· Excelente crónica de Rui Moreira no Público de hoje: «Como diria Jorge Fiel, este país é uma mesa de snooker inclinada, onde tudo corre para o buraco lisboeta. E, se é lá que está o poder e os seus protagonistas, se é lá que tudo acontece, se é lá que decorrem os jogos de bastidores, se é para lá que vai migrando a riqueza e a inteligência, se é lá que estão as agências de publicidade e de comunicação e também a economia semipública que as abastece, não será inevitável que os media optem, ou sejam obrigados a optar, por também lá estar?»
· Após semanas a tentar cativar as «Máfias» do Centralismo, em se «credibilizar» tentando ser um Sócrates 2, LFM acerta na questão do mapa judiciário. Efectivamente a estratégia essencial de Menezes deveria ser apostar numa desconcentração do desenvolvimento de Portugal e dar como perdido o eleitorado da região de Lisboa. Este está irremediávelmente perdido para o PS, PCP e BE. A aposta deveria ser «esvaziar» Lisboa e a sua administração pública central, convertendo-a em regional/local, onde o PSD tem as bases e votos, através da fusão de autarquias. Contentava os mais liberais e o resto de Portugal. Ao tentar obter o mesmo poder com que o PS se alimenta, tem perdido tempo e descido nas hipóteses de eleição, na mesma medida que a queda das bolsas...
· Já é mais do que visível que a perseguição a Pinto da Costa visa criar um bode expiatório para a decadência do regime lisboeta... A venda de um lugar na CP a Bexiga para este aceitar o branqueamento da Carolina, para mante-la no processo de MJMorgado é surreal. Carlos Amorim detectou também o mesmo aqui e eu próprio já o tinha comentado aqui. Voltarei ao tema com mais profundidade.
· Com a independência do Kosovo, está criado o precedente para o Pais Basco se tornar independente, assim como os Açores se tornarem um protectorado dos EUA caso o nosso governo não facilite a disponibilização das águas territoriais para campo de teste de misseis, ou ainda, o Norte tornar-se independente. De qualquer modo, episódios para os próximos anos... PS: Não defendo a independência do Norte. É rídiculo pensar no assunto, quando coisas mais básicas não são alcançadas.
· Nos raros casos em que a região de Lisboa se envolve em industria de bens transaccionáveis no mercado internacional, há sempre o estado protector a safa-los da falência. Ricardo Arroja detecta-o aqui.
5 comentários:
Caro José,
Não me parece que o conceito de independência seja o mais correcto para aplicar à situação Norte/Portugal. Independentes já nós somos há séculos. A questão põe-se melhor em termos de secessão. Seja ela total ou mitigada.
Caro José Silva
Pode disponibilizar o link para a cronica do Rui Moreira?
salem, encontra aqui o texto maravilhoso do rui moreira. mesmo quando não estou de acordo, é um prazer ler o seu português.
http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fpage%3D24%26dt%3D20080217%26id%3D12731932%26c%3DB
obrigado!!
"Com a independ�ncia do Kosovo, est� criado o precedente para o Pais Basco se tornar independente, assim como os A�ores se tornarem um protectorado dos EUA caso o nosso governo n�o facilite a disponibiliza�o das �guas territoriais para campo de teste de misseis, ou ainda, o Norte tornar-se independente. De qualquer modo, epis�dios para os pr�ximos anos... PS: N�o defendo a independ�ncia do Norte. � r�diculo pensar no assunto, quando coisas mais b�sicas n�o s�o alcan�adas."
Eu sou um claro defensor da independencia do Norte, nem sequer tenho duvidas.
Mas estou completamente de acordo com o senhor. � ridiculo pensar no assunto quando coisas mais basicas nem sao alcan�adas.
Nem a regionaliza�o soubemos imp�r. Andamos aqui ha v�rios anos a tentar. Agora parece que a maioria das elites e figuras publicas estao de acordo, mas nem com as figuras de peso todas do lado da regionaliza�o se consegue imp�r a regionaliza�o. Ja estamos nisto � anos. O nosso povo n�o sabe lutar politicamente. Fosse isto habitado por Catal�es e j� tinham obrigado Lisboa a regionalizar o pa�s.
Imaginemos agora a independencia, que seria um caso muito mais dificil que a regionaliza�o e que devido � propaganda de unidade Minho-Algarve dos nossos media, iria fazer com que apenas uma minoria a defendesse.
Se nem com todos do lado da regionaliza�o a conseguimos, com uma minoria do lado da independencia muito menos.
Somos um povo que gosta de ser escravizado.
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