Como se depreende das explicações de Rui Rodrigues quanto ao que a RAVE tinha projectado para a Alta Velocidade e tráfego de mercadorias e do comentário de António Maria abaixo publicado, O objectivo das «máfias» que dominam o desenvolvimento territorial de Portugal, era centralizar no porto de Lisboa o trafego de mercadorias com ligaçao à Europa e baixos custos de operação. O resto de Portugal deve agradecer à Blogosfera e à crise económica, o fim deste tipo de drenagem de riqueza.
Terminal da Alcântara ao fundo
MP prepara investigação ao contrato de exploração do Terminal de Alcântara
Público -12.07.2009 - 09h13
O Ministério Público deverá lançar uma investigação à extensão do contrato de exploração do Terminal de Contentores de Alcântara, concedida à Liscont pelo Ministério das Obras Públicas de Mário Lino, por haver suspeitas de que o interesse do Estado tenha sido prejudicado, noticia hoje o “Correio da Manhã”.
Em causa está o Memorando de Entendimento que Mário Lino assinou a 28 de Abril de 2008, concedendo a extensão do contrato de exploração à Liscont por mais 27 anos. O negócio da Administração do Porto de Lisboa (APL) com a Liscont, firma do Grupo Mota-Engil – dirigida pelo socialista Jorge Coelho desde Maio de 2008 - terá sido feito sem concurso público e com base em projecções económicas duvidosas.
O relatório preliminar de uma auditoria do Tribunal de Contas, que deverá ser enviada para o Ministério Público, constata que o interesse do Estado não foi salvaguardado.
“É inadmissível que a APL, com a orientação do Governo, tenha feito este negócio sem concurso público”, comentou o deputado social-democrata Luís Rodrigues, ao “Correio da Manhã”. O deputado acredita que o contrato “é completamente ilegal”.
Mário Lino não comenta a investigação e Jorge Coelho remete para a Liscont. Esta assegura que o processo foi transparente.
Comentário de António Maria :
A TSF diz que o negócio está sob suspeita...
Sob suspeita?! Mas não é evidente desde o princípio?
Claro que empresas como a Mota-Engil, Teixeira Duarte, e outras da mesma laia, estão aflitas. Sem encomendas de Estado irão rapidamente ao fundo. Nunca aprenderam a nadar nos mares da concorrência (cujas virtudes tanto exaltam, quando lhes convém), e agora chapéu. Estão à deriva, como náufragos sem barcaça salva-vidas. As que o barco OE dispunha têm furos irreparáveis e começaram a meter água antes mesmo do naufrágio!
Resumindo, a Mota-Engil já sabe que o pilim cor-de-rosa acabou e que o cor-de-laranja será demasiado incerto para arriscar. Ou seja, o negócio não tem pernas do OE para andar, e da Mota-Engil, muito menos!
Nada melhor do que a ameaça dum inquérito para abortar o negócio, salvando a face de todos os malandros envolvidos!
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