Não há licenças regionais de rádio ou TV, não porque seja tecnicamente impossível, mas porque a monopolização é muito mais rentável do que um sector de concorrência perfeita. Daí se perceba facilmente que os conteúdos «ignora/anti/circo para o Norte» não são um problema do natural «umbigismo» dos seres humanos e por consequência dos Jornalistas. São sim decisões tomadas pelos responsáveis editoriais. O que está em causa é no fundo uma luta pelo poder económico, pela manutenção de um sector monopolizado pelos seus beneficiários, sendo necessário silenciar/ignorar os prejudicados.
Sabia que a Rádio no EUA nos anos 20 era como a Internet de hoje ? Isto é, n emissores e N recptores. Sabia que ela só se tornou rentável como modelo de negócio no dia em que se obrigou ao licenciamento junto do estado federal ? Vivemos numa janela de oportunidade: Os consumidores estão a transitar da TV para a Internet. É possível emitir grátis video em real-time (ustream.tv) e on demand (Youtube). «Estamos nos anos 20». É por isso que, na minha opinião, o próximo 11/9 envolverá a Internet, para justificar a sua regulamentação...
Assim é incompreensível que a sociedade portuense se fique pela queixe de perder poder mediático quando não faltam oportunidades de o ganhar de novo. A prova do que afirmo é que todo o Norte, e bem, já montou a sua Internet TV. Um Norte capitalista. Um Porto que não vai à luta. Como diz várias vezes António Alves, o poder conquista-se. Não se recebe.
Boicote à «concorrência», mais capitalismo empreendedor e coragem para enfrentar a manipulação/colonização mediática de Lisboa, é mesmo a solução. Modestamente, acho que é o que temos feito por aqui, no Norteamos.
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