EDIÇÃO IMPRESSA
A O capítulo do Plano Regional de Ordenamento do Território do Norte dedicado à mobilidade inclui, entre obras mais ou menos previstas (como a duplicação e electrificação da Linha do Douro até à Régua, por exemplo) e outras reivindicadas (a reactivação do troço Pocinho-Barca d'Alva da Linha do Douro, para fins turísticos), uma proposta nova, que recupera intenções dos primórdios da via-férrea em Portugal: o estabelecimento de uma ligação de comboio entre o Porto e Viana do Castelo, pelo litoral. (...)
A proposta da Comissão de Coordenação da Região Norte parte do princípio de que, com o actual tipo de serviço, se manterão os baixos níveis de procura no metro entre a Senhora da Hora e a Póvoa de Varzim. E, infelizmente, não acredito, como o faz o autarca de Vila do Conde, que a simples substituição dos actuais veículos pelos tram-train (algo mais próximo de um comboio, para serviço suburbano) vá provocar um espectacular aumento de utilizadores, permitindo que a antiga linha da Póvoa deixe de ser um fardo pesado para as contas de exploração da Metro do Porto.
Acredito, isso sim, que o projecto tram-train vai mostrar à empresa que a única maneira de rentabilizar o investimento é reduzir drasticamente o número de paragens (como já acontece hoje com os expressos) em boa parte do serviço, garantindo viagens rápidas e frequentes entre os limites da linha. E esse tipo de serviço pode bem ser estendido a Esposende e a Viana, como alternativa à A28, se os nossos poderes públicos o entenderem.
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