(Nota de José Silva: Republicação de artigo originalmente publicado pelo Prof Manuel Tão em Junho de 2007)
Depois de anunciado por Espanha dotação orçamental mínima (25 M€) para reabrir ao tráfego de passageiros Boadilla-Fuente de San Esteban a Barca de Alva em 2010, toda a responsabilidade de recuperação da continuidade ferroviária da linha directa do Gtande Porto a Madrid e Hendaye recai, por inteiro, no Governo Português, que tutela os 28 Km de Pocinho a Barca de Alva.
Contactada pela sua congénere Espanhola ADIF (Administradora de Infra-Estrutucturas Ferroviárias) quanto ao que fazer aos 28 Km de Pocinho a Barca, a REFER Portuguesa limitou-se laconicamente a dizer que "aguarda instruções da tutela", tendo adiantado todavia que necessitava de 11 M€ (ou seja, menos de 2 Km de auto-estrada) para recuperar o troço na vertente "passageiros". Isto, ao mesmo tempo que mantém (discretamente) os 28 Km de linha vitais, no seu Plano Director de Ecopistas (desmantelamento e conversão em via ciclável).
O Governo de Lisboa contradiz-se a si próprio sobre o assunto. A Ministra da Cultura afirma que encetou "negociações" para a reabertura com a Tutela das Obras Públicas, que diz nada conhecer. O Primeiro-Ministro foi recentemente inquirido sobre a matéria pelo Grupo Parlamentar do PEV - Os Verdes, e depois de várias hesitações sem resposta, o Governo respondeu "que não pode levar a cabo qualquer acção sem estudos"...
Impressiona, de facto, os estudos profundos que este Governo acha indispensáveis para a realização de um investimento colossal, que "sacrifica" 2 Km de auto-estrada, dos muitos que se vão construindo por todo o lado.
Vamos proximamente destacar a importância vital do corredor ferroviário internacional do Douro para o Norte de Portugal, não apenas para turismo, mas igualmente na sua dimensão logística.
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