Nem mesmo eu, eterno desconfiado das mafiosidades da oligarquia de Lisboa, consigo compreender este post cheio de mensagens nas entrelinhas. E até fala de bases extremistas no Porto. Será que o «Suevo» tem razão ? Teremos por aí uma invasão moura ?
Qualquer que seja a interpretação disto, a mensagem para o Norte é clara: Temos que criar/consolidar um pensamento político e económico próprio, independente deste tipo de cumplicidades do bloco centralista.
Se dúvidas houvesse: já fede. ( De outra maneira, claro e frontal, escreveu-o ontem Eduardo Damaso: tocar a sério ” nisto ” pode ser o fim do Regime ). Percebe-se, aos poucos a oportuna nacionalização. Mais do que salvar um Banco, ( não se podia oferecer o dito aos sauditas ou aos paquistaneses? ), importa é lançar as condições para que tudo mude para que nada mude. Deixar assentar o pó, safar Constâncio e, com ele, a Mafia do Sistema embrulhada nos seus obscuros negócios ilícitos. O esterco em que se cimenta a nossa dita Democracia e o dito Estado de Direito Democrático onde as estórias de Sócrates são, comparadas com isto, coisa pouca. Afinal, os mesmos de sempre nos golpes de sempre e cumplicidades que ultrapassam o quadro partidário. Não será preciso ir buscar a Cerâmica Campos, em Aveiro. Vamos por outro lado. O Ikbal? Janeiro de 2003. Fraudes eleitorais, ilegalidades várias, violação de estatutos, consecutiva e impunemente, obras na Mesquita, ( tão cuidadosamente visitada em período de eleições, de Cavaco a Santana Lopes ), acusações escritas, graves, assinadas por Mussa Omar ao banqueiro Abdul Vakil, velho amigo do amigo Dias Loureiro, recente número 1 do BPN e o homem do Efisa, entretanto enfiado no Grupo. Esqueçam os accionistas de fachada e sejamos sérios. As denúncias foram sempre desvalorizadas e o banqueiro teve a honra de ser condecorado a 10 de Junho com uma rectaguarda firme de jornalistas de referência, gratos, venerandos e obrigados. De referência. Outros, que tentaram virar as coisas andam por aí. Calados. O Ikbal, administrador do Efisa, seria o herdeiro na CIL, do ” golpismo ” que defende outros ” Interesses “. ( Carta na Al-Furqán de Agosto de 2002, assinada pelo Dr. Mussa Omar, outra vez ). Claro que esta nacionalização é política, uma questão de sobrevivência, e esconde muito do que nunca se saberá. A factura pagamos nós. Afinal haverá matéria explosiva pelo meio. Não é acaso só agora, reformado, Júlio Pereira, ex-director do SEF ser o primeiro a confirmar o que o Poder e a imprensa escondem. ” A Al-Qaeda, ( em Portugal ) é uma ameaça séria ainda que se diga que os elementos radicais são minoritários “. E, acrecenta, o MAI sabe-o. ( Público, ontem ) Como o sabem muitos. Aqueles que teimam, por exemplo, em denunciar os terroristas Tabblighs que, nessas direcções ilegais de Vakil, eram representados pelo polígamo Ismael Lunnat. Que se sentou tranquilamente no acto fundador da Comissão para a Liberdade Religiosa ao lado do inevitável Soares. Há misturas e promiscuidades estranhas num País estranhamente cada vez mais estranho. Claro que com o PGR isto poderia tornar-se engraçado. O que nunca sucederá claro. Ainda vamos ver Oliveira e Costa indemnizado. O Dr. Vakil? Continua Presidente vitalício da CIL, ( o que parece ser francamente importante ), alterou a posteriori Estatutos para legalizar ilegalidades, tirou da frente o Lunnat, silenciou jornalistas e manteve-se amigo de outros, fez sair os holofotes das bases extremistas no Porto ou no Laranjeiro e alindou a imagem do Colégio de Palmela. A lebre para o futuro era outra, não o Ikbal, e acreditem tem sido um sucesso. A banca já é secundária e o assalto deu-se noutro lado. Pois é.
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