Lusa - Vários cidadãos de diferentes quadrantes politicos e independentes do Porto apresentam, quarta-feira em conferência de imprensa, um manifesto sobre o Porto no qual questionam os valores e os princípios da cidade e apelam ao fim da negligência cívica.
A conferência de imprensa, sob o tema «Onde vais cidade? Apresentação de uma proposta cidadã para pensar e mudar o Porto», decorre na Cooperativa Gesto e conta com a presença do sociólogo e dirigente do BE, João Teixeira Lopes, e a professora Natércia Pacheco.
O manifesto, que levanta uma série de questões sobre a carga identitária da cidade, a mobilidade, a mistura social, as políticas de habitação e a sustentabilidade do Porto, foi já assinado por uma série de cidadãos, entre os quais João Teixeira Lopes, José Soeiro, Alda Sousa e Angelina Carvalho (membros do BE), o constitucionalista Pedro Bacelar de Vasconcelos, Tiago Azevedo Fernandes (do blog «A baixa do Porto»), o geógrafo José Rio Fernandes, professores, filósofos, jornalistas, e artistas como Miguel Guedes, vocalista dos Blind Zero.
Assinaram ainda o manifesto José Leitão (director do Teatro Art'Imagem), Mário Moutinho (director do FITEI), José Rafael Tormenta (Sindicato dos Professores do Norte), Serafim Silva (Associação Onda Verde), Alexandre Ferreira (Associação de Cidadãos do Porto), Nuno Quental (Associação Campo Aberto) e José Maria Silva (Movimento de Intervenção e Cidadania)
O documento apelida de negligência cívica os adiamentos da "acção descentralizada e pluridisciplinar ao nível das freguesias e bairros" e de "um projecto de internacionalização da cidade", salientando a "urgência de propostas que reinventem a participação dos processos de decisão, desde a formulação de orçamentos até à definição das grandes intervenções urbanísticas ambientais".
Depois de assinado, o manifesto será apresentado em reunião plenária e "num fórum de debate e concretização duma alternativa justa, solidária e insurgente", refere o documento que defende a "reapropriação da cidade pelos cidadãos".
4 comentários:
Com a presença de João Teixeira Lopes, José Soeiro, Alda Sousa e Angelina Carvalho, e ainda com a cereja em cima do bolo que é o Pedro Bacelar de Vasconcelos, é caso para dizer que este manifesto mete nojo aos cães.
Até se torna comico que o manifesto levante uma série de questões sobre a carga identitária da cidade, talvez aqueles que assinaram o manifesto estejam preocupados por existirem poucos ciganos na cidade. É que olhando para os nomes que estão aí, é preciso todo o cuidado com tal manifesto.
Por conhecer pessoalmente alguns dos nomes que assinaram o manifesto, ainda tenho mais vontade de rir.
Fazes bem em colocar aqui isto, assim sabemos o que estas pessoas andam a fazer, pessoas essas que são muito perigosas para a cidade do Porto.
Podiam ir para governadores civis de Braga, ou acamparem na assembleia da Republica, que o Porto agradece.
Quanto mais afastada esta gente estiver do Porto, melhor para nós.
Só mais uma nota, sou um critico do actual presidente da Camara, Rui Rio.
Mas o Rui Rio, com os seus defeitos, vale mais sozinho que toda esta gente junta.
Eh pá!
Caro suevo, não me sabia tão perigoso! :-)
Tentei agora disfarçar um bocadinho:
http://porto.taf.net/dp/node/4652
Sinceramente, se o objectivo for ser mais uma iniciativa "anti Rui Rio" prefiro ficar no sofá.
Tenho dificuldades em aceitar movimentos "anti algo". Prefiro movimentos "a favor de algo". É que os primeiros são simples resistência à mudança. Os segundos apresentam alternativas e são agentes de mudança.
E sinceramente, a cidade tem problemas a mais para que a nossa preocupação se deva centrar exclusivamente em derrubar um presidente de câmara. Para isso já bastam os partidos.
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