: porque e' que nao pegou numa G3 no 25 de Abril e foi defender o Marcelo e o regime dos tais desvairios? De onde e' que lhe vem tanta coragem para insultar via net? Ao menos, os que nos deram a liberdade de poder dizer e escrever o que quisermos, os tais do "desvairio", nao eram uns cobardezitos sem valor.

António Alves disse...

Admirador do antigo regime? não. Nem desse nem do que tentaram implementar na sequência do 25 de Abril. Felizmente tais tentativas fracassaram. Sou admirador do regime que Mário Soares e Sá Carneiro implementaram e que muito subvertido está actualmente. E estou até muito bem acompanhado: basta estarem atentos ao que o próprio Mário Soares tem dito.

Quanto aos insultos, tanto do ventoinhas (rotor), como do cobarde anónimo - que julgo serem a mesma pessoa: classificam-nos apenas a eles.

Quanto a coragem: eu pelo menos até dou o nome e sou perfeitamente identificável.

Anónimo disse...

concordo plenamente com o antonio Alves.
Nunca tinha visto dados, mas é uma coisa que se vê no dia a dia e para quem esta um pouco dentro de economia.

Uma coisa que já reparei ha muito tempo é que os grandes empresarios e grandes empresas sao do norte.
Mais tarde muitas deslocam-se para a capital porque ficaram empresas grandes.
Mas o verdadeiro investimento privado, onde ha mais e melhores empresários é a norte do mondego.
A sul do Mondego, o pessoal vive dos empresarios do norte ou dos empresarios nordicos ou do estado.
Poucos empresarios privados de jeito ha por la e a maior parte se formos a ver, apesar de terem nascido no centro, os seus pais e avos eram todos do norte.

É natural que por isso sejamos nós que mais produzimos e enriquecemos o país e por outro lado nos roubem à força toda para investir no esteril centro e sul.

O algarve em iniciativa privada ainda é pior que o Centro. O algarve antes do turismo (que tambem foram investimentos de nortenhos e nordicos) era uma miseria a nivel de empresas e fabricas.

É notoria a maior capacidade do povo nortenho.
Somos uma especie de Italia, o Norte é o que tem melhores empresarios e mais e melhores empresas privadas.
Braga é a cidade com mais iniciativa privada e empresas privadas por habitante.

Se o Norte fosse independente nao tenho duvidas que estariamos muito bem.
Não somos, roubam o que criamos, sugam-nos tudo, e agora estamos na situaçao em que estamos.. regiao mais pobre da UE, com imensa necessidade de Emigraçao para nao morrermos todos à fome, falta de dinheiro para investimentos em infra-estruturas, etc.. enfim...

J. Fernandes disse...

Caro Rotor a sua resposta merece analise. Se tu te queixas da falta de investimento na região de Sintra é possível que tenhas razão para isso, agora incompreensível é o facto de te vires queixar disso aos Nortenhos.

Então para te provar que te enganaste redondamente no que estas a dizer vamos aos numeros.

A principal transferencia de dinheiro para as regiões é feita através do PIIDAC(Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) e eu então fiz as contas com dados relativos aos anos de 2001, 2002, 2005 e 2006 e calculando o valor do investimento acumulado nesses anos por distrito por habitante cheguei aos seguintes dados:

Lisboa: 2 135 €/habitante.
Setúbal: 1 587 €/habitante
Santarém: 1 661 €/habitante

Porto: 2 024 €/habitante
Braga: 1 125 €/habitante
Aveiro: 1 460 €/habitante

Estes 6 distritos foram escolhidos porque apresentam semelhanças quer ao nível de área quer ao nível de população( no seu conjunto), e porque são representativos das Àreas Metropolitanas de Lisboa e Porto.

Agora se tu analisares os dados vês que em todos os distritos, por comparação directa os do Norte ficam a perder, incluse por centenas de euros por habitante em alguns casos( Braga vs Setubal) o que se multiplicando por 700/800 mil habitantes perfaz muito dinheiro.

Agora digote, se te queres queixar de falta de investimento, queixate aos teus "vizinhos" porque muito claramente enganaste-te no alvo, e de forma muito gorosseira.

Saudações...

Anónimo disse...

Anónimo

se queres a independência do norte, por mim tudo bem, isso até eu queria e sou do sul. Faz-se um referendo e eu voto que sim. Sem problemas.

José Alaberto Ribeiro

Compare Braga com Setúbal, Santarém e Sintra em termos de investimento.

Para Braga vão Universidades, estradas, até um laboratório de investigação de nanotecnologia de nivel internacional, a Faculdade de Medicina, enfim, tudo. Com uma base dessas também eu.

Mas há região do país, em que nos ultimos 10 anos se tenha investido mais do que na região porto/braga ?

Eu só lhe pergunto se vê algum investimento maciço dessa natureza, e investimento de qualidade, em Sintra, Setúbal e Santarém. Sintra tem um parque industrial instalado que está à vista, com industrias de todo o tipo. Tem perto de 500 mil habitantes. É do tamanho do porto e de gaia juntos. Tem 3 cidades.
E tem UMA IC, a ic19, que anda sempre em obras e que é um inferno. Não tem mais nada em termos rodoviários. Não há concelho nenhum da região do Porto que não tenha um hospital. Sintra com 500 mil habitantes não tem ! Nunca vi nenhum investimento da parte do Estado, no Ensino Superior, em levar para lá instalações de referência na área da investigação, etc. Nada, zero !

Sabe porque é que eu comparo Sintra com o Porto e não com Setúbal ou Santarém ? Porque o 2º maior concelho do país é Sintra, não o Porto. Sintra é roubado em relação ao Porto e não tem de ser. E conheço bem Sintra porque lá vivi muitos anos. Quem aparece nos media é o Porto não é Sintra. Aonde os ministros vão, ao menor sinal de descontentamento, é ao Porto não é a Sintra. Sintra é esquecida permanentemente ! Sintra só serve para se ir lá buscar 200 ou 300 mil votos e pagar IRS IRC e IVA.

Vocês queixam-se de falta de investimento ? Poupem-me !

Braga e o Porto são privilegiados !

Rotor - Lisboa

Anónimo disse...

o ressabiado rotor virou o bico ao prego: não podendo contrargumentar na defesa de lisboa virou-se para sintra. este gajo deve ter sido sodomizado em pequenino.

J. Fernandes disse...

Rotor

Os teus argumentos são tão validos para Lisboa como para o Porto. Se em vez do Porto tivesses escrito Lisboa, o teu texto não perdia nada.

Quanto à independencia, eu, assim como a maior parte da gente do norte, não quer independencia, queremos sim um tratamento justo por parte do poder central e isso muitas vezes nem passa por mais dinheiro mas sim mais respeito.Todos os dias o norte é tratado de forma desigual, tanto pela comunicação social como mais grave pelo governo.( Vê os exemplos denunciados aqui no norteamos que são muitos).

Depois os numeros não mentem, na verdade foi mais dinheiro investido na região de Lisboa do qe do Porto. Agora tens que ter em conta o tipo de desenvolvimento das duas AM, enquanto em Lisboa tudo se centralizou no concelho de Lisboa e limites, no norte o desenvolvimento foi mais partilhado, permitindo por exemplo a existência de duas grandes universidades em Braga/Gimarães e Aveiro, eu pessoalmente acho a Univ Nova de Lisboa um erro, uma universidade na margem sul deveria estar em Setúbal, mas não está e as pessoas que tomam decisões neste país se conseguirem ver as obras do seu escritório no Terreiro do Paço são essas que fazem.

Mais uma vez estas a dar má imagem de Lisboa, porque para além de gastar mais dinheiro da administração central, gasta-o de forma errada e que não permite um desenvolvimento sustentável das varias regiões que a rodeiam.

Mais uma vez, o teu ponto de vista ta errado! Queres que deitemos a Univ Minho a baixo ou preferes uma instituição em Sintra para ficarmos iguais? Certamente queres uma instituição em Sintra, mas para isso ela vai ter de fechar em Lisboa, ou vais ter de reivindicar em Lisboa por uma, porque peço muitas desculpas mas nos do Norte não podemos fazer nada.

Saudações ...

Anónimo disse...

Está a ver mal. Sintra não tem de reinvindicar nada a Lisboa. O Porto e Braga é que tem investimento a mais, por comparação com a população e os impostos pagos.

A maioria do investimento de qualidade, investimento gerador de investimento, e de desenvolvimento foi feito no eixo porto/braga.

Conhece algum campus universitário em Santarém, Setúbal e, mais uma vez, Sintra ?

Sintra é o 2º maior concelho do país. É maior que o porto e muito maior que braga. E não tem investimento estatal. E não tem porque esse investimento vai para aí.

E sabe porque é que vai para aí ? Por causa do discurso regionalista, agressivo, trauliteiro, do tipo "se a não metem cá dinheiro a gente vai por aí abaixo". E você sabe que é assim. É esse o vosso discurso nos ultimos 20 anos. Discurso de confontação.

Mas a gente cá em baixo não tem medo disso. Queremos é aquilo que é nosso.

E lamento que os autarcas daqui não vos respondam na mesma moeda. E quem diz os autarcas, diz todos os intervenientes económicos, desportivos, sociais, etc..

O Sul não tem de prestar vassalagem ao norte.

Se vai para aí um laboratório de nivel internacional, tem de vir para cá outro.

E não aceitamos o insulto que é vir a Associação de comerciantes do Porto dar bitaites sobre uma instalação que diz respeito à Região de Lisboa, que é o aeroporto.

Imagine que a Associação de Comercio de Lisboa se pôr a dar alvitres sobre o aeroprto do porto.

Eu queria ver as reacções aí dos caciques ! de centralistas para cima, chamavamn-lhes tudo.

Ou não é ?

Rotor - Lisboa

J. Fernandes disse...

Rotor

Eu não conheço nenhum campus universitário em Setúbal e Santarém, mas também ja disse que esses campus estão em Lisboa ou arredores. Eu disse que achava que fazia mais sentido a UNova ficar em Setúbal para promover o desenvolvimento sustentável dessa região e não em Almada, mesmo ao pé de Lisboa.

O problema é que o investimento foi feito, tanto nos Distritos de Setúbal como de Santarém(os números não mentem), mas não foi com o objectivo de desenvolver esses distritos mas sim de potenciar Lisboa.

E para tu veres como o discurso Lisboeta é arrogante, pela 1a vez um laboratório de dimensão nacional vai para uma região fora de Lisboa, e voces qual menino mimado, vêm logo exigir mais um para Lisboa para compensar. Eu informo-te ( ja foi debatido aqui no norteamos) que dos 19 laboratórios nacionais que existem, 19 estão em Lisboa. Eu não quero com isto que fechem laboratórios em Lisboa, aliàs até pretendo que abram mais, quero é que também abram alguns no Norte.

Saudações ...

Pedro Javier Mazzoni disse...

Sinceramente, penso que o ênfase que colocam é completamente deturpado. Como habitante do distrito de Aveiro, situado no litoral e apesar de falta de visão estratégica de quem nos conduz sub-aproveitado, conheço a realidade do interior e penso que só quem não conhecer a realidade dos concelhos do interior (sejam norte, sul ou centro) pode queixar-se do desenvolvimento do litoral.
Se quiserem colocar as coisas em termos de população ou industria, se os incentivos dados (e podem ter a certeza que o governo tem uma palavra muito importante a dizer para onde vão empresas) levassem a AUTO-EUROPA e a IKEA por exemplo a localizarem as suas fábricas no concelho de Pinhel, talvez eles tivessem mais pessoas a morar lá (ou talvez pensem que não se instalam lá empresas por falta de mão de obra), talvez mais qualificados (talvez nenhum licenciado quisesse morar no interior do país, podendo trabalhar na AUTO-EUROPA), talvez reclamassem maior apoio e investimento do governo (que neste momento não é grande coisa).
Escolhi Pinhel ao acaso, podia ser outro concelho do interior, mais a norte, mais a sul. O que não há neste país é qualquer tipo de equidade.
Quanto ao IC19, é o argumento que melhor demonstra o centralismo. A quantidade de investimento centrado em Lisboa, obriga as pessoas a concentrarem-se lá (talvez pensem que há muitas cidades em Portugal com semelhante infraestrutura como a que permite o acesso a Lisboa, tentem fazer o mesmo gasto em Beja e talvez dispare o desenvolvimento e investimento por lá).
Havia imenso para dizer mas este comentário já vai longo.
É como o aeroporto, se ficar na OTA abrange o maior número de pessoas? Tentem começar a localizar todo o IDE no alentejo na fronteira com Espanha e daqui a vinte anos falamos então onde é que há necessidades de aeroportos.

PMS disse...

Caro Rotor:

Sintra é suburbio de Lisboa. Compara-lo com capitais de distrito não faz qualquer sentido.

Sintra faz parte da região de Lisboa. Braga é o centro de uma área metropolitana com 1,3milhões de habitantes (fonte: wikipedia).

Mas se acha que precisa de uma universidade pública em sintra, peça-a a Lisboa que tem 2 sem qualquer necessidade (e que vai agora "criar" uma terceira)...

PMS disse...

"Diga-me lá uma coisa : os investimentos estrangeiros, por regra, têm de ser para aí, e quando o não são, é por "solidariedade vossa" ?

A Autoeuropa foi para Palmela porque vocês, os mãos-dadas que todos conhecemos, se condoeram com a Região de Setúbal, e abdicaram desse investimento que, como você afirma, deveria ser por defeito para o Norte, certamente porque está escrito para aí em algum lado?"

A situação não foi essa. A Autoeuropa queria investir no Norte, os governos desviaram o investimento para setúbal. O norte não protestou por solidariedade com a região de setúbal, e porque estava economicamente bem na altura.

O que se passou foi a interferência do estado para favorecer uma região em detrimento de outra. Já me manifestei várias vezes contra essa interferência. Ainda assim, a manter-se a interferência, ela deve manter os critérios ao longo do tempo: as regiões em depressão devem ser beneficiadas.

Só que pelos vistos o critério era: a grande lisboa deve ser beneficiada. Se o critério é esse, então devolvam o meu dinheiro...

Anónimo disse...

Ó sr Pedro Menezes, então você, quando diz que Sintra é um suburbio de Lisboa, e Braga é distrito, usa de duas argumentações ? Aí já prevalece o centralismo, que já parece bom desde que seja a norte ?

Compare o peso do concelho de Sintra com o peso do concelho de Braga, porque Sintra se lhe juntarmos 2 ou 3 concelhos envolventes, ultrapassa essa população, de que fala, em relação a Braga.

Sintra anda a ser roubada por comparação com os concelhos do Norte, nomeadamente no eixo porto-braga.

A começar nas vias de comunicação. Sintra tem uma única estrada que é o IC19. Não tem mais nada !

A CREL passa de raspãp pelo concelho e poderia servir para escioar algum trânsito, até porque é uma via urbana, mas sabe que mais ? Pagamo-la, temos portagens !

E Sintra, pela sua dimensão, não é um concelho qualquer.

Sintra é roubada pelo Norte mas é-o porque não tem tido presidentes de câmara arrogantes e peixeiros como são os vossos, mas tem de começar a ter.

E sabe porquê ? Porque nós cá em baixo não temos de vos prestar vassalagem !

Nós não somos lacaios do Norte que temos de nos baixar sempre que vocês levamtam o pêlo.

Eu dei o exemplo de Sintra porque é o mais flagrante. Eu vivi em Sintra e nunca vi um cêntimo de investiomento do Estado fosse no que fosse.

E Sintra é um dos concelhos mais industrializados e activos desta região. Merece muito mais, a começar pelos impostos que paga.

Repito-lhe, o 2º concelho do país é Sintra não é o porto !


Rotor - Lisboa

PMS disse...

"Ó sr Pedro Menezes, então você, quando diz que Sintra é um suburbio de Lisboa, e Braga é distrito, usa de duas argumentações ? Aí já prevalece o centralismo, que já parece bom desde que seja a norte?"

Nos distritos não há capacidade de decisão política.

"Compare o peso do concelho de Sintra com o peso do concelho de Braga, porque Sintra se lhe juntarmos 2 ou 3 concelhos envolventes, ultrapassa essa população, de que fala, em relação a Braga."
Os 2/3 concelhos vizinhos são Lisboa, Cascais e Loures. Nesses 4 concelhos tem todos os serviços que acusa Braga de ter e Sintra de não ter. Já agora, os concelhos são divisões administrativas nem sempre bem pensadas. Se cada cidade de Sintra tivesse o seu próprio concelho, as suas comparações de dimensão tornar-se-iam ainda mais evidentes. Pelo contrário, no Porto, existe uma cidade de 600.000 habitantes dividida por 3 concelhos. E isso é que não faz sentido.

"Sintra anda a ser roubada por comparação com os concelhos do Norte, nomeadamente no eixo porto-braga. A começar nas vias de comunicação. Sintra tem uma única estrada que é o IC19. Não tem mais nada ! A CREL passa de raspãp pelo concelho e poderia servir para escioar algum trânsito, até porque é uma via urbana, mas sabe que mais ? Pagamo-la, temos portagens!"
Falso. Tem a N9 até ao Estoril e a partir daí a N6 até a Lisboa.

"E Sintra, pela sua dimensão, não é um concelho qualquer."
E Braga é um concelho qualquer?

"Sintra é roubada pelo Norte"
A sério? E quem no norte tem poder de decisão para roubar o dos outros. Quem parte e reparte está em Lisboa...ao lado de Sintra.

"mas é-o porque não tem tido presidentes de câmara arrogantes e peixeiros como são os vossos, mas tem de começar a ter."
Mas pelos vistos está no bom caminho. Já tem um eleitor arrogante e peixeiro.

"E sabe porquê ? Porque nós cá em baixo não temos de vos prestar vassalagem!Nós não somos lacaios do Norte que temos de nos baixar sempre que vocês levamtam o pêlo."

Nem ninguém tem que nos prestar vassalagem. Nunca fomos muito nisso de nobrezas. Em Braga estavam os Bispos e no Porto corriamos os nobres ao pontapé. Já em Sintra...

"Eu dei o exemplo de Sintra porque é o mais flagrante. Eu vivi em Sintra e nunca vi um cêntimo de investiomento do Estado fosse no que fosse."
E o que o leva a pensar que o dinheiro de sintra foi gasto no Norte?

"E Sintra é um dos concelhos mais industrializados e activos desta região. Merece muito mais, a começar pelos impostos que paga."
Não digo que não. O que pensa que falta em Sintra?

"Repito-lhe, o 2º concelho do país é Sintra não é o porto!"
Eu sei. Só que a dimensão dos concelhos determina os orçamentos das câmaras municipais. A dimensão das regiões deveria determinar os investimentos do Estado Central. Defender que Sintra precisa de uma universidade tendo duas a 20 kms é defender o desperdício de dinheiros públicos.

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