20090726

A implosão do regime inicia-se a 28 de Setembro. Ainda bem.

A implosão do regime inicia-se a 28 de Setembro. A ingovernabilidade das maiorias relativas, novos partidos na AR (PNR, PND, regionalistas, MMS, MEP, MRPP), o caos económico, vão levar a um populismo e depois a um autoritarismo. Ambos irão alimentar-se das fontes/causas dos problemas sentidas pelos portugueses: As «máfias» que orbitam a administração central de Lisboa.

Há uns meses escrevia: O FMI já cá está. O Norte salvou-se. Esta crise, por cortar a verba, vem impedir o «business as usual» da história económica e geográfica das décadas recentes de Portugal: Operadores privados maioritariamente lisboetas, corrompem o Estado Central para este, via impostos, susbsídios UE ou endividamento, lhes conceder negociatas privadas e megalomanias pacóvias aos residentes de uma única região do pais que suspostamente manterá os governos eternamente no poder: Lisboa. A provar esta tese, nas eleições europeias de Junho, o PS apenas ganhou no distrito de Portalegre e de Lisboa, a CDU em Setubal, Évora e Beja e o PSD no resto de Portugal, isto é, onde fica a economia dos bens e serviços transaccionáveis... O paradigma já não tem viabilidade. O círculo vicioso quebrou-se.

Cavaco no final dos anos 80: Portugal é um pais pequeno para ter um desenvolvimento multi-polar. Por isso devemos apostar tudo na única região que tem capacidade de se internacionalizar: Lisboa.

PS: Ontem descobri que há sapatos nortenhos à venda na Amazon. Afinal a internacionalização de Lisboa não funcionou...

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