20090630

O processo (em curso) de credibilização de MFLeite parece mais uma socratice

Granadeiro indigna-se ainda com a surpresa da presidente do PSD, afirmando que foi Manuela Ferreira Leite que, como ministra das Finanças, obrigou a Portugal Telecom a comprar a rede fixa (que era do Estado) para dessa forma realizar receitas extraordinárias que equilibrassem o défice orçamental. http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=375314

20090629

Megalomanias TGV: O governo de Sócrates pretendia investir em Portugal metade do valor que Obama pretende investir em todos os EUA !

Pensões em Bragança são metade das de Lisboa. Cosiderando isto, ainda há quem tem a lata de afirmar que a Regionalização é que iria dividir o país ?

Portugal tem 1,8 milhões de pobres. Por coincidência, é esse o número de reformados existentes no país e cuja pensão média é de 385 euros. Mas uns serão mais pobres do que outros. Só os de Lisboa e Setúbal ganham, em média, acima do salário mínimo.

No outro lado da lista está Bragança, cuja pensão média (272€) é quase metade da paga na capital (504€). São os dois extremos de uma realidade tantas vezes repetida em Portugal: o país não é homogéneo e se, por norma, as reformas são baixas, o certo é que numas zonas são mais miseráveis do que noutras.

Os números são aproximações feitas pelo JN com base nos dados da Segurança Social, mas deixam claras as disparidades regionais: Bragança é o distrito com as mais baixas reformas. Aliás, fazendo pontinhos num mapa, a região Norte surge pintada a vermelho: depois de Bragança vêm as vizinhas Vila Real e Guarda que, colada a si, tem Viseu em quarta posição. Os lugares seguintes são ocupados pelos Castelos, o Branco e o de Viana.

Só depois surgem os concelhos do Alentejo, Açores e Algarve. E no topo? Lisboa e Setúbal, os únicos em que a pensão média está acima do salário mínimo nacional, este ano fixados nos 450 euros. O Porto está em terceiro lugar. Em média, cada um dos seus reformados ganha 422 euros.

Os valores na base deste trabalho são uma média para cada concelho. Em Bragança, há reformas milionárias (não existem só na Função Pública...) e em Lisboa haverá quem ganhe a pensão social. Mas o valor médio ajuda a perceber o panorama de cada região. E só em quatro concelhos a pensão do reformado médio permite-lhe ultrapassar o limiar de pobreza (360 euros). São eles Lisboa, Setúbal, Porto e Aveiro. Considerando todo o país, o valor médio da reforma dos beneficiários da Segurança social é de 385 euros.

O que permite ter melhor qualidade de vida, os 259 euros ganhos pelas mulheres de Bragança ou os 695 euros atribuídos aos homens de Lisboa? A resposta não é óbvia, porque viver no Interior tem inúmeras vantagens. Logo porque, disse Agostinho Moreira Jardim, representante em Portugal da Rede Europeia Anti-Pobreza, a rede de vizinhos, amigos e amília é mais entrelaçada do que nas cidades grandes. Em sítios como o distrito de Bragança, diz, \"a qualidade de vida é melhor do que a urbana, apesar das desvantagens\" da distância dos equipamentos de saúde, culturais, de lazer, entre outros.

E a agricultura de subsistência, acrescentou Lino Maia, da Caritas Diocesana. \"Boa vizinhança, família e quintais: estes três factores permitem ter uma qualidade de vida melhor\".

Nas cidades, concordam, é mais comum encontrar casos de miséria extrema e abandono, apesar do crescente número de equipamentos sociais.

E também de pessoas com vergonha de pedir ajuda, diz Moreira Jardim, lembrando um idoso que foi encontrado morto já em decomposição, no Porto, na semana passada. \"Dificilmente tinha acontecido o mesmo numa aldeia ou cidade pequena. Na cidade, a solidão é muito mais densa\", disse.

Longe de ser perfeita, dizem, a situação tem vindo a melhorar. Com a ajuda de apoios públicos, como a recuperação de casas degradadas, em Trás-os-Montes e de instituições de solidariedade privadas, o nível de pobreza tem vindo a baixar. Mas ainda há muito a fazer, lembram.
Alexandra Figueira in JN, 2009-06-29

20090627

MFLeite trairá o PSD a Norte

Estou a escrever um post sobre este assunto. Provavelmente amanhã estará concluído.

20090626

A continuar assim, o PS vai da maioria absoluta para a minoria absoluta

http://blasfemias.net/2009/06/26/as-explicacoes-estao-pela-hora-da-morte/

Quando era necessário criticar Sócrates, via-se muitas caudas entre as pernas... Agora não faltam críticos... Até Cavaco...

Tiro a Sócrates - O bombardeamento cavaquista a Sócrates intensificou-se esta semana. O dia de ontem, 25 de Junho, logo a seguir à entrevista de Manuela Ferreira Leite na SIC, foi particularmente difícil para o primeiro-ministro, de autêntica guerra relâmpago. A partir do norte de Portugal, Guimarães, berço da nação, e Braga, a cidade dos arcebispos. http://www.semanario.pt/noticia.php?ID=4860

20090625

Imaginem o que nos acontece se um primo de Jorge Coelho for para o governo em Outubro

Socrates nunca mereceu a minha confiança e MFLeite hesita demasiado quando há que negar as obras megalómanas de Lisboa e respectivo lobby. Portanto não votearei nela. Votaria no PSD genuinamente regional/popular, com um lider como Rangel, Santana, Ribau ou LFMenezes (depois de re-organizar a vida pessoal).
Paulo Portas não merce a minha confiança. O CDS sim. Se Paulo Portas não liderasse o CDS eu votaria neste partido em Outubro.
Agora imaginem o que é que nos vai acontecer se o governo for este PS/este CDS ou este PSD/este CDS ? É que Paulo Portas é primo de Jorge Coelho...
Este tipo de insinuação é caluniosa, mas «Primos» e negócios de Estado, recentemente tem tido muito má fama...
A votação das próximas eleições será deveras complicada. É que o Bloco dos Adolescentes, está-se a transformar no mais recente aliado das «grandes fortunas».

20090624

O Porto é uma ilha rodeado de Portugal por todos os lados

Limite geográfico da cidade do Porto « BLASFÉMIAS
Como ouvi uma vez dizer ao Agostinho da Silva, “O Porto é uma ilha rodeado de Portugal por todos os lados…


Nos EUA, os investimentos em aeroportos estão a ser cancelados

As Passengers Disappear, Airports Scale Back Projects - NYTimes.com
At Oakland International Airport in California, for example, a $1 billion plan to build a third terminal was shelved last summer after ExpressJet withdrew from the market, Aloha Airlines went out of business and other carriers, especially Southwest Airlines, cut back on flights. Passenger traffic fell by 30 percent, creating a ripple effect at the airport’s restaurants and car rental operations, which also generate cash. Food and beverage revenue dropped by 25 percent; car rental revenue by 20 percent.
Instead of building a new terminal, Oakland is doing a $200 million facelift of an existing terminal. Fewer passengers, officials say, makes it easier for workers to do the rehabilitation.
“One has to look ahead 10 to 20 years,” said Steve Grossman, the Oakland aviation director. “But you have to be realistic about the short run. We could not afford to build the terminal and cover the carrying costs in the short run. We told that to the airlines and they thanked me. We’ve never seen anything like this decrease in traffic. Never.”




20090622

Jornalistas lisboetas a soldo (e provavelmente em saldo)

Todos criticam o TGV, excepto o Lisboa-Madrid:

  • Manuel Caldeira Cabral - O TGV desnecessário e o TGV incontornável - O serviço ferroviário da principal linha do País pode melhorar muito, e de forma quase imediata, com soluções mais interessantes do que gastar 3,8 mil milhões num TGV Lisboa-Porto. A ligação em TGV a Madrid parece mais razoável e é, de certa forma, incontornável.
  • Fernando Sobral - O comboio dos torresmos - Diz o bom senso que, para além de uma ligação entre Lisboa e Madrid, o TGV é tão importante para o País como a segunda auto-estrada entre Lisboa e Porto construída por razões insondáveis.
  • Helena Garrido - Ninguém apela a que Portugal deixe de investir ou que abandone, por exemplo, a ligação por TGV entre Lisboa e Madrid. Mas podemos reavaliar os projectos de auto-estradas - é preciso melhorar estradas, não é preciso ter vias rápidas pelo país inteiro - e estabelecer novos calendários para o aeroporto e para o projecto global do TGV
  • Henrique Raposo - Parece-me evidente que Portugal precisa de uma Ligação de TGV à Europa. Lisboa - Madrid é precisa. Já me parece novoriquismo a ligação Lisboa-Porto.

20090621

Governo não lê a Blogosfera relevante

Se me tivesse lido com atenção, a tríade de Macau teria há muito explicado a José Sócrates que estamos no meio de um naufrágio, onde arengar propaganda barata em volta dos grandes aeroportuários que faltam, pontes assassinas sobre o estuário do Tejo, altas velocidades ferroviárias, barragens criminosamente inúteis e mais não sei quantas autoestradas vazias, além de afastar o PS dos eleitores, acabaria por exibir o lado ridículo da inglória maioria absoluta que nos governa. Por falta de financiamento, por falta de procura, e sobretudo por causa do colapso inevitável do modelo económico e social das chamadas sociedades afluentes ocidentais, o hubsbusiness as usual acabou. Manuela Ferreira Leite percebeu-o a tempo. O PS precisou de uma humilhante derrota para lá chegar!

20090619

Movimento Douro Litoral equaciona transformar-se em partido político; Conta pelo menos com um (ex?)-colaboradores da Associação Comercial do Porto

A QUEM IRIA SERVIR O TGV?

Este é o pensamento político que temos (em Portugal), está em todas:

· Estádios de futebol, hoje às moscas,
· TGV,
· novo aeroporto,
· nova ponte,
· auto-estradas onde bastavam estradas com bom piso,
· etc. etc.

A quem na verdade serve tudo isto?

PORTUGUESES, LEIAM AS LINHAS SEGUINTES E PENSEM

A QUEM VAI SERVIR O TGV …
1. AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO,
2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E …CLARO,
3. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA …

OS PORTUGUESES FICARÃO – UMA VEZ MAIS

– ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS

POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA ! ! !

Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio.

Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos ‘Alfa’ por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros.

A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.

Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos.

Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.

A resposta está na excelência das suas escolas,
· na qualidade do seu Ensino Superior,
· nos seus museus e escolas de arte,
· nas creches e jardins-de-infância em cada esquina,
· nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.
Percebe-se bem porque não
· construíram estádios de futebol desnecessários,
· constroem aeroportos em cima de pântanos,
· nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.

O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.

É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).
É por razões de sensatez que não o encontramos
· na Noruega,
· na Suécia,
· na Holanda
· e em muitos outros países ricos.

Tirar 20 ou 30 minutos ao ‘Alfa’ Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.

Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:
- 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma);
- mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);
- mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).

E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

AV

20090618

As grandes obras e a conjuntura económica internacional

O contraste entre as economias em recessão do G7 e os dinâmicos Países emergentes altamente populosos não pode ser mais claro.
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As nações do G7 tropeçam em deficits públicos desde 80% nos EUA passando pelos mais de 100% de Itália até aos 199% do Japão. Só o deficit de 218% do Zimbabué está acima disto. A Alemanha tem um ratio de 77%.
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Em contraste nos dinâmicos Países emergentes altamente populosos, só a Índia tem um deficit público de 58% com algum significado. O Brasil apesar da crise severa nos anos 80, tem hoje um deficit público muito manejável de 45%. Enquanto a Indonésia um dos países de mais rápido crescimento, é de 34%. Na Coreia do Sul com uma cultura popular de poupança é duns meros 28%. A China com 18%. A Rússia que usou bem o recente boom do petróleo e gás para liquidar as dívidas internacionais e ao FMI, tinha em 2008 um deficit de 6% tendo reconstruído as suas Reservas depois da Crise do ano passado para os 404 biliões este mês colocando-a no 3º País com maiores reservas a nível mundial.
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Quando o modelo estrutural planetário assenta nos centros Low-Cost (A) que fabricam o maior parte do consumido nos Centros Alto-Custo (B), todo o dinheiro e postos de trabalham migram de (B) para (A). E das duas uma,
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ou o desequilíbrio se auto-corrige harmonizando os dois, os pobres ficam mais ricos e os mais ricos mais pobres,
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ou rapidamente se instaura o Proteccionismo para evitar que o Poder caia na rua.
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Ora a crise financeira, Publica (queda das receitas fiscais) e Privada (incumprimentos bancários e banqueiros) é apenas a filha desta Crise mais alargada.
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A sabedoria e o estadismo mandam que num País pequeno e indefeso como o nosso, projectos TGV-Aeroportos-3º Pontes entrem em “Wait and See” por uns 10 anos (duração da crise internacional).
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Há formas muito mais baratas de pôr Portugal a dar a volta à Crise muito rapidamente. Embora dos Partidos ainda nada tenha surgido ou produzido em “think tank”,
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“Saber exactamente qual a parte do futuro que pode ser introduzida no presente é o segredo de um bom governo.” Victor Hugo

Ruben

Caro José Ferraz Alves...

... a solução para os problemas que relata e bem (José Ferraz Alves - "Colonialismo, por culpa de quem?" | A Baixa do Porto) passa inevitavelmente pela transformação da ACdPorto em partido político. Há uma lacuna no mercado político que tem que ser preenchida.




20090617

A ideia subjacente ao TGV Lisboa-Madrid era centralizar na capital o monopolio do uso da bitola europeia. As mercadorias do resto de Portugal teriam que ir todas para lá. Mafiosidades previsíveis.

PUBLICO.PT
MUDANÇA DA BITOLA ESPANHOLA NA REDE FERROVIÁRIA ISOLA-NOS
segunda-feira, 15 de Junho de 2009

Rui Rodrigues

Email: rrodrigues.5@netcabo.pt

Site: www.maquinistas.org





O Ministério de Fomento de Espanha decidiu efectuar um estudo que deverá estar concluído até ao final do ano e que tem por objectivo a mudança da bitola (distância entre carris) de toda a rede ferroviária de Espanha nos próximos anos. Esta alteração deverá representar investimentos de cinco mil milhões de Euros. Além das novas vias em bitola europeia que estão em construção, todas as linhas convencionais antigas passarão a ser em bitola ‘standard’. As vias já electrificadas, de três mil volts e corrente contínua, terão a mesma corrente e tensão eléctrica da rede francesa (25 mil volts e em corrente alterna).

As vantagens de toda esta operação é enorme, porque vai permitir o livre trânsito de comboios de todo o território espanhol, portos e plataformas logísticas para a União Europeia (UE).

As alterações em Espanha vão ter grande impacto em Portugal e, se nada for feito, em termos ferroviários, o nosso País passará a ser uma ilha, pois já nem a Espanha terá vias de bitola ibérica.

O nosso País necessita urgentemente de possuir uma rede que permita a circulação de todos os comboios de bitola europeia para resolver o grave problema da interoperabilidade, que é a capacidade de conectar os sistemas ferroviários dos diferentes países (bitola, sinalização, electrificação, etc...), o que provocará um aumento do mercado e uma forte redução nos custos de exploração, de 30 a 40 %, e nos custos dos respectivos equipamentos. Com um sistema único de gestão, os comboios podiam circular livremente pela UE, mas, por estas condições não existirem, a velocidade média é de apenas 18 Km/h.

A opção por soluções ‘standard’ e compatíveis com as das restantes redes da UE irá permitir adquirir material circulante a preços que, em muitos casos, podem atingir valores 50% mais baixos. Portugal terá grandes desvantagens se continuar dependente de soluções específicas.



COMBOIOS DE DUPLO EIXO COM “INTERCAMBIADOR” NÃO SERVEM



Existem comboios de duplo-eixo que podem circular sobre as duas bitolas e, para que tal seja possível, impõe-se a instalação de um “intercambiador” que consiste numa instalação onde se realiza a mudança da distância entre rodas. A escolha de comboios de duplo-eixo não irá resolver o grave problema de interoperabilidade que a actual rede ferroviária portuguesa apresenta e, mais importante, não é solução viável para o transporte de mercadorias. Com efeito, na futura rede espanhola, a esmagadora maioria dos comboios será exclusivamente de bitola ‘standard’ e, só em casos pontuais, a Espanha irá utilizar comboios de duplo eixo. Se Portugal optar por este tipo de comboios ficaria inacessível para a maioria da futura rede espanhola e da europeia, porque nenhuma empresa iria adquirir, de propósito, este material circulante para transportar passageiros de e para o nosso País. A França, Alemanha ou Itália não utilizam estes comboios, pela simples razão de que não têm o grave problema da diferença de bitola.

A Espanha, ao mudar em definitivo a sua rede, terá, obviamente, de abandonar o fabrico dos comboios de duplo-eixo. As mudanças no país vizinho, relativamente à sua rede ferroviária, deveriam levar os responsáveis portugueses a uma profunda reflexão sobre qual a prioridade dos investimentos a realizar nos próximos anos.

O Governo está a cometer um grave erro estratégico ao continuar a insistir na ligação dos portos nacionais, em bitola ibérica, quando a Espanha vai mudar toda a sua rede para bitola europeia.




Apelo à maturidade dos eleitores portugueses olhando para o mapa feroviário europeu

20090616

20090615

Observatórios Centralistas

Observações de António Barreto « BLASFÉMIAS

Estes organismos são na sua maioria duplicações de estruturas da administração central já existentes e sediadas em Lisboa.


20090613

As obras lisboetas que o PSD de MFLeite vai propor depois de Outubro

Há 1 mês MFLeite dizia:

E como é que o Governo pode apoiar esse tecido empresarial ? Trocando, por exemplo, os investimentos megalómanos por investimentos como a recuperação das escolas, com que estou de acordo. São investimentos de proximidade e que têm efeitos imediatos sem gerar dívida externa. Mas há muitos outros que podiam ser feitos. Na reabilitação urbana. Nos hospitais. Na recuperação do património. São investimentos que exigem muita mão-de-obra, mão-de-obra local, e que podem arrancar depressa e ter efeitos imediatos, ao contrário dos grandes projectos. Eu não sou contra o investimento público, sou contra os investimentos que agravam o endividamento externo e que não têm efeito imediato na redução do desemprego.
Hoje a 1ª página do Expresso Economia preprara o clima :

«Empresários e gestores falam do potencial de Lisboa - Lisboa é cada vez mais recomendada em jornais e guias internacionais. Empresários turísticos fazem um circuito pela cidade e avançam propostas para o futuro».
Quem são esses «empresários» ? Ricardo Salgado e grupo Mello, ou seja, os mesmos de sempre.


Eis uma proposta de «futuro», já em curso:
PCP questiona necessidade da obra - PS chumba proposta para suspender construção do novo Museu dos Coches
As «máfias» habituais já se começam a posicionar para o novo cilco político e de investimentos em Lisboa.

20090612

Exemplos de injustiças no Porto e Norte

Metro cobra tanto como transportes de Londres - A tarifa média da Metro do Porto (55 cêntimos) é idêntica à dos transportes públicos de Londres (56) e muito superior à de Metro de Lisboa (38) e Carris (31) - conclusões de uma análise de João Marrana, perito em transportes.
Alem disto, de refereir que o Norte fora do Porto não tem Metro e que os serviços equivalentes aos STCP não são subsidiados pelo orçamento de Estado.

Em Portugal continua-se a verificar desigualdades salariais grandes entre as diferentes regiões do País (Quadro II). No 1º Trimestre de 2009, segundo o INE; a percentagem de trabalhadores por conta de outrem a receber um salário mensal liquido inferior a 600 euros era de 49,7% na Região Norte; de 45% na Região Centro; de apenas 25% na Região de Lisboa;
«What else ?»

20090611

Mais uma obra inutil em Lisboa

O museu dos Coches e o novo riquismo - A proposta de construção de um novo museu dos Coches é mais um exemplo de um novo riquíssimo assente em betão que nos persegue. Desta vez há pelo menos algumas vozes sensatas a apelar que se gaste o dinheiro em organização e não em betão.




20090608

No final da 1ª parte: Portugal 1 - Lisboa 0

Portugal 1 - Lisboa 0, é outra maneira de interpretar os resultados de ontem.

Prova-se que o PS governa para lisboetas

PS ganhou nos distritos de Lisboa e Portalegre. A CDU ganhou em Évora, Setubal e Beja. No Norte, Centro, Algarve, Madeira e Açores o PSD venceu. Fonte: http://sic.aeiou.pt/online/noticias/portugal2009/resultados
Basicamente, o Portugal que vive da economia de bens e serviços transaccionáveis votou no PSD. Assim, não percebo porque é que o PSD não se transforma decidamente num partido regionalista, defensor das regiões fora de Lisboa e sua economia. Não percebo porque MFLeite não corta definitivamente as amarras que mantém com os lobbis lisboetas. Por isso, neste momento recomendo que não se vote nem PSD nem PS em Outubro.

20090607

Jornalista do PS vai presidir à AMTransportes do Porto

Isabel Oneto vai presidir à Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto - Jornalista de profissão, Isabel Oneto é licenciada em direito e tem o mestrado em ciências jurídico-criminais pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Antes de ocupar o cargo de governadora civil, Isabel Oneto foi vereadora pelo PS na Câmara do Porto foi vereadora do PS na Câmara do Porto.
Como é licenciada em Direito, será que vai conseguir interpretar os estudos de tarifários ou estatísticas de utilização de transportes ?

20090606

AEP lê Norteamos

Regionalização pode ser solução para crise - Custos podem ser menores se o processo for bem feito, defende José António Barros. (...) «o que se pretende «não é pôr mais uma regionalização em cima do que já existe, mas descentralizar para as regiões», acrescentando ainda que «se isto for bem feito, os custos totais vão ser menores».

Em Março de 2009 escrevia: Na minha opinião a única forma de implementar a Regionalização é apresenta-la aos eleitores como uma reforma profunda da administração pública, para poupar impostos aos contribuintes sem reduzir as funções do Estado (nomeadamente as sociais). Nesta alternativa, a criação de regiões administrativas deverá ser compensada pela redução do peso da administração local e/ou central, incluindo na dose certa as seguintes componentes:

  • Redução do número de autarquias e freguesias;
  • Redução das competencias das autarquias (por exemplo, passar a definição de PDMs ou os pelouros de actividades económicas e educação para as regiões);
  • Passagem para a administração regional das competências de criação de políticas públicas do ministério da Economia, Ambiente, Agricultura, Obras Públicas, Segurança Social. A administração central ficaria apenas responsável pelas funções de Estado (Finanças, Segurança, Justiça, Defesa, Administração Interna, Defesa) e as funções de registo centralizado (identificação civil, fiscal, segurança scocial, cadastro de actividades económicas, etc);
  • Obrigatoriedade de cada ministério da Administração Central ter 50% dos funcionários fora de Lisboa;

20090605

Votarei PSD no domingo

Votar é importante. É necessário ter maturidade e responsabilidade na decisão. Domingo votarei no PSD. Motivos (sem qulquer tipo de ordenação):
  • Não acompanho, nem acho relevantes os assuntos europeus; O meu voto será em função da política interna;
  • Este PS e Sócrates precisam de perder;
  • Paulo Rangel merece vitória por ser porta-voz de algumas aspirações do Porto e do Norte;
  • Paulo Rangel não pertence à geração do Maio de 68, que acha que tem direitos adquiridos à custas das gerações seguintes;
  • Paulo Rangel apela à responsabilidade do Estado Central e defende a geração sub-40, ao criticar as obras faraónicas de Lino e Cª, ;
  • Paulo Rangel não pertence ao cavaquismo e tem cadastro político limpo;
Ilda Figueiredo seria a minha 2ª opção.
Muito provavelmente não votarei PSD em Outubro (legislativas) e farei «campanha » contra Rui Rio nas autárquicas.
É a 2ª vez em mais de 20 anos que voto no PSD. A 1ª foi em 2005.

20090604

Novo blogue a Norte promete...

... mas não sei se irá a algum lado.
Começa assim: «O Charuto Aceso é um blog nortenho, não marxista, não libertário».
Nos dias que correm, descartar à partida as críticas dos economistas marxistas e austríacos ao pensamento económico mainstraem é arrojado ou ... simplesmente distraído. Atendendo que o Norte não é uma região de grandes pensadores ou estrategas...

Link: http://www.ocharutoaceso.blogspot.com/
Via Blasfemias.

A falta do resto, a CCDRN entretem-se apenas com preliminares

Notícia
SESSÃO DE APRESENTAÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO PARA A PROMOÇÃO DA EMPREGABILIDADE NA REGIÃO DO NORTE AMANHÃ, EM GUIMARÃES


20090603

Para quem não acredita, Mário Crespo descreve o percurso e o fim de uma das «máfias» lisboetas

Morreu o Cavaquismo

Entre mais-valias na carteira de acções do professor Cavaco Silva e o solilóquio de Oliveira e Costa no Parlamento, morreu o cavaquismo. As horas de aflitivo testemunho enterraram o que restava do mito. Oliveira e Costa e Dias Loureiro foram delfins de Cavaco Silva. Activos, incansáveis, dinâmicos, competentes, foram para Cavaco indefectíveis, prestáveis, diligentes e serventuários. Nas posições que tinham na SLN e no BPN estavam a par da carteira de acções de Cavaco Silva e família. Os dois foram os arquitectos dos colossais apoios financeiros que nas suas diversas incarnações o cavaquismo conseguiu mobilizar logo que o vislumbre de uma hierarquia de poder em redor do antigo professor de Economia se desenhava. Intermediaram com empresários e financeiros. Hipotecaram, hipotecaram-se e (sabemos agora) hipotecaram-nos, quando a concretização dos sonhos de poder do professor exigia mais um esforço financeiro, mais uma sede de campanha, mais uma frota de veículos para as comitivas, mais uns cartazes, um andar inteiro num hotel caro ou uma viagem num avião fretado. Dias Loureiro e Oliveira e Costa estiveram lá e entregaram o que lhes foi requerido e o que não foi.
Como as hordas de pedintes romenos, esgravataram donativos entre os menos milionários e exigiram contribuições aos mais milionários. Cobraram favores passados e venderam títulos de promissórias sobre futuros favores. O BPN é muito disso. Nascido de um surpreendente surto de liquidez à disposição do antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva, foi montado como uma turbina de multiplicação de dinheiros que se foi aventurando cada vez mais longe, indo em jactos executivos muito para lá do ponto de não regresso. Não era o banco de Cavaco Silva, mas o facto de ser uma instituição gerida pelos homens fortes do regime cavaquista onde, como refere uma nota da Presidência da República, estava parte da (…) "gestão das poupanças do prof. Cavaco Silva e da sua mulher", funcionou como uma garantia de confiança, do género daquele aval de qualidade nas conservas de arenque britânico onde se lê "by special appointment to His Royal Majesty…" significando que o aromático peixe é recomendado pela família real. Portugal devia ter sabido pelo seu presidente que a sua confiança nos serviços bancários de Oliveira e Costa era tal que tinha investido poupanças suas em acções da holding que detinha o banco. Mas não soube. Depois, um banco de Cavaco e família teria de ser um banco da boa moeda. E não foi. Pelo que agora se sabe, confrontando datas, já o banco falia e Cavaco Silva fazia sentar na mesa do Conselho de Estado, por sua escolha pessoal, Dias Loureiro, que entre estranhos negócios com El Assir, o libanês, e Hector Hoyos, o porto-riquenho, passou a dar parecer sobre assuntos de Estado ao mais alto nível. Depois, vieram os soturnos episódios de que Oliveira e Costa nos deu conta no Parlamento, com as buscas alucinadas por dinheiro das Arábias. Surpreendentemente, quase até ao fim houve crédulos que entraram credores de sobrolho carregado para almoços com Oliveira e Costa nas históricas salas privadas do último andar da sede do BPN e saíram accionistas dos dois mil milhões de bolhas especulativas que agora os portugueses estão a pagar. Surpreendentemente também, o Banco de Portugal nada detectou. Surpreendentemente, o presidente da República protegeu o seu conselheiro, mesmo quando as dúvidas diminuíam e as certezas se avolumavam, cai o regime. De Oliveira e Costa no Parlamento fica ainda no ar o seu ameaçador: "eu ainda não contei tudo". Quando o fizer, provavelmente, cai o regime. Francamente, com tudo o que se sabe, já não é sem tempo.

20090602

As soluções Obama para a recessão provavelmente não funcionarão nos EUA. Em Portugal, já são usadas há dezenas de anos e portanto não funcionarão.

Para a recessão actual, Obama aposta em sobrecarregar os contribuintes americanos com mais impostos, dando negócios aos keynesianismo militar ou civil. Eis as provas:
Na minha opinião, a solução passa pela imitação da China, reconhecento as criticas que a escola marxista e austríaca fazem ao capitalismo ocidental actual, isto é, tentar fazer crescer a economia através do expansionismo monetário sem poupança.

Em Portugal não funcionará: Já esgotamos há muito a receita do IVA e das PPPs.

Nos EUA também duvido que funcionem. Ontem de manhã, «num discurso na Universidade de Pequim, onde o próprio estudou mandarim nos anos 1980, Geithner assegurou que “os activos chineses estão muito seguros”, uma resposta que, porém, causou risos na audiência de estudantes que o escutava, simbolizando o cepticismo que cresce na China sobre os investimentos em reservas estrangeiras.»

20090601

Rui Moreira admite interesse na CMPorto

Em entrevista ao Sol, Rui Moreira admite que a CM Porto poderá vir a ser um desafio estimulante no futuro:













Não sei se vai a tempo. É que começo a achar que MFleite tão cedo não dará lugar a Rui Rio...
Leituras recomendadas