20080930
Carlos Lage - 2 artigos a ler
Aeroporto deve ser gerido numa lógica de autonomia
Privatização da ANA
E nada impede que exista um acordo para-social prévio para assegurar este cenário...
Expansão «low cost» do Metro do Porto
Enquanto que os EUA caem como caiu a URSS, vale a pena continuar a tratar da nossa vidinha e futuro. O «crash» do sector dos Bens e Serviços Não Transaccionáveis nacional, Brisas, Motas, PPPS, Scuts, ProjectFinance, Alcochetes, TTTs e máfias associadas há-de chegar e é preciso apostar em investimentos públicos sensatos, viáveis, que reduzam o consumo de petroleo (inevitavelmente caro no futuro) e que não penalizem o contribuinte.
A propósito da expansão do Metro do Porto, gostaria de resumir o «meu» mapa:
- CVE Porto-Minho-Vigo no ASC e em Campanhã via ramal de Leixões; Seria desnecessário a proposta ligação S.Hora-S.Mamede Infesta-HS.João;
- Ligação de Campanhã a Valbom;
- Ligação simbólica à Trofa;
- Ligação Devesas-Arrábida-VCI-zona do estádio do Bessa seguindo depois pelo canal da avenida da Boavista até à rotunda.
- Ligação Campanhã-Alfandega-Arrabida-Campo Alegre, via ramal da Alfandega e transformação do canal marginal do electrico histórico em canal para Metro. Mesmo tendo troços de apenas uma via, esta linha, praticamente construída, teria que ter obrigatoriamente as seguintes ligações a importantes polos da cidade de forma a gerar trafego:
- «Shutlle bus» do STCP ligando a paragem do metro junto à Alfandega à zona HS.António/polo biomédico da UP/praça de Lisboa via rua da Bandeirinha; Futuramente poderia ser efectuado um upgrade para funicular/metro em pneus;
- Idêntico sistema ligando a paragem do metro na alameda Basílio Teles à zona do polo da UP do Campo Alegre via rua D.Pedro V; As ligações que proponho são para transporte de massas, rápido, frequente. Portanto, o electrico histórico que actualmente segue pela rua da Restauração deveria ser reestruturado e passar a entrar dentro do Palácio de Cristal exercendo assim a sua função turistica.
- Re-activação do elevador da ponte da Arrábida ligando uma paragem do metro na sua base ao seu tabuleiro e zona da faculdade de Arquitetura, planetário e teatro do Campo Alegre;
Com estas linhas, com canais já existentes, de baixo custo de construção/exploração, podemos exigir mais rapidamente e com maior credebilidade o respectivo investimento por parte da administração central. Os tempos de Depressão 2.0 que iniciamos há um ano vão levar a que apenas isto seja realista/viável. É bom que nos adaptemos quanto antes à nova realidade. Quanto à propaganda e megalomanias de Lisboa, elas vão mesmo esvaziar com as quedas das Brisas e do sistema financeiro e nem vale a pena combatê-las.
Meia decisão correcta
Apesar desta boa decisão, o Governo parece continuar a insistir numa redundância que será aquela ligação Senhora da Hora – Hospital S. João. Mas isso são outras histórias.
20080929
Central Park
Junto ao mar, o lado norte do Grande Porto, Matosinhos, é unido ao seu bairro central, o Porto, pela grande mancha verde do Parque da Cidade. Está em evolução um projecto para unir este ao Parque de Real em Matosinhos. Para isso a Circunvalação será enterrada nessa zona para dar espaço à ligação entre os dois parques.
20080926
Conferência sobre Regionalização
A intervenção que para mim foi mais interessante deveu-se a João Cravinho. Dissertou durante longos minutos sobre a estratégia que ele considera a melhor para Portugal: apostar na metrópole polinucleada que vai de Braga a Setúbal, promover a sua coesão e evitar que a ruptura entre a sua parte norte a parte sul se estabeleça. Segundo ele tanto a região Porto como a região Lisboa deviam “desenvolver-se em simbiose” e formar uma faixa atlântica com 7,5 milhões de pessoas que contrabalance Madrid e se transforme na porta de entrada ocidental da Europa. João Cravinho concluiu também que esta estratégia, infelizmente, foi abandonada em favor duma estratégia de desenvolvimento que se consubstancia no eixo Lisboa – Badajoz - Madrid. João Cravinho está errado. Como bem frisou Carlos Abreu Amorim, na assistência, a estratégia defendida por Cravinho nunca existiu e o modelo que privilegia Lisboa é o único que sempre conhecemos como o adoptado.
É sabido que as elites que em Lisboa dominam o Estado há muito têm o projecto de transformar a sua área metropolitana numa região com “dimensão europeia”. Isto é, transformar Lisboa numa urbe com mais de 5 milhões de habitantes a curto prazo. Para isso não se incomodam em sacrificar o país em prol dos seus interesses. A coesão nacional não os comove e nunca os comoveu. Só nós aqui é que, em nosso prejuízo, continuamos a nos preocupar com isso.
Vital Moreira deu uma aula sobre direito administrativo em volta da Regionalização e a sua intervenção não trouxe novidades de maior com a excepção que afinal ele também é a favor da gestão regionalizada dos aeroportos.
Frases Fortes:
“Em matéria de descentralização a unidade não é o ano mas mais a década”
“O afundamento do Norte é o problema mais grave que o País enfrenta em termos de desenvolvimento”
João Cravinho
--
“A Regionalização depende do PSD”
“Enquanto a Regionalização depender de referendo as possibilidades de êxito são escassas”
Vital Moreira
P.S. – Devido ao adiantado da hora deixei a Conferência no período de debate com a assistência pelo que não assisti à totalidade da troca de opiniões entre a assistência e os conferencistas.
20080924
Quanto vale o Porto? e o Norte?
Humilhações
Em Agosto de 2005 o ministro Mário Lino assinou, no Porto, um protocolo que “visa o aproveitamento das ondas do mar para a produção de energia, no molhe norte da barra do Douro”. Segundo os jornais, o ministro mostrara-se rendido ao projecto que implicaria um investimento de 2,8 milhões de euros. E nos meses seguintes a central foi existindo nas notícias. Ganhou até nome próprio: CEODouroUm ano depois, em Dezembro de 2006, era aberto aos interessados o “Contrato de fornecimento dos equipamentos da Central de Energia das Ondas da Foz do Douro“. Vieram apoios para a central das ondas do Douro através da Agência de Inovação. A central não existia mas singrava no mundo dos papéis.Contudo em 2007 começou a esmorecer antes sequer de se ter acendido a luz deste “farol da tecnologia”, como lhe chamou um dos administradores duma das empresas envolvidas no projecto. Em meados de 2007 começa a perceber-se que o processo burocrático que rodeava a central caminhava a um ritmo muito menor que as obras que entretanto estão a ser feitas nos molhes do Douro.Na Assembleia da República, o grupo parlamentar do PCP apresentou um requerimento aos ministérios das Obras Públicas e Economia sobre a central das ondas do Douro. Apesar de tudo talvez ainda houvesse futuro para a dita central: em Junho de 2007 ficámos a saber que técnicos chilenos se tinham deslocado a Portugal para “recolher informações sobre o projecto e a construção da central da foz do Douro”. Optimista, o Diário Económico reproduzia declarações de responsáveis portugueses que concluíam que estávamos perante “uma oportunidade para as empresas envolvidas na central da foz do Douro estabelecerem uma parceria para o desenvolvimento de um protótipo conjunto” com os chilenos.Em Outubro a central virtual deixou de existir. Porquê? Simplesmente porque a burocracia não deixou. Segundo declarou o Instituto Portuário e Marítimo (IPM) ao jornal O Primeiro de Janeiro: “Trata-se de um projecto muito específico e complexo (…) que exigiria uma articulação muito rigorosa entre as duas obras, implicando uma definição atempada das suas interacções mútuas, para que não se verificassem atrasos e sobrecustos.”Por outras palavras, as dezenas de técnicos, directores-gerais e presidentes de vários institutos e ministérios não conseguiram articular entre si as obras dos molhes do Douro e da central das ondas. E o que é espantoso é que o IPM confessa que se desistiu porque não conseguiram fazer uma articulação “muito rigorosa entre as duas obras”. Ou seja, o rigor é aos olhos destes senhores algo de excepcional e inatingível.
Helena Matos
*PÚBLICO, NOVEMBRO 2007
Conferência sobre Regionalização
Depois do sucesso alcançado em Junho e Julho, onde foram discutidos os aspectos económico e financeiro da regionalização, este debate continua agora sob novas ópticas.
Nesse sentido, tenho o gosto de convidar V. Ex.ª a participar no próximo debate, no dia 25 de Setembro, pelas 21h15, que terá lugar no Auditório da Biblioteca Almeida Garrett.
Atribuições e competências
João Cravinho / Vital Moreira
Rui Rio Presidente da Câmara Municipal do Porto
Veja aqui o programa completo.
A entrada é livre.
P.S. - isto vale o que vale mas eu vou assistir. Mais alguém vai?
20080923
Matrix (1999)
BP e CEPSA baixam preço da gasolina em 8 cêntimos uma semana depois do Ministro da Economia pedir para as petrolíferas baixarem os preços."Oracle: I'd ask you to sit down, but, you're not going to anyway. And don't worry about the vase.
Neo: What vase? [Neo turns to look for a vase, and as he does, he knocks over a vase of flowers, which shatters on the floor]
Oracle: That vase.
Neo: I'm sorry...
Oracle: I said don't worry about it. I'll get one of my kids to fix it.
Neo: How did you know?
Oracle: Ohh, what's really going to bake your noodle later on is, would you still have broken it if I hadn't said anything?"
Suleamos
Nortear consiste em defender o desenvolvimento do Norte de Portugal em várias vertentes, sobretudo contra a estratégia Drenadora e Colonizadora de Lisboa. Pelos vistos precisamos também de considerar o termo «Sulear». Defender os interesses económicos de profisionais e empresas do Norte de Portugal junto dos vizinhos Galegos:
- Sindicatos da Galiza acusam portugueses de dumping salarial;
- Vinte e cinco mil litros de leite português (de uma empresa de Barcelos) derramados por agricultores galegos;
20080922
Euro-Região Galiza-Norte de Portugal começa na próxima 2ª Feira
"Acho que este é o primeiro a ser criado na Europa entre regiões, o que nós dá especial satisfação, sabendo que a forma de cooperação transfronteiriça entre Portugal e Espanha teve um carácter inovador e tem servido de referência", afirmou Carlos Lage, em declarações à Lusa.
Só para recordar... o assunto ainda não morreu
20080919
Mais indícios do fim das megalomanias lisboetas
Hoje de manhã, um interessante resumo dos acontecimentos, aqui:
Subitamente, as classes médias de todo o mundo - mas, sobretudo, da América e da Europa - perceberam que não é apenas o Estado que as ameaça com os impostos usurários e a corrupção e incompetência generalizada. Não. Aperceberam-se, também, que as suas poupanças estão ameaçadas nos bancos - ainda por cima geridos por políticos próximos dos governos - e que as suas pensões podem estar ameaçadas nas seguradoras.
Como há quase cem anos não se via, vacas sagradas do sistema financeiro, arrogantes e implacáveis vão à falência e os seus administradores são despedidos como ladrões e incompetentes. A maior seguradora da América (AIG) entra em colapso, pondo em causa os fundos de pensões, só se safando com a nacionalização.
Mas, o que é isto? - "Roubam-nos" com os impostos, agora "roubam-nos" as poupanças, "ameaçam" as pensões e ainda por cima as nossas aplicações no mercado de capitais "desaparecem"? - O dinheiro está a desaparecer?
O planeta está a acordar para a realidade do próprio capitalismo. As tais realidades que ensinamos em Economia Política e que infelizmente pouca gente escuta. Os governos não decidem de acordo com o interesse comum, mas no sentido dos interesses do grupo que domina o Estado (Comentário: Onde é que eu já escrevi isto a propósito dos BSNT e de Lisboa ?) e, por isso, temos que criar leis, até constitucionais, para limitar o poder dos políticos - nos quais se incluem os juízes - e da Administração Pública -, na qual se incluem os magistrados do Ministério Público, os polícias e os militares.
Mas, o que agora os cidadãos descobrem, da pior maneira, é que tudo se resume a uma questão de fé. O dinheiro só existe se acreditarmos nele. Só tem valor se lhe dermos valor. Se somos descrentes, é como com Deus, não nos salvamos.
(...)
Tudo o que é grande não tem viabilidade nos próximos tempos. Não vai haver dinheiro para fazer a terceira ponte sobre o Tejo, a Galp não vai ter os biliões necessários para financiar a exploração de novas reservas no Tupi, o TGV vai ficar à espera de melhores dias, o Orçamento do Estado vai entrar em colapso, o desemprego vai aumentar e os nossos bancos só sobrevivem porque o Banco de Portugal não aplica as regras que o BCE diz que vai aplicar a todos. No que é que somos diferentes? Apenas na opacidade dos procedimentos, na censura das notícias na falta de transparência nas administrações.
É tudo o que não acontece nos Estados Unidos ou no Reino Unido. Lá está tudo online. No momento em que o Tesouro dá uma instrução à Reserva Federal, eu também sei. O e-mail que vai para Ben Bernenke cai também na minha caixa do correio.
E, a primeira conclusão a tirar é que tudo o que é grande não tem pernas para andar. É o regresso da beleza do pequeno, apenas pragmatismo - por realismo, para manter as coisas a andar...
Esta é a primeira grande crise global com a internet. Subitamente, a catástrofe ganha contornos que há cem anos ninguém aguentaria. O nosso risco é total. A nossa capacidade de sofrimento não tem limites.
No mercado de capitais sabemos sempre que a prazo tudo sobe. Excepto de cem em cem anos. E agora cá está a crise centenária do capitalismo, uma das tais que não tem solução. (Comentário: A prazo o mercado de capitais sobre caso se exclua do índice as empresas que faliram...)
A maior descoberta para o comum dos leitores é que ninguém sabe nada de nada. (Comentário: Presunção típica de Jornalista; Não faltam bloggers para mentes inqeuietas que adivinharam e continuam a adivinhar o futuro; Obviamente que não os divulgo...) Ninguém sabe como se sai daqui. O mundo financeiro está a ser gerido à vista. Com vales de caixa, como diários balões de liquidez.
(...)
Desde terça-feira, a moeda que desapareceu está a ser reinventada pelos bancos centrais. E, obviamente, é preciso capital, porque os bancos centrais não são propriamente apenas máquinas de impressão de notas ou emissão de moeda escritural. E, esta semana, o Tesouro americano teve que injectar quase um trilião de dólares na Federal Reserve.
E, onde foi buscar esse dinheiro? Ainda não foi aos impostos. Emitiu dívida pública. Os tais "bonds" do tesouro.
E, quem os comprou? Naturalmente, que tem algum excedente, os que poupam no planeta: os alemães, os chineses e os noruegueses, entre outros produtores de petróleo.
(...)
A opacidade europeia tem esta vantagem de tudo parecer que nos passa ao lado. Nisso, em Portugal, Vítor Constâncio - seguramente o português mais bem preparado para perceber as águas em que navegamos, embora, depois, não tenha a intuição para saber o que fazer - deve estar a fazer o papel correcto de mandar estarem todos calados.
E a classe política também devia ter o sentido do ridículo, a começar pelas mais altas figuras do Estado. O credit crunch (imobiliário ou outro), os derivados, e tanto mais também chegaram cá exactamente como chegaram aos outros países. Não somos nenhum paraíso. Bem pelo contrário. Quando os outros sofrem, Portugal sofre mais, pois as nossas empresas são mais frágeis e os nossos gestores bancários muito mais incompetentes - alguns mesmo coitados eram mesmo políticos e nem têm culpa de estarem onde estão!
Todos estão mal e Portugal também. E com a falta de informação em Portugal e sobretudo com a manipulação da propaganda governamental, as pessoas acabam por não ser sistémicas e vêem apenas o seu caso, de per se. (Comentário: Não é apenas a alienação desportiva que não norteia !) O seu caso, ampliando substancialmente o seu sofrimento individual, levando à autoculpabilização, ao desespero e sobretudo à desistência. É por isso que não vemos reacção em Portugal. Exactamente porque a incompetência da elite se traduz depois em paternalismo, em caciquismo, em sistema mafioso, próprio das periferias, das regiões pobres e incultas (Comentário: Mais uma razão para voltar a lêr e escrever no Norteamos);
Para já, ontem o mundo suspirou de alívio. Os bancos centrais proibiram o cross selling e o mercado reagiu sistemicamente - a prazo tudo sobe. (Comentário: 2 disparates numa frase: «short selling»; a prazo sobe tudo se excluirmos as empresas falidas). E as bolsas subiram e os governos fizeram um pouco mais de propaganda.
Até à próxima vaga...
20080918
Para onde foi o dinheiro
Na semana passada: Governo anuncia investimento de 2,1 mil milhões de euros no Oeste e Lezíria do Tejo
Nesta semana: Falta de dinheiro pode comprometer metro do Porto.
É minha impressão, ou o dinheiro começa sempre a faltar quando o Governo se aproxima do Douro?
Sobre este tema, ler também este comentário:
P.S. Curiosamente, o investimento de 500M€ a fazer no Metro do Porto estava já contratualizado entre as autarquias e o Governo, em troca do controlo da Empresa do Metro. Fica aqui a lição secular: quem troca a liberdade por dinheiro fica sem ambos. Em todo o caso, não deve haver problema. O Oeste abriu um precedente: o Governo não terá hipótese senão arranjar investimentos para substituir os que cancelar agora.
Brisa suave
O modelo de negócio das empresas de Bens e Serviços Não Transaccionáveis patrocinados pelo Estado Central de Lisboa e em crédito barato está a ruir. A empresa paradigmática destas PPPs/SCUTs é a Brisa, em dificuldades. Disto resultará encargos adicionais nos serviços que já detém e finalmente, espero eu, o cancelamento de megalomanias em Lisboa, TTT, Alcochetes, TGVs, Expo2, etc. Por acaso, apanhei esta análise financeira à empresa e por isso decidi publicar.
Efectuei agora uma análise pormenorizada aos Relatórios Anual de 2007, e Semestral de 2008, da Brisa, mais completos que as informações iniciais de apresentação de Resultados que eu já tinha analisado. E os dados permitem tirar conclusões com valores objectivos muito pouco agradáveis. A Brisa está bastante exposta à actual alta das taxas de juro, já que apenas 53% da dívida está a taxa fixa, e os restantes 47% estão a taxa variável (a divida total liquida em 30-06-2008 era de 3,64 mil M€, muito elevada). Das taxas de juro variáveis, algumas atingem já 6,26% (média da dívida das Autoestradas do Atlântico, embora sobre 208 M€), ou 6,07% na Brisal (sobre 441 M€), e uma taxa alta de 6,05 % da Norwest Parkway (sobre 210 M€). A taxa média de juros suportada em 2007 foi de 5,24%, que actualmente sobre a dívida de 3,64 mil M€, representa um valor anual de 191 M€ por ano, cerca de 30% (!!!!!!!) das Receitas Operacionais anuais (que são de cerca de 640 M€). Os empréstimos liquidos dividem-se em cerca de 1,1 mil M€ em obrigações (duas emissões uma de 500 M€ de 2003 que vence em 2013, e outra de 600 M€ de 2006 que vence em 2016), e a esmagadoramente maioria da dívida restante em empréstimos do BEI (1,2 mil M€), e ainda a muito falada titularização de créditos à Tagus de 400 M€ por contrapartida de consignação de receitas em 2008-2012. Ora, uma PRIMEIRA CONCLUSÃO IMPORTANTE: quer o mercado de obrigações quer o BEI (Banco Europeu de Investimentos) são muito sensíveis a ratings BBB+ actualmente atribuido à Brisa, ou seja abaixo de A, pelo que os empréstimos futuros da Brisa vão ter spreads MAIS ALTOS. Mas o plano de pagamentos da Brisa até 2016 é verdadeiramente angustiante: vão vencer-se 69% dos empréstimos nestes próximos 8 anos!!!! Isto quando se sabe que a Concessão principal só termina em 2032...Veja-se o plano de amortizações de empréstimos (valores aproximados, em gráfico na página 68 do Relatório Anual de 2007, correspondente á página 72 da contagem de Acrobat Reader): 2008: 262 M€; 2009: 200 M€; 2010: 200 M€; 2011: 200 M€; 2012: 200 M€; 2013: 600 M€; 2014: 90 M€; 2015: 90 M€; 2016: 680 M€; Total de 2008-2016 = 2,5 mil M€, o que representa cerca de 69% dos empréstimos totais liquidos de 3,64 mil M€, o que dá uma média anual em 2008-2016 de cerca de 280 M€ de amortizações de empréstimos, muito alta! Ora, por estes dados é simples calcular o cash anual da Brisa: Resultados Liquidos estimados para 2008 de 104 M€. Há que acrescer 198 M€ de Amortizações de Imobilizado e Provisões que também constituem o cash no final de cada ano. Temos que o cash é de 302 M€ (104+198). Ora, pagando uma média de 280 M€ de dívida por ano, de 2008 a 2016, resta um cash liquido de 22 M€ em média por ano (302-280). Ora isto significa que o cash médio existente até 2016, por ano, ronda os 22 M€, valores que não se espera venham a alterar-se muito significativamente, pois Portugal continua claramente na cauda do crescimento do PIB na Europa, e a politica do BCE é muito menos expansionista que a do FED. Ou seja, em média actual sobram de cash por ano 22 M€, que a dividir por cerca de 580 milhões de acções (já descontadas as acções próprias) dá a possibilidade MÉDIA dum dividendo de 0,038 € por ano, cerca de 12% do valor de 0,31 € que foi em 2008 (referente a 2007). Diz a Brisa que pretende vender activos?! Muito poucos activos tem para vender, e com o valor de realização apenas consegue repor o dividendo no valor de 0,31 € em dois dos próximos 8 anos. Que activos tem para venda: apenas 1% da Abertis (que perdeu 33% de valor de cotação nos últimos seis meses na Bolsa de Madrid), 20 milhões de acções próprias (situação que piora os dividendos em 0,01 € por acção, pois passarão a dividir por 600 milhões de acções e não por 580 milhões de acções como actualmente), e umas pequenas participações na Controlauto e em empresas de cobrança electrónica em autoestradas na Holanda e República Checa.-----------Portanto, nesta minha reanálise da Brisa, recordo que o valor contabilistico está em 2,59 € (de 1,5 mil M€ de capital próprio, e 580 milhões de acções dispersas). O futuro vale 2,49 €. E, agora MAIS que antes, digo: VENDAM convictamente BRISA pois nos próximos 8 anos até 2016 inclusivé, este título terá uma insignificância a dar aos accionistas, como resulta da análise que faço neste texto. A Brisa vai atravessar uma MUITO LONGA travessia de desinteresse.
20080917
Abandono escolar
Uma escola em Barcelos, ao permitir a passagem de ano a alunos com 5 negativas, está a passar a todos os alunos as mensagens de que não é importante estudar e a de que estudar não tem qualquer relação com a progressão de ano.
Suspeito que o objectivo desta medida não seja reduzir o abandono e insucesso escolar, mas retirar rapidamente do sistema alunos incómodos, que contribuem para piorar as estatísticas e custam bastante dinheiro ao Estado*, e que dariam muito trabalho aos professores que os acompanham…
Assim, a medida que supostamente pretende reduzir o abandono e insucesso escolar poderá tornar-se a principal causa desses fenómenos: se não é importante estudar, os alunos abandonarão a escola; se estudar não tem relação com a progressão de ano, os alunos abandonarão o estudo. É uma reacção normal dos alunos. Afinal, a escola também já os tinha decidido abandonar.
* que crescentemente se demite da sua função social. A escola pública deveria servir para promover o desenvolvimento e a igualdade de oportunidades. Ao ignorar a importância do mérito, compromete ambas.
20080916
Dá-me licença que invista?
*Nota: Suponho que isto não tenha qualquer relação com a existência de corrupção entre o sector imobiliário e o político. Não dará jeito a alguém que seja necessário que as empresas "mexam uns cordelinhos" para que as licenças apareçam?
20080915
Foi criada a entidade regional de turismo do Porto e Norte de Portugal
20080914
O sindicalismo patronal
A Associação Nacional das PME veio protestar contra a medida, afirmando que a inexistência de dívidas fiscais não deveria ser critério para acesso à linha de crédito, e que suspeita que este dinheiro seja distribuido pelos melhores clientes da banca.
Ou seja, a Associação Nacional das PME acha que os incentivos do Estado devem ser atribuidos às empresas que não cumprem as suas obrigações fiscais ou àquelas que os bancos consideram ter maior risco de insolvência.
Portanto, o caminho para sair da crise não é permitir que as melhores empresas cresçam por forma a ocupar o espaço das empresas que criam menos valor. O caminho para sair da crise é fazer com que as empresas em risco de insolvência aumentem de tamanho. Pois claro. Não admira que estejamos em crise.
Nota: Tenho sido bastante insistente contra a atribuição de subsídios às empresas. Neste caso, porém, considero que a medida é bastante meritória. Porque é uma política económica contra-ciclica apoiada numa forte alavancagem da despesa do estado (multiplicação de 10-20x em investimento privado), e não em despesa directa (ex. obras públicas). Porque ataca directamente o maior problema actual das empresas, que é a falta de liquidez. Porque apoia as melhores empresas, e não as piores como é usual (e como a ANPME desejaria). E, por último, porque o incentivo é distribuido por muitas empresas, sendo individualmente diminuto, pelo que tem um efeito marginal em termos de criação de subsidio-dependência ou deturpação da concorrência.
20080912
Ryanair mantem objectivo de abrir base no Aeroporto Francisco Sá Carneiro
Aveiro eleita sede do Turismo Centro Portugal
Associação de Cidadãos do Porto
Para mais informações contacte porto.agora@gmail.com
Nota: O Clube Literário do Porto situa-se na Rua Nova da Alfândega, n.22
Para referência, este é o post de proposta de criação:
Visto o estado de ruptura com o poder central, os exemplos diários de desprezo para com a cidade do Porto e a Região Norte, o servilismo e oportunismo das distritais dos partidos, proponho o primeiro passo para a constituição de uma associação de cidadãos, organizada, que tenha como propósito a defesa dos interesses colectivos da nossa área metropolitana, a discussão e apresentação de propostas e de acção concertada. Iniciativas como esta necessitam de encontros de carácter informal, onde os interessados se conhecerão e se ajustarão ideias, objectivos e projectos. - Alexandre Ferreira
20080911
Mensagem à Associação de Cidadãos do Porto
Os tempos que correm são bastante agitados e surpreendentes. Breve diagnóstico:
- Peak Oil. Estamos numa transição para energias mais caras e poluentes. As implicações são imediatas, desde a redução da actividade turística, do trafego aéreo e respectiva necessidade mega-aeroportos, até ao retrocesso na sub-urbanização ou o retrocesso na deslocalização da actividade industrial para a China, que será favorável ao Norte ainda industrial.
- Recessão. Estamos numa recessão no mundo ocidental, incidindo sobretudo nos sectores FIRE (Financials, Insurance, Real-Estate). No fim de semana passado o governo dos EUA nacionalizou bancos pré-falidos. Por estes dias o 4º maior banco de investimento americano, o Lehman Brothers, está também a falir... O presidente do banco central do Reino Unido diz que este país pode ter a pior recessão dos últimos 60 anos. Soros afirma que o sistema financeiro mundial está "à beira da ruptura"... Rogers dize que “tivemos a pior bolha no crédito da história mundial”, que não se consegue resolver “num, dois ou três anos”.
- Separatismos. Reaparecimento de separatismos e independências unilaterais, para além do Kosovo e Ossétia do Sul: O Daily Mail do fim de semana dizia que a Belgica enfrenta uma histórica divisão e questiona se o Reino Unido se seguirá com as sondagens a mostrar uma maioria de escoceses a votarem pela independência. Já referi a nossa Macaronésia e há muitos outros casos listados no wikipedia, genuínos ou meros instrumentos das grandes potências. Nem mesmo os EUA escapam, como prova esta reportagem do Pravda sobre os independentistas do ex-russo Alaska.
- Guerra Fria e EUA. Estamos numa nova Guerra Fria: Sistema anti-míssil na Polónia e república Checa, navios da Nato no mar Negro e navios russos na Venezuela e brevemente em Cuba, Síria e Irão. É inevital a redução de influência dos EUA nos assuntos mundiais e respectiva ascendência de outras potencias como seja o Brasil, Rússia, India e China (BRIC): US waves goodbye to prosperity and democracy. Emmanuel Todd já o tinha escrito, e também tinha antecipado nos anos 70 a implosão da União Soviética.
- Bloco Central(ista). Em Portugal temos um Bloco ideologicamente Central e territorialmente Centralista em constituição, como já tinha antecipado. É dominado por Cavaco, Sócrates e MFLeite de forma a que os interesses de sempre subsistam. A economia dos Bens e Serviços Não Transaccionáveis sediada em Lisboa e protegida pelo Estado Central prepara-se para continuar o «business as usual» por mais 4 anos. Isto é, a impor as suas margens monopolistas e elevadas sobre as PMEs e famílias do resto do território nacional.
- Drenagem. A última sabotagem na linha do Tua premite conhecer melhor o que são a maioria dos transmontanos e antecipar o futuro. A probabilidade da barragem não avançar só é sentida em TMAD. Em Lisboa, na sede do MOPTC, da EDP ou do consórcio financiador, o movimento de defesa da linha do Tua não faz estragos nem ameaça. Efectivamente a sabotagem verificada foi executada por quem sente ameaçado os seus interesses nas indemenizações devidas pela construção da barragem. Foram certos transmontanos que sabotaram a linha no último acidente. Esta traição não é nada de novo. Aliás, infelizmente a maioria dos transmontanos emigram ou votam a favor de Lisboa, como se viu no referendo da Regionalização. Como recompensa, os transmontanos podem contar com uma central nuclear no Douro dentro de alguns anos, como afirma o oligarca Patrick Monteiro de Barros. TMAD dá uma antevisão em cerca de 50 anos da Drenagem que acontecerá ao Norte litoral.
- Desnorte. O Norte estrategicamente à deriva gerou e continua a gerar imbróglios como o do ASC: Há 10 anos a Soares da Costa precisava de facturar. As elites portuenses cúmplices com o Centralismo lá conseguiram sacar do Orçamento de Estado uma modernização megalomana do aeroporto. Agora a gestão da gare não é economicamente viável. A Ryanair já não vem para cá com a sua base. Rui Moreira, Belmiro de Azevedo, Luis Filipe (porque não te calas) Menezes ou Rui Rio bem podem celebrar em Novembro próximo os 10 anos do não à Regionalização.
- Emigração. No meu círculo de contactos (familiares, colegas, ex-colegas, inclinos), no último ano, 5 pessoas emigraram. Nem todos se dão bem. O portuense «Fomos» começa a detectar problemas no seu trabalho qualificado na Irlanda. Curiosamente em 2008 a Irlanda termina um ciclo de crescimento elevado que se tinha iniciados há mais de 20 anos... A Emigração não é panaceia para o desenvolivmento a Norte. O mundo ocidental, onde estão a maior partes dos nossos emigrantes está em recessão e as remessas já estão a cair.
- Regionalização. Alguem acredita que em 2009, com a crise actual e protagonistas actuais, a Regionalização entre na agenda eleitoral ? Com muita sorte o PS lançará em 2010 a Regionalização piloto apenas no Algarve, a região mais rica de Portugal a seguir a Lisboa. O Norte pode esperar até 2013 ... Entretanto planos equivalentes à OTA para as regiões adjacentes de Lisboa vão aparecendo... A dupla ética habitual...
Neste contexto foi com agrado que tomei conhecimento da iniciativa de Alexandre Ferreira/Associação de Cidadãos do Porto em organizar um evento, que em princípio participarei. Eis a minha opinião sobre o que pode ou deve fazer este movimento/associação:
- Participar em eleições. Há vários caminhos:
· Apoiar candidaturas independentes às autarquias;
· Criar um novo partido político cuja ideologia/prática/programa se adeque as preocupação dos associados/simpatizantes, por exemplo, o Partido da Emigração e Regiões;
· Aderir massivamente a um dos pequenos partidos (de formação recente ou não) e enxertar neles as nossas preocupações/soluções. Entre estes saliento o Movimento Esperança Portugal, o Movimento Mérito e Sociedade ou Partido Democrático do Atlantico (saliento a candidatura em 2005 de um cidadão do Vila Real nas listas dete partido, para defender os interesses da sua região). Estes (proto-) partidos tem ainda uma dimensão reduzida e uma infusão significativa de militantes seria suficiente para influenciar decisivamente oo seus programas.
· Ficar apenas pelo «lobby» informal, mas com capacidade de influenciar significativamente a comunicação social e demais partidos existentes e respectivos programas eleitorais;
A «infiltração» nos partidos tradicionais de poder (PS ou PSD) como tenta e defende TAF, não resulta, na minha opinião. Serão sempre nacionais e não regionais. Os políticos de fora de Lisboa que chegam ao poder serão sempre condicionados a terem uma política de defesa da capital e nunca do restante território. Serão quase sempre comedores de migalhas e trocarão a defesa dos seus eleitores pelo seu próprio bem estar. Por exemplo o PSD Porto não apoiou o regionalista PSLoles e preferiu PPCoelho (que renegou posteriormente esse mesmo apoio), por causa de uma questão de lugares de deputado.
- Adoptar uma ideologia apropriada aos valores a Norte. Este assunto é complexo e demorado. Porém, proponho simplesmente que adopte a nossa cultura individualista que coexiste com a solidariedade social, nomeadamente das IPSS e acção social da Igreja. Portanto um Liberalismo Clássico com Social Democracia apenas para os 10% ou 20% verdadeiramente pobres.
- Moralizar a vida pública. Não pode haver social democracia para as carteiras de encomendas do sector das obras públicas/project finance/gestão de PPP, para a SoaresdaCosta, Mota-engil, parceiros do Rio ou do Mesquita Machado nas várias PPP que vão criando, ou para os fornecedores privados que querem captar clientes com a actual e conspirativa destabilização da Saude e Educação pública. Há uns meses um representante de negócios português num pais do norte de África, dizia-me que neste momento a corrupção em Portugal é maior do que a que existe nesse continente. É preciso acabar com a lógica da privatização dos lucros e socialização dos riscos ou prejuizos.
- Focalização nas questão materiais. Concentração nas questões económicas e não nas identitárias, sem as descurar, no entanto. Abandonar as preocupações com o FCP e com o futebol em geral.
- Não apelar a separatismo ou afins. Oponho-me a uma estratégia de independência do Norte. O sentimento é de facto nascente, mas é utópico. Só serve para auto-iludir os seus defensores. Perante situações difícies ou «ambição de subir na vida» o povo a Norte emigra, vende-se a Lisboa ou aliena-se com FCP, compras em shoppings, idas à praia ou romarias. A execepção são os que me lêem, uma imensa minoria. Acreditar no Pai Natal ou na adesão massiva a um hipotéctico separatismo é o mesmo. É muito mais realista e adulto apostar em evitar mais oportunidades perdidas como a derrota de FNogueira em 1995, o não à Regionalização em 1998, erros na concepção da rede do Metro do Porto ou dimensão das obras no ASC a partir de 2000, a vitoria de Sócrates em 2005, vitória de MFLeite em Maio de 2008, etc.
- Defender projectos viáveis. Apostar em ideias/projectos públicos exequíveis e que respeitam o contribuinte:
· Simultaneamente implementar a fusão de autarquias e Regionalização, adoptando integralmente o modelo dinamarques (para os mais atentos, informo que alterei leigeiramente a minha opinião sobre o assunto). Pragmaticamente, usar os recursos libertados pelas autarquias fundidas (verbas do OGE, funcionários, pessoal político, instalações) para implementar a Regionalização, calando assim os que a acusam de despesista.
· Repensar o urbanismo e a mobilidade atendento ao fim do transporte barato:
o Antecipar metros no Vouga e Braga;
o Expansão «lowcost» do metro do Porto;
o Recuperação turística/mercadorias da linha do Douro;
o Ligação do CVE Porto-Minho-Vigo aos ASC;
o Criação/recuperação de uma linha de comboio entre Viana-Barcelos-Braga-Guimarães-Felgueiras-Amarante-Marco de Canavezes, aproveitando a linha do Minho e o ramal de Amarante;
o Manter a linha do Tua;
o Avançar com maior empenho na criação de uma rede de ciclovias na AMPorto;
o Antecipar as plataformas logísticas.
· Desconcentrar a administração pública, reivindicando de Lisboa sedes/departamentos de organismos públicos como em tempos foi a API, o INE e o Centro Português de Fotografia ou como ainda subsistem no Porto as Direcções de Recursos Humanos do Exercito Português.
· Aproveitar as oportunidades para retomar o «lobby» contra as obras megalomanas de Lisboa e arredores.
o O maior grupo nacional especializado em PPP/SCUTS, a Brisa, «Crise obriga a cortar investimentos»;
o A portuense mas com modelo de negócio à Lisboeta «Mota-Engil, regista queda de 82,5% nos lucros do primeiro semestre»; A Teixiera Durate está pior;
o Madrid trava TGV: O Governo português não consegue obter resposta definitiva de Madrid para o avanço da rede ferroviária que inclui a ligação Madrid-Badajóz
Todas estes projectos estão a sofrer com a recessão actual que é essencialmente o rebentar de uma bolha de crédito barato. O patrocínio estatal e este tipo de negócios está a falhar em todo mundo. Já o tinha referido aqui. Literalmente os «FIRE on fire» dificilmente conseguirão candidatar-se a estes projectos porque provavelmente irão falir... É a oportunidade para o Norte desferir ataques finais em Alcochetes, novas auto-estradas, TTT, TGV, Expo2 (recuperação da frente ribeirinha do tejo), Plano Oeste, etc;
- Atenção às infiltrações, escutas e oportunismos. Qualquer associação/lobby/partido de natureza política sofrerá de escutas do CIS, oportunismos e infiltrações
- Aproveitar a Internet. A Internet veio revolucionar a forma de fazer política. Sugiro que os organizadores do evento façam a transmissão em directo audio e video via Operator11 ou Mogulus. Disponibilizo desde já o Norteamos para o «paste» do sinal video. Provavelmente o Tiago também disponibilizará a Baixa do Porto.
Apelos finais:
- Caros leitores do Norteamos e Baixa do Porto: Aderir a estas causas, ser simpatizante, divulgar estas preocupações, não tem custos e tem vantagens próprias para o futuro económico que se avizinha;
- Caros Rui Moreira e Pedro Baptista: Equacionem abandonar os vossos partidos e juntarem-se a esta nova associação/partido/lobby;
- Caro Manuel Carrelo, considere esta reflexão;
- Caros responsáveis dos partidos MEP, MMS: Alarguem a vossa base eleitural subscrevendo as preocupações que citei;
- Caro Manuel Monteiro e a direita em reorganização: Considerem os interesses do Norte;
- Caro Alexandre Ferreira, considere este contributo para o evento que organiza.