20090126

Neo-Centralismo?

Eleitores rejeitam integração na Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima.

Terá sido por não poderem neo-centralizar os restantes municípios do distrito?

5 comentários:

António Alves disse...

Pedro, não acha fundamental que Viana tenha direito a ver de algum modo refletido o seu peso demográfico na dita comunidade?

Rui Rocha disse...

Caro Antonio Alves,

Esse argumento do peso demográfico seria um argumento muito válido em situação normal..

Mas há que ter em conta que Viana pertencia á Valimar, cujo sistema era....um municipio, um voto..

Até pode não ser muito justo, mas a verdade é que o concelho de Viana alinhou no esquema, porque não pode agora?

Devido a guerrilhas internas dentro da distrital do PS que fazem com que Defensor Moura não suporte o presidente da CM de Melgaço, e muito menos suporte integrar uma comunidade cujo presidente melgaçense é lider..

António Alves disse...

as guerrinhas de alecrim e manjerona não invalidam o meu argumento.

PMS disse...

António, a questão é para provocar e para pensar.

Defensor Moura várias vezes se queixou do centralismo de Braga (seja lá o que isso for), e agora vem puxar dos galões da demografia para ter influência dominante sobre a área circundante.

Diga-se que Viana não precisa disso para ter essa influência, tal como o Porto não necessitado na AMP, nem Lisboa na AML, pois as capitais de distrito têm sempre maior influência institucional.

Diga-se também que como não há eleições directas, a legitimidade democrática está ao nível de cada município, e não do eleitor individual.

E veja-se o caso ao contrário, se houver proporcionalidade total, então Viana manda em tudo, e esse sim seria um princípio anti-democrático (em democracia, um grupo, ainda que seja a maioria, não pode tomar decisões sobre um grupo separado). Mas sei que não era este cenário extremo que estava em questão.

Em todo caso, embora não considere fundamental a questão demográfica (já não diria o mesmo quanto a direito de veto*), aceito que esta seja relevante.

*Não sei se tal seria possível no enquadramento legal definido).

António Alves disse...

tudo isto só prova uma coisa: estas 'comunidades' não têm pernas para andar. foi tudo feito em cima do joelho, não foram devidamente pensadas nem dotadas dos necessários instrumentos democráticos. o único objectivo destas 'relvadas' foi tentar fazer um embuste com esta pseudo-regionalização a fim de evitar a verdadeira. existem fórmulas que equilibram o peso demográfico com as legitimidades autónomas dos vários corpos do conjunto.

nota: o presidente da América não é eleito directamente. É eleito por um corpo de grandes eleitores que reflectem os resultados eleitorais. Não perde qualquer legitimidade nem representatividade democrática por causa disso.

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