O «norteador» Ventanias comentava: «Diria que é chegado o tempo de começarmos a denunciar os erros de planeamento que justificam as opções do Governo, sem cairmos sempre na tentação de reduzir as questões ao eventual prejuízo do Porto e do Norte».
O problema, caro Ventanias, é que as decisões do governo passam sempre por prejudicar o Norte ou resto de Portugal. Não por causa de qualquer obsessão malévola dos lisboetas, administração central ou «máfias» que circulam o Terreiro do Paço. Eles nem se quer pensam nisso. A razão é muito prosaica. É que, no resto de Portugal e sobretudo na metade Norte, está o mercado/população/empresas/clientes que rentabilizam os projectos de natureza socialista (diria melhor, de natureza estalinista), que Lisboa permanentemente emite (Expos, CCBs, Benficas 6 milhões, NAL, «ligação à europa por TGV», concentração da administração pública central, privatização de serviços públicos, como por exemplo a ANA, etc).
Tudo isto tem a ver com o modelo de crescimento económico da região de Lisboa: Concepção e administração de Serviços não Transaccionáveis (SNT). Enquanto o Estado Central tiver funções ao nível da economia, houver impostos nacionais ou europeus para gastar e a actividade económica da região de Lisboa se concentrar no fornecimento de SNT (administração pública, comunicação social/cultura, sistema financeiro, gestão de energia, gestão de infra-estruturas, etc) o modelo desenvolvimento económico por Drenagem permanecerá. Os respectivos lideres empresariais estarão sempre a procurar novas modas/ideias/projectos para fornecer o Estado Central e para angriar clientes no resto de Portugal. Exemplos recentes são a centralização de serviços de assitência civil ou gestão do fornecimento água, como explica o 1º parágrafo da história da Águas de Portugal. (Continua amanhã)
O problema, caro Ventanias, é que as decisões do governo passam sempre por prejudicar o Norte ou resto de Portugal. Não por causa de qualquer obsessão malévola dos lisboetas, administração central ou «máfias» que circulam o Terreiro do Paço. Eles nem se quer pensam nisso. A razão é muito prosaica. É que, no resto de Portugal e sobretudo na metade Norte, está o mercado/população/empresas/clientes que rentabilizam os projectos de natureza socialista (diria melhor, de natureza estalinista), que Lisboa permanentemente emite (Expos, CCBs, Benficas 6 milhões, NAL, «ligação à europa por TGV», concentração da administração pública central, privatização de serviços públicos, como por exemplo a ANA, etc).
Tudo isto tem a ver com o modelo de crescimento económico da região de Lisboa: Concepção e administração de Serviços não Transaccionáveis (SNT). Enquanto o Estado Central tiver funções ao nível da economia, houver impostos nacionais ou europeus para gastar e a actividade económica da região de Lisboa se concentrar no fornecimento de SNT (administração pública, comunicação social/cultura, sistema financeiro, gestão de energia, gestão de infra-estruturas, etc) o modelo desenvolvimento económico por Drenagem permanecerá. Os respectivos lideres empresariais estarão sempre a procurar novas modas/ideias/projectos para fornecer o Estado Central e para angriar clientes no resto de Portugal. Exemplos recentes são a centralização de serviços de assitência civil ou gestão do fornecimento água, como explica o 1º parágrafo da história da Águas de Portugal. (Continua amanhã)
Sem comentários:
Enviar um comentário