20090213

Porque é que não haverá solução para a Qimonda

INTC Japanese co Advantest posts US$118 mln net loss for Dec

No negócio da Qimonda são necessário equipamentos de teste das memórias à saída da linha de montagem. O fornecedor da Qimonda é a Advantest, o maior a nível mundial no ramo.

Advantest, pura e simplesmente encerrou a actividade que tinha em Vila do Conde. Já não dará manutenção às máquinas que cá tem. É porque sabe que não há solução para a Qimonda.

Francisco van Zeller diz o mesmo: «o que vai é acontecer à Qimonda é que aparecerá alguém para ficar com a patente dos semicondutores, "valiosíssima", outro contrata os engenheiros e um terceiro "leva cinco máquinas e fica tudo desfeito". O líder da CIP [que à data desta entrevista desconhecia o interesse eventual de um alemão na empresa] diz que a Qimonda só veio para Portugal por causa da mão-de-obra ser barata e avisa que agora "não tem nenhuma viabilidade".»

Um comentário interessante: «A Qimonda em Portugal está para a electrónica como as industrias texteis que produzem para as grandes marcas. Limita-se a empacotar chips desenvolvidos e produzidos noutros locais. É este o nosso GRANDE sucesso nas exportações de alta tecnologia...»

3 comentários:

AP disse...

o comentário é interessante, mas é falso. Efectivamente em Portugal n há design nem frontend, mas o assembly das memórias é cá feito, incluindo boa parte do I&D do teste e do package. Só mesmo alguém q n entende nada do assunto consegue comparar a Qimonda a uma textil...

Já qto à Advantest, é natural que nesta altura n dê suporte à Qimonda, uma vez que a situação é a que se conhece, mas extrapolar isso ao fecho inevitavel da Qimonda é pura especulação.
A maior parte da manutenção das máquinas já é feita por técnicos da Qimonda, apenas situações mais complicadas eram solucionadas por técnicos da Advantest, in situ. Com a produção a 1/4 do costume, parece-me normal dispensar os técnicos da Advantest(de resto, como aconteceu com qse todos os externos...).

Jose Silva disse...

A comparação com o Vestuário não tem a ver com a com a complexidade técnica do processo em si, mas sim com inserção na cadeia de valor: Em ambos Portugal desempenha funções de baixos salários.

A Advantest fechou em Portugal, significando que esta empresa já não precisa dos técnicos portuenses. Implicitamente sabe que a Qimonda cá não tem futuro.

sguna disse...

...assim se pode resumir a maior parte do investimento estrangeiro em Portugal, trazido pelos nossos (des)governantes, como já foi aqui dito!

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