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20080529

Minho: Politicamente Abaixo de Zero

Os portugueses de Braga, Guimarães e de mais algumas cidades e vilas de todo o país vão pagar os aumentos dos passes sociais dos seus transportes públicos e ainda os passes sociais de Lisboa e do Porto. A situação não é nova, mas está a atingir níveis de absurdo que devem motivar uma profunda reflexão entre todos.

A Câmara de Braga já anunciou que, apesar dos aumentos dos combustíveis, o preço dos passes sociais vai manter-se. Perante a discriminação imposta pelo governo socialista, Mesquita Machado «lamenta que os bracarenses sejam tratados como portugueses de segunda. Os lamentos têm a ver com a ausência de apoios estatais aos transportes urbanos de Braga ao contrário do que sucede com os do Porto e Lisboa onde o governo decidiu não aumentar os passes sociais.»

Estas declarações políticas que, aliás, subscrevemos em absoluto são manifestamente insuficientes tendo em conta os prejuízos acumulados. Apesar dos passes sociais dos Transportes Urbanos de Braga não aumentarem no próximo mês de Julho, é bom que os bracarenses tenham presente que a factura está a ser paga por todos, em prejuízo de investimentos que terão necessariamente que ser adiados.

20080318

Portagens: Minhotos pagam mais 120 Euros/Ano que Lisboetas

Feitas as contas, a conclusão é preocupante: quem se desloca diariamente entre Braga e Guimarães paga, em média, mais 120 €/ano que um lisboeta que percorra idêntica distância. Na semana em que o Governo anunciou que o Algarve é excepção, o Norte continua a ser fortemente penalizado pelas taxas definidas pelo poder central.

20071116

Processo de Regionalização em Curso

Sou um regionalista convicto. Não porque sinta especial emoção em ter nascido transmontano e crescido minhoto, mas porque encaro a reorganização administrativa do país como uma oportunidade de promoção do desenvolvimento integrado do país. O modelo das 5 regiões (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve) parece ser o que reúne mais consenso. Apesar disso, creio que não é o que melhor serve os interesses do país.

A propósito da proposta de criação de uma Região de Turismo única a Norte, ergueram-se várias vozes críticas que puseram em causa a pertinência do modelo apresentado. De entre os críticos, é essencial distinguir aqueles que, sendo regionalistas, pretendem um modelo alternativo dos que, sendo anti-regionalistas, não desperdiçaram a oportunidade para fragilizar o Processo de Regionalização em Curso. Seja como for, as resistências à criação de uma Região de Turismo única a Norte não devem ser ignoradas porque são um excelente balão de ensaio para o que sucederá no próximo Referendo. Se é um facto que alguns (nos quais me incluo) deixarão cair a bandeira das duas (ou três) regiões a Norte no momento de contar armas a favor da Regionalização, a verdade é que será por aí que os anti-regionalistas tentarão captar a simpatia dos regionalistas menos convictos.

Atente-se ao que escreve Paulo Saraiva Gonçalves no Notícia de Guimarães: «O meu maior receio, enquanto vimaranense, foi que ao avançar para uma regionalização ou uma descentralização, Guimarães continuasse ostracizada e alheada dos centros de poder e que essa tal mudança para nada mais servisse que não fosse alimentar outros egos, continuando a “engordar outros porcos”...»

Todos os receios são legítimos. No entanto, a menos que o (nosso) bairro seja o limite, a melhor forma de combater a ostracização e alheamento dos centros de poder é, precisamente, a Regionalização. Não fosse esta uma via, por excelência, de aproximar os cidadãos dos centros de poder.

[também no Avenida Central]

20071027

Lisboa e Porto são Portugal... O Resto é Portagem!

1. Quem viaja entre Braga e Guimarães e entre Braga e Barcelos paga o preço mais alto por quilómetro do país. É o princípio do utilizador-pagador.

2. A viagem entre o Porto e a saída de Braga Sul (A3) custa 2,85€. Sair no cruzamento anterior (S. Tiago da Cruz) fica por 1,75€. O argumento é o de que quem sai em Braga tem que pagar a circular externa da cidade. No sentido inverso da A3, os utentes não pagam VCI's nem tão pouco os quilómetros de auto-estrada entre a praça da portagem e a entrada do concelho do Porto.

3. Os vianenses que queiram ir até ao Porto vão passar a pagar portagem na A28 com o argumento de que os contribuintes do resto do país não têm nada que financiar aquela estrada.

Nesta lógica, é absolutamente inaceitável que os contribuintes de todo o país continuem a financiar os transportes urbanos de Lisboa e do Porto. A situação é grave e merecia, mais do que palavras de ocasião, uma tomada de posição firme das forças vivas da região. Braga, Viana, Guimarães, Barcelos, Famalicão deviam unir-se na reivindicação de igualdade de tratamento por parte do governo central.

Contributos muito interessantes para esta discussão nesta caixa de comentários.

20070926

Região de Turismo do Norte: Um Requiem ao Minho

Entende a Comissão de Coordenação da Região Norte (e alguns minhotos aplaudem) que nem a magnifiência do Parque Nacionalda Peneda Gerês, nem a monumentalidade histórica de Guimarães, nem a vastíssima riqueza arquitectónica de Braga, nem o enorme valor cultural de Ponte de Lima, nem a magistral etnografia de Viana do Castelo justificam marca própria. E eis que o Minho mais não será que um apêndice dessa marca chamada Norte Porto cuja aposta se centrará assumidamente no Douro, no Douro e no Douro.

E, perante isto, o que nos reservam as forças vivas do Minho para além de um enervante silêncio, pontuado aqui e ali por uma ou outra voz dissonante? Nada.

Dirão que foram levados no engodo? Impossível.

O intento de arrastar os fundos de todo o Norte para a promoção da marca "Porto" está bem anunciado nas páginas do JN: «Neste contexto, a futura Região de Turismo do Norte - que irá contar com um investimento de 100 milhões de euros para a promoção da região - pretende utilizar a marca "Porto" em todos os seus destinos e afirmar-se como a quarta grande marca turística portuguesa, depois do Algarve, Lisboa e Madeira.»

Porque o Norte não é o Porto. Porque o Porto não é o Norte. Porque o Porto não precisa do Minho para se promover. Porque o Minho tem identidade, tem história, tem gente, tem força e tem potencial, junto-me a Henrique Moura e a todos quantos lutam para não deixar morrer o Minho.

[versão integral aqui]

20070813

Em Guimarães/Braga não havia interruptores?

Foi necessário ligar para Campanhã para desligar a automotora que estava parada em Guimarães, após uma descarga eléctrica ter atingido um passageiro e dois bombeiros. Pouco percebo de comboios, mas confesso que fiquei surpreendido com esta centralização a Norte.

20070726

Metro Braga- Guimarães

Amanhã será notícia no Jornal de Notícias (via Para quando a nossa revolução?):

«Afinal, as cidades de Braga e Guimarães poderão vir a ser ligadas através de metro de superfície. A novidade foi, hoje, apresentada pelo presidente de câmara de Braga no final da última reunião do executivo camarário antes das férias. Segundo Mesquita Machado, o estudo do metro de superfície está a ser equacionado no âmbito do projecto do Comboio de Alta Velocidade (TAV) pela Comissão de Coordenação da Região Norte (CCRN). “O metro de superfície é para ser incluído no Plano de Desenvolvimento Regional e pretende potencializar a rede rápida de comboio canalizando para o TAV, dois eixos citadinos importantes”.
O JN conseguiu apurar que este estudo ainda está numa fase embrionária e em cima da mesa estão todas as hipóteses. No entanto, a que está a ganhar mais força é a reabilitação da ligação ferroviária entre Braga e Guimarães, adaptando-o numa rede de metro superfície e que não terá muitas paragens. A ideia base será sempre “ter esta rede a andar à volta do TGV”, mas alargando a outros horários até “para ser mais facilmente rentabilizada”.
Para já, não há prazos nem financiamentos associados, mas a equipa que está a estudar esta possibilidade, espera que as primeiras carruagens estejam a circular na mesma altura do comboio rápido. Sem resposta fica, para já, a possibilidade de alargamento do metro às cidades de Famalicão e Barcelos.
Sem dar mais pormenores sobre o estudo, Mesquita Machado aproveitou para desenvolver mais o projecto do TAV. Segundo o autarca, haverá duas fases distintas: uma primeira que irá ligar a estação de Campanhã no Porto à actual estação de Braga, saindo daqui para a nova estação a construir perto da cidade e desta para Vigo; numa segunda fase a ligação será entre o Aeroporto Sá Carneiro e a nova estação e desta para Vigo. A ligação entre o Aeroporto e a cidade Invicta será feita pelo metro já existente.
»

Desta notícia emergem três tópicos que gostaria de realçar:

1. Os políticos do Minho estão finalmente sensibilizados para a importâncias da construção de uma ligação ferroviária entre Braga e Guimarães. É o primeiro caso em que, com suficiente evidência, a discussão na blogosfera precedeu a agenda dos políticos do Minho;
2. A notícia deixa entender que, ao contrário do que vinha sendo referido, a estação do Aeroporto Sá Carneiro será a principal estação do Porto (deixando de parar em Campanhã);
3. Está decidido que a alta velocidade pára em Braga, afastando definitivamente a ideia de que Braga poderia ficar à margem do TGV;
Leituras recomendadas