· As declaraçãoes de MFLeite criaram mais fissuras no PSD. Será que este vai implodir ? Já agora, como se explica que o PSD que tem base eleitoral fora de Lisboa, seja governado por lisboetas (JPPereira, MFLeite, PPCoelho, Cavaco, António Borges, Marcelo) ?
· Será esta uma oportunidade para o Regionalismo ? No Verão falava-se que PSLopes, AJJardim e Manuel Monteiro estudariam a hipotese de criar um Partido Social Federalista. Será que estes regionalistas/populistas do PSD seguem a bem a situação económica e já abandonaram a defesas de Otas e keynesianismo via sobre-endividamento que em tempos LFMenezes defendeu ?
· A propósito do Portugal Tecnológico, cada vez mais acredito que Sócrates governa para consumidores de Prozac (em sentido denotativo e conotativo). A avaliar pelas sondagens, funciona.
· Mais um ponto de situação sobre a situação política nacional por António Maria.
7 comentários:
JPPereira - Porto
PPCoelho - Coimbra
Cavaco - Loulé
António Borges - Porto
Que MFL era uma "lider de transição", tornou-se já de si evidente no início do seu mandato. A escolha de uma líder que nunca gozou de grande popularidade entre os Portugueses (veja-se o papel dela na Educação e nas Finanças, destruindo a primeira e deixando um buraco orçamental de 6% na segunda) e o manifesto enfado com que ela aceitou o cargo (dizendo logo na primeira semana que não estava para pensar 24h por dia naquilo) revelou que MFL era, naquilo que se chama na gíria civilística, uma gestora de negócios: alguém que se ocupa de gerir os negócios correntes de outra pessoa na sua ausência mas sem verdadeiramente assumir um ânimo de proprietário e levar as coisas a bom termo. Tratava-se, enfim, de alguem que segurasse o barco enquanto não chegava novo líder.
Esta declaração, além de impensada, tem tons de maquiavélico: será que verdadeiramente alguém disse isso inconscientemente? Não me parece! Creio que MFL disse-o propositadamente para suscitar o escândalo na opinião pública e precipitar a sua saída, para entrar um novo líder que irá à luta em Sócrates em 2009.
Esta é uma oportunidade magnífica para o Porto e a esfera de poder fora do poder central: Socrates começa a perder; vacilou na guerra contra os professores, o Magalhaes nao passou de propaganda, as reformas na Justiça continuam por implementar, toda a gente duvida da subida maravilhosa do sucesso escolar nos exames nacionais do 12º ano e a conjuntura económica é negativa para ele, com Sócrates a disputar eleições num ano de recessão/estagnação/crise económica. Já para não falar do ressentimento generalizado que o eleitorado lisboeta e fora de lisboa tem contra ele por causa de manifestos favorecimentos políticos, como o caso da reabilitação da frente ribeirinha (manifesto clientelismo político a Jorge Coelho), a perda da OTA e as dificuldades inerentes a alguns projectos como o TGV e afins.
Dado que a estrutura central do PSD está pela hora da morte e ninguém se consegue entender para pegar no partido, esta é uma oportunidade brilhante para um líder extra-olissiponense de entrar na esfera política! Gostava imenso de ver um dos três líderes seguintes a ir às eleições em 2009: António Borges-Rui Rio-Luis Filipe Menezes! Com uma orquestração mediática bem conseguida por via das agências de comunicação (veja-se o caso do Obama, que soube aproveitar a onda do momento) é possível derrotar Sócrates em 2009 e meter um líder extra-lisboeta no Poder e finalmente iniciar a descentralização do poder, conferindo poder às regioes por via do voto e da administração das receitas locais dentro do quadro constitucional vigente, e retirar o país em geral e o Porto em particular das amarras infieis ao seu desenvolvimento.
2009 pode ser um ano decisivo para o Norte em particular; pode ser um ano de viragem! Tudo depende de saber fazer as jogadas certas!
Caro Miguel,
você já tem idade suficiente para perceber que os lisboetas são todos os que lá vivem há mais de 5 anos.
Parece-me que o critério de "não-olissiponense" é um bocado naïf. O critério não deveria ser alguém que tivesse uma visão equilibrada do país e não fizesse parte do centralismo clientelar?
E, já agora, alguém que tivesse ideias para o país (o que não é comum a todas as figuras que cita)?
E que tivesse competência política?
"você já tem idade suficiente para perceber que os lisboetas são todos os que lá vivem há mais de 5 anos."
Eu só lá vivi 3, acho que não deu para adquirir a dupla nacionalidade...
O Rui Rio e o Luis Filipe Menezes também não servem, porque estiveram em Lisboa 10 anos como deputados...
5 anos é o tempo estatisticamente necessário para abandonar raizes e adoptar a nova maneira de pensar ...
reconheço que é um erro meu e referir-me a «lisboetas». é injusto e vago.
Caro José , foi apenas uma curiosidade.
Não é preciso ser de lisboa para se ser do círculo de lisboa.
Enviar um comentário