Num momento em que tanto se fala de regulação, convém não esquecer que também em Portugal a regulação existente não cumpriu a sua função. Nem no BPN, nem no BCP. Então, qual o sentido de dar mais poderes a reguladores manifestamente incompetentes? Permitir aos prevaricadores beneficiar ainda mais da falsa sensação de segurança que é suposto o regulador assegurar ao sistema?
Neste tema, Paulo Portas teve a pontaria muito afinada na sua análise.
Resta também perceber qual o fundamento para a nacionalização do BPN. O BPN tem hoje uma administração credível e de competência reconhecida e que, segundo foi noticiado, propôs um plano de reconversão ao Estado. Se o Estado estava disposto a intervir, porque não o fez da forma minimalista? Será para poder assim fazer umas nomeações "políticas", trocando quadros competentes por "boys de confiança"? Ou a velha lógica do centralismo, de nacionalizar prejuízos para depois poder privatizar para um grupo económico "amigo", próximo do círculo de poder? Aguardo explicações.
1 comentário:
Eu acho piada aos senhores dos bancos exigindo mais "regulação".
Parecem uns meninos mal comportados com bigode de chocolate que dizem "deviam ter tomado conta de nós... assim sozinhos fizemos asneira..."
Enviar um comentário