Uma viagem ferroviária ... pela linha do Tua enquanto não a encerram!
O 'Rei' ficou a pé e os utentes da CP vão na mala do táxi
Um sábado, a propósito das recentes notícias sobre o eventual encerramento da linha do Tua, resolvi, com a minha namorada, passear na mesma. Em primeiro lugar fiquei chocado, juntamente com outros turistas, quando à chegada da estação do Tua fomos informados de que o troço da linha entre Tua e Abreiro (o mais espantoso do percurso) estava encerrado. No entanto, quando perguntei aos funcionários da CP e da REFER se havia obras na linha, estes comunicaram-me que as obras estavam concluídas e que apenas se aguardavam instruções "superiores" para reabertura desse trajecto.
Para transportar os passageiros, a maior parte turistas que vinham especificamente apreciar o trajecto do caminho-de-ferro, estavam dois táxis ao serviço da CP. Obviamente que, num sábado com Sol de Primavera, os dois táxis não chegavam para todos os passageiros. De forma a "resolver" o problema, o taxista chamou um outro táxi. Mesmo assim, nem todos os passageiros cabiam nos três táxis, um deles prontificou-se a ir na mala do carro e assim se resolveu o problema do transporte dos passageiros. Uma vez que com todas aquelas manobras o tempo se foi esgotando (e a automotora de ligação estava à espera na estação de Abreiro) o taxista foi "forçado" a acelerar a marcha chegando mesmo a atingir os 90 quilómetros/hora (Km/h) naquela estrada cheia de curvas e contra curvas. Não critico o taxista que fez todos os possíveis para se assegurar que toda a gente chegava a tempo ao comboio. A questão que faço é: valerá a pena a CP substituir a alegada insegurança da linha por insegurança rodoviária? Quando ainda por cima as pessoas queriam era ver o percurso do comboio? Mas, lá chegamos ao comboio sem "azares de percurso".
Durante a viagem de comboio vi com os meus próprios olhos o estado de má conservação em que se encontra a linha, forçando a automotora a circular a uma velocidade de 35km/h. Velocidade esta que torna o comboio não competitivo (quando na prática tinha todas as condições para o ser).
Chegamos a Mirandela no tempo previsto e aproveitamos o maravilhoso jardim junto ao rio para fazer um piquenique. Quando voltamos para a estação com vista a tomar o comboio de regresso ao Tua ficamos surpreendidos com a presença de D. Duarte Duque de Bragança naquele lugar. Este encontrava-se com representantes do Movimento Cívico pela Linha do Tua que recolhiam assinaturas para uma petição a favor do não encerramento da linha. Aparentemente era intenção do nosso Rei fazer também o percurso Mirandela-Abreiro, coisa que não se veio a verificar. O mais incrível é que o 'Rei' não pôde fazer este percurso porque a automotora já estava lotada (40 lugares sentados e 30 em pé). E, apesar do esforço do maquinista para receber autorização para acoplar uma outra automotora (existiam duas disponíveis na estação de Mirandela), esta foi-lhe recusada por alguém superior (da CP ou da REFER).
Em resumo, os turistas que queriam ver a linha tiveram de desistir ou ir de táxi, alguns passageiros tiveram de ir na mala do táxi e o Rei ficou "pendurado" na estação de Mirandela. Parece-me mesmo que algumas entidades querem arruinar de vez a imagem da linha do Tua para terem menos "entraves" no seu encerramento!!!
Que País em que vivemos. às vezes, e apesar de gostar muito do meu País, tenho vergonha (já que outros não a tem) .
fui na sexta, no comboio das 7h30 em Ermesinde. Iniciei a caminhada nesse mesmo dia ás 14h, e no dia sguinte fui de Barca d'Alva para o Pocinho a pé...Sabado a noite ja estava em Viana=)
Promover o desenvolvimento da região Norte, combatendo o desenvolvimento unipolar de Portugal mas mantendo as fronteiras do Estado Português; Antecipar tendências no desenvolvimento regional na perspectiva económica, social, tecnologica, profissional, ambiental, educacional, sistema de transportes, saúde, etc; Conciliar os inevitáveis conflitos de interesse dentro do Norte (como por exemlo as diferenças Litoral/Interior, as rivalidades Braga/Guimarães ou o chamado «Portocentrismo») impedindo assim que a administração central as use em proveito próprio; Apoiar a modernização da administração pública, a Regionalização, a Fusão de Autarquias e a competitividade dos agentes privados residentes; Aconselhar, apoiar os habitantes nas decisões individuais de emprego, formação, imobiliário, saúde e negócios; Fazer opinião juntos dos residentes, ajudando a criar uma consciência regional; Contactos: Norteamos em gmail.com
Sondagem: Para colocar as preocupações do Norteamos na agenda política local, admita que se promove uma candidatura autarquica, p.e. Porto ou Braga, independente ou via micro-partidos, «low cost»/baseada na Internet. Qual seria a sua disponibilidade ?
Sondagem: O que devem fazer os descontentes com a situação do Norte ?
8 comentários:
O fim de semana passada?
Então não foi o único!
Que comboio apanhou?
Dario Silva.
em
http://pensar-ansiaes.blogspot.com/
Uma viagem ferroviária
... pela linha do Tua enquanto não a encerram!
O 'Rei' ficou a pé e os utentes da CP vão na mala do táxi
Um sábado, a propósito das recentes notícias sobre o eventual encerramento da linha do Tua, resolvi, com a minha namorada, passear na mesma. Em primeiro lugar fiquei chocado, juntamente com outros turistas, quando à chegada da estação do Tua fomos informados de que o troço da linha entre Tua e Abreiro (o mais espantoso do percurso) estava encerrado. No entanto, quando perguntei aos funcionários da CP e da REFER se havia obras na linha, estes comunicaram-me que as obras estavam concluídas e que apenas se aguardavam instruções "superiores" para reabertura desse trajecto.
Para transportar os passageiros, a maior parte turistas que vinham especificamente apreciar o trajecto do caminho-de-ferro, estavam dois táxis ao serviço da CP. Obviamente que, num sábado com Sol de Primavera, os dois táxis não chegavam para todos os passageiros. De forma a "resolver" o problema, o taxista chamou um outro táxi. Mesmo assim, nem todos os passageiros cabiam nos três táxis, um deles prontificou-se a ir na mala do carro e assim se resolveu o problema do transporte dos passageiros. Uma vez que com todas aquelas manobras o tempo se foi esgotando (e a automotora de ligação estava à espera na estação de Abreiro) o taxista foi "forçado" a acelerar a marcha chegando mesmo a atingir os 90 quilómetros/hora (Km/h) naquela estrada cheia de curvas e contra curvas. Não critico o taxista que fez todos os possíveis para se assegurar que toda a gente chegava a tempo ao comboio. A questão que faço é: valerá a pena a CP substituir a alegada insegurança da linha por insegurança rodoviária? Quando ainda por cima as pessoas queriam era ver o percurso do comboio? Mas, lá chegamos ao comboio sem "azares de percurso".
Durante a viagem de comboio vi com os meus próprios olhos o estado de má conservação em que se encontra a linha, forçando a automotora a circular a uma velocidade de 35km/h. Velocidade esta que torna o comboio não competitivo (quando na prática tinha todas as condições para o ser).
Chegamos a Mirandela no tempo previsto e aproveitamos o maravilhoso jardim junto ao rio para fazer um piquenique. Quando voltamos para a estação com vista a tomar o comboio de regresso ao Tua ficamos surpreendidos com a presença de D. Duarte Duque de Bragança naquele lugar. Este encontrava-se com representantes do Movimento Cívico pela Linha do Tua que recolhiam assinaturas para uma petição a favor do não encerramento da linha. Aparentemente era intenção do nosso Rei fazer também o percurso Mirandela-Abreiro, coisa que não se veio a verificar. O mais incrível é que o 'Rei' não pôde fazer este percurso porque a automotora já estava lotada (40 lugares sentados e 30 em pé). E, apesar do esforço do maquinista para receber autorização para acoplar uma outra automotora (existiam duas disponíveis na estação de Mirandela), esta foi-lhe recusada por alguém superior (da CP ou da REFER).
Em resumo, os turistas que queriam ver a linha tiveram de desistir ou ir de táxi, alguns passageiros tiveram de ir na mala do táxi e o Rei ficou "pendurado" na estação de Mirandela. Parece-me mesmo que algumas entidades querem arruinar de vez a imagem da linha do Tua para terem menos "entraves" no seu encerramento!!!
Que País em que vivemos. às vezes, e apesar de gostar muito do meu País, tenho vergonha (já que outros não a tem) .
Hugo Guimarães no Público
fui na sexta, no comboio das 7h30 em Ermesinde. Iniciei a caminhada nesse mesmo dia ás 14h, e no dia sguinte fui de Barca d'Alva para o Pocinho a pé...Sabado a noite ja estava em Viana=)
Cruzamo-nos?
Acho que não nos cruzamos porque eu não saí do Ramal de Braga no sábado. Mas um amigo meu partiu em busca do troço Fregeneda-Barca d'Alva
(Monumento a Classificar)
Dario Silva.
O Bruno Cardoso de Ermesinde?
Precisamente.
Dario Silva.
Dario
Não consigo contacta-lo por e-mail, sera que pode contactar p mail?
ruialbertovrocha@gmail.com
Uma outra vista deste percurso, "soon to be reopened", em http://carrisdeprata.fotopic.net na pasta "Caminho de Gigantes". Apreciem!
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