20090220

Os marxistas «say it better»: A consequência para os emigrantes do Norte

Rumores da Crise: O Protecionismo e seus conteúdos
«Os primeiros gritos em defesa do emprego e da produção nacional começam ecoar nos países europeus e nos EUA. É um indicador importante da incapacidade dos políticos e das camadas dirigentes reverterem a crise sistêmica com os mecanismos monetários ou keynesianos conhecidos. (...)
Nas crises do capitalismo, em particular essa pela sua dimensão global e pela dificuldade de se enxergar no horizonte saídas, onde se destrói sem piedade capitais e milhões de empregos, pondo em risco a sobrevivência de parte da população do planeta, traz à tona não só o medo, mas o que há de pior gerado no cotidiano barbarizado e recalcado em tempos “normais”. Os acenos dos governos ao protecionismo refletem a incapacidade de gerenciarem a crise, mas também as pressões daqueles que ao verem seus empregos ameaçados, buscam no outro o motivo de sua miséria. O conflito se estabelece não só com o outro que está fora do país, mas também com o outro de dentro, o imigrante. E o outro de dentro já não é só mais o imigrante dos continentes distantes: África, Ásia, América Latina, esses há muito saco de pancada dos partidos de direita de conotação racista e fascista. O outro de dentro é o próprio europeu do leste, mesmo aqueles dos países que fazem parte da União Européia.»

A Norte, nas crises, a solução passava pela Emigração. Penso que a tradição vai deixar de ser o que era. De certa forma, é positivo. A pressão social gerada pelo desemprego e subdesenvolvimento relativo (face a Lisboa) vai mais facilmente desaguar no campo de acção político. Ainda bem.


2 comentários:

Suevo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Portaria59 disse...

Bom blog

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