20100603
Urgente mesmo é nos protegermos do colapso da economia lisboeta.
20100528
Algumas considerações sobre Partido Regional (ou Regionalista)
O Regionalismo já chegou ao Porto há muito tempo. Em Novembro de 2008 escrevia: 2008:
O Norte a salvar-se. O Norte tem um muito menor endividamento e não tem deficit comercial externo. E os casos de sucesso estão cá. Os emigrantes são nossos. As agencias bancárias a Norte lideram os depósitos a prazo. E como começam a provar dos dados empíricos, os próximos anos serão de crescimento do PIB a Norte e de decrescimento do PIB em Lisboa. Portanto, há que aproveitar e potenciar a boleia da força da gravidade que fará com que o PIB regional se contraia em Lisboa nos próximos anos. O Norte está e sempre esteve no caminho certo, uma economia baseada no verdadeiro capitalismo, «shumpetereano», tipo alemão.
Só temos que fazer trabalho de casa. Foi o que tentei fazer com este post que me custou algumas horas de trabalho.
20090717
Pacheco Pereira apela à Democracia Directa
O que me interessa é saber se, nestes casos de polícia, envolvendo políticos do topo, caso venham a dar origem a condenações em tribunal ou revelem comportamentos eticamente inaceitáveis, se tem ou não tem sentido considerar comprometidos, logo também responsáveis, os partidos políticos. Saber se, por hipótese, todos os políticos de que se fala no caso Freeport, BPN ou do edífício dos CTT em Coimbra fossem culpados, que parte da culpa sobraria para os partidos políticos. Poder-se-ia atacar o PS pelo caso Freeport, o PSD pelo caso BPN ou dos CTT, o CDS pelos sobreiros e pelos submarinos?

20090715
Resistência a Lisboa em alta
- Rede Norte
- Missão Minho
- Movimento Douro Litoral
- Partido do Emigrante e Regiões
- Movimento Cívico pela Linha do Tua
- Movimento Alternativo do Nordeste
- Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega
- Resistência Nacional
- Partido Portugal pro Vida
A resistência às políticas do centralismo está portanto em alta. É por estas e por outras que a Direita vai ganhar as próximas eleições legislativas, sobretudo a Norte. É pena ques os partidos que deviam ser fieis à sua base eleitoral, PSD e CDS sejam neste aspecto piores que o Partido (nacional) Socialista ou o Bloco dos Adolescentes.
PS1: Apesar das diferenças que tenho com as teses do comentador «Suevo», tenho que cada vez mais reconhecer a pertinência da sua prespectiva antropológica.
PS2: Mais «trabalho de casa» federador para Alexndre Ferreira.
20090711
Rede Norte
A Associação de Cidadãos do Porto, a Associação Comboios XXI e a Associação Campo Aberto (em confirmação) organizam no próximo Sábado, 11 de Julho, uma sessão pública com o objectivo de promover a criação de uma rede de cidadãos e movimentos cívicos que articule as diferentes iniciativas e as enquadre numa lógica regional.
Tendo como ponto de partida a experiência das três associações, pretende-se criar a Rede Norte, um espaço de discussão sobre a problemática económica e social no Norte, onde, numa lógica de complementariedade, se defenda, discuta e dê corpo aos diferentes anseios e expectativas em acções com impacto e dimensão equivalente à desta Região.
A Rede Norte funcionará numa lógica aberta e complementar, onde cidadãos e movimentos cívicos apresentarão a suas preocupações, pretendendo-se que, através da massa crítica gerada, estas possam ser consubstanciadas em causas e intervenções comuns ao nível regional.
Contamos com a sua presença !
Para mais informações e inscrições contacte acdporto@acdporto.org , 965167329 (Miguel Barbot) ou 936485249 (Alexandre Ferreira).
20090501
Se acertamos, então Norteamos: O Regionalismo a Norte faz o seu caminho
6 meses depois, o Movimento Douro Litoral:
- Conta com a participação de um deputado ex-militante do PP;
- Apresenta uma declaração de pincípios que encaixa na ideologia de um portuense e portista muito conhecido pelas suas intervenções em defesa da região mas que hesita em entrar na política activa;
- É próxima da ideologia de bloggers portuenses relevantes, como TAF, Blasfemias, Portugal Contemporâneo, Ventanias;
- Encaixa nas preocupações de um ex-candidato presidencial residente no distrito do Porto que está prestes a formalizar um novo partido;
PS: Apesar da defesa da Regionalização, uma bandeira tipicamente de esquerda, vejo algum consevadorismo no movimento. Gostaria de ver mais crença no Capitalismo original (e não no Capitalismo de influencia que infelizmente a Direita tem protagonizado há muito e que agora foi usurpado por este PS). Gostaria de mais propostas inovadoras do que exaltação de Pátria Portuguesa. Esperemos que não se crie agora mais um partido utópico, uma espécie de Bloco de Direita! A ACdP tem os pés bem mais assentes na terra!
20081229
PSD: Lideres lisboetas, votos fora de Lisboa
«Que força é essa amigo que te põe de bem com os outros e de mal contigo», perguntava e cantava o portuense Sérgio Godinho antes do 25 de Abril. Que força é essa militante do PSD fora de Lisboa que apoia candidatos à liderança lisboetas ou afins, antes da inevitável transformação do panorama político nacional e emergência de um partido regionalista.
20081118
Resultado da Sondagem
20081116
Deixemos o Regionalismo seguir o seu caminho
Estamos a ter um debate interessante sobre Regionalismo, Regionalização e partidos regionais. É importante esclarecer alguns pontos:
- António Alves apresenta cenários de Federalismo, Independência. Esse discurso não é, na minha opinião, pragmático. Não me interessa explorar o «se cá nevasse»;
- Tiago sempre de boa fé, como todos reconhecem, teve um momento maniqueista ao afirmar que apenas se pode defender a independência ou alinhar em partidos nacionais;
- Almeida Felizes avança com normas constitucionais para tentar suprimir o debate;
Como afirmei aqui, o Regionalismo, isto é, dar prioridade aos assuntos regionais face aos nacionais/transversais e maior auto-governo é uma ideologia em crescimento no Norte nos últimos anos. A melhor prova disso é compararmos os discursos antes e após Rui Moreira ter sido leito presidente da ACP. Antes era parolo falar destes assuntos. Agora é «in». Abundam regionalistas de aviário nos partidos tradicionais e nas redacções dos jornais.
A minha tese é de que este incremento com as preocupações de desenvolvimento regional, legítimas e de auto-sobrevivência material, acabarão por encontrar um forma de se representar nos locais certos da democracia actual, concretamente autarquias locais e parlamento. Sem furar a lei, é já hoje possível haver candidatos independentes às autarquias e inseridos em partidos nacionais ao parlamento. É uma forma do Regionalismo crescente em Portugal (do Norte até à Madeira) se representar.
Outra forma é o aparecimento a partir da Blogosfera de uma Associação de Cidadãos do Porto, quer se queira quer não, um verdadeiro proto-partido regional. É muito provável que daqui por 1 ano esta associação esteja a apoiar a candidatura de um dos seus membros à CM do Porto e provavelmente seja eleito. Este processo de formalização em organizaçães políticas das crescentes pulsões Regionalistas está de facto a ser lento, a demorar anos, mas é invitável face à situação do Norte. EM toda a Europa há deste tipo de situações e portanto haveremos de lá chegar.
Relativamente à questão constitucional, há soluções, por exemplo, aquela em tempos enunciada por Pinto da Costa, o PPR, o Partido Português das Regiões. Seria um partido nacional com vocação para o desenvolvimento regional.
Uma outra alternativa é de forma significativa um partido nacional adoptar a questão do desenvolvimento regional como prioridade. Em tempos Rui Moreira recomendou que a Direita, que tem a base de apoio fora de Lisboa, adoptasse esta estratégia. Estou à espera que o norteador Ventanias consiga isso mesmo: Convencer realmente o seu partido a defender as regiões fora de Lisboa.
Resumindo: As alternativas ao desenvolvimento do Regionalismo são várias e inevitáveis. Aos militantes e simpatizantes dos partidos tradicionais recomendo humildade democrática. Pedro Arroja, portuense natural de Lisboa escreve ainda este fim de semana que em Portugal os partidos são os principais censores às novas ideias. Criar um tabu à volta do tema é revelador do desconforto e do descuido que os partidos nacionais tem dado ao tema do desenvolvimento regional.
Socorro-me novamente de Rui Moreira relativamente à questão do estatismo. O próprio percebeu que o excesso de zelo liberal neste assunto era prejudicial, e converteu-se à Regionalização.
Regionalização não é o único caminho para reforçar o auto-governo proposto pelo Regionalismo. Já foram várias vezes apontadas alternativas, como seja a Fusão de Autarquias e a deslocalização da Administração Pública sedeada em Lisboa, todas elas, respeitadoras, pelo menos nas intenções, dos interesses dos contribuintes.
Relativamente à utilidade de 1 deputado na Assembleia da Republica, penso que seria alguma. Quem participa e bem numa associação meta-política e promove medidas para o desenvolvimento colectivo, por coerência, não deveria achar inutil um deputado com filiação regional.
Partidos Regionais III
Isso só aconteceu uma vez em 30 anos, e só num desses anos o orçamento foi decidido com base num só deputado da oposição. O que dá uma probabilidade de 3% de um só deputado ter a hipótese de ser útil. Em todo o caso, não existe qualquer garantia de que o partido do governo faça acordos com o "partido regional do norte" e não com outra força política.
Por outro lado, a criação do "partido regional do norte" poderia desencadear a criação de um "partido regional de lisboa". Tendo em conta que é mais fácil eleger deputados no distrito de Lisboa que no do Porto, é fácil imaginar qual teria maior capacidade de "desvio de fundos" para a sua região.
Para além disso, convém relembrar que nos últimos 20 anos, apenas 2 novos partidos conseguiram eleger deputados (directamente): o Bloco de Esquerda e o PSN. O Bloco de Esquerda resulta da fusão de outros partidos anteriores. Foi a única forma que conseguiu para eleger deputados... que começaram por ser eleitos no círculo de Lisboa!
Já o PSN conseguiu a proeza de eleger um deputado sem recorrer a "fusões"... mas também aqui o único deputado que elegeu foi a partir do círculo de Lisboa. E o que conseguiu esse deputado fazer? Rigorosamente nada. Foi eleito num contexto de maioria absoluta do PSD (1991) e a vez seguinte em que se ouviu falar do PSN foi porque tinha batido o record de partido menos votado de sempre...
O sistema eleitoral português está feito de forma a dificultar o aparecimento de novos partidos. Eleger um deputado é uma tarefa hercúlea, e exigiria 2,5% dos votos do círculo do Porto (ou 5% em Braga, ou 15% em Viana do Castelo ou Vila Real, ou 20% em Bragança). Mas, mesmo que se consiga, e tendo em conta o programa proposto, a probabilidade de que esse deputado tenha sucesso na respectiva implementação é muito reduzida.
Para que um partido regional pudesse ter hipóteses de ter uma representação política decente, seria necessário alterar as leis eleitorais actuais (que necessitam ser alteradas em qualquer caso), mas isso apenas pode ser feito através dos 2 partidos do "centrão". As alterações necessárias passam pela criação de um círculo nacional (eventualmente círculos regionais NUTS II) e círculos uninominais.
Ora, com essas alterações ao sistema eleitoral, as regiões não necessitariam de partidos regionais para defender os seus interesses. Logo, os partidos regionais não são a solução, são apenas um remédio. Por outro lado, a ameaça de que uma alteração destas à lei eleitoral conduzisse à eleição de deputados de um partido regional seria suficiente para que os partidos do "centrão" adiassem mais uma vez esta reforma. Mais uma vez os regionalistas ajudariam ao jogo dos centralistas...
Por fim, não dúvido que haja mercado para o regionalismo. Concluo é que esse mercado apenas é capturável pelos 5 partidos que já têm representação parlamentar.
20081115
Partidos Regionais II
20081114
Partidos Regionais
Uma coisa é o que as pessoas preferem em abstracto. Outra coisa é para onde vai o "voto útil" no momento da verdade. Historicamente, tem ido fundamentalmente para dois partidos.