Caros participantes, comentadores e leitores,
Neste post no Bússola um dos seus participantes apela a que este blogue retome «o espírito do Bússola por um lado e por outro de se "retirar" F.C.Porto à coisa». Por outras palavras, ficar mais parecido com o Norteamos. Como sabem eu próprio decidi deixar de produzir conteúdos para o Norteamos, porque, francamente, os custos são maiores do que os benefícios, nomeadamente, o conseguir influenciar a população residente no sentido de concordarem com as minhas próprias opiniões (passe o egocentrismo deste raciocínio).
Considerando que a audiência do Bússola é de 430 viditantes dia, do Norteamos é de 257, do Regionalização é de 183. Considerando ainda que são 3 blogues semelhantes e que o somatório de visitantes corresponde a passar para o top 60 da blogosfera nacional. Considerando que é necessário ter ainda mais capacidade de influência ou de levar à opinião pública e publicável os assuntos que nos preocupam. Considerando tudo isto, gostaria de saber a opinião dos participantes, comentadores e leitores sobre a pertinencia de um processo de fusão numa única «marca» destes projectos. Gostaria de conhecer as vossas opiniões. PF deixar os comentários na respectiva caixa.
13 comentários:
Mesmo sem uma fusão física, seria pelo menos útil criar uma página de conteúdos pró-regionalização em que se agregasse conteúdos retirados dos 3 blogs (e de potencialmente outros interessados) bem como efectuar clipping de outras fontes. Dessa forma os 3 blogs mantinha a independência e trabalhariam em conjunto numa plataforma mais ampla e com maior potencial de divulgação.
não tenho nada contra fusões, antes pelo contrário, no entanto é coisa a estudar bem porque o número de colaboradores reunidos torna-se impraticável.
caro bruno,
o que pede já existe. Basta procurar a palavra pretendida no tomo de cada blogue.
Comente este post, já que parecem que têm tabus.
Amar o Porto sem tabus
"Desculpem-me-ão a ousadia, mas não confio em unanimismos. São traiçoeiros.
Esta coisa de estarmos habituados a vermos alguém a opinar por nós e a passar, num ápice, da (sua) opinão pessoal para opinião pública(da), já começa a incomodar, e temos de a mudar rapidamente. É quase como vermos um estranho entrar-nos pela casa, sem ser convidado (e ainda por cima), para nos vir indicar o sítio onde temos de colocar as nossas coisas. É um abuso.
Ora, é isto precisamente o que os media e seus colaboradores de estimação (Pachecos e Marcelos, Vitorinos & Cª. ), com o excessivo poder que dispõem, têm vindo a fazer há muito tempo, sobre tudo e sobre nada.
Há lugares comuns milenares e sábios, mas a comunicação social serve-se frequentemente deles para os desvirtuar, transformando-os em assuntos tabu ou clichés irreversíveis, que de tão repetidos, cortam o espaço para a discussão e para a introdução de novos conceitos.
Não é, portanto, apenas para contrariar, mas pessoalmente ainda não me deixei convencer pela força persuasora das verdades indiscutíveis dos clichés. Gosto de as questionar pela razão, obviamente oposta, de me parecerem bem discutíveis.
Uma dessas verdades "indiscutíveis" - que todos nós conhecemos de cor e salteado - que nos manda aceitar como boa, é a ideia de que podemos mudar tudo na vida, excepto de clube. Esta verdadezinha, caros amigos, não é inocente.
A situação penosa por que passa a nossa cidade/região nas últimas décadas e a reacção cruzada do fenómeno, entre portuenses com simpatias clubísticas diferentes - algumas das quais, demasiado deslocalizadas das suas origens - permitem-nos retirar algumas ilacções interessantes. Uma delas, é descobrir a importância política e sociológica que há na proximidade dos afectos clubísticos com a região de origem ou com a do local onde se vive. Essa proximidade, esse apego ao clube local/regional permite aos cidadãos uma maior identificação e um maior conforto quando é chamado a tomar decisões políticas. Por outras palavras, quanto menos politizado e fanático é o adepto de um clube deslocalizado do seu habitat, mais tendência tem para prejudicar politicamente a sua cidade/região. Esta tendência é mais visível quando os interesses da cidade colidem com os interesses do seu clube, sobretudo se esse clube não pertence à região onde vive.
Não será por acaso, que um significativo número de portuenses, adeptos do Benfica e do Sporting são pouco entusiastas da regionalização e fazem questão - nos seus comentários contrastantes com a tónica bairrista dos adeptos portistas - de alinhar pela política centralista de Lisboa sem terem (ou quererem ter) consciência do quanto estão a prejudicar uma terra e uma região, que gostam de dizer ser também sua, e amar. Há aqui, quer queiram não, uma flagrante contradição. Há excepções, claro, mas estou seguro que não passam mesmo de excepções, o que é pouco, para engrossar e reforçar o pelotão da causa nortenha.
É claro que esta minha tese é polémica porque pode significar a admissão do mesmo princípio para os adeptos do Porto residentes em Lisboa e em outros locais do país, mas nem assim considero que esteja errada. Sabemos e achamos natural, que os pais transmitam aos filhos as suas paixões clubísticas, mas o comportamento ideal seria deixar eles próprios decidirem a sua escolha individual, sem pressões de qualquer tipo. Seria sempre uma decisão mais independente, mais autêntica.
Caso fosse possível compatibilizar as paixões clubísticas com as questões políticas e regionais, a minha tese não faria qualquer sentido, porque por esta altura estaríamos porventura todos unidos em defesa do Porto/Norte, portistas, benfiquistas e sportinguistas. Não sendo assim, lamento ter de o dizer, nunca nenhum benfiquista ou sportinguista poderá afirmar com a alma de quem ama realmente o que é seu, que gosta do Porto.
Gostarão, talvez, mas... Os portistas gostam, concerteza, e... A diferença está nessa singela letra "e", que no caso em questão quer dizer: apaixonadamente e de corpo inteiro."
Publicada por Rui Valente em Segunda-feira, Junho 09, 2008
Etiquetas
Pela minha parte, não me oponho; mas também não apoio. Fui desafiado pelo José Silva a postar no Norteamos, aceitei o desafio e tenho escrito sempre que me surge assunto, embora reconheça que a frequência não terá sido a maior, nos últimos tempos.
Mas não me sinto capaz de tomar a decisão. O que os fundadores e colaboradores mais assíduos decidirem, por mim estará decidido. E bem.
Na minha opinião, os vários blogs complementam-se. Também concordo com o António Alves, o número de colaboradoes pode dificultar discussões construtivas.
Em relação ao FCP e ao comentário anterior: quando é que a cumplicidade política/futebol terceiro mundista vai acabar neste país?
penso que fusao nao é indicado, pois iria estragar a mensagem de cada 1 deles.
o regioes fala so apenas acerca da regionalizaçao e é para todo o país. Um adepto de regionalizaçao prefere um blog so com coisas acerca de regionalizaçao.
Este blog é para defesa do Norte e espero que continue assim. O Norte tem de ter alguém que o defenda.
O bussola já fala de tudo um pouco.
Eu se gosto de um blog dedicado ao Norte, nao ficaria contente com uma fusao. Eu se gosto de um blog dedicado à regionalizaçao, nao gostaria de um blog que falasse tanto sobre economistas, empresas e varios projectos empresariais do norte, etc.
Nao da para fundir blogs tao diferentes pois perderiam-se leitores e perderia-se a utilidade de cada um deles.
O que eu faria era que cada um desses blogues mete-se na parte mais visivel (talvez logo no topo do menu direito) apenas os links desses blogs propostos para fusao. Portanto apenas uma caixa de links com 2 blogs (ex: neste blog na parte de cima apenas meteriamos regioes e bussola, no bussola apenas meteriam regioes e norteamos).
Depois se quiserem que façam mais em baixo uma caixa de links para outros (como o norteamos ja tem).
Era o que eu faria.
Caro Jose Silva,
Primeiramente, quero agradecer-lhe a atenção para com o trabalho desenvolvido pelo Regionalização a ponto de o considerar merecedor desta proposta de fusão.
Todavia, se o Norteamos e o Bússola têm alguma semelhança pelo facto de ambos defenderem, superiormente, os interesses de uma determinada região, já o Regionalização, tem uma vocação mais específica e marcadamente inter-regional.
Assim sendo, na minha opinião, não seria vantajoso para a a nossa causa comum - combate ao centralismo - uma eventual fusão.
Seja como for, isto não invalida que estejamos abertos a todo o tipo de colaboração que entenda estabelecer.
Cumprimentos,
Não me parece interessante.
Porque, como já foi dito, o "regiões" é pluri-regional, pelo que veria o seu âmbito reduzido (perdendo assim leitores e capacidade de influência).
O Norteamos efectivamente não tem muitos leitores. A verdade é que os nossos textos nunca foram fáceis de ler. Porque renunciamos ao "hate speach", à reclamação fácil, e sobretudo porque procuramos fazer um trabalho sério, sustentado em números (factos) e não só em opiniões, e sobretudo porque apresentamos propostas concretas e levantamos questões que tendem a ser ignoradas a nível nacional (ex. emigração, galiza, Tua).
Daí que os leitores do Norteamos sejam alguns dos principais bloggers nacionais, opinion makers, lobbyers regionais, e mesmo figuras públicas relevantes no Norte. Já vi o blog fazer uma primeira página do público, li algumas crónicas claramente influenciadas por coisas aqui escritas, somos citados em conferências públicas, e muitos dos nossos textos são replicados noutros blogs. O Norteamos tem dos melhores leitores da blogosfera. Temos 250 leitores, mas as nossas ideias ajudam à reflexão de alguns milhares. Apoiamos quem efectivamente influencia os "tomadores de decisões".
Podemos duplicar o número de leitores quando quisermos. Basta começarmos a postar futebol de forma sistemática. Só que no dia em que o fizermos, teremos ganho 500 leitores arruaceiros e perdido 250 leitores opinion makers. E perderemos a oportunidade de formar mais 10 ou 20 "José Silvas", i.e., gente que se mexe a sério para ajudar a sua região. Como dizia o TAF (embora com outras palavras), bastam 500 pessoas para mudar o estado das coisas. Ou nem tanto. Nós temos contribuído para formar mais algumas. Falo com conhecimento de causa. E 10 José Silvas fazem 10 "Norteamos" e influenciam 2500 pessoas...
A força do Norteamos é a sua focalização na sua missão. Por isso, perdoem-me a imodéstia, somos muito melhores que o Bússola. O Bússola, embora seja um blogue com bons posts (muitos aqui linkados), nunca conseguiu ser muito fiel à missão que definiu para si. Foi muitas vezes um blogue focalizado no Porto, e demasiadas vezes um blogue do FCP. Pelo que, embora tenha acima de 400 leitores diários, muitos deles nem sequer são do norte e, pelo seu discurso, são anti-"tudo o que seja bom para o norte". As caixas de comentários estão permanentemente ocupadas com arruaceiros, impedindo qualquer troca de ideias de forma construtiva.
E estes leitores "arruaceiros", confesso, não os queria no Norteamos, sob pena de afastarem os "bons leitores" que temos.
Espero que o Bùssola resolva rapidamente os seus problemas. Pela capacidade mediática e competência literária dos seus bloggers, o Bússola tem potencial para ser um blog de massas. Algo que o Norteamos só conseguiria ser se começasse a ter mais de 5-10 posts diários (bastando 1 ou 2 para o Bússola). Tanto o Bússola como o Norteamos valem mais do que o número dos seus leitores. O Bússola, pelo potencial dos seus blogguers; o Norteamos, pela qualidade dos seus leitores.
No momento presente, corriamos o risco "contaminar" o Norteamos. Faria mais sentido convidar 1/2 blogguers do Bússola para postarem aqui também.
Mas parece-me que a opção de fusões de blogues não é de descartar. Há outras opções: nortadas, blogminho, etc.
Assim, lanço outra questão: que blogs seriam adequados para uma fusão com o Norteamos?
Tabus e tabus e só tabus.
"Não será por acaso, que um significativo número de portuenses, adeptos do Benfica e do Sporting são pouco entusiastas da regionalização e fazem questão - nos seus comentários contrastantes com a tónica bairrista dos adeptos portistas - de alinhar pela política centralista de Lisboa sem terem (ou quererem ter) consciência do quanto estão a prejudicar uma terra e uma região, que gostam de dizer ser também sua, e amar. Há aqui, quer queiram não, uma flagrante contradição. Há excepções, claro, mas estou seguro que não passam mesmo de excepções, o que é pouco, para engrossar e reforçar o pelotão da causa nortenha."
Caro F.C. Limpa tudo, porque não comenta o sr. o texto?
- Acha mesmo que o clube de futebol é o principal critério para tomar decisões políticas?
- Acha que existem conflitos entre clubes de futebol e as outras cidades? Consegue dar-me algum exemplo?
- Tendo em conta que o que normalmente observamos são cidades que delapidam o seu próprio património para favorecer o clube local, o conflito de interesses que existe não é entre o clube e a própria cidade onde este está sedeado?
- Segundo este raciocínio, não concluiríamos que o melhor seria nunca ser adepto do clube local?
O Rui Valente continua convencido que a regionalização perdeu por causa do Benfica e do Sporting. Na verdade perdeu porque o PSD e o PP, partidos maioritários no Norte do país, foram contra, e porque os portugueses seguem "clubisticamente" as recomendações dos seus partidos.
Além disso, continuo a perguntar-me que ganha o FCP com a regionalização e o que perdem o Benfica e o Sporting. Há clubes regionalistas e outros não? E nesse caso, como pode a tese estar correcta, se em Lisboa votaram mais a favor da regionalização do que no Norte do país?
Quer comentar?
concordo desde que o nome seja
Norteamos e a orientação e moderação sejam NORTEAMOS
Parabéns ao Norteamos pela sua postura ... consegue com educação
defender os interesses do Norte não esquecendo que os nortenhos verdadeiros estão espalhados por todo o país e que muitos dos delatores do Norte são Nortenhos que por vergonha , por trauma e covardia quando chegam a Lisboa dizem que são de ..... CASCAIS
um abraço a todos
Enviar um comentário